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10º - Resumos de Físico-Química A

Física e Química A (Ensino Secundário (Portugal))

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Química 
Átom  
O átomo é a partícula mais pequena que constitui toda a matéria, sendo que segundo o modelo
atual, o modelo da nuvem eletrónica, esta partícula está dividida em duas partes:
-Núcleo: tem protões (carga +) e neutrões (carga nula), e onde se concentra a massa do átomo.
-Nuvem eletrónica: contém eletrões (carga -), responsável pelo tamanho do átomo.
Os átomos são eletricamente neutros (nº de eletrões = nº de protões).
Cada elemento químico caracteriza-se pelo seu número atómico (nº de protões).
Isótopos: átomos que têm o mesmo número atómico, mas diferente número de massa, por terem
diferente número de neutrões. Quanto mais neutrões o isótopo tiver, mais instável/radioativo é.

*Prótio, deutério e trítio são os nomes dos isótopos do hidrogénio. Para os restantes elementos químicos, designamos
os isótopos por Carbono-13, por exemplo.
*Uma molécula é um conjunto de mais de 2 ou mais átomos de iguais ou diferentes elementos químicos.
*Nº de neutrões = A - Z

Iõe
Os iões surgem quando um átomo ou uma molécula perde ou ganha eletrões (os átomos não
podem perder nem protões nem neutrões), adquirindo carga elétrica positiva ou negativa.
● Anião: é um ião negativo, em que o átomo ganha eletrões, tendo uma carga elétrica negativa.
● Catião: é um ião positivo, em que o átomo perde eletrões, tendo uma carga elétrica positiva.
● Composto iónico: é um conjunto de 2 ou mais iões que se juntam, formando uma partícula
eletricamente neutra, onde há igual quantidade de cargas elétricas- ex: Ca(PO4)2= Ca2+ + 2 PO4- 

Catiões Aniões

Al3+ ião alumínio Fe3+ ião ferro (III) CH3COO- ião acetato I- ião iodeto

NH4+ ião amónio H+ ião hidrogénio Br- ião brometo NO3- ião nitrato

Ba2+ ião bário Li+ ião lítio CO32- ião carbonato NO2- ião nitrito

Ca2+ ião cálcio Mg2+ ião magnésio CN- ião cianeto O2- ião óxido

Pb2+ ião chumbo K+ ião potássio Cl- ião cloreto SO42- ião sulfato

Cu+ ião cobre (I) Ag+ ião prata F- ião fluoreto SO32- ião sulfito

Cu2+ ião cobre (II) Na+ ião sódio PO43- ião fosfato S2- ião sulfureto

Fe2+ ião ferro (II) Zn2+ ião zinco OH- ião hidróxido

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Mass relativ
● Massa atómica relativa, Ar: Nº de vezes que um a massa de um átomo é maior do que a massa
padrão, isto é, 1/12 da massa do carbono-12.
● Massa atómica relativa média, Ar:
Massa ponderada dos isótopos de um
átomo, tendo em consideração as suas
abundâncias na natureza.
● Massa molecular relativa, Mr: Nº de vezes que a massa de uma molécula é maior que a massa
padrão, sendo calculada através da soma das massas atómicas relativas dos seus átomos
constituintes.
*Nenhum dos conceitos anteriores apresenta unidades de medida.

Quantidad químic / quantidad d matéri / quantidad d su tânci


A quantidade química (n) exprime-se em moles (mol) e corresponde à quantidade de uma
substância em 6,022 x 1023 entidades (Constante de Avogadro, NA).
N = n x NA , em que N: número de partículas

Mass molar
A massa molar (M) corresponde à massa de 1 mol, e exprime-se por g/mol, sendo que o valor da
massa molar é igual ao da massa atómica relativa ou da massa molecular relativa da substância em
estudo.
m
M=
n g/mol , em que m: massa da amostra em estudo

Fraçã molar
A fração molar corresponde à quantidade relativa de uma substância face a uma mistura da
qual faz parte, sendo que a soma das frações molares das substâncias de uma mistura é igual a 1.
nA
XA= nA + nB = nTnA
otal

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Radiaçã / L z / Energi  
A luz propaga-se pelo espaço através de ondas eletromagnéticas, caracterizadas pela frequência,
período e comprimento de onda:
-Frequência (f / ν): Nº de oscilações por unidade de tempo, medido em hertz (Hz).
-Período (T): Tempo de uma oscilação, medido em segundos (s).
-Comprimento de onda (λ): Distância percorrida numa oscilação, medido em metros (m).
1 1 c
f = T Hz / T = f s / 𝛌 = �� m , em que c: velocidade da luz no vácuo (3x108 m/s)
A menor porção de luz emitida ou absorvida por um átomo designa-se por fotão, sendo que a
energia do fotão (medida em Joules, J) é diretamente proporcional à frequência da luz:
c
E=n×h×𝜈 ou E = n × h × �� , em que h: constante de Planck (6,6x10-34 m/s)

Espetr  
O conjunto de todas as
radiações de diferentes
energias designa-se de
espetro eletromagnético,
no qual a energia e a
frequência aumentam e o
comprimento de onda
diminui, da esquerda para a
direita.
● Espetro de emissão contínuo: Espetro em que um corpo (lâmpadas de incandescência, corpos
incandescentes (ao rubro) e lâmpadas de halogéneo) imite todas as formas de luz.
● Espetro de emissão descontínuo: Espetro em que um corpo (lâmpadas fluorescentes, teste da
chama, tubos de pluecker, néons publicitários e fogo de artifício) imite algumas formas de luz,
apresentando um espetro de fundo preto com riscas de cor.
● Espetro de absorção: Espetro em que um corpo (Sol e outras estrelas) absorve radiações
emitidas por outros corpos, apresentando um espetro de fundo colorido com riscas pretas.
*A espetroscopia atómica é a técnica que usa os espetros na análise da matéria.

