imparcial aos juízos de valor? Subjetivismo e Relativismo
• Se rejeitarmos o subjetivismo, diremos que a ética não se
resume a uma questão de gosto pessoal, ou seja, que os juízos morais não são simples descrições ou expressões dos sentimentos de cada um. • Se rejeitarmos o relativismo cultural, afirmaremos que a moralidade também não se resume a uma questão de aprovação social. • A teoria do objetivismo rejeita, precisamente, as teorias anteriores: a ética não se resume a critérios pessoais nem a convenções sociais. Objetivismo axiológico
• O objetivismo axiológico é uma teoria que afirma que é
possível atribuir um valor de verdade imparcial (objetivo) aos juízos de valor. • Atenção: um objetivista não tem que defender que é possível atribuir esse valor de verdade objetivo a todos os juízos de valor, apenas a alguns. • Perante problemas morais, diz-nos o objetivista moral, não podemos ficar presos aos nossos gostos, nem remeter para uma autoridade social ou divina. Temos de pensar sobre esses problemas – temos de usar a nossa capacidade para raciocinar e tentar avaliar objetivamente as questões morais. Objetivismo axiológico
• Pensar sobre questões morais é tentar compreender as
razões que suportam os juízos morais que fazemos. • Quando dizemos «O aborto é imoral» ou «Os animais também têm direitos», que razões apoiam o que afirmamos? As avaliações morais têm de ser justificadas de uma forma que seja aceitável para qualquer indivíduo racional, seja qual for a sua sociedade. • Quanto melhor for a justificação que suporta um juízo moral, mais razões teremos para considerá-lo objectivamente verdadeiro Objetivismo axiológico
• O objetivista pensa que podemos encontrar critérios
transubjetivos de valoração. • Estes critérios ultrapassam a perspetiva de cada um, proporcionando uma forma de avaliar com imparcialidade os atos e as práticas sociais. Podem ser compreendidos e aplicados por todos os indivíduos racionais, independentemente das suas motivações e interesses particulares. • Exemplos de critérios transubjetivos: dignidade humana, a vida no planeta, promoção do bem-estar geral. Objetivismo axiológico
- Exemplo: será a poligamia correta?
Como pode um objetivista encontrar a resposta para o
problema? Argumentos a favor do objetivismo Promove o diálogo
Só faz sentido discutir questões morais se aceitarmos que há melhores ou
piores razões para aceitarmos certas conclusões.
Se cada sociedade pode aprender com as outras, a importância do diálogo
intercultural é óbvia. E se tivermos consciência de que a nossa sociedade pode estar enganada em muitos aspetos, seremos mais tolerantes em relação às sociedades com culturas diferentes. Porém, tolerar uma cultura diferente não implica aprovar tudo o que a caracteriza, nem deixar de criticar racionalmente as suas práticas e costumes que nos pareçam incorretos. Promove o consenso
Para que o diálogo intercultural se realize, é importante que os
membros de todas as sociedades estejam dispostos a procurar bases de entendimento que lhes permitam não só comunicar entre si, como progredir no sentido de eliminar erros morais e fortalecer práticas morais que se têm mostrado corretas.
- União em torno de finalidades comuns.
Promove a vida em comunidade
- Ao possibilitar o diálogo e a procura de acordo entre os
membros da comunidade, e mesmo entre comunidades diferentes, o objetivismo permite uma vida em comunidade genuína (não se limita à aprovação individual nem à opinião das maiorias) e é a única teoria que nos permite falar em progresso moral. Permite a educação moral
- A educação moral consiste no ensino do que está certo e
do que está errado, de quais são os melhores valores que devemos seguir. - Só o objetivismo permite uma educação moral com fundamentos imparciais, pois não se limita a ensinar a seguir o que cada sujeito aprova ou o que uma sociedade aprova. Apela ao espírito crítico de cada para encontrar critérios universais. Argumentos contra Objetivismo Que objeções podemos apresentar à teoria