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Química geral

Prof. Alex de Oliveira


Átomos, tabela periódica, estrutura
atômica e moléculas
 A matéria é composta por átomos.
 Os átomos têm um núcleo pequeno e compacto, rodeado por
uma nuvem dispersa de elétrons (negativamente carregados).
 O núcleo é formado por dois tipos de partículas: prótons
Conceitos (positivamente carregados) e nêutrons (carga neutra).

fundamentais
do átomo
 Geralmente, os átomos são representados como o sistema solar
(figura à esquerda): o núcleo é o centro e os elétrons orbitam em
torno dele.
 Isso enfatiza a distribuição dos prótons, nêutrons e elétrons, mas
não ilustra com precisão o modelo aceito atualmente da estrutura
atômica.

 Na figura à direita, os elétrons como nuvens de carga negativa


rodeando o núcleo.
Número  A densidade dos pontos pequenos está relacionada com a
probabilidade de encontrar um elétron em uma localização
atômico e particular.

número de O número atômico é o número de prótons em um átomo específico e


massa identifica o elemento.
O número de massa é a combinação total de prótons e nêutrons de um
átomo.
A unidade de massa atômica (u) é a unidade apropriada para a escala
atômica:
1 u = 1,6605 x 10-24 g
Prótons e nêutrons têm aproximadamente 2 mil vezes mais massa que o
elétron
 Os átomos do mesmo elemento que têm diferentes números de
nêutrons são chamados isótopos.
 As porcentagens que descrevem as quantidades relativas de cada
isótopo são chamadas abundâncias isotópicas.
 Os espectrômetros de massa medem a massa de átomos,
isótopos e moléculas.
 Eles medem precisamente o número de partículas com
determinadas massas .

Isótopos
Número atômico, número de massa e isótopos

Número atômico (Z) = número de prótons no núcleo


Número de massa (A) = número de prótons + número de nêutrons
= número atômico (Z) + número de nêutrons
Isótopos são átomos do mesmo elemento (X) com diferentes números
de nêutrons em seus núcleos
Símbolos
atômicos Número de massa A
ZX
Símbolo do Elemento
Número Atômico

1 2 3
1H 1H (D) 1H (T)
 A massa atômica é definida como a massa média de um átomo de
determinado elemento.
 A imagem mostra o registro para o carbono em uma tabela
Massas e pesos periódica.
 O número atômico (6) e a massa atômica (12,011) são mostrados
atômicos com o símbolo para o elemento (C).
 Algumas tabelas podem exibir informações adicionais e a aparência
pode variar de uma para outra.
A massa atômica relativa: massas médias dos isótopos: para o
C natural que tem 98.892 % de 12C + 1.107 % de 13C.

• A massa média do C:
(0.9893)(12 u) + (0.0107)(13.00335) = 12,01 u

• A massa atômica (MA) é também conhecida como


massa atômica média.

• As massas atômicas estão relacionadas na tabela


periódica.
 Baseada na lei periódica.
 Quando apropriadamente arranjados, os elementos exibem uma
variação regular e periódica nas suas propriedades químicas
A tabela  Períodos: linhas horizontais da tabela.
 As propriedades dos elementos variam extensamente ao longo de
periódica um período.

 Grupos: colunas verticais da tabela.


 Juntam elementos que têm propriedades químicas similares.
 O sombreamento dos quadrinhos na tabela periódica representa a
densidade de cada elemento; o sombreamento mais escuro indica
densidade mais alta.

A tabela
periódica
 Principais nomes de grupos específicos:
 Grupo 1: metais alcalinos
 Grupo 2: metais alcalinos terrosos
 Grupo 17: halogênios
Períodos e  Grupo 18: gases nobres

 Regiões da tabela:
grupos  Os elementos dos grupos 1, 2 e 13 a 18 são chamados elementos do
grupo principal/representativos.
 Os elementos dos grupos 3 a 12 são os metais de transição.
 Os lantanídeos e actinídeos são os elementos que aparecem abaixo
do resto da tabela.
Gases nobres
Halogênios
Calcogênios
A Tabela Periódica Moderna

Groupo
Período
Metais alcalinos terrosos
Metais alcalinos
 Metais
 Geralmente se localizam à esquerda e na parte inferior da tabela.
 São lustrosos, maleáveis e dúcteis.
 Conduzem eletricidade e tendem a formar cátions.

