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Dois ao bilhão
O vaso e o porco
Atividade extra
Referência Bibliográfica
Se a prática das virtudes e o cultivo de bons hábitos estão vinculados
ao senso moral de justiça, desenvolvido a partir de boas escolhas,
percebemos que a diferença entre uma vida virtuosa ou viciosa
(segundo Aristóteles) se define nos momentos de dilemas morais.
Atividade extra
Referência Bibliográfica
DUHIGG, C. O Poder do Hábito: Por que fazemos o que fazemos
na vida e nos negócios. Tradução de Rafael Mantovani. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2012.
As situações limite e a
ética da responsabilidade
Causou? Então assume!
A ética é um esforço coletivo em prol da busca pela melhor
convivência possível e graças a ela, conseguimos definir um orbital
de condutas aceitáveis para todos aqueles que participam de um
universo de convivência. Sendo assim, tudo que for pensado do
ponto de vista ético deve respeitar as condições materiais concretas
que estão sendo vividas e enfrentadas.
Aristóteles define a situação-limite, onde teremos que tomar decisões
importantes. “Ao buscar a definição de limite no dicionário de filosofia,
Aristóteles estabelece que o limite fixa o término de uma coisa fora do
qual não tem existência, mas é também começo de outra coisa
diferente; o limite é, portanto, ponto de finitude e de partida”
(NASCIMENTO; ERDMANN, 2009, s.p.).
A ética é sempre uma produção da vida para a vida. Isto é, sempre
pensamos a melhor maneira de conviver onde estamos convivendo.
Dessa forma, podemos entender que Aristóteles entende que
sempre viveremos alguma tempestade e que situações excepcionais
não podem comprometer a atuação ética. Se você for esperar uma
vida pacífica para poder pensar em ética, você não pensará em ética
nunca.
Desde o ano de 2020 o mundo vive uma pandemia causada pelo
Novo Coronavírus. A COVID-19 modificou a forma de viver e ver o
mundo, fazendo com que a maior parte das pessoas entenda que
após a vacina, tudo voltará a ser como antes, com tranquilidade e
paz na vida.
No entanto, isso não irá ocorrer. As crises e instabilidades são parte
importante e constante em nossas vidas, tanto que podemos
entender que a ética corresponde a arte da convivência na
instabilidade. Sempre haverá um pretexto para que alguém se
aproveite da instabilidade e tente triunfar os seus próprios interesses.
É importante então destacar que todos passamos por situações de
urgência e importância máxima. No entanto, nesses momentos a
ética não pode ser deixada de lado.
Como seres humanos, normalmente, assumimos a culpa de algo
quando fomos os causadores de determinada situação. Como em
uma relação de causa e efeito, nós somos responsáveis por aquilo
que causamos.
É importante destacar que mesmo sem fazer nada e sem perceber,
sempre estamos causando algo. Em muitos casos, nós agimos. Ao
agir, o mundo poderá nos responsabilizar em função das nossas
iniciativas. E nós somos responsáveis por tudo aquilo que fazemos.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”
(Antoine de Saint-Exupéry, em ‘O Pequeno Príncipe’).
O suicida e a gota d´água
Segundo Andrade (2017, p.18) “A ética tem se tornado um assunto
muito discutido no nosso dia-a-dia, pois temos enfrentado grandes
desafios neste século. Se associarmos ética ao caráter do indivíduo,
afirmando que a ética é formada pelo convício e que a convivência
com a família, com o compartilhamento de valores morais, balizará a
conduta humana, no campo pessoal, social e profissional”.
A expressão ética advém do grego “ethike”, que em seu sentido
próprio signica costume, hábito, índole” (ANDRADE, 2017, p.16). A
ética da responsabilidade é entendida como uma ética do que vem
depois, ou seja, é uma ética da consequência e portanto é irrelevante
aquilo que você queria ou não que acontecesse.
“A ética da responsabilidade, em Arendt, não se baseia em normas,
sejam de ação, sejam de restrição. Essa ética, então, não é
normativa, pois não expõe as regras a serem seguidas, ou os
imperativos a serem observados dedutivamente. Também não é
uma ética prescritiva, pois não aponta o que deve ser feito ou evitado”
(SCHIO, 2010, p.166).