Model atómic d Bohr 


Segundo o modelo atómico de Bohr, os eletrões da nuvem eletrónica movem-se em órbitas
circulares bem definidas em volta do núcleo, às quais corresponde um dado nível de energia
(energia quantizada).
● Excitação: Um eletrão passa para um nível mais
elevado através de absorção de energia. Este processo
pode acontecer por aquecimento (colisão entre duas
partículas), descargas elétricas (colisão com eletrões)
ou radiação (absorção de fotões).
● Desexcitação: Um eletrão passa para um nível mais
baixo através de libertação/emissão de energia.

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As riscas que aparecem no espetro atómico (espetro de emissão de energias bem definidas de um
átomo de um elemento químico) agrupam-se em séries espetrais:

*Numa substância elementar, as riscas dos espetros de emissão e de absorção coincidem, porque os eletrões excitados
têm tendência a regressar ao estado fundamental (nível mais baixo de energia.)

Transiçõe eletrónica  
Quanto menor for o nível de energia em que o eletrão se encontra, mais negativa é a sua energia.
Para um eletrão transitar para um outro nível energético é necessário que este receba ou liberte o
valor exatamente igual à diferença de energia dos níveis da transição.
ΔE = Enível final - Enível inicial Joules (J)
-ΔE > 0, então há absorção de energia
-ΔE < 0, então há emissão de energia
A energia fornecida a um átomo que remove um dos seus eletrões de valência do controlo do
núcleo, isto é, o eletrão atinge o nível ∞ dá-se o nome de energia de ionização:
Eionização = E∞ - Enível do eletrão - X (g) ⟶ X+ (g) + e-
A energia fornecida a um átomo que remove um dos seus eletrões do controlo do núcleo e
permite-lhe movimentar-se no espaço por energia cinética designa-se de energia de remoção:
Efotão = Eremoção + Ecinética

Espetroscopia fotoelétrica: Técnica utilizada


para determinar as energias dos eletrões,
sabendo as energias de remoção dos eletrões.
átomos de elementos químicos diferentes têm
valores diferentes de energia dos eletrões.

Model quântic / Model d n e eletrónic  


● Orbitais: São zonas em torno do núcleo onde os
eletrões (com uma certa energia) se movimentam
com maior probabilidade, sendo que esta é maior
quanto menor a distância ao núcleo, isto porque
são atraídos pelo núcleo.

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● Eletrão de valência: Eletrão que ocupa o último nível de energia.


● Nível de valência: Último nível de energia ocupado por eletrões no estado fundamental.
● Eletrão do cerne: Eletrão que se encontra dentro da região do cerne do átomo.
● Cerne do átomo: Espaço entre o nível de valência e o nível mais baixo preenchido.
● Spin: Propriedade intrínseca dos eletrões com apenas dois estados - spin ⲁ e spin β
No modelo da nuvem eletrónica assume-se que cada nível de energia/orbital tem um limite de
eletrões definido por 2n2 («n» é o nível de energia), sendo que cada nível tende a estabilizar com
apenas 8 eletrões.

Configuraçã eletrónic  
A configuração eletrónica de um átomo consiste na distribuição dos eletrões pelas diferentes
orbitais atómicas, no entanto a configuração eletrónica deve respeitar algumas regras:
● Princípio de Exclusão de Pauli: Cada
orbital só comporta, no máximo, dois
eletrões com diferentes valores de spin.
● Princípio da Construção / Princípio da
Energia Mínima: Os eletrões ocupam
preferencialmente as orbitais de menor
energia.
● Regra de Hund: Em orbitais com a
mesma energia (orbitais degeneradas) os
eletrões são distribuídos de modo a que o
número de eletrões desemparelhados seja
máximo.
A configuração eletrónica dos elementos químicos pode ter diferentes representações:
20Ca - 1s 2s 2p 3s 3p 4s (forma condensada)
2 2 6 2 6 2

20Ca - 1s2 2s2 2px2 2py2 2pz2 3s2 3px2 3py2 3pz2 4s2 (forma não condensada)
20Ca - [Ar] 4s2 (simplificação com base no gás nobre mais próximo)

← 6C →

Ordem de preenchimento das orbitais: 1s → 2s → 2p → 3s → 3p → 4s → 3d → 4p → 5s → …


*Também é possível representar átomos no estado excitado, por exemplo, 6C - 1s2 2s1 2p3
*Partículas com igual configuração eletrónica designam-se por partículas isoelétricas.

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Evoluçã históric d Tabel Periódic  


Em 1829, Johann Döbereiner propôs uma Tabela Periódica segundo a lei das tríades (grupos de 3
elementos com propriedades semelhantes). Posteriormente, John Newlands sugeriu em 1865 que a
Tabela Periódica fosse organizada pela lei das oitavas (organização dos elementos em grupos de
oito por ordem crescente da massa atómica relativa). Perto da original, em 1869, Dmitri Mendeleev
propôs a 1ª Tabela Periódica organizada por ordem crescente do número atómico e pelas
propriedades químicas dos elementos, assim como previu a existência de elementos desconhecidos.
Já em 1913, Henry Moseley publicou a Tabela Periódica atual.

