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Acontecimento: é uma ocorrência, sendo que tudo que acontece no Universo é um acontecimento
Ação: é um acontecimento intencional, consciente e voluntário praticado pelo ser humano (agente), cujo dispõe de
cursos alternativos e tem controlo sobre o seu comportamento.
As ações pressupões e exigem livre-arbítrio; ex: falar, escrever, cantar,…
Livre-arbítrio: refere-se à liberdade de escolha. Dizemos que A é resultado de livre-arbítrio se decorre de uma
decisão que poderia ter dado origem a não A.
Problema do livre-arbítrio
Quando nos deparamos com o problema do livre-arbítrio, confrontamo-nos com 2 crenças, ambas plausíveis.
o Tudo o que acontece é resultado das leis naturais e do estado anterior do universo
o O ser humano tem a capacidade de fazer ou não fazer o que quiser
A doutrina que opta por rejeitar a crença no livre-arbítrio chama-se determinismo radical
A doutrina que opta por rejeitar a crença no determinismo designa-se por libertismo
Ambas são teorias incompatibilistas
Determinismo radical
Segundo o determinismo radical, a conceção física do mundo deixa em aberto um único futuro possível, não
permitindo espaço para a liberdade da vontade
As teses sustentadas pelo determinismo radical são:
o O determinismo e o livre-arbítrio são inconsiliáveis
o O determinismo é verdadeiro
o O livre-arbítrio não existe
Segundo o determinismo radical existe uma ilusão do livre-arbítrio, uma vez que temos todos temos limitações
cognitivas e somos incapazes de conhecer todas as causas de uma dada ação, assim sendo a ausência do
conhecimento leva-nos a uma sensação ilusória de liberdade de escolha
Experiência da liberdade – é pouco provável que deixemos de acreditar, visto que esta faz parte do nosso processo
de agir e decidir
Argumento da responsabilidade – se determinismo radical existe, então não podemos responsabilizar ninguém
pelos seus atos, porém não conseguimos deixar de fazê-lo. Assim sendo a responsabilidade implica livre-arbítrio
Indeterminismo: é a teoria que defende que, pelo menos algumas ocorrências, não são determinadas por estados
anteriores
Dilema do determinismo
É um argumento que procura provar que tanto o determinismo como o indeterminismo conduzem à ausência de
livre-arbítrio e consequentemente, de responsbilidade
o Se as nossas ações são causalmente determinadas pelo passado e pelas leis da natureza, então estas são a
consequência inevitável de coisas sobre as quais não temos controlo, ou seja, não existe livre-arbítrio
o Se as nossas ações não são causalmente determinadas pelo passado e pelas leis da natureza, então estas
são acontecimentos aleatórios sobre os quais também não temos controlo, ou seja, não existe livre-arbítrio
Libertismo
Em cada momento que deliberamos e decidimos temos a experiência direta da liberdade de vontade, sendo que os
seres humanos são livres e capazes de se autodeterminarem
As teses defendidas pelo libertismo são:
o O determinismo e o libertismo são incompatíveis
o O determinismo é falso
o O livre-arbítrio existe
Segundo o libertismo, o ser humano não é predizível, sendo livre e responsável pelas suas ações
Objeções do libertismo
As causas das nossas ações e comportamentos são acontecimentos que ocorrem, inevitavelmente, no cérebro.
Nesta sequência as ações humanas uma explicação causado por fundamentos biológicos, logo são determinadas
por uma causa e não por livre vontade
Compatibilismo
O compatibilismo ou determinismo moderado defende que o determinismo e o livre-arbítrio são conciliáveis, isto é,
podemos aceitar que o comportamento humano está causalmente determinada e simultaneamente pensar em nós
como agentes livres
Segundo o compatibilismo o determinismo e o livre-arbítrio não são apenas consiliáveis; o livre-arbítrio exige
determinismo
Para o compatibilismo somos livres quando as nossas ações são determinadas, mas não constrangidas (não
forçadas), isto é, quando as nossas ações se baseiam nos nossos próprios desejos
Por sua vez as ações constrangidas, definem a ausência de controlo e de possibildades alternativas.
Assim, o compatibilismo defende que o contrário de livre, não é determinado mas sim coagido (forçado)
Juízos de facto: é uma tentativa da descrição da realidade, sendo fundamentalmente informativo e descritivo
(objetivo/neutro/imparcial)
Juízos de valor: envolve uma apreciação positiva ou negativa da realidade, podendo ser morais/religiosos/estéticos
Objetivo: diz que é independente da perceção ou opinião particular
Subjetivo: diz que pertence a qualquer sujeito, dependendo das suas crenças, objetivos, interesses,…
Subjetivismo moral
O subjetivismo moral defende que os juízos morais têm valor de verdade, mas que estes são subjetivos, ou seja,
depende do sujeito que avalia. Desta forma, existem opiniões particulares e não verdades universais
A favor do subjetivismo surgem 2 argumentos:
o Argumento do desacordo
Se há desacordo em questões éticas, então não existem verdades objetivas e universais, existindo
apenas opiniões diversas
o Argumento da ausência de prova
Refere-se à impossibilidade de se provar que um juízo moral é verdadeiro, pois caso houvesse
verdades objetivas, então seria possível provar a sua veracidade
O facto de os argumentos de desacordo e de ausência de prova não serem sólidos, já constitui uma objeção ao
subjetivismo moral, visto que a constatação da diversidade de opiniões não nos leva a concluir que não existem
verdades objetivas
Relativismo moral
O relativismo moral defende que os juízos morais não são individualmente subjetivos, uma vez que correspondem a
padrões morais de uma dada cultura. Assim a coisa certa a fazer é aquilo que a nossa cultura diz, sendo os juízos de
valor relativos
A favor do relativismo surgem 2 argumentos:
o Argumento da diversidade cultural
Se culturas diferentes têm conceções distintas do bem e mal, então não existem verdades
universais, uma vez que todos os valores culturais são aceitáveis, não existindo um mais verdadeiro
que outro
o Argumento da tolerância
Postula que devemos adotar uma atitude tolerante perante as práticas das outras culturas, não
emitindo juízos sobre elas
Existência de práticas intoleráveis, segundo o relativismo moral, não podem ser criticadas, impedindo o progresso
civilizacional, levando-nos ao conformismo
O argumento da diversidade cultutral não é sólido
Objetivismo moral
O objetivismo moral defende que a verdade dos juízos morais é independente da expressão das emoções ou dos
códigos morais de diferentes culturas.
O objetivismo defende 2 teses:
o Os juízos morais têm valor de verdade
o A verdade dos juízos é objetiva e independente dos sujeitos que avaliam
o As nossas convicções devem ter por base 3 requisitos: as verdades morais são verdades da razão; as
verdades morais dever ser imparciais, baseando-se em critérios neutros; as verdades morais devem ser
universalizáveis – argumento da imparcialidade
Tolerância: é o ato de agir com aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir.
Intolerância: é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar
diferenças em crenças e opiniões.
Etnocentrismo: é a tendência a observar o mundo desde a perspectiva particular do povo e cultura a que se
pertence.
Xenofobia: é um tipo de preconceito caracterizado pela aversão, hostilidade, repúdio ou ódio aos estrangeiros, que
pode estar fundamentado em diversos fatores históricos, culturais, religiosos, entre outros.