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10ºano
Os átomos são as unidades estruturais da matéria e são formados por partículas subatómicas:
o Protões: carga elétrica positiva
Núcleo
o Neutrões: sem carga elétrica
o Eletrões: carga elétrica negativa Nuvem eletrónica
Os átomos são partículas eletricamente neutras uma vez que a o nº de protões (+1), é igual ao nº de eletrões
(-1), desta forma a carga nuclear (protões) é positiva e a carga da nuvem eletrónica é negativa(eletrões).
Massa dos átomos
A massa (A) deve-se principalmente aos protões e neutrões, uma vez que a massa dos eletrões é tão reduzida
que se considera desprezável.
Desta forma a massa do átomo concentra-se no núcleo.
Assim a massa obtém através dos nucleões (protões + neutrões)
Tamanho dos átomos
Depende do tamanho da nuvem eletrónica, uma vez que esta e cerca de 100 000x superior à do núcleo
Formação de iões
Isótopos: átomos com igual nº atómico e nº de massa diferente, isto é com diferente nº de neutrões.
Massa atómica relativa
Como as massas reais dos átomos são muito reduzidas, utiliza-se a massa atómica relativa (Ar), este valor
1
utilizado como referência corresponde a da massa de um átomo de carbono-12.
12
A massa atómica relativa de um átomo calcula-se através de
o Abundância isotópica dos respetivos isótopos do átomo
o Massa isotópica dos respetivos isótopos
Deste modo temos que:
( Mi1∗A 1 ) +(Mi 2∗A 2)
Ar (X )=
100
No caso das moléculas esta designa-se de massa molecular relativa (Mr) e esta resulta da soma das massas
atómicas relativas dos átomos que a constituem.
Quantidade em química – mole
Um mole é a quantidade de matéria, n, que contém tantas unidades estruturais quanto os átomos existente
em 12g do átomo de carbono – 12.
Nº de Avorgado (NA): corresponde a uma constante e refere-se ao nº de unidades estruturais, N, contidas em
apenas 1 mol ( 6,02 x 1023).
Assim para obter o nº de unidades estruturais numa dada quantidade de matéria de uma substância,
multiplica-se o nº de moles pelo nº de Avorgado, assim:
N = n x NA
Massa molar
o Luz visível
Ultravioleta
a
o
o Raios X
o Raios gama (>)
Tipos de espetros
Quando os átomos de um determinado elemento se interpõem no caminho da luz branca, algumas das
radiações são absorvidas por esses átomos, então no espetro vão faltar essas radiações absorvidas,
constituindo assim um espetro de absorção descontínuo.
Cada elemento possui o seu próprio espetro de emissão e de absorção
Espetroscopia atómica
Técnica que tem como objetivo detetar a presença dos diferentes elementos químicos em amostras, a partir
da comparação com espetros de referência
MODELO DE BOHR
Estados de energias quantificados para os eletrões de um átomo
Dentro do átomo só são permitidos aos eletrões determinados estados de energia – estados estacionários de
energia, assim diz-se que a energia do átomo está quantizada.
O estado estacionário de menor energia (n=1) designa-se por estado fundamental, já os superiores a este
designam-se por estados excitados. Ep = mgh
A energia de um eletrão desdobra-se em dois tipos: EC = mv2 / 2
o Energia potencial (Ep) – existe interação entre o núcleo e os eletrões Eeletrão = Ep + EC
o Energia cinética (EC) – o eletrão move-se em torno do núcleo
A EC é sempre positiva, enquanto a Ep é negativa, assim como o valor absoluto da Ep é maior do que o valor
absoluto da EC, a energia do eletrão é negativa
Fora da ação do núcleo a energia do eletrão é nula, uma vez que a Ep é nula, desta forma a EC também tem de
o ser.
Modelo de Bohr
Quando um átomo absorve energia sob a forma de radiação, podem ocorrer situações distintas:
o A energia incidente é igual à energia de remoção – energia que permite extrair o eletrão do átomo,
ionizando-o ficando assim com Ec nula.
o A energia incidente é superior à energia de remoção, ionizando o átomo que o eletrão abandona com
Ec
o A energia incidente é inferior à energia de remoção e suficiente para levar à transição do eletrão, não
ionizando o átomo e permitindo que este transite para outros níveis de energia.
o A energia incidente é inferior à energia de remoção, porém não é suficiente para levar à transição do
eletrão, desta forma a radiação não é absorvida.