Organ açã d Tabel Periódic   


● Ordem crescente do número atómico (Z).
● 18 Grupos: Linhas verticais em que os elementos têm igual número de eletrões de valência,
no entanto os grupos de 3 a 12 não são considerados nesta classificação.
● 7 Períodos: Linhas horizontais em que os elementos apresentam igual nível de valência.
● 4 Blocos: Partes da tabela em que os elementos têm igual orbital de valência.
● Elementos representativos: Blocos s e p.
● Elementos de representação: Blocos d e f.
● Metais: 80% dos elementos ; boa condutividade ; facilidade em formar catiões.
● Semimetais: Boro, silício, germânio, arsénio, antimónio, telúrio e polónio.
● Não metais: Restantes elementos ; facilidade em formar aniões.

*6C - 1s2 2s1 2p3 : O carbono pertence ao grupo 13, ao período 2 e ao bloco p da Tabela Periódica, por exemplo.

Propriedade periódica  
Na Tabela Periódica, há propriedades que se repetem segundo padrão devido a alguns fatores:
● Número de níveis de energia: Quanto mais níveis de energia preenchidos, menor é a atração
entre o núcleo e a nuvem eletrónica, maior é a eletrónica eletrónica.
● Carga nuclear: Quanto maior é a carga nuclear, maior é a atração entre o núcleo e a nuvem
eletrónica, menor é a nuvem eletrónica.
● Número de eletrões/Repulsão eletrónica: Quantos mais eletrões, maior é a repulsão entre
eletrões, maior é a nuvem eletrónica.

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Rai atómic  
O raio atómico corresponde à distância média entre o centro do núcleo e os eletrões de valência.
O raio atómico aumenta ao longo do grupo, devido ao aumento dos níveis de energia.
O raio atómico diminui ao longo do período, devido ao aumento da carga nuclear.
Podemos, ainda, considerar situações especiais:
● Catião: O raio atómico diminui, pois para a mesma carga nuclear, há menos eletrões, ou seja,
menos repulsões, logo uma menor nuvem eletrónica.
● Anião: O raio atómico aumenta, pois para a mesma carga nuclear, há mais eletrões, ou seja, mais
repulsões, logo uma maior nuvem eletrónica.
● Partículas isoelétricas: O raio atómico é
maior onde a carga nuclear for menor, ou
seja, onde a atração entre núcleo e eletrões é
menor, logo a nuvem eletrónica é maior.

Energi d ion açã  


A energia de ionização relaciona-se com a
energia necessária para retirar um eletrão de um
átomo no estado fundamental.
A energia de ionização diminui ao longo do grupo, devido ao aumento dos níveis de energia.
O raio atómico aumenta ao longo do período, devido ao aumento da carga nuclear.

Propriedade d element da su tância elementare  


● Elementos químicos: Átomo definido por um número específico de protões.
● Substâncias elementares: Molécula constituída por apenas átomos de um único elemento.
● Substâncias compostas: Molécula constituída por átomos de diferentes elementos.
● Propriedades dos elementos: Número atómico ; raio atómico ; energia de ionização ; …
● Propriedades das substâncias elementares: Ponto de fusão ; ponto de ebulição ; densidade ;
estado físico ; ...
Família/Grupo Propriedades dos elementos Propriedades das substâncias elementares

1 eletrão de valência que é facilmente removido - são metais


Metais Alcalinos ↓ - oxidam facilmente
(grupo 1) formam iões monopositivos - extremamente reativos com água

Metais 2 eletrões de valência que são facilmente removidos - são metais


Alcalinoterrosos ↓ - oxidam facilmente
(grupo 2) formam iões dipositivos - reativos com água

Halogéneos 7 eletrões de valência, ganhando 1 eletrão - são muito reativos


(grupo 17) ↓ - formam sais com facilidade
formam iões mononegativos

Gases Nobres nível de valência totalmente pelo que não formam - baixa reatividade / grande estabilidade
(grupo 18) iões - quase não reagem
- são gases na atmosfera

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Ligaçã entr átom  


Segundo o Princípio da Energia Mínima, um
sistema tende a adquirir o estado de menor energia
possível, por ser esse o mais estável.
A energia de ligação (energia que o sistema perde
para formar a molécula, E<0) é simétrica à energia
de dissociação (energia que o sistema ganha para
separar os átomos, E>0).
A distância internuclear corresponde à distância
média entre os núcleos de 2 átomos.

p d ligaçõe  
● Covalente: Este tipo de ligação existe entre átomos de não metais que ligam-se a partir da
partilha localizada de eletrões de valência.
● Iónica: Existe transferência de eletrões de valência entre átomos, formando iões. Um catião e um
anião ligam-se originando compostos iónicos (sais) que têm uma estrutura em rede muito
ordenada.
● Metálica: Este tipo de ligação existe entre átomos de metais que ligam-se a partir da partilha
deslocalizada de eletrões de valência.

Ligaçã covalent
Covalente simples Covalente dupla Covalente tripla

Eletrões partilhados Há partilha de 1 par de Há partilha de 2 pares de Há partilha de 3 pares de


eletrões ligantes eletrões ligantes eletrões ligantes

Notação de Lewis

Fórmula de estrutura

Energia de ligação Quanto maior for a ordem da ligação, maior será a energia de ligação e menor será o
& comprimento de ligação, isto porque quantos mais eletrões são partilhados menor
Comprimento de ligação maior é a atração núcleo-nuvem eletrónica.

*Todos os átomos estabelecem ligações covalentes segundo a regra do octeto (tendem a ficar rodeados por 8 eletrões
de valência), exceto o hidrogénio que segue a regra do dupleto (fica rodeado por apenas 2 eletrões de valência).

