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FQ - QUÍMICA

Evolução dos modelos atómicos M20

eletrões → carga elétrica negativa


protões → carga elétrica positiva
neutrões → carga elétrica nula

Átomos iguais correspondem ao mesmo elemento químico e representam-se por um


símbolo químico.

Exemplos:

Elemento Símbolo
químico químico

Hidrogénio H

Hélio He

Lítio Li

Oxigénio O

Nitrogénio N

Carbono C

Sódio Na
Um átomo é a menor porção de matéria que mantém a identidade de um determinado
elemento químico.

- A matéria é constituída por átomos que não se podem dividir.

- Os átomos têm diferentes tamanhos e formas, de acordo com o material a que


pertencem.

Modelo atómico de Dalton

- Os átomos de um dado elemento químico


são iguais entre si e indivisíveis.

- Os átomos de diferentes elementos têm


diferentes massas e tamanhos e combinam-se
para originar substâncias compostas.

- As reações químicas resultam no rearranjo


de átomos, mas não na sua criação ou destruição.

Modelo atómico de Thomson

- Os átomos contêm “corpúsculos” com carga


elétrica negativa, extremamente leves (mais tarde
designados por eletrões).

- Modelo atómico “análogo” a um pudim ou a


um bolo de passas: “Os átomos são constituídos
por corpúsculos com carga elétrica negativa,
dispostos sobre um material com carga elétrica
positiva, tal como passas num pudim.”

Modelo atómico de Rutherford

- A carga positiva do átomo encontra-se


localizada numa região central (núcleo) de
dimensões extremamente reduzidas.

- O núcleo concentra a quase totalidade


da massa do átomo.
- Os eletrões movem-se em torno do núcleo.

Modelo atómico de Bohr

- Os eletrões movem-se em torno do núcleo


em órbitas bem definidas.

- As órbitas dos eletrões estão associadas à


sua energia e podem designar-se também por níveis
de energia.

- Quanto mais afastado do núcleo se encontra um


nível, maior a sua energia.

Modelo da nuvem eletrónica (atual)

- Os eletrões não se movem em órbitas,


mas sim em orbitais.

- As orbitais definem as regiões do espaço,


em torno do núcleo, onde é mais provável
encontrar os eletrões, mas não as suas trajetórias.

- O conjunto das orbitais ocupadas por eletrões


designa-se por nuvem eletrónica.

- Os eletrões que ocupam orbitais diferentes


apresentam energias diferentes.

Dimensões da nuvem eletrónica


A representação da nuvem eletrónica de um átomo é a forma de “visualizar” a probabilidade
de encontrar o eletrão em torno do núcleo atómico.

A probabilidade de encontrar um eletrão em A


ou em D é maior do que em F ou em E.

A probabilidade de encontrar o eletrão em torno


do núcleo é igual para pontos à mesma distância
do núcleo e diminui, em geral, com o aumento
dessa distância.

Raio atómico

O raio atómico de um átomo é a distância entre o núcleo e o limite da sua nuvem eletrónica.

Átomos e elementos químicos M21

Massa das partículas subatómicas

dimensão do átomo → relaciona-se com a dimensão da nuvem eletrónica


Massa do átomo → determinada pelas partículas nucleares (p +, n0, e-)

A massa de um protão ou de um neutrão é 1818 vezes maior do que a massa de um


eletrão.

Caracterização dos elementos químicos

Elemento químico → Caracteriza-se pelo número de protões que os seus átomos têm no
núcleo

Carga elétrica nuclear (CN) de um átomo:


- é positiva,
- tem valor igual ao do número de protões.
Carga elétrica da nuvem eletrónica (CNE) de um átomo:
- é negativa,
- tem valor igual ao do número de eletrões.

Os átomos são eletricamente neutros, ou seja, o seu número de protões é igual ao seu
número de eletrões.

Número atómico e número de massa de átomos

Número atómico (Z) = número de protões de um átomo

Número de massa (A) = número de nucleões (protões e neutrões) de um átomo


Isótopos e iões

Isótopos

Todos os átomos de um determinado elemento químico têm o mesmo número atómico.