Efinal = Einicial + Eincidente
MODELO DA NUVEM ELETRÓNICA
Modelos atómicos
Segundo Bohr, os eletrões descreviam órbitas bem definidas, porém foi demonstrado que seria impossível
determinar com exatidão a posição e energia de um eletrão – Princípio da Incerteza de Heisenberg
No modelo atual abandonou-se a ideia da exatidão da posição do eletrão, apenas se conhecendo a
probabilidade de se localizar um eletrão com determinada energia no espaço
Deixou-se de parte o conceito de órbita e passou-se a falar de orbitais – região sob ação do núcleo, onde o
eletrão com uma dada energia tem probabilidade de se encontrar.
Tipo e forma das orbitais
Os eletrões possuem uma capacidade designada por spin, segundo esta, o eletrão comporta-se como um
íman com carga elétrica à sua superfície e que apenas lhe permite girar no sentido dos ponteiros dos relógios
ou no sentido inverso
Princípios e regras da distribuição de eletrões nos átomos
Diagrama a partir do qual se pode apresentar os níveis de energia por ordem crescente
Os eletrões do último nível designam-se por eletrões de valência, já os restantes designam-se por cerne
Energia de remoção eletrónica
É a energia mínima necessária para extrair um eletrão de um átomo com a Eincidente = Eremoção + Ec
Eeletrão = - Eremoção
configuração eletrónica completa no estado fundamental. Esta exprime-se em J
e-1ou kJmol-1
Num determinado átomo existem tantas energias de remoção quantas as orbitais que este possui
Espetroscopia fotoeletrónica
Técnica através da qual se determina as E.remoção num átomo polieletrónico e consequentemente a energia
dos eletrões no átomo
A primeira TP surgiu por Lavoisier em 1789, com o objetivo de organizar os elementos químicos de forma
sistematizada
Posteriormente passou-se a organizar os elementos de acordo com a sua massa, em conjuntos de 8 – Lei das
Oitavas
Por sua vez surgiu a TP de Mendeleev onde os elementos encontravam-se organizados segundo a sua massa
atómica, de modo que os elementos que possuíssem propriedades semelhante se encontrassem na mesma
linha horizontal
Finalmente Henry Moseley propôs uma TP na qual os elementos se organizavam de acordo com o seu Z
Organização da TP atual
Algumas propriedades periódicas relacionam-se com a configuração eletrónica dos átomos como:
o Raio atómico
o Energia de ionização
Esta variação pode ser explicada através de 3 fatores:
o Efeito do aumento de níveis nas orbitais de valência
Com o aumento do nº de camadas os eletrões de valência ficam mais afastados do núcleo e
são menos atraídos por este
O raio atómico de um elemento corresponde a metade da distância entre os núcleos de 2 átomos vizinhos
pertencentes ao mesmo elemento
O raio atómico aumenta ao longo do grupo, devido ao aumento dos eletrões de valência que vão ocupando
níveis de energia superiores, afastando-se do núcleo
O raio atómico diminui ao longo do período, devido ao aumento da carga nuclear que leva à atração dos
eletrões provocando uma contração da nuvem eletrónica
Variação da energia de ionização
A energia de ionização corresponde à menor energia de remoção desse elemento, isto é, a energia mínima
necessária para extrair o eletrão mais energético do átomo
Esta diminui ao longo do grupo, uma vez que aumenta a distância dos eletrões ao núcleo, logo estes são
menos atraídos e consequentemente mais fáceis de extrair
Aumenta ao longo do período, uma vez que a carga nuclear aumenta levando a uma maior atração dos
eletrões, que por sua vez são mais difíceis de extrair
RELAÇÃO ENTRE A REATIVIDADE DOS ELEMENTOS QUÍMICOS E A RESPETIVA ESTRUTURA ELETRÓNICA
Metais e não-metais
Os metais, por terem poucos eletrões de valência, possuem baixas energias de ionização, tendo tendência a
ceder esses eletrões formando catiões e ficando com a estrutura eletrónica do gás nobre mais próximo
O caráter metálico de um elemento depende da sua facilidade em ceder eletrões, assim o caráter metálico
aumenta ao longo do grupo e diminui ao longo do período
Por sua vez, o caráter não metálico diminui ao longo do grupo e aumenta ao longo do período
Grupo 1 – Família dos metais alcalinos
Elevada reatividade
A reatividade aumenta ao longo do grupo, uma vez que aumenta a facilidade de ceder eletrões de valência
Lítio (Li)/Sódio (Na)/Potássio (K)/Rubídio (Rb)/Césio (Cs)/Frâncio (Fr)
1 eletrão de valência, originando catiões monopositivos
Grupo 2 – Família dos metais alcalinoterrosos
A reatividade diminui ao longo do grupo, uma vez que diminui a facilidade de ceder eletrões de valência
Flúor (F)/Cloro (Cl)/Bromo (Br)/Iodo (I)/Astato (At)
7 eletrões de valência, originando iões mononegativos – halogenetos ou haletos
Grupo 18 – Família dos gases nobres
Muito estáveis, pois possuem os níveis s e p dos eletrões de valência completamente ocupados
Hélio (He)/Néon (Ne)/Árgon (Ar)/Crípton (Kr)/Xénon (Xe)/Rádon (Rn)
8 eletrões de valência
Quimicamente inertes, isto é, não participam em reações químicas, daí também serem denominados por
gases inertes
Situação especial do H
As ligações químicas são forças que mantêm unidos os átomos/iões, sendo todas elas de natureza
eletrostática.