Geometri angular polaridad  


● Geometria angular: A geometria angular consiste no arranjo dos átomos numa molécula, no
espaço, de forma a que a energia seja mínima, tendo por base a teoria da repulsão dos pares

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eletrónicos de valência (considera que a intensidade das forças repulsivas varia entre pares de
eletrões de valência).
● Polaridade: A polaridade está relacionada com a tendência de átomos para se apropriarem de
eletrões. Diz-se que uma ligação/molécula é apolar se houver uma distribuição simétrica das
cargas elétricas. Diz-se que uma ligação/molécula é polar se houver uma distribuição
assimétrica das cargas elétricas, havendo um polo positivo e um polo negativo.
Geometria da Nº de Átomo central Polaridade da molécula Exemplo
molécula átomos

Não tem pares não ligantes


Linear 3 Existe um ângulo de 180º Apolar

Tem dois pares ligantes


Angular 3 Existe um ângulo de 104,5º Polar

Tem um par ligante


Piramidal 4 Existe um ângulo de 107,5º Polar
trigonal

Triangular 4 Não tem pares não ligantes Apolar


plana Existe um ângulo de 120º

Não tem pares não ligantes


Tetraédrica 5 Existe um ângulo de 109,5º Apolar

Hidrocarbonet saturad - alcan  


Os hidrocarbonetos saturados são compostos orgânicos constituídos apenas por carbono e
hidrogénio, sendo que os átomos de carbono ligam-se através de ligações covalentes simples,
denominam-se de alcanos. A fórmula geral dos alcanos é CnH2n+2.
Os principais alcanos são («Mais estudo para burros»):

Depois do butano, usam-se prefixos multiplicativos correspondentes ao nº de átomos de carbono…


C5H12 - Pentano C7H16 - Heptano C9H20 - Nonano
C6H14 - Hexano C8H18 - Octano C10H22 - Decano
*Designam-se por saturados uma vez que têm apenas ligações covalentes simples, por isso os compostos com ligações
covalentes duplas e/ou triplas são designados de insaturados.

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Haloalcan / Derivad halogenad  


Os haloalcanos têm como base os alcanos, no entanto alguns ou todos os átomos de hidrogénio são
substituídos por átomos de flúor, cloro, bromo e iodo. Especialmente os CFC têm grande impacto
ambiental.

Bromoetano Lindano CFC-11

Hidrocarbonet insaturad - alcen alcin


Alcenos (CnH2n)
● Existe pelo menos uma ligação C-C que é uma ligação covalente dupla.
● Não há nenhum alceno com um único átomo de carbono.
● A partir do buteno, usam-se prefixos multiplicativos segundo o nº de átomos de carbono.
Eteno : C2H4 Propeno : C3H6 But-1-eno : C4H8

Alcinos (CnH2n-2)
● Existe pelo menos uma ligação C-C que é uma ligação covalente tripla.
● Não há nenhum alceno com um único átomo de carbono.
● A partir do buteno, usam-se prefixos multiplicativos segundo o nº de átomos de carbono.
Etino : C2H2 Propino : C3H4 But-1-ino : C4H6

Hidrocarbonet cíclic  
Os hidrocarbonetos cíclicos têm cadeia principal fechada- cicloalcanos; cicloalcenos; cicloalcinos.

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Comp t aromátic  
Todos os compostos aromáticos têm um anel benzénico (proveniente do benzeno).

Radicai alquil  
Os radicais alquilo são derivados dos alcanos por perda de
um átomo de hidrogénio. Estes radicais são ligados à
cadeia principal de um composto orgânico, formando
cadeias ramificadas.

Regra d nomenclatur d comp t orgânic  


1) Localizar a cadeia principal, isto é, a cadeia com maior número de átomos de carbono.
2) Numerar a cadeia de forma a que os radicais fiquem
com a numeração mais baixa.
3) Identificar o radical ou os radicais da cadeia,
sabendo que os seus nomes devem anteceder o
nome da cadeia, por ordem alfabética. Caso haja
vários radicais iguais usam-se os prefixos (di- , tri- ,
tetra- , …) para indicar a quantidade dos mesmos.
4) Usam-se números para identificar os radicais na
cadeia (localizadores), sendo que separam-se por
vírgulas e por um hífen do resto do nome do
composto.

Grup ncionai
Grupo funcional Radical Grupo característico Sufixo Exemplo

CH3OH (metanol)
Álcool -OH Grupo hidroxilo -ol CH3-CH2OH (etanol)
CH3-CH2OH-CH3 (propan-2-ol)

CH2O (metanal)
Aldeído Grupo formilo -al CH3-CHO (etanal)
CH3-CH2-CHO (propanal)

Cetona Grupo carbonilo -ona CH3-CO-CH3 (propanona)


CH3-CO-CH2-CH3 (but-2-ona)

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HCOOH (ácido metanóico)


Ácido carboxílico Grupo carboxílico -óico CH3-COOH (ácido etanóico/acético)
CH3-CH2-COOH (ácido propanóico)

NH2-CH3 (metilamina)
Amina Grupo amina -amina CH3-NH-CH3 (dimetilamina)

ligaçõe intermoleculare  
● Forças de Van Der Waals

*As Forças de London estão


presentes em todas as ligações
em que existem as Forças de Van
Der Waalls, mas são mais
“visíveis” nas ligações entre
moléculas apolares e moléculas
polares.

● Ligações de hidrogénio / Pontes de hidrogénio

*Estas ligações estabelecem-se entre H-O, H-N e H-F. Durante estas ligações estão
presentes as tanto as Forças de Van Der Waals e as Forças de London, no entanto
as pontes de hidrogénio são as mais fortes.