 Ametais
Metais,  Ocupam a parte superior à direita da tabela periódica.
ametais e  Não são lustrosos, maleáveis ou dúcteis.
 Não são bons condutores de eletricidade.
metaloides  São predominante ou exclusivamente constituintes da maior parte
das moléculas que formam o corpo humano.
 Metaloides ou semimetais
 Têm propriedades químicas intermediárias de metais e ametais.
 Estão alocados ao longo de um caminho diagonal na tabela.
Metais,
ametais e
metaloides
 A luz visível é a pequena porção do espectro eletromagnético
detectada pelos nossos olhos.
 Descrita como uma onda viajando pelo espaço.

 Outras formas familiares de radiação eletromagnética incluem


ondas de rádio, micro-ondas e raios X.
 A radiação eletromagnética tem dois componentes: o campo
elétrico e o campo magnético.
Espectro
eletromagnético
 O comprimento de onda é a
distância entre pontos
correspondentes de ondas
adjacentes.
 A amplitude é o tamanho ou
a “altura” da onda.
A natureza
ondulatória da 
luz
 A refração é a inclinação de uma onda quando passa de um meio
para outro de diferente densidade.
 A velocidade da luz varia e a luz se inclina em um ângulo que
depende do comprimento de onda.
 A luz se separa nas cores componentes na ordem dos seus
comprimentos de onda.

 A radiação eletromagnética pode ser categorizada em termos de


seu comprimento de onda ou frequência.
 A luz visível é uma pequena porção de todo o espectro
A natureza eletromagnético.
ondulatória da
luz
Um fóton tem uma frequência de 6.0 x 104 Hz. Converter esta frequência em
comprimento de onda (nm). Esta frequência cair na região visível?

lxn=c l

l = c/n
n
l = 3.00 x 108 m s-1 / 6.0 x 104 s-1
l = 5.0 x 103 m
l = 5.0 x 1012 nm

Onda de rádio
 Qual a é a frequencia da luz de cor laranja que tem comprimento
de onda de 625 nm?
 O efeito fotoelétrico ocorre quando a luz incide em um pedaço de
metal e faz com que elétrons sejam expelidos.
 A energia da luz é transferida para os elétrons do metal.
 Com energia suficiente, os elétrons se liberam do metal.
 Quando os elétrons recebem mais energia, eles viajam mais
rápido e têm maior energia cinética ao deixar o metal.

A natureza
particulada da
luz
 O único modo de explicar todos os resultados experimentais do
efeito fotoelétrico é pela noção de dualidade onda-partícula.
 Dependendo da situação, a luz é mais descrita como uma onda,
enquanto, em outros casos, uma descrição de partícula funciona
melhor.
A natureza  O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de partícula
da luz - “quantização”.
particulada da  Pensamos a luz como uma partícula quando ela está concedendo
energia a outro objeto.
luz  A luz é descrita como uma coleção de pacotes de energia, chamados
fótons.
 Porém, ondas ou partículas não fornecem uma descrição exata de
todas as propriedades da luz.
 Deve-se usar o modelo que descreve melhor as propriedades que estão
sendo examinadas.
A natureza
particulada da 

luz
 O padrão específico dos comprimentos de onda absorvidos e
emitidos pelo mercúrio é denominado espectro atômico.
 Os comprimentos de onda são bem separados ou discretos.
Espectros  Eles variam de um elemento a outro.

 Os átomos só existem em alguns estados, com energias bem


atômicos específicas.
 Quando a luz é emitida, o átomo vai de um estado mais alto de
energia para um mais baixo, e o fóton emitido leva a energia perdida
pelo átomo.
Quando o cobre é bombardeado com elétrons de alta energia, os raios X
são emitidos. Calcule a energia (em joules) associada aos fótons se o
comprimento de onda dos raios X for 0.154 nm.
Os aparelhos de compact disc (CD) operam com lazer que emitem luz
vermelha com λ = 685 nm. Qual a energia de um fóton desta luz? Qual a
energia de um mol de fótons dessa luz?
 O modelo de Bohr tem  Estado excitado: é o
elétrons orbitando o núcleo agrupamento de elétrons que
em órbitas estáveis. não está na energia mais
baixa possível.
 Embora não seja um modelo
totalmente preciso, ele pode  Estado fundamental: é o
ser usado para explicar agrupamento de elétrons que
absorção e emissão. está na energia mais baixa
O átomo de  Um efeito dessa suposição
é que a energia de um
possível.
 Os átomos retornam a esse
Bohr elétron é quantizada, ou
restrita a determinados
estado pela emissão de
radiação.
valores permitidos.