Estas formam-se, uma vez que os átomos tendem a ocupar o estado mais estável que corresponde ao estado
fundamental dos mesmos.
Num átomo existem 3 tipos de interações:
o Eletrão-eletrão – Forças repulsivas
o Núcleo-núcleo – Forças repulsivas
o Eletrão-núcleo – Forças atrativas
A energia potencial elétrica varia á medida que a distância entre 2 átomos diminui:
1) Os átomos estão suficientemente afastados, para que a sua interação seja nula e consequentemente a
Ep= 0 kJ/mol
2) Á medida que os átomos se aproximam, existe uma deformação da núvem eletrónica, uma vez que as
forças predominantes são as atrativas, daí a aproximação dos átomos provocando uma contínua
deformação das nuvens eletrónicas e consequente diminuição da Ep.
3) Quando os núcleos atingem a distância internuclear de equilíbrio (re) ou comprimento de ligação, existe
um equilíbrio entre as forças atrativas e repulsivas. Assim o átomo atinge o máximo de estabilidade,
formando uma ligação. A Ep é mínima.
4) Quando os núcleos ultrapassam a re, as forças repulsivas são mais intensas
E.ligação = - E. dissociação
do que as atrativas, aumentando a Ep e levando à instabilidade do sistema e
afastamento dos núcleos. E.ligação < 0
A energia de ligação corresponde à energia que se liberta ao estabelecer-se uma E.dissociação > 0
ligação entre 2 átomos no estado gasoso, já a energia de dissocição é a energia
necessária para se quebrar uma ligação química.
Tipos de ligações químicas
Segundo a notação de Lewis, os eletrões de valência são representados por ou ×, colocados em torno do
símbolo químico correspondente.
Esta segue também a regra do octeto – um átomo tem tendência para captar/ceder eletrões até ficar com 8
eletrões de valência.
Ligação covalente em moléculas diatómicas
Moléculas diatómicas são constituídas por 2 átomos, caso estes sejam do mesmo elementos a molécula diz-
se homonuclear.
Os eletrões de valência que são partilhados designam-se por eletrões ligantes, formando pares ligantes (PL)~
Os eletrões de valência que não são partilhados designam-se por eletrões não-ligantes, formando pares não-
ligantes (PNL).
Energia de ligação e comprimento de ligação
Quanto maior for o nº de eletrões partilhados, mais forte é a ligação, logo maior é a energia de ligação e
menor o comprimento de ligação.
Ligação covalente apolar e polar
Geometria linear
o Moléculas com 3 átomos e sem PNL no átomo central
Geometria angular A geometria das moléculas resulta do
o Moléculas com 3 átomos com 1/2 PNL no átomo central modo como os eletrões se dispõem à
Geometria piramidal trigonal volta do átomo central, de modo a
minimizar as repulsões entre eles
o Moléculas com 4 átomos com 1 PNL no átomo central
Geometria tetraédrica
o Moléculas com 5 átomos sem pares de eletrões no átomo central
As substâncias orgânicas são formadas por um nº restrito de elementos químicos, entre os quais o carbono,
daí se chamarem compostos carbonados.
As diferentes séries de hidrocarbonetos
Os derivados halogenados/haloalcanos são compostos que possuem nas suas cadeias carbonadas 1/+ átomos
de halogéneos, substituindo átomos de H.
