Princípios Regras para as ações Universais coletivas (pressão interna) (pressão externa) Reflexão e Valores Hábitos e Costumes Morada humana Normas sociais A ética pressupõe análise e reflexão antes do agir. Toda existência tem o lado da alteridade, isto é, da dimensão do OUTRO. Ética
Tradicionalmente Pode ser
é entendida como entendida um estudo ou também como a uma reflexão própria sobre os costumes realização de um ou sobre as ações tipo de humanas. comportamento. comportamento O estudo da Ética é -Problemas dividido em dois específicos ou campos: concretos, como -problemas gerais e ética profissional, fundamentais, como ética na política, liberdade, ética sexual, ética consciência, bem, matrimonial, valor, lei, outros. bioética, etc. O estudo da ética se MORAL E ÉTICA defronta com problemas ANDAM DE MÃOS de variação de costumes. DADAS E SE CONFUNDEM. O que é moral na Etiópia não é moral no Brasil, por exemplo, a bigamia: No centro da ética Para os mulçumanos é aparece o dever, ou honroso ter mais de uma obrigação moral, esposa. Já os países conduta correta. católicos pregam a monogamia – casamento único. A ética grega fundou-se Se a virtude é uma na busca da felicidade. atividade segundo a Para Aristóteles, o fim razão, mais do homem é a felicidade, precisamente é ela um a que é necessária à hábito, um costume virtude, e a esta é moral, adquire-se necessária a razão. mediante a ação, a prática, o exercício e, A característica uma vez adquirida, fundamental da moral estabiliza-se, mecaniza- aristotélica é, portanto, se; torna-se quase uma o racionalismo, visto ser segunda natureza e, a virtude ação logo, torna-se de fácil consciente segundo a execução - como o vício. razão. É TI C A N A I D A D E M É Na Idade Média, o D I A ÉTICA E RELIGIÃO pensamento ético passou a ser ligado à religião, à A religião trás em si uma interpretação da bíblia e à mensagem ética profunda teologia. de liberdade, de amor, de fraternidade universal. Estabeleceu muitas regras de conduta, trazendo, sem dúvida, um grande progresso moral à humanidade. Mas, afinal, quais • Para os cristãos da os critérios da idade média: o ideal moralidade? ético é o da vida Agir moralmente espiritual, de amor e significa agir de fraternidade (Santo acordo com a própria Agostinho). consciência. • Idade moderna (iluminismo e Quais, então, os renascimento): ideal ideais éticos? seria viver de acordo •Para os gregos: a com a própria liberdade pessoal. busca do bem Critério da moralidade supremo (Platão) e é ser racional, da felicidade, autônomo, através de uma vida autodeterminado, agir O homem valora • Cada homem é guiado em sua existência pelo primado de determinado valor, pela supremacia de um foco de estimativa que dá sentido à sua concepção de vida. Para uns, o belo confere significado a tudo quanto existe, de maneira que um poeta ou um escultor, por exemplo, possui uma concepção estética da existência. Enquanto que um outro se subordina a uma concepção ética, e outros ainda são levados a viver segundo uma concepção utilitária e econômica à qual rigidamente se subordinam. A importância da teoria • Ao decidir como agir, somos muitas vezes confrontados com incertezas, confusões ou conflitos entre as nossas inclinações, desejos ou interesses. As incertezas, confusões e conflitos podem surgir mesmo que a nossa única preocupação seja promover o nosso interesse próprio. Podemos não saber quais são os nossos melhores interesses: podemos pura e simplesmente ter adaptado algumas idéias erradas dos nossos pais, amigos ou cultura. Crenças • De um lado no pensamento temos as crenças que todos temos sobre uma diversidade de assuntos (a existência do mundo, a existência de livre-arbítrio, de bem e de mal, etc.). • A filosofia, nesse casos, consiste na investigação crítica destas crenças, isto é, consiste em investigar se existem razões, e quais, para manter essas crenças ou se, no caso de não existirem, devem ser postas de lado. Pré-conceitos • Os nossos antecessores tinham escravos, negavam o direito de voto às mulheres, praticavam o genocídio e queimavam bruxas em fogueiras. A maior parte dessas pessoas eram moralmente decentes e estavam firmemente convencidas que as suas ações eram morais. Agiram de forma errada porque não foram suficientemente autocríticas. Não avaliaram as suas próprias crenças; adotaram sem questionar a perspectiva dos seus antecessores. Ttenho de escolher agir de modos que podem prejudicar algumas pessoas apesar de beneficiar outras. Posso ocasionalmente encontrar maneiras de promover os interesses de toda a gente sem prejudicar ninguém. Ocasionalmente, mas não sempre. Talvez nem mesmo frequentemente. Dilema Mesmo que eu saiba qual é a melhor escolha, posso não agir de acordo com ela: posso saber precisamente que é errado roubar, mas é do meu interesse me apropriar de um dos livros da biblioteca que gosto muito, no entanto, decidir cometer o furto, ainda não me torna um criminoso. Só praticando o ato é que me tornarei um. Ao escolher como agir, devo reconhecer que muitas das minhas ações afetam outras pessoas, ainda que apenas indiretamente. Nestas circunstâncias, tenho de escolher se quero atender aos meus interesses próprios ou se devo atender (ou pelo menos não prejudicar) os interesses alheios. Ética é um conjunto de valores e princípios universais que regem as relações humanas. Referência Bibliográfica BOFF, Leonardo. Ethos mundial. Um consenso mínimo entre os humanos. Brasília: Letra Viva, 2000. BOFF, Leonardo. Ética e Moral: a busca de fundamentos. Petrópolis: Vozes, 2004. COMPARATO, Fábio Konder. Ética: Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. MONDIN, Battista. O Homem: quem é ele? Elementos de Antropologia Filosófica. 8ª ed. São Paulo: Paulus, 1980. GALLO, Silvio (Coord.). Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia. 11ª ed. Campinas: Papirus, 2003. SEGUNDO, Juan Luis. Que Mundo? Que Homem? Que Deus?. Aproximações entre Ciência, Filosofia e Teologia. São Paulo: Paulinas, 1995. SANCHEZ VÁSQUEZ. Adolfo. Ética. 24ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Parte do material foi adaptado a apresentação do Professor José Paulo Ferrari