1  RH
  1  1 
 2
l  h  n1 n22 
onde RH é a constante de Rydberg
(1,096776  107 m-1), h é a constante de
Planck (6,626  10-34 J·s), n1 e n2 são
números inteiros (n2 > n1).
1. e- só pode ter valores de energia específicos
(quantizados) Fóton

2. a luz é emitida à medida que e- se move de um nível


de energia para um nível de energia inferior

E = hn

onde n é o número quântico principal (por


exemplo, n = 1, 2, 3, … e nada mais).
E = hn
 1 

E  h n 
hc
l

  2.18  1018 J  2  2 
n n
1

• Quando ni > nf, a energia é emitida, e nf > ni, a energia é  f i 
absorvida.
Qual é o comprimento de onda de um fóton (em nanômetros) emitido
durante uma transição do estado ni = 5 para o estado nf = 2 no átomo de
hidrogênio?

O sinal negativo indica que se trata de energia associada a um processo de emissão. Para
calcular o comprimento de onda, omitiremos o sinal de menos para E porque o
comprimento de onda do fóton deve ser positivo.
Calcule o comprimento de onda (em nm) de um fóton emitido por um átomo
de hidrogênio quando seu elétron cai do estado n = 5 para o estado n = 3.

O sinal negativo indica que se trata de energia associada a um processo de emissão.


Para calcular o comprimento de onda, omitiremos o sinal de menos para E porque o
comprimento de onda do fóton deve ser positivo.
Calcule λ e ν da raia verde no espectro visível do estado ni = 4 para o nf = 2 no
do átomo excitado do H, usando a teoria de Bohr.
Modelo da
mecânica 
quântica do
átomo
Energia
potencial e 

orbitais
 As funções de onda podem ter sinais positivos e negativos em
diferentes regiões.
 O modo mais significativo fisicamente de interpretar uma função de
onda é examinar seu quadrado, pois essa grandeza é sempre
positiva e indica a probabilidade de encontrarmos um elétron em
um ponto específico.
 Cada solução da função de onda define um orbital.
Energia  Cada solução é nomeada por uma combinação de letra e número:
1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 3d, 4s, 4p, 4d, 4f , etc.
potencial e  Uma vez que estamos tratando o elétron como uma onda, essa
orbitais localização é na verdade uma região do espaço, e não um ponto
específico.
Onde 90% do
e- densidade é
encontrada
para o orbital 1s
 Quando solucionamos a equação de Schrödinger para um átomo,
três números quânticos são usados:
 Número quântico principal (n);
Números  Número quântico secundário (l);
 Número quântico magnético (ml).
quânticos
 O número quântico principal (n) define o nível em que um orbital
em particular é encontrado e deve ser um número inteiro positivo.
 Cada nível tem energias diferentes.
 O número quântico
secundário (l) fornece um
meio de indexar diferenças
de energia entre orbitais no
mesmo nível de um átomo.
 Especifica subníveis e tem  O terceiro número quântico
valores inteiros que variam descreve essa divisão.
de 0 a n – 1.
 O índice, chamado número
 Cada nível contém tantos
Números subníveis quanto for seu quântico magnético, é
rotulado por ml e também é
valor de n.
quânticos  As energias dos orbitais são
um número inteiro positivo
ou negativo.
especificadas totalmente  Seu valor absoluto deve ser
usando apenas os números menor ou igual ao valor de l
quânticos n e l. para aquele orbital.
 Em campos magnéticos,
algumas das linhas de
emissão se dividem em
três, cinco ou sete
componentes.
Orbitais e números quânticos
• Liste os valores de n, ℓ e mℓ para orbitais na subcamada 4 d.

Estratégia Quais são as relações entre n, ℓ e mℓ? O que “4” e “d” representam em 4d?

