Técnico de Mecatrónica Automóvel

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1. Estrutura Atómica

1.1. Elementos químicos: Constituição, Isótopos e Massa atómica relativa

1.1.1. Os átomos e as partículas subatómicas

As substâncias são formadas a partir de átomos. São os diferentes tipos de

átomos que, combinados de diferentes maneiras, formam as múltiplas unidades
estruturais que originam inúmeras substâncias.

Os átomos são partículas de pequenas dimensões, a que chamamos partículas

subatómicas. Os átomos são constituídos por protões, neutrões e eletrões.

Os protões são partículas de carga elétrica positiva, os eletrões são partículas

de carga elétrica negativa e os neutrões são partículas sem carga elétrica.

Os protões e os neutrões encontram-se na parte central do átomo – chamado

núcleo, por isso designam-se nucleões.
Os eletrões movem-se em redor do núcleo, formando a nuvem eletrónica.

O número de protões é igual ao número de eletrões, logo os átomos são

eletricamente neutros.

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Pela análise do quadro a baixo, pode-se concluir:

Protões Neutrões Eletrões

Símbolo p n e
Carga elétrica +1 0 -1
Massa (Kg) 1,67x10-27 1,67x10-27 9,11x10-31
Massa (u) 1 1 1/1840
Localização No núcleo No núcleo À volta do núcleo

- A massa de um protão é semelhante à massa de um neutrão, mas a massa de

um protão é cerca de 1840 vezes maior do que a massa de um eletrão. Assim, pode-se
concluir que o núcleo atómico é o grande responsável pela massa de um átomo.

O tamanho do átomo depende, fundamentalmente do modo como os eletrões

se movem em torno do núcleo, na sua nuvem eletrónica. Assim, o tamanho do átomo
depende da nuvem eletrónica.

A carga nuclear é positiva e igual ao número de protões.

1.1.2. Elementos Químicos

São conhecidos cerca de 115 elementos químicos e que cada elemento químico
corresponde a um tipo característico de átomos, isto é, não existem dois elementos
químicos que possuam átomos iguais.

O Elemento Químico é caracterizado pelo seu número atómico, isto é, o

número de protões e representa-se por Z.

O número de atómico (Z) indica o número de protões existentes no núcleo

de um átomo e é característico de cada elemento químico.

Por exemplo,
- os átomos do elemento oxigénio têm 8 protões, logo tem Z= 8
- os átomos do elemento cloro têm 17 protões, logo tem Z= 17
- os átomos do elemento hidrogénio têm 1 protões, logo tem Z= 1

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Todos os átomos com o mesmo número atómico, isto é, com o mesmo

número de protões, pertencem ao mesmo elemento químico.

Cada elemento químico representa-se pelo seu símbolo químico.

Um elemento químico representa-se simbolicamente por:

Z - é o número atómico = número de protões.

A – é o número de massa = soma do número de protões e neutrões.

Calcula-se o número de neutrões: Nº neutrões = A-Z

Assim, voltando ao exemplo do átomo de Carbono, este apresenta:

• Número de protões= 6 (igual ao número atómico)
• Número de eletrões= 6 (igual ao número de protões)
• Número de neutrões = 8 (igual a 14-6 =8)
• Carga nuclear= +6

1.1.3. Isótopos de um Elemento

Os átomos de um determinado elemento químico têm sempre o mesmo

número de protões. Contudo, podem apresentar diferente número de neutrões.

Os átomos do mesmo elemento químico com igual número atómico, mas

diferente número de neutrões chamam-se Isótopos.

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Isótopos são átomos do mesmo elemento químico, por isso têm igual número
atómico mas diferente número de massa, por possuírem diferente número de
neutrões.

1.1.4. Massa atómica relativa de um elemento

A massa atómica relativa de um elemento, Ar, indica o número de vezes que

massa dos átomos desse elemento é maior do que a massa do padrão de massa
atómicas, considerada uma unidade de massa atómica (1u).
O valor de referência usado como padrão para a massa dos átomos e das moléculas é
1/12 da massa do átomo de carbono -12 (12 6C).

Como os átomos dos diferentes isótopos têm diferentes números de neutrões,

as suas massas relativas – massas isotópicas relativas – são diferentes.

Para determinar a massa atómica relativa de um elemento, Ar, tem de se

conhecer os isótopos desse elemento e a abundância de cada um na Natureza.