Miscibilidad  
● Miscíveis: Duas substâncias quando juntas misturam-se, pois é possível formarem-se ligações
entre elas.
● Imiscíveis: Duas substâncias quando juntas não se misturam, porque não é possível formarem-se
ligações entre elas.
A regra geral é «Semelhante dissolve semelhante», isto é, moléculas polares (grupos funcionais)
são miscíveis entre si e as moléculas apolares (hidrocarbonetos e gorduras) são imiscíveis entre si.

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Le d Avogadr / Volum molar / Mass volúmic  


Lei de Avogadro: “Dois gases nas mesmas condições de pressão e de temperatura, têm o mesmo
volume e a mesma quantidade de matéria.”
↓ ou seja…
Nas mesmas condições de pressão e de temperatura:
Volume: V1 = V2 / Quantidade de matéria: n1 = n2

Volume molar (Vm): O volume molar corresponde ao volume ocupado por uma mole de um gás a
uma determinada temperatura e pressão. Nas condições PTN (1 atmosfera + 0 ºC), o volume molar
de qualquer gás é de 22,4 dm3/mol. O volume molar é dado pela expressão:
Vm = Vn dm3/mol

Massa volúmica / Densidade (ρ): A massa volúmica tanto pode ser dada pelo quociente entre a
massa molar e o volume molar de um determinado gás, como pode ser calculada pelo quociente
entre a massa e o respetivo volume de uma amostra.
ρ = Vm g/dm3 ou ρ = VMm g/dm3

Trop fer  

A troposfera é, no entanto, poluída por gases de origem natural e de origem antropogénica:


● CO2 - Respiração, combustões, transportes, produção de energia elétrica e aquecimento,
indústria transformadora, vulcanismo residual, queima de combustíveis fósseis, fogos florestais.
● NOx (óxidos de nitrogénio) - Relâmpagos, atividade microbiana no solo, queima de
combustíveis fósseis
● SOx (óxidos de enxofre) - Vulcões, erosão do solo, indústria, produção de energia elétrica.
● O3 - Relâmpagos, descargas elétricas, reações químicas com outros poluentes.
● Matéria particulada (poeiras, fumo, etc) - Ventos, construção civil, aquecimento doméstico,
transportes, fogos florestais, floração, erosão dos solos.
● Compostos orgânicos (ex: metano) - Agropecuária, pântanos, dejetos, transportes.

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Mistura  
● Homogéneas / Soluções: Nestas misturas existe, geralmente, um solvente e um soluto, sendo
que as partículas apresentam um tamanho <1 nm (1x10-9 m).
Exemplos: ar; NaCL em água; água com açúcar; álcool comercial
● Colóides / Dispersões coloidais: Nestas misturas existe um meio disperso e um meio
dispersante (em vez de soluto e solvente). As partículas têm um tamanho entre 1 μm - 1 nm.
Exemplos: maionese; leite; manteiga; fumo; neblina ; espumas ; esferovites ; gotículas ; cortiça
● Heterogéneas / Suspensões: Nestas misturas existe um meio disperso e um meio dispersante
(em vez de soluto e solvente). O tamanho das partículas é > 1 μm (1x10-6 m).
Exemplos: pó; pólen; cinzas; poeira

Comp içã quantitativ d soluçõe  


Unidades
Expressão matemática
S.I Mais comuns...
(Sistema Internacional)

Concentração mássica Cm = Vmsolução


soluto
Kg/m3 g/dm3 ou g/L
ou em massa

Concentração molar c = Vnsolução


soluto
mol/m3 mol/dm3 ou mol/L

Percentagem em massa %(m/m) = mmsolução


soluto
× 100

Exprime-se em % (m/m) ou em % (V/V)


Percentagem em %(V/V) = VV solução
soluto
× 100
volume

Partes por milhão em ppm = mmsolução


soluto
× 106
massa
Exprime-se em ppm ou ppmV
Partes por milhão em ppmV = VV solução
soluto
× 106
volume

Fração molar XA= nAnA


+ nB = nTnAotal

f = VV solução diluída Não tem unidades


solução inicial
Fator de diluição ou
concentração da solução inicial
f= concentração da solução diluída

* A composição qualitativa de uma solução consiste na indicação do solvente e do soluto.

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Reaçõe química  
● Processo em que as substâncias iniciais (reagentes) se transformam/convertem em novas
substâncias (produtos da reação), uma vez que os seus átomos separam-se, reorganizando-se.
● O rearranjo dos átomos acontece de acordo com a Lei de Lavoisier / Lei da Conservação da
Massa. Exemplo:

Variaçã d entalpi (ΔH) 


- Medida da energia da reação ou da quantidade de energia envolvida numa reação química.
- Se ΔH > 0, a reação é endoenergética.
- Se ΔH < 0, a reação é exoenergética.
- ΔH = ΣEligação (reagentes) - ΣEligação (produtos de reação) J/mol ou KJ/mol

Reaçõe endoenergética / endotérmica  


● Envolvem a absorção de energia. Exemplo: Rutura/Quebra de ligações.
● Em sistemas isolados…
○ A temperatura do sistema diminui.
○ A energia cinética interna das partículas diminui.
○ A energia potencial entre as ligações das partículas aumenta.
● Em sistemas não isolados…
○ Transferência de energia da vizinhança para o sistema.
○ ΔH > 0 (Energia absorvida > Energia libertada)