Solução Como vimos anteriormente, o número dado na designação da subcamada é o


número quântico principal, então, neste caso, n = 4. A letra designa o tipo de orbital.
Como estamos lidando com orbitais d, ℓ = 3. Os valores de mℓ podem variar de −ℓ a ℓ.
Portanto, mℓ pode ser −2, −1, 0, 1 ou 2.

Verificar Os valores de n e ℓ são fixos para 4d, mas mℓ pode ter qualquer um dos cinco
valores, que correspondem aos cinco orbitais d.
• Qual é o número total de orbitais associados ao número quântico principal n = 3?

Estratégia Para calcular o número total de orbitais para um determinado valor n,


precisamos primeiro escrever os valores possíveis de ℓ. Em seguida, determinamos
quantos valores de mℓ estão associados a cada valor de ℓ. O número total de orbitais é
igual à soma de todos os valores mℓ.

Solução Para n = 3, os valores possíveis de ℓ são 0, 1 e 2. Portanto, há um orbital 3s (n


= 3, ℓ = 0 e mℓ = 0); existem três orbitais 3p (n = 3, ℓ = 1 e mℓ = −1, 0, 1); há cinco
orbitais 3d (n = 3, ℓ = 2 e mℓ = −2, −1, 0, 1, 2). O número total de orbitais é 1 + 3 + 5 =
9.

Verificar O número total de orbitais para um determinado valor de n é n2. Portanto,


aqui temos 32 = 9. Você pode provar a validade dessa relação?
 O número quântico de spin (ms)
determina o número de elétrons que
podem ocupar um orbital.
 Pode assumir dois valores possíveis:
+1/2 ou –1/2.
 Os elétrons são descritos como “spin
Princípio da para cima” ou “spin para baixo”.
 Um elétron é especificado usando um
exclusão de conjunto de quatro números quânticos.
Pauli e as  O princípio da exclusão de Pauli
informa que não há dois elétrons em um
configurações átomo que possam ter o mesmo
eletrônicas conjunto de quatro números quânticos.
 Se dois elétrons ocupam o mesmo
orbital, devem estar emparelhados em
spin, um com spin para cima e o outro
com spin para baixo.
ms = +½ ms = -½
Números quânticos: y = fn (n, l, ml, ms)

Camada - elétrons com o mesmo valor de n

Subcamada - elétrons com os mesmos valores de n e l

Orbital - elétrons com os mesmos valores de n, l e ml

Quantos elétrons um orbital pode conter?

Se n, l e ml são fixos, então ms = ½ ou - ½


y = (n, l, ml, ½) ou y = (n, l, ml, -½)

Um orbital pode conter 2 elétrons


Quantos orbitais 2p existem em um átomo?

n=2
Se l = 1, então ml = -1, 0, ou +1
2p
3 orbitais
l=1

Quantos elétrons podem ser colocados na subcamada


3d?
n=3 Se l = 2, então ml = -2, -1, 0, +1, ou +2

3d 5 orbitais que podem conter um total de 10 e-

l=2
 Elétrons em orbitais menores são mantidos mais firmemente ao
núcleo, logo têm menor energia.
 O tamanho dos orbitais tende a aumentar à medida que o valor de n
aumenta.

 Isso é válido para átomos de hidrogênio, mas não para os átomos


Energias de com múltiplos elétrons.
 À medida que a carga nuclear aumenta, o tamanho do orbital
orbitais e diminui.
 Os elétrons interagem com outros elétrons e com o núcleo com
configurações carga positiva.
eletrônicas  Para elétrons em orbitais maiores, a carga sentida é uma
combinação da carga nuclear real e da carga de compensação dos
elétrons localizados em orbitais menores próximos ao núcleo.
 O mascaramento da carga nuclear por outros elétrons é chamado
blindagem.
 A blindagem resulta em uma carga nuclear efetiva reduzida.
Carga nuclear efetiva(Zeff)