No entanto, existem átomos do mesmo elemento químico que não possuem o mesmo
número de massa, uma vez que o número de neutrões pode variar.

Isótopos são átomos diferentes de um mesmo elemento, com o mesmo número de protões
e diferente número de neutrões. Ou seja, têm o mesmo número atómico e diferente número
de massa.

Abundância isotópica e massa atómica relativa

A abundância isotópica (AI) numa amostra é a fração do número de átomos de um dado


isótopo relativamente ao número de átomos total.

Quando a amostra é representativa da abundância natural desse elemento, diz-se


abundância isotópica natural (AIN).

As amostras comuns têm diversos isótopos.

A partir das massas atómicas dos isótopos (ma) determina-se a massa atómica relativa (Ar).

A massa atómica relativa de uma amostra de elemento X, Ar(X), é a média ponderada


das massas atómicas dos seus isótopos Xi, ma(Xi), tendo em conta as suas abundâncias
isotópicas, AI(Xi):
Representação simbólica de iões

-
Li (átomo de Lítio) → Li+ (ião Lítio)

Átomo → que cede eletrões → Ião positivo ou catião

Li (átomo de Lítio) → Li-(ião Lítio)

Átomo → que capta eletrões → Ião positivo ou catião

A carga elétrica dos iões resulta da soma da carga elétrica nuclear (CN) e da carga elétrica
da nuvem eletrónica (CNE).

Átomo (não tem carga elétrica) → tem igual número de protões e eletrões → valor absoluto da CN =
valor absoluto da CNE

CATIÃO:

Catião (Carga elétrica positiva) → tem mais protões do que eletrões → Valor absoluto da CN > valor
absoluto da CNE

ANIÃO:

Anião (carga elétrica negativa) → tem menos protões do que eletrões → Valor absoluto da CN <
valor absoluto da CNE

A – número de massa
Z – número atómico
n+ - carga elétrica do catião
n− - carga elétrica do anião
Distribuições eletrónicas M23

Energia dos eletrões nos átomos

Nos átomos, os eletrões ocupam níveis de energia bem definidos, não podendo assumir
valores intermédios.

Os níveis de energia são designados por números inteiros (n = 1, 2, 3, …).

● Os eletrões ocupam níveis com valor de energia bem definido.

● Quanto mais próximo do núcleo, menor a energia de um nível.

● Os eletrões não podem assumir valores de energia intermédios, ou seja, que não
correspondam a níveis de energia.

Transições eletrónicas

Para um eletrão transitar para um nível de energia


superior, o átomo terá de absorver uma quantidade
de energia exatamente igual à diferença de energia
entre os níveis, nfinal e ninicial.

Se um eletrão transitar para um nível de energia


inferior, o átomo terá de emitir uma quantidade de
energia exatamente igual à diferença de energia
entre os níveis, nfinal e ninicial.

t
Distribuição eletrónica

- O número máximo de eletrões que cada nível de energia, n, pode acomodar, é dado
pela expressão:
2n2
- Princípio da energia mínima: os eletrões de um átomo ocupam preferencialmente os
níveis que lhe conferem energia mais baixa.

Eletrões de valência: eletrões que ocupam o nível eletrónico mais afastado do núcleo.

Eletrões do cerne: todos os eletrões que não são de valência, ou seja, os que estão mais
próximos do núcleo.

Estabilidade e distribuições eletrónicas

Os átomos participam em reações químicas para obter maior estabilidade. As reações


químicas envolvem apenas os eletrões de valência.

Os gases nobres apresentam grande estabilidade na sua camada de valência e por isso
têm pouca tendência para reagir.

Os átomos dos gases nobres têm pouca tendência a ligar-se porque são muito estáveis.

A tabela periódica M24

Empédocles (filósofo grego) → os quatro elementos: água, terra, fogo e ar.


Os elementos segundo Lavoisier

- verificou que o ar era composto por: dinitrogénio (N₂) e dioxigénio (O₂)

- E que a água se decompunha em: dioxigénio (O₂) e di-hidrogénio (H₂)

água e ar → não são elementos

dinitrogénio, dioxigénio, di-hidrogénio → substâncias elementares

Substâncias elementares são substâncias que não podem ser decompostas para originar
substâncias mais simples.

