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Objetivismo moral (páginas145-150)

Perspetiva segundo a qual alguns juízos de valor morais têm valor de


verdade, totalmente independentes das preferências individuais ou
dos contextos culturais. Defendem que os juízos morais são objetivos
à semelhança dos juízos de facto.

Argumentos- a) Os realistas morais entendem que os juízos morais descrevem


factos morais, podendo ser considerados objetivamente verdadeiros ou falsos.
b) Outros filósofos destacam o papel da razão e consideram que um juízo moral
será objetivo se resultar de uma avaliação imparcial.

ObjeçõesObjeções ao subjetivsubjetivismmoral
- O argumento contra a ideia de tolerância relativa não consegue provar que a
tolerância é um valor objetivo.
- Os desacordos das perspetivas éticas põem em causa a objetividade da ética.
- Em questões de decisão moral, as pessoas não são rigorosamente imparciais.
- Ao admitir que os valores existem de facto no mundo, teremos de pressupor a
existência de propriedades simultaneamente descritivas e prescritivas.

Emotivismo teoria não cognitivista ( páginas 135-137)


Perspetiva que considera não ser possível atribuir um valor de
verdade aos juízos morais. Para eles os juízos morais não fornecem
qualquer informação sobre a realidade nem descrevem características
que possamos encontrar nas coisas ou nas ações humanas, nem
mesmo exprimem crenças (não faz sentido dizer que são ou que não
são verdadeiros/ falsos). Assim, não se pode falar de conhecimento
acerca das questões morais.
A principal teoria é o Emotivismo. Para os emotivistas, os juízos
morais são a expressão de sentimentos e emoções e por isso não
podem ser analisados, porque apenas expressam estados emocionais
ou afectivos.
Argumentos a) Expressam emoções de aprovação ou condenação, não
acrescentam informação a nível de conteúdo.
b) Juízos que apenas expressam sentimentos e cuja pretensão é encorajam os
outros a partilharem os mesmos sentimentos.

Objeções
- Desvalorizam a razão sendo impossível uma discussão moral.
- Se não possuem valor cognitivo (conhecimento) em que moldes é determinada
a moralidade?
As emoções e a razão podem não estar em sintonia, mas este facto leva que o
juízo deixe de ser moral?
Alguns exercícios resolvidos

1. Um juízo é objectivo quando é verdadeiro ou falso, independentemente do que as pessoas pensam.


2. Um juízo é subjectivo quando não é verdadeiro nem falso.
3. Quando um juízo é subjectivo, ninguém está enganado.
4. No subjectivismo moral defende-se que todos os juízos morais são subjetivos.
5. No objectivismo moral defende-se que alguns juízos morais são objetivos.
6. Quando um juízo é relativo, nenhuma sociedade/ cultura está enganada.
7. Quem aceita o relativismo moral e vive numa sociedade que aceita a escravatura, está obrigado a considerar
que a escravatura não é imoral.

Desafios das sociedades multiculturais / Direitos Humanos


Cultura- Entende-se por cultura o conjunto de manifestações materiais e imateriais que
refletem a especificidade de um grupo de indivíduos na sua maneira de sentir, pensar e agir.
Diferentes culturas podem corresponder a diferentes critérios valorativos e a diferentes
atitudes face à diversidade cultural.

Uma atitude etnocêntrica (Etnocentrismo) corresponde a uma visão autocentrada que


pretende avaliar as outras culturas a partir de si própria, dos seus valores e dos seus padrões
de comportamento. Este tipo de atitude tende a impor os seus valores e os seus modelos de
comportamento às culturas minoritárias. Pode dar origem ao racismo, xenofobia, patriotismo e
nacionalismos exagerados.

Como lidar com a diversidade no interior de uma mesma comunidade?


Uma atitude intercultural (interculturalismo) pretende ultrapassar as limitações das atitudes
etnocêntrica e relativista, reconhece a natureza plural e diversificada da cultura humana e
procura promover o contacto entre as diversas culturas, partindo do pressuposto que é
possível a compreensão entre elas, assumindo a universalidade dos direitos humanos.
Convida ao diálogo, à tolerância e à solidariedade.

O artigo 4º da Declaração Universal da Unesco sobre a Diversidade Cultural estabelece:


“A defesa da diversidade cultural é um imperativo ético, inseparável do respeito pela dignidade
humana. Ela implica o compromisso de respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais,
em particular os direitos das pessoas que pertencem a minorias e dos povos autóctones. Ninguém
pode invocar a diversidade cultural para violar os direitos humanos garantidos pelo direito
internacional, nem para limitar o seu alcance”.

Um direito é uma reivindicação legítima ou justificada que deve ser reconhecida e aceite
pelos outros.
Ter direito à vida, à educação, à habitação, à saúde, ao trabalho, liberdade de locomoção,
liberdade de expressão, liberdade de opinião……

Os direitos humanos são exigências morais.


A Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia-Geral das
Nações Unidas, em 1948, é considerada o reconhecimento lógico do ser humano como
pessoa, ou seja, baseia-se na exigência de defender a dignidade da pessoa humana. Dizer
que há direitos humanos ou direitos fundamentais do ser humano que derivam da sua
condição de pessoa equivale a afirmar que há direitos que todo o ser humano possui pelo
simples facto de ser humano e não por serem cidadãos deste ou daquele Estado. São direitos
universais e não são atribuídos pelo poder político nem estão sujeitos a variações de tempo e
espaço.
- São inerentes à pessoa humana…
- São exigências éticas….
- São ideais, orientadores e inspiradores…
- Existem, mesmo quando não são reconhecidos e cumpridos...

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