Energias de
orbitais e  O conceito de carga nuclear efetiva permite entender a demanda
de energia dos orbitais.
configurações  A ordem aceitável de energias dos orbitais que surge desses
eletrônicas cálculos é 1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s,
5f, 6d e 7p.
 Cálculos da comparação do tamanho do orbital com a
probabilidade de penetração podem ser realizados para
determinar a ordenação.
 As configurações eletrônicas são escritas seguindo a sequência
de energia para orbitais atômicos.
 O princípio da edificação (aufbau) exige que “preenchamos”
orbitais começando com o de mais baixa energia e prosseguindo
para o de mais alta energia.
 Segundo a regra de Hund, dentro de um subnível, os elétrons
ocupam orbitais individualmente e com spins paralelos sempre
Regra de Hund que possível.
e o princípio da  Diagramas com quadros são usados para representar os orbitais.
edificação  Uma representação simplificada usa algarismos sobrescritos para
indicar o número de elétrons em um conjunto de orbitais.
(aufbau)  1s22s22p2 é a configuração eletrônica do carbono.

 A notação abreviada torna a escrita das configurações eletrônicas


de manejo menos difícil e introduz um conceito fundamental que
relaciona a estrutura eletrônica com a ligação química.
 [He] 2s2 2p2 é a abreviação do carbono.
 Os elétrons mais internos, que ficam mais próximos ao núcleo, são
chamados elétrons centrais.
Regra de Hund  Eles podem ser representados pelo símbolo atômico do gás nobre
que tem a configuração eletrônica correspondente.
e o princípio da  Os elétrons mais externos são em geral chamados elétrons de
edificação valência.
 Eles são mencionados explicitamente quando uma notação
(aufbau) abreviada de gás nobre é usada para escrever configurações
eletrônicas.
 Os elétrons de valência determinam a reatividade.
"Preencher" elétrons em orbitais de energia mais baixa (princípio de Aufbau)

Orbitais e números
quânticos
• Os orbitais podem ser
classificados em termos de
energia para produzir um
diagrama de Aufbau.
?? • Observe que o seguinte
diagrama de Aufbau é para um
C 6 elétrons
sistema de um só elétron.
B 5 elétrons B 1s22s22p1 • À medida que n aumenta, o
Be 4 elétrons Be 1s22s2 espaçamento entre os níveis de
Li 3 elétrons Li 1s22s1 energia torna-se menor.
2
He 2 elétrons He 1s
H 1 elétron H 1s1
O arranjo mais estável de elétrons em subcamadas é aquele com
o maior número de spins paralelos (Regra de Hund).
Ordem dos orbitais (preenchimento) no átomo
multieletrônico

Ne 10 elétrons
Ne 1s22s22p6
F 9 elétrons
C 6 elétrons 22s22p5
F 1s
C 1s22s22p2 O 8 elétrons
O 1s22s22p4
N 7 elétrons
N 1s22s22p3
1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s
Paramagnético Diamagnético
elétrons desemparelhados todos os elétrons emparelhados

2p 2p
• Escreva os quatro números quânticos para um elétron em um orbital 3p.

Estratégia O que “3” e “p” designam em 3p?


Quantos orbitais (valores de mℓ) existem em uma subcamada 3p?
Quais são os valores possíveis do número quântico de spin do elétron?
Solução Para começar, sabemos que o número quântico principal n é 3 e o
número quântico do momento angular ℓ deve ser 1 (porque estamos lidando com
um orbital p). Para ℓ = 1, há três valores de mℓ dados por −1, 0 e 1. Como o
número quântico de spin do elétron ms pode ser + ½ ou −½, concluímos que
existem seis maneiras possíveis de designar o elétron usando a notação (n, ℓ, mℓ,
ms).

Estes são:

Verifique Nessas seis designações, vemos que os valores de ne ℓ são constantes, mas os
valores de mℓ e ms podem variar.
 A tabela periódica e as configurações eletrônicas previstas pela
mecânica quântica são relacionadas.
Tabela  A tabela periódica é dividida nos blocos s, p, s e f.
periódica e as  Os elementos em cada bloco são semelhantes em relação ao fato
configurações de o elétron no orbital de mais alta energia vir do mesmo subnível.
 Por causa dessa estrutura, podemos utilizar a tabela periódica
eletrônicas para determinar as configurações eletrônicas para a maioria dos
elementos.
Qual é a configuração eletrônica do Mg?
Mg 12 elétrons
1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s
1s22s22p63s2 2 + 2 + 6 + 2 = 12 elétrons
Abreviado como [Ne] 3s2 [Ne] 1s22s22p6