Reaçõe endoenergética / endotérmica  


● Envolvem a libertação de energia. Exemplo: Formação de ligações.
● Em sistemas isolados…
○ A temperatura do sistema aumenta.
○ A energia cinética interna das partículas aumenta.
○ A energia potencial entre as ligações das partículas diminui.
● Em sistemas não isolados…
○ Transferência de energia do sistema para a vizinhança.
○ ΔH < 0 (Energia absorvida < Energia libertada)

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Reaçõe fotoquímica  
As reações fotoquímicas são reações endoenergéticas cuja fonte de energia é a luz - ΔH > 0.
● Fotodissociação
○ Quebra de uma ligação química entre átomos por absorção de um fotão.
○ Nas reações de fotodissociação a energia necessária para quebrar ligações é menor, pelo que
estas reações ocorrem em camadas inferiores da atmosfera (por exemplo, na estratosfera).
Servem, então, de filtro absorvendo radiações UV-C e UV-B.
Exemplo: X2 ⟶ X + X
● Fotoionização
○ Remoção de um eletrão de um átomo por absorção de um fotão, originando catiões.
○ Nas reações de fotoionização a energia necessária para retirar um eletrão é maior, pelo que
estas reações ocorrem em camadas superiores da atmosfera (por exemplo, na termosfera).
Servem, então, de filtro absorvendo radiações UV-C.
Exemplo: X ⟶ X+ + e-
*Estes processos impedem a chegada de radiação UV (muito energética) à superfície terrestre.

Radicai livre  
Partículas muito reativas que possuem um eletrão desemparelhado (têm nº ímpar de eletrões).
Exemplos: Hidrogénio (H) - 1s1 ⟶ radical H •
Oxigénio (O) - 1s2 2s2 2px2 2py2 2pz2 ⟶ radical O
Hidroxilo (OH) - 8 eletrões de O+ 1 eletrão de H = 9 eletrões ⟶ OH •

Camad d ozon  
Na estratosfera, o ozono sofre formação e decomposição através de reações fotoquímicas que
permitem a absorção de muitas radiações UV (especialmente UV-B) prejudiciais à vida.

No entanto, a atividade humana pode originar gases que provocam


uma destruição muito eficaz do ozono estratosférico (associado ao
«buraco de ozono»), como é o caso dos clorofluorcarbonetos (CFC),
compostos à base de cloro, flúor e carbono.

*Os CFC são estáveis na troposfera, mas instáveis na


estratosfera onde se acumula a camada de ozono.
*Na troposfera, o ozono é nocivo/tóxico.
*O ozono todo junto, em condições PTN, formaria uma
camada de 3 mm de espessura.

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Física 
p d energi Energi intern  

● Sistema: Corpo, região ou conjunto do universo que é o objeto de estudo.


○ Sistema aberto - Realiza trocas de matéria e energia com a vizinhança.
○ Sistema fechado - Realiza trocas de energia, mas não de matéria com a vizinhança.
○ Sistema isolado - Não realiza trocas nem de energia nem de matéria com a vizinhança.
● Fronteira: Superfície real ou imaginária que separa o sistema do meio que o rodeia.
● Vizinhança: Parte do universo que rodeia/envolve o sistema, podendo ou não interagir e
influenciar o mesmo.
Lei da Conservação da Energia: A energia pode ser transferida e transformada entre diferentes
sistemas, mas não pode ser nem criada nem constante, pelo que é sempre constante.
Energia interna: Quantidade de energia que um sistema possui - Einterna = Ecinética + Epotencial

Energia cinética (Ec) Energia potencial (Ep)


Está associada ao movimento de um Está associada às interações entre
corpo, dependendo, por isso, da agitação partículas, dependendo do número de
corpuscular, assim como da temperatura partículas do sistema (mais partículas,
do sistema (quanto maior a temperatura, mais interações). Pode ser potencial elétrica
maior a agitação corpuscular). (partículas com carga elétrica), elástica
(deformação de corpos), ou gravítica
(corpo e um astro), por exemplo.

*A unidade SI para a energia é o joule (J).


*Outra unidade para a energia é a caloria (cal), sendo que 1 cal ≈ 4,18 J

Sistem mecânic  
Sistema em que se pretende estudar apenas o movimento, sem ter em conta variações da energia
interna nem o seu movimento de rotação (modelo do centro de massa). - Emecânica = Ec + Ep

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Trabalh d um forç constant  


𝑊 = 𝐹 × 𝑑 × 𝑐𝑜𝑠 ∝ (O trabalho corresponde à energia transferida por ação de uma força constante.)
↳ W: trabalho de uma força, expressa-se em joules (J)
↳ F: intensidade da força aplicada, expressa-se em newtons (N)
↳ d: distância percorrida pelo corpo, expressa-se em metros (m)
↳ 𝑐𝑜𝑠∝: ângulo entre a força e a direção do deslocamento, expressa-se em graus (º)

- W > 0 (0º ≤ ∝ ≤ 90º) : Trabalho potente - Força aplicada tem, pelo menos, o sentido do
deslocamento, pelo que o sistema recebe energia.
- W = 0 (∝ = 90º) : Trabalho nulo - Força aplicada é perpendicular à direção do deslocamento ou o
corpo não se move, pelo que o sistema não recebe nem perde energia,
- W < 0 (90º ≤ ∝ ≤ 180º) : Trabalho resistente - Força aplicada tem o sentido contrário do
deslocamento, pelo que o sistema perde energia.