As “tríades” de Döbereiner

- Observou que certos grupos de três elementos partilhavam propriedades semelhantes.

- Organizou estes grupos de elementos pela sua massa atómica e designou-os por
“tríades”.

A “lei das oitavas” de Newlands

- Observou que as propriedades químicas de elementos organizados pela sua massa


atómica se repetiam a cada oito elementos.

- Assinalou 11 grupos de elementos químicos com propriedades semelhantes, conforme


a sua “lei das oitavas”.

A Tabela Periódica de Mendeleev

- Afirmou que as propriedades químicas dos elementos são uma função periódica das
suas massas atómicas.

- Elaborou um quadro periódico (Tabela Periódica), onde assinalou grupos (colunas) de


elementos com propriedades químicas semelhantes.

- Previu a possibilidade da descoberta de elementos ainda não conhecidos, deixando os


respetivos espaços por preencher na sua Tabela Periódica.
Propriedades periódicas e número atómico

Foi Henry Moseley quem organizou os elementos químicos, na Tabela Periódica, por ordem
do seu número atómico.

- Afirmou que as propriedades químicas dos elementos são uma função periódica do seu
número atómico.

- Reorganizou a Tabela Periódica em função do número atómico dos elementos.

A tabela periódica atual

Grupo
(coluna vertical)
Agrupa elementos com:
- Propriedades químicas semelhantes;
- Igual número de eletrões de valência.
Período
(linha horizontal)
- O período de um elemento igual ao número de níveis de energia preenchidos ou em
preenchimento.
- Elementos do mesmo período têm igual número de níveis preenchidos ou em
preenchimento.

Famílias de elementos químicos M25

Propriedades físicas e químicas de metais

Propriedades físicas dos metais:


- Duros
- Brilhantes
- Maleáveis
- Pouco voláteis (com pontos de fusão e de ebulição elevados)
- Bons condutores térmicos
- Bons condutores elétricos

Propriedades químicas dos metais:

- Grande parte dos metais reage com o dioxigénio do ar, formando óxidos de metal
sólidos.

Metal(s) + Dioxigénio(g) → Óxido de metal(s)

- Os óxidos de alguns metais reagem com a água formando hidróxidos de metal básicos.

Óxido de metal(s) + Água(l) → Hidróxido de metal(aq)

Propriedades físicas e químicas de não metais


Propriedades físicas dos não metais:
- Voláteis (se líquidos)
- Pouco maleáveis e quebradiços (se sólidos)
- Maus condutores térmicos
- Maus condutores elétricos

Propriedades químicas dos não metais:

- Os não metais reagem com o dioxigénio do ar, formando óxidos de não metais
gasosos.

Não metal(s) + Dioxigénio(g) → Óxido de não metal(g)

- Os óxidos dos não metais reagem com a água originando soluções ácidas.

Óxido de não metal(s) + Água(l) → Ácido(aq)

Metais Alcalinos

Grupo 1 da Tabela Periódica – Metais alcalinos


Sódio (Na)
Potássio (K)
Rubídio (Rb)
Césio (Cs)
Frâncio (Fr)
(exceto o hidrogénio)
Lítio (Li)

- Apresentam um eletrão de valência

- Macios e brilhantes

- Baixa densidade

- Baixo ponto de fusão

- Reagem com a água originando soluções alcalinas (com hidróxidos do metal em


solução)
- Ardem vigorosamente em contacto com o dioxigénio do ar originando óxidos de metal
- Reagem vigorosamente com os halogéneos (grupo 17), originando sais

Metais Alcalinoterrosos

Grupo 2 da Tabela Periódica – Metais alcalinoterrosos


Berílio (Be)
Magnésio (Mg)
Cálcio (Ca)
Estrôncio (Sr)
Bário (Ba)
Rádio (Ra)

- Apresentam dois eletrões de valência

- Macios e brilhantes

- Baixa densidade

- Baixo ponto de fusão

- Reagem com a água originando soluções alcalinas (com hidróxidos do metal em


solução)
- Ardem em contacto com o dioxigénio do ar originando óxidos de metal

- Reagem com os halogéneos (grupo 17), originando sais.