Quais são os números quânticos possíveis para o último elétron (mais


externo) em Cl?
Cl 17 elétrons 1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s
1s22s22p63s23p5 2 + 2 + 6 + 2 + 5 = 17 elétrons
Último elétron adicionado ao orbital 3p
n=3 l=1 ml = -1, 0, ou +1 ms = ½ ou -½
Tabela
periódica e as
 O formato da tabela periódica pode ser dividido em blocos, de
configurações acordo com o tipo de orbital ocupado pelo elétron de mais alta
eletrônicas energia no estado fundamental de cada elemento.
 Encontramos o elemento de interesse na tabela periódica e
escrevemos seus elétrons centrais usando a notação abreviada
com o gás nobre anterior.
 Determinamos, então, os elétrons de valência marcando onde o
elemento fica dentro do seu próprio período na tabela.
Configurações de elétrons do estado fundamental dos elementos

ns2np6
ns1

ns2np1
ns2np2
ns2np3
ns2np4
ns2np5
ns2

d10
d1

d5

4f
5f
Um átomo de um determinado elemento possui 15 elétrons. Sem consultar uma
tabela periódica, responda às seguintes perguntas:
(a) Qual é a configuração eletrônica do estado fundamental do elemento?
(b) Como o elemento deve ser classificado?
(c) O elemento é diamagnético ou paramagnético?
Solução
Sabemos que para n = 1 temos um orbital 1s (2 elétrons); para n = 2 temos um orbital 2s (2 elétrons) e
três orbitais 2p (6 elétrons); para n = 3, temos um orbital 3s (2 elétrons). O número de elétrons
restantes é 15 - 12 = 3 e esses três elétrons são colocados nos orbitais 3p. A configuração eletrônica é
1s2 2s2 2p6 3s2 3p3.

(b) Como a subcamada 3p não está completamente preenchida, este é um elemento representativo.
Com base nas informações fornecidas, não podemos dizer se é um metal, um não metal ou um
metalóide.

(c) De acordo com a regra de Hund, os três elétrons nos orbitais 3p têm spins paralelos (três elétrons
desemparelhados). Portanto, o elemento é paramagnético.
 Quando os números de prótons e elétrons não são iguais, o
resultado é uma espécie com uma carga líquida chamada íon.
 Uma partícula com mais prótons que elétrons tem carga positiva e é
chamada cátion.
 Uma partícula com mais elétrons que prótons tem carga negativa e
é chamada ânion.

 Um íon que deriva de um único átomo é chamado íon


monoatômico.
 Um íon que deriva de um grupo de átomos e contém uma carga
Íons geral é chamado íon poliatômico.
Configurações de elétrons de cátions e ânions
De Elementos Representativos

Na [Ne]3s1 Na+ [Ne] Os átomos perdem elétrons de


modo que o cátion tem uma
Ca [Ar]4s2 Ca2+ [Ar]
configuração de elétron
Al [Ne]3s23p1 Al3+ [Ne] externo de gás nobre.

H 1s1 H- 1s2 ou [He]


Os átomos ganham
elétrons para que o ânion F 1s22s22p5 F- 1s22s22p6 ou [Ne]
tenha uma configuração O 1s22s22p4 O2- 1s22s22p6 ou [Ne]
de elétron externo de gás
nobre. N 1s22s22p3 N3- 1s22s22p6 ou [Ne]
+1
Cátions e ânions de elementos representativos

+2

-1
-3
+3

-2
 Um elemento e seu íon têm o mesmo símbolo químico, mas
propriedades diferentes.
 Por exemplo:
 Os átomos de sódio metálico perdem um elétron para formar
Íons e suas cátions de sódio.
 O sódio metálico reage violentamente com a água.
propriedades  As moléculas de cloro gasoso ganham elétrons para formar ânions
de cloro (cloreto).
 O gás de cloro reage violentamente com o sódio metálico.
 Os compostos iônicos que contém cátion sódio e ânion cloro são
dissolvidos na água sem reagir.
Tendências  Com base nos conceitos sobre os orbitais e a estrutura atômica, é
periódicas nas possível explicar algumas propriedades periódicas.
 Tamanho atômico
propriedades  Energia de ionização
 Afinidade eletrônica
atômicas
 O nível no qual os elétrons de valência são encontrados afeta o
tamanho atômico.
 O tamanho dos orbitais de valência aumenta com n, ou seja, o
tamanho do átomo aumenta ao descermos de período.