Numa força com duas componentes (Fx e Fy)


designa-se de força eficaz a componente que
tem direção igual ao deslocamento, sendo essa
a responsável pelo trabalho realizado.
cateto adjacente Fx
*𝑐𝑜𝑠∝ = hipotenusa = F

Trabalho total de um corpo: Wtotal = WF1 + WF2 + WF3 + … + WFn


(soma dos trabalhos de todas as forças aplicadas)

Pes  
O peso é a força gravítica que a Terra exerce nos corpos.
P = m × g , g (aceleração gravítica - 9,8 m/s2 ≈ 10 m/s2) / P (peso, em N) / m (massa, em kg)

𝑊 P = P × 𝑑 × 𝑐𝑜𝑠 ∝ ou 𝑊 P = m × g × h
↳ 𝑊 P = 0 (trabalho nulo), quando o corpo se move na horizontal
↳ 𝑊 P > 0 (trabalho potente), quando o corpo desce - 𝑊 P = m × g × h
↳ 𝑊 P < 0 (trabalho resistente), quando o corpo sobe - 𝑊 P = - m × g × h
*Em planos inclinados/rampas com igual altura (h), o WP de um corpo é o mesmo.
cateto oposto h
*sen𝜃 = hipotenusa = d

Teorem d energi cinétic / Le d trabalh -energi  


Segundo o Teorema da Energia Cinética ou Lei do Trabalho-Energia, a variação da energia cinética
de um corpo é igual ao trabalho da resultante das forças aplicada nesse mesmo corpo:
Wtotal = ΔEc = 12 × m × vfinal2 - 12 × m × vinicial2 = 12 × m × (vfinal2 - vinicial2)
*Wtotal = ΔEc = 0, quando a velocidade no corpo é constante pelo que a energia do sistema não varia.

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Teorem d energi potencia gravític  


Segundo o Teorema da energia potencial gravítica, o trabalho realizado pelo peso é simétrico à
variação da energia potencial gravítica desse mesmo corpo:
WP = - ΔEpg = - (Epg-final - Epg-inicial) = - (m × g × hfinal - m × g × hinicial) = m × g × (hfinal - hinicial)

Teorem d energi potencia gravític  


- Forças conservativas: O trabalho dessas forças depende apenas da sua posição inicial e final,
sendo independente da trajetória, logo o trabalho é sempre o mesmo se a posição inicial e a
posição final forem iguais. O trabalho é nulo se a trajetória for fechada, isto é, a posição inicial e a
posição final coincidem. Exemplos: força potencial gravítica (peso) ; força potencial elástica
- Forças não conservativas: O trabalho dessas forças depende da trajetória, pelo que não é nulo
quando a trajetória é fechada. Exemplos: forças de atrito ; reação normal ; resistência do ar

Energi mecânic  
Emecânica = Ecinética + Epotencial ⇔ Emecânica = 12 × m × v2 + m × g × h
Num sistema mecânico, apenas atuam forças conservativas, havendo conservação de energia.
Fconservativas + Fnão conservativas = Fresultante ⇔
⇔ Wforças conservativas + ⇔ Wforças não conservativas = Wforça resultante ⇔
⇔ Wforças conservativas = Wforça resultante ⇔ (as forças não conservativas não realizam trabalho)
⇔ Wforças conservativas = ΔEcinética ⇔ (tém-se em conta o Teorema da Energia Cinética)
⇔ WPeso = ΔEcinética ⇔ (o Peso é a única força conservativa)
⇔ - ΔEpotencial = ΔEcinética ⇔ (tém-se em conta o Teorema da Energia Potencial Gravítica)
⇔ ΔEcinética + ΔEpotencial = 0 ⇔
⇔ ΔEmecânica = 0 → Lei da Conservação da Energia Mecânica

Força nã conservativa  
Wforças não conservativas = ΔEmecânica
↳ Wforças não conservativas < 0, então Emecânica diminui → Edissipada = 丨ΔEmecânica丨
↳ Wforças não conservativas > 0, então Emecânica aumenta

Potênci & Rendiment


A potência corresponde à energia transferida por unidade de tempo, enquanto que o rendimento
mede a eficiência de uma transformação ou transferência de energia.
P = W Δt
ou E
watts (W) ⇔ E = P × Δt 丨 Etotal = Eútil + Edissipada ⇔ Edissipada = Etotal - Eútil

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Circuit elétric

Corrent elétric  
A corrente elétrica consiste no movimento orientado de partículas, como iões e eletrões, com
carga elétrica (Q), sendo esta carga medida em coulombs (C) segundo o Sistema Internacional.
● Sentido da corrente
○ Sentido real: As cargas movem-se do polo negativo para o polo positivo.
○ Sentido convencional: As cargas movem-se do polo positivo para o polo negativo.
● Movimento das cargas
○ Corrente contínua (cc / dc): As cargas movimentam-se sempre no mesmo sentido, sendo
o valor da corrente (I) constante. (Ex: pilhas, baterias e painéis fotovoltaicos)
○ Sentido convencional (ca / ac): As cargas alteram o sentido do seu movimento, pelo que
o valor da corrente (I) varia periodicamente ao longo do tempo. (Ex: geradores)
 
A intensidade da corrente elétrica corresponde à
carga elétrica que atravessa uma secção reta de um
condutor num determinado intervalo de tempo.

A corrente elétrica mede-se através de um amperímetro, sendo colocado em série.

Diferenç d potencia (ddp) 


A diferença de potencial ou tensão corresponde ao
trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma
carga entre dois pontos de um circuito elétrico.
A tensão elétrica mede-se através de um voltímetro, sendo colocado em paralelo.