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1.1.5. Formação de iões

Um átomo é uma partícula eletricamente neutra, logo Nº protões = Nº eletrões

Quando um átomo, perde ou ganha eletrões, deixa de ser eletricamente neutro e

transforma-se num ião.

• Ião Positivo ou Catião

Quando o átomo perde um ou mais eletrões, fica com excesso de cargas positivas,
transformando-se num ião positivo ou catião.

Li à Li+ + 1 e-

Átomo de Lítio ------- perde 1 e- -------à Ião de Lítio

- 3 protões - 3 protões
- 3 eletrões - 2 eletrões
- 4 neutrões - 4 neutrões

• Ião Negativo ou Anião

Quando o átomo ganha um ou mais eletrões, fica com excesso de cargas

negativas, transformando-se num ião negativo ou anião.

F + 1 e- à F-

Átomo de fluor ------- ganha 1 e- -------à Ião de fluoreto

- 9 protões - 9 protões
- 9 eletrões - 10 eletrões
- 10 neutrões - 10 neutrões

Só se altera a nuvem eletrónica do átomo para formar um ião e não se altera o

núcleo atómico. A massa de um ião é aproximadamente igual à massa do átomo que
lhe deu origem.

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Catião é um ião com carga elétrica positiva, o átomo perde eletrões e

número de protões é maior ao número de eletrões.

Anião é um ião com carga elétrica negativa, o átomo ganha eletrões e

número de protões é menor ao número de eletrões.

1.2. Modelo atómico atual simplificado

1.2.1. Modelo da nuvem eletrónica

O conceito de átomo evoluiu ao longo da história. Vamos fazer uma breve

referência aos cientistas que mais influenciaram a evolução dos modelos atómicos.

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Atualmente sabe-se que os eletrões se movem a velocidades elevadas em

torno do respetivo núcleo, sem trajetória definida.

No seu movimento, um eletrão com uma dada energia pode estar mais perto
ou mais afastado do núcleo, ocupando diferentes posições e sendo algumas dessas
posições mais frequentemente ocupadas do que outras.

À região do espaço e torno do núcleo onde é mais provável

encontrar os eletrões chama-se nuvem eletrónica.

As zonas com maior densidade de pontos representam a

maior probabilidade de se encontrar o eletrão, perto do núcleo.
As zonas com menor densidade de pontos representam a
menor probabilidade de se encontrar o eletrão, mais afastado do
núcleo.
Estes pontos formam uma nuvem sem fronteira bem definida em torno do núcleo
central.

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1.2.2. Distribuição Eletrónica

Para determinar o modo como os eletrões se distribuem à volta do núcleo de um

átomo, deve atender-se a que:

• Quanto mais afastado do núcleo estiver o eletrão, maior é a sua energia;

• Os eletrões estão distribuídos por níveis de energia, n (n=1,2,3,4,...), ou
camadas (K, L, M, N...;
• A cada nível de energia, n, só pode conter no máximo 2n2 eletrões;
• O último nível de energia de um átomo só conter, no máximo, 8 eletrões (a
menos que o ultimo nível de energia seja n=1, caso em que só pode conter, no
máximo, dois eletrões.

O número máximo de eletrões de um nível de energia é dada pela expressão 2n2

Assim:
8O – tem 8 eletrões: 2-6

11Na – tem 11 eletrões: 2-8-1

20Ca – tem 20 eletrões: 2-8-8-2

Os eletrões que ocupam a última camada ou nível de energia chamam-se de eletrões

de valência.

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1.2.3. Notação de Lewis

Quando os átomos se combinam, ocorrem interações entre eles, formando-se

“elos”, ou seja, ligações químicas.
Estas ligações químicas ocorrem através dos eletrões de valência, isto é, através
dos eletrões mais externos. São estas ligações que que explicam a imensa variedade de
substâncias que existem no Universo.

A notação de Lewis é um modo de representar esquematicamente os eletrões de

valência de um átomo ou ião. Consiste na representação de cada átomo ou ião pelo
seu símbolo químico rodeado de pontos ou cruzes, que simbolizam os eletrões de
valência.

Para representar um átomo na notação de Lewis:

• Começa-se por representar um eletrão de valência em cada um dos lados
do símbolo do elemento.
• Em seguida, completa-se esses lados com os restantes eletrões de valência,
• Cada par de eletrões também pode ser representado por um traço.

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