Os alcenos
1- Álcoois
As ligações intermoleculares são forças atrativas responsáveis propriedades físicas das substâncias
As forças intermoleculares aumentam de intensidade desde o estado gasoso ao estado sólido
Quanto mais intensas forem as forças intermoleculares mais difícil será a separação das moléculas e
consequentemente mais elevados serão os pontos de ebulição e de fusão das mesmas
Forças de van der Waals
Estas resultam das interações entre dipolos e podem ser de diferentes tipos:
o Interação dipolo permanente – dipolo permanente
o Interação dipolo permanente – dipolo induzido
o Interação dipolo instantâneo – dipolo induzido (Forças de London)
Ocorrem quando existe um átomo de H que se liga a um átomo de pequena dimensão e com tendência para
captar eletrões – F/O/N
Um dos fenómenos atmosféricos mais relevantes quanto à temperatura da Terra, é o efeito de estufa.
Este permite que haja um equilíbrio térmico, permitindo a vida na Terra
Devido a causas naturais e antropogénicas os gases com efeito de estufa tendem a aumentar
Quando a velocidade de emissão destes, é superior à velocidade de consumo desses mesmos gases, estes
passam a ter um efeito nocivo sobre o meio
Características do estado gasoso
SOLUÇÕES
A %(m/m) indica a massa de soluto numa dada unidade, por 100 unidades de massa m
% (m/m)=
de solução m
x 100
Percentagem em volume
A %(V/V) indica o volume de soluto numa dada unidade, por 100 unidades de volume V
% (V /V )= x 100
de solução V
O sistema é a parte do Universo que se pretende estudar, sendo a restante parte designada por meio exterior
e estando ambas separadas pela fronteira
Os sistemas classificam-se em:
o Abertos – troca de matéria e energia
o Fechados – troca de energia
o Isolados – não realizam trocas
Qualquer sistema contém energia, para a qual contribuem 2 componentes:
o Energia cinética – associada ao movimento das partículas
o Energia potencial – associada à interação entre as partículas
Numa reação química os reagentes transformam-se em produtos da reação
o Se a energia dos produtos da reação for menor do que a dos reagentes, trata-se de um processo
exoenergético: Reagentes Produtos da reação + Energia
o Se a energia dos produtos da reação for maior do que a dos reagentes, trata-se de um processo
endoenergético: Reagentes + Energia Produtos da reação
Variação da entalpia e ligações químicas
A ΔH é uma grandeza que permite medir a energia sob a forma de calor, transferida entre um sistema e o
meio exterior, assim:
o Reação exotérmica – sistema cede calor ao meio exterior (ΔH < 0)
o Reação endotérmica – sistema recebe calor do meio exterior (ΔH > 0)
A ΔH pode ser atribuída à quebra de ligações nos reagentes e à formação de novas ligações nos produtos da
reação, sendo que:
ΔH = Econsumida – Elibertada
o Na quebra de ligações químicas há consumo de energia
o Na formação de ligações químicas há libertação de energia
REAÇÕES FOTOQUÍMICAS
Formação de radicais livres na Natureza
Reações fotoquímicas: reações desencadeadas pela luz e provocadas pela ação da radiação UV.
O efeito químico das radiações UV consiste em provocar reações que podem ser de fotodissociação/fotólise
ou de fotoionização.
Se a radiação incidente possuir uma energia superior à energia de dissociação das respetivas moléculas, o
excesso de energia será absorvido, levando a aumento da Ec das partículas e consequente aumento de T.
Das reações de dissociação resultam espécies muito reativas – radicais livres
A reatividade destas espécies deve-se à existência de eletrões isolados em orbitais.
Formação e decomposição do ozono na estratosfera
Formação do ozono
Reação de fotodissociação das moléculas de O2, por ação das radiações UV-B
Reação entre os radicais livres de O e as moléculas de O2
Reação global: 3 O2 (g) 2 O3 (g)
Decomposição do ozono
Reação de fotodissociação das moléculas de O3
Reação entre os radicais livres de O e as moléculas de O3
Reação global: 2 O3 (g) 3 O2 (g)
A radiação envolvida na formação de O3 é mais energética do que a radiação envolvida na decomposição do
mesmo.
Há um equilíbrio entre a formação e o consumo de ozono, razão pela qual a concentração de ozono deveria
se manter constante
Degradação da camada de ozono
Algumas substâncias presentes na estratosfera aceleram a decomposição, tais como, óxidos de nitrogénio e
radicais de Cl
A zona da estratosfera sobre a Antártida, onde se verificou uma diminuição na concentração de ozono –
Buraco do ozono