Resistênci  
l (comprimento do condutor − m)
R = UI / R = ρ (resistividade, em Ωm) × (unidade SI ohm, símbolo Ω)
A (área da secção reta − m 2 )

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- A resistência consiste na dificuldade que as partículas encontram durante o movimento num


condutor, sendo medida através de um ohmímetro colocado em paralelo.
- Segundo a Lei de Ohm, designam-se de condutores óhmicos os condutores em que a resistência
não varia (valor constante), mesmo com o aumento proporcional de U e I (U = R × I). Já os
condutores em que a resistência varia são designados de condutores não óhmicos.
- A resistividade depende da natureza do material e da temperatura, traduzindo a dificuldade das
partículas com carga elétrica através de um material. Conforme a resistividade, os condutores são
classificados em bons condutores, semicondutores, maus condutores e isoladores.

Efeit Joul
O efeito Joule consiste no fenómeno inevitável de dissipação de energia (aquando das colisões entre
eletrões de condução e os iões), levando ao aquecimento do material condutor (transformação de
energia elétrica em energia térmica).
- Num circuito cujo objetivo é a dissipação de energia sob a forma de calor (condutores
puramente resistivos - ex: aquecedor, ferro de engomar, fogão, tostadeira)...
Edissipada = U × I × Δt / Pdissipada = U × I

- Aplicando a Lei de Ohm, nos condutores óhmicos...


Edissipada = R × I2 × Δt / Pdissipada = R × I2

O LED (acrónimo do inglês Light Emitting Diode, isto é, díodo emissor de luz) é composto por
materiais semicondutores, pelo que dissipam menos energia sob a forma de luz, segundo o Efeito de
Joule, tendo uma enorme eficiência (rendimento). Isto explica o seu maior uso no quotidiano
(utilizado em eletrodomésticos e iluminação, por exemplo)

Característica d u gerador
Egerador = Eútil + Edissipada (no próprio)
Eútil = U × I × Δt ↲ ↳ Edissipada = r × I2 × Δt (r: resistência interna)

Egerador = ε × I × Δt , sendo ε a força eletromotriz do gerador (medida diretamente nos terminais


E
de um gerador que não esteja ligado a um circuito - ε = Q V)

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Pgerador = Pútil + Pdissipada ⇔


⇔ ε × I = U × I + r × I2 ⇔
⇔ ε=U+r×I ⇔
⇔ U = ε - r × I (y = mx + b)

- Quando o gerador está ligado só a um voltímetro (circuito aberto): U ≈ ε (porque r × I ≈ 0)


P otência útil U ×I U
- Rendimento de um gerador: η = P otência dissipada = ε × I = ε

- Designa-se de gerador ideal, o gerador cuja resistência interna é desprezável, pelo que não há
dissipação de energia (cenário irrealista).
*Um gerador de tensão é responsável por originar forças elétricas, transferindo-lhes energia, o que dá origem a uma
corrente elétrica.

Associaçõe d componente elétric  


Em série…
- I = I1 = I2 = I3 (a corrente é igual em todo o circuito)
- U = U1 + U2 + U3 (a tensão do gerador divide-se pelos componentes,
em função da resistência - U1 = R1 × I)
- Req = R1 + R2 + R3
- εtotal = ε1 + ε2 + ε3 (força eletromotriz de geradores ligados em série)
- A avaria ou o mau funcionamento de um dos componentes implica
a abertura do circuito e o não funcionamento do mesmo.

Em paralelo…
- I = I1 + I2 + I3 (a corrente divide-se pelos componentes, em função da
resistência - I = U )
R1

- U = U1 = U2 = U3 (a tensão do gerador é igual em todo o circuito)


- Req = 1 + 1 + 1
R1 R2 R3

- εtotal = ε1 = ε2 = ε3 (força eletromotriz de geradores ligados em paralelo)


- A avaria ou o mau funcionamento de um dos componentes não altera o
funcionamento dos restantes componentes, apenas os seus valores de tensão
e de intensidade da corrente.
*Req designa-se de resistência equivalente às resistências do circuito.

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Sistem mecânic v Sistem termodinâmic  


Num sistema termodinâmico, ao contrário de num sistema mecânico, é importante considerar as
variações de energia interna.

Temperatur & Equilíbri térmic  


- A temperatura é a propriedade física que mede a agitação das partículas de um sistema.

- O aparelho de medida que mede a temperatura de um corpo designa-se de termómetro.


- Foram criadas diferentes escalas termométricas baseadas em diferentes situações de equilíbrio
térmico, como é o caso da escala Celsius (usada em Portugal, sendo a sua unidade de medida o
grau Celsius, ºC), da escala Fahrenheit e da escala Kelvin/escala de temperaturas absolutas
(adotada pelo Sistema Internacional, sendo a sua unidade de medida o kelvin, k).

- Dois corpos tendem a trocar energia entre si quando não estão à mesma temperatura, pelo que
quando atingem a mesma temperatura diz-se que estão em equilíbrio térmico.

Transferência d energi por calor 


O calor (Q) é um método de transferência de energia (alteração da energia interna) entre dois
corpos que se encontram a temperaturas diferentes. Os processos de calor podem ser por...
● Condução térmica
○ Este processo necessita de contacto entre os sistemas.
○ Ocorre em todos os estados físicos, mas predominantemente no estado sólido.
○ A energia passa das partículas mais agitadas (maior temperatura) para as partículas menos
agitada (menor temperatura) que transmitem às seguintes, sem haver deslocamento destas.

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○ A rapidez do processo de condução de calor depende da condutividade térmica (no Sistema


Internacional mede-se em W m-1 k-1 ou J s-1 m