 A força da interação entre o núcleo e os elétrons de valência afeta


o tamanho atômico.
 A carga nuclear efetiva mais alta produz uma atração mais forte
entre os elétrons e o núcleo.
 Logo, os elétrons de valência são puxados para mais perto do núcleo
e o tamanho do átomo diminui.
Tamanho
atômico
 O gráfico mostra o raio
atômico como uma função do
número atômico.
 Os diferentes tons de cinza e
símbolos de pontos de dados
representam os diferentes
períodos na tabela periódica

Tamanho
atômico
Tendências dos tamanhos dos íons
• Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos
em um grupo na tabela periódica.
• Todos os membros de uma série isoeletrônica têm o mesmo número de elétrons.
• Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica, os íons tornam-se
menores :
O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+
Referindo-se a uma tabela periódica, organize os seguintes átomos em ordem
crescente de raio atômico: P, Si, N.

Estratégia Quais são as tendências dos raios atômicos em um grupo periódico e em um


determinado período? Quais dos elementos anteriores estão no mesmo grupo? no
mesmo período?

Solução Na tabela periódica vemos que N e P estão no mesmo grupo (Grupo 5A).
Portanto, o raio de N é menor do que o de P (o raio atômico aumenta à medida que
descemos um grupo).

Tanto Si quanto P estão no terceiro período, e Si está à esquerda de P. Portanto, o raio


de P é menor do que o de Si (o raio atômico diminui à medida que nos movemos da
esquerda para a direita em um período).

Assim, a ordem de aumento do raio é


N < P < Si
Energia de 
ionização
 Do nitrogênio para o oxigênio há uma pequena diminuição na
energia de ionização, em vez do aumento esperado com base na
tendência periódica.
 O nitrogênio tem um subnível p parcialmente preenchido.
 O oxigênio deve emparelhar dois elétrons em um dos orbitais 2p.
 A ionização do oxigênio provoca menos repulsão elétron-elétron,
Energia de suficiente para a energia de ionização do oxigênio ser menor que a
do nitrogênio.
ionização  A energia de ionização aumenta com ionizações sucessivas para o
mesmo elemento.
 A carga nuclear efetiva dos elétrons de valência é maior para o íon
do que para o átomo neutro.

 Subníveis preenchidos de elétrons são difíceis de quebrar, e, como


veremos, esse fato nos ajudará a entender as ligações químicas.
Tendências gerais nas primeiras energias de ionização

Aumentando da primeira energia de ionização


Aumentando da primeira energia de ionização
Variações nas energias de ionização sucessivas

• Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um


elétron mais interno é removido.

I1 < I2 < I3
(a) Qual átomo deve ter uma primeira energia de ionização menor: oxigênio ou
enxofre?

(b) Qual átomo deve ter uma segunda energia de ionização mais alta: lítio ou
berílio?
Estratégia
(a) A primeira energia de ionização diminui à medida que descemos um grupo porque o
elétron mais externo está mais longe do núcleo e sente menos atração.

(b) A remoção do elétron mais externo requer menos energia se estiver protegido por uma
camada interna preenchida.

Solução
(a) O oxigênio e o enxofre são membros do Grupo 6A. Eles têm a mesma configuração de
elétrons de valência (ns2np4), mas o elétron 3p no enxofre está mais distante do núcleo e
experimenta menos atração nuclear do que o elétron 2p no oxigênio. Assim, prevemos que
o enxofre deve ter uma primeira energia de ionização menor.
As configurações eletrônicas de Li e Be são 1s2 2s1 e 1s2 2s2, respectivamente. A segunda
energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um elétron de um íon
gasoso unipositivo em seu estado fundamental. Para o segundo processo de ionização,
escrevemos

Como os elétrons 1s protegem os elétrons 2s com muito mais eficácia do que uns aos
outros, prevemos que deve ser mais fácil remover um elétron 2s de Be+ do que remover
um elétron 1s de Li+.
Afinidade 
eletrônica
Afinidades eletrônicas
• A afinidade eletrônica é o oposto da energia de ionização.
• A afinidade eletrônica é a alteração de energia quando um átomo gasoso ganha
um elétron para formar um íon gasoso:
Cl(g) + e-  Cl-(g)