Dessa forma, podemos dizer que a ética deve permanecer no nosso
horizonte como um indicativo de limite às práticas com resultados
perigosos ou duvidosos para a humanidade, versando sobre a
responsabilidade pelo mundo. “A ética, diferente da moral,
acompanha a política, pois é mais abrangente que os hábitos e
comportamentos instituídos por costume e vigentes na sociedade”
(SCHIO, 2010, p.165).
Muitas vezes nós damos causa a determinados acontecimentos que
só acontecem por conta de uma realidade que nós não podemos
controlar. Ou até mesmo pelo acontecimento de outras causas que
participam daquele efeito.
A ética da responsabilidade nos apresenta dois pontos importantes:
- Ela simplifica a complexidade do mundo;
- Apresenta a responsabilidade que precisamos assumir.
Dessa forma, podemos perceber que a ética “ é a obrigação que
cada um tem pelo mundo, entendido como sendo o espaço que
abrange o domínio público” (SCHIO, 2010, p. 165). É possível
perceber que o tema é complexo e que preciamos assumir nossas
responsabilidades, pois em caso contrário, o mundo será muito pior.
Responsável por toda a eternidade
A resposabilidade está diretamente atrelada a dar causa a alguma
coisa, ou seja, a fazer acontecer, ou seja, aquilo que não aconteceria
se você estivesse agido naquele momento. E aqui podemos chegar a
uma conclusão importante: não há causalidade sem
responsabilidade. As coisas não acontecem apenas por um único
motivo e não são mera causalidade.
“O homem, por ter se tornado aquele que mais modifica o entorno,
precisa responsabilizar-se pelo que fez e faz, preocupando-se com o
futuro” (SCHIO, 2010, p.167).
A responsabilidade não tem a ver com o que você quer que
aconteça, mas tem relação sim com a consequência e com a
causalidade. “Esta responsabilidade é individual, pois cabe a cada
um refletir sobre os próprios atos e intenções; ela será coletiva
enquanto preocupação política, por englobar as questões que são
relevantes para todo o grupo humano (existente ou vindouro)”
(SCHIO, 2010, p.167).
Nossas ações e atitudes possuem consequências e os efeitos não
tem fim. Toda ação humana tem efeitos para a eternidade. “As
atitudes tomadas fariam com que todos se sentissem responsáveis
pelo realizado, mesmo que alguma opinião individual não fosse
englobada no processo decisório e, consequentemente, na ação”
(SCHIO, 2010, p.167).
E é por isso que a ética da responsabilidade precisa ser entendida e
debatida. ”A verdadeira ética ocorre quando o exercício da faculdade
de julgar ocorre, e ao homem é permitido recobrar a sua dignidade de
humanizar o mundo” (SCHIO, 2010, p.167). Nós precisamos definir
limites por nossa conta ou nos responsabilizaremos por tudo o que
fizemos e seus efeitos até nossa morte.
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Referência Bibliográfica
A crise da moral se manifesta como o fim da vergonha de errar.
Antigamente, a ética cristã filosófica, definida pela relação com Deus
e não com os outros homens, trouxe a ideia de que devemos nos
guiar por Deus, de acordo com sua vontade, já que nós somos fracos
e tentados ao pecado. Após a revelação da Lei Divina temos a
obrigação de obedecer e a ética se torna um ato de dever.
Morango e o 38
Em diversas narrativas a moral universal é utilizada como justificativa
e fundamento para todos, partindo-se da premissa de que estamos
todos submetidos aos mesmos preceitos morais, independentemente
de contextos ou realidades diferentes.
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Referência Bibliográfica
BAUMAN, Zygmunt. Medo Líquido. Tradução, Carlos Alberto
Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; Ed. 2008.
Autonomia moral:
nascemos com ela ou a
desenvolvemos?
Omamoeiro, o cachorro e o pensador
“A ética surgiu quando o homem se descobriu como um ser racional
e despertou para a necessidade de assumir responsabilidades para
viver em sociedade, como uma questão de sobrevivência”
(ANDRADE, 2017, p.10).
- As virtudes intelectuais.
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Referência Bibliográfica
SOARES, An. M. I. CONSIDERAÇÕES SOBRE A AUTONOMIA
MORAL E INTELECTUAL EM PORTADORES DE ALTAS
HABILIDADES E AS FERRAMENTAS PARA PENSAR: UMA
REFLEXÃO CRÍTICA. [Dissertação de Mestrado]. UFPA: Curitiba,
2003.
A importância da ética
profissional
Comboio sujo de sangue
A morte do Salvador
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Referência Bibliográfica
Atividade extra
Referência Bibliográfica