- As reações dos metais alcalinoterrosos são genericamente menos vigorosas do que as


dos metais alcalinos

Halogéneos

Grupo 17 da Tabela Periódica – Halogéneos


Flúor (F)
Cloro (Cl)
Bromo (Br)
Iodo (I)
Ástato (At)

- Apresentam sete eletrões de valência


- Extremamente agressivos para os seres vivos e o ambiente, na sua forma elementar.

- Muito reativos

- Combinam-se facilmente com os metais alcalinos e os metais alcalinoterrosos,


originando compostos iónicos (sais)

Gases nobres

Grupo 18 da Tabela Periódica – Gases nobres


Hélio (He)
Néon (Ne)
Árgon (Ar)
Crípton (Kr)
Xénon (Xe)
Rádon (Rn)

- Apresentam oito eletrões de valência (com exceção do hélio que apresenta dois
eletrões na última camada)
- Inodoros

- Incolores

- Monoatómicos (têm pouca tendência a estabelecer ligações com outros átomos)

- Pouco reativos. Têm pouca tendência a participar em reações químicas

Propriedades e estrutura atómica de metais e não metais M26

→ Os metais têm tendência a ceder eletrões originando catiões

→ Os metais têm tendência a captar eletrões originando aniões

Estrutura atómica e propriedades dos metais alcalinos

metais alcalinos → grupo 1 → 1 eletrão de valência → tem tendência a ceder esse eletrão →
originando catiões monopositivos (+1)
- Os metais alcalinos (grupo 1) aumentam a sua estabilidade se originarem catiões
monopositivos (+1)

Estrutura atómica e propriedades dos metais alcalinoterrosos

metais alcalinoterrosos → grupo 2 → 2 eletrões de valência → tem tendência a ceder esses eletrões →
originando catiões dispositivos (+2)

- Os metais alcalinoterrosos (grupo 2) aumentam a sua estabilidade se originarem


catiões dipositivos (+2)

Estrutura atómica e propriedades dos não metais

Halogéneos → grupo 17 → 7 eletrões de valência → tem tendência a captar 1 eletrão → originando


aniões mononegativos (-1)

- Os halogéneos (grupo 17) aumentam a sua estabilidade se originarem aniões mononegativos


(−1)

Não metais do grupo 19 → 6 eletrões de valência → têm tendência a captar 2 eletrões → originando
aniões dinegativos (-2)

- Os não metais do grupo 16 aumentam a sua estabilidade se originarem aniões


dinegativos (-2)

Formação de sais envolvendo metais e não metais

- Os metais alcalinos e os metais alcalinoterrosos tendem a reagir com os


halogéneos, originando sais.

Ligação covalente M27

Natureza elétrica da ligação covalente

Uma ligação química é uma interação de natureza elétrica que mantém coeso um conjunto
de átomos.

O tipo de ligação preferencialmente estabelecida entre átomos de não metais designa-se


por ligação covalente.

Uma ligação covalente ocorre quando átomos se ligam com sobreposição das suas nuvens
eletrónicas, partilhando pares de eletrões. O número de eletrões numa ligação covalente é
sempre par.
Notação de Lewis

As ligações entre os átomos envolvem apenas os eletrões de valência.

- Representam-se apenas os eletrões de valência;

- Os eletrões afetos a átomos individuais representam-se por pontos (●);

- Os pares de eletrões em ligações químicas representam-se por traços (―)

Ligações covalentes simples, duplas e triplas

A formação de ligações covalentes implica a partilha de pares de eletrões.


A sua representação faz-se utilizando traços (―) que unem os átomos envolvidos.

Ligação covalente simples


(partilha de um par de eletrões)

Ligação covalente dupla


(partilha de 2 pares de eletrões)

Ligação covalente tripla


(partilha de 3 pares de eletrões)
Para o mesmo tipo de átomos → quanto maior o número de eletrões partilhado numa ligação
covalente → mais forte é a ligação química → menor a distância entre os núcleos de dois átomos
ligados - comprimento de ligação

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