• A afinidade eletrônica pode ser tanto exotérmica (como o exemplo acima)


quanto endotérmica:
Ar(g) + e-  Ar-(g)
• Analise as configurações eletrônicas para determinar se a afinidade eletrônica é
positiva ou negativa.
• O elétron extra no Ar precisa ser adicinado ao orbital 4s, que tem uma energia
significativamente maior do que a energia do orbital 3p.
Metais
Subníveis ns e np são totalmente preenchidos. Maior energia de
ionização de todos os elementos.
Sem tendência para aceitar elétrons extras.
• Por que as afinidades eletrônicas dos metais alcalino-terrosos,
mostradas na Tabela abaixo, são valores negativos ou pequenos
positivos?
Estratégia Quais são as configurações eletrônicas dos metais alcalino-terrosos? O elétron
adicionado a tal átomo seria fortemente mantido pelo núcleo?

Solução A configuração eletrônica de valência dos metais alcalino-terrosos é ns2, onde n é o


número quântico principal mais alto. Para o processo

onde M denota um membro da família do Grupo 2A, o elétron extra deve entrar na
subcamada np, que é efetivamente protegida pelos dois elétrons ns (os elétrons ns são mais
penetrantes do que os elétrons np) e os elétrons internos. Consequentemente, os metais
alcalino-terrosos têm pouca tendência de pegar um elétron extra.
 A fórmula química descreve o  A fórmula molecular do
composto em termos dos etileno é C2H4.
seus elementos constituintes.
 A fórmula empírica é CH2.
 Composto químico é uma
substância pura constituída  O polietileno pode ser escrito
de átomos de dois ou mais como –[CH2CH2]n–
elementos unidos por  Os travessões foram
ligações químicas. adicionados para reforçar que
Fórmulas  Existem dois tipos de essas unidades estão ligadas
de ponta a ponta para
fórmulas químicas:
químicas  Fórmula molecular: construir a longa cadeia do
polímero.
descreve a composição
atômica de uma molécula
de maneira eficiente.
 Fórmula empírica: fornece
apenas a proporção relativa
entre os números de
átomos de diferentes
elementos presentes.
1. Indique os tipos de átomos na substância e seus símbolos
atômicos.
Regras para 2. O número de cada átomo no composto é indicado por um
índice inferior à direita do símbolo atômico.
escrever 3. Grupos de átomos podem ser indicados com parênteses.
fórmulas  Os índices inferiores fora dos parênteses significam que todos
aqueles átomos entre os parênteses estão multiplicados pelo valor
químicas indicado no índice inferior.

4. As moléculas de água associadas a determinados compostos


chamados hidratos são indicadas separadamente do resto do
composto.
 As ligações químicas compartilham duas características:
 Todas as ligações envolvem troca ou compartilhamento de elétrons.
 A troca ou compartilhamento de elétrons resulta na diminuição da
energia do composto em relação aos átomos separados.

 Categorias de ligações químicas:


Ligações  Iônicas: ligações em compostos que têm coleções de íons com
cargas opostas que formam um extenso arranjo chamado rede.
químicas  Metálicas: ligações em que os núcleos e algumas frações de seus
elétrons compreendem um “cerne” carregado positivamente
localizado nos pontos de rede, e outros elétrons movem-se mais ou
menos livremente em toda a rede.
 Covalente: ligações em que os elétrons são compartilhados entre
pares de átomos, em vez de doados de um átomo para o outro, ou
movem-se ao longo de uma rede inteira.
 A ligação iônica ocorre quando os
íons se organizam em um extenso
Ligação iônica arranjo chamado rede e são
mantidos juntos pela atração de
íons com cargas opostas.
 Os núcleos metálicos com carga positiva são organizados em uma
rede.
 Os elétrons se movem mais ou menos livremente ao longo de
toda a rede.
 O movimento livre permite que os metais conduzam eletricidade.

Ligação
metálica
 Nas ligações covalentes, os elétrons são
compartilhados em pares.

Ligação  Um, dois ou três pares de elétrons podem


ser compartilhados entre dois núcleos.
covalente  Isso resulta em ligações duplas ou triplas
e permite a formação de longas cadeias
em todos os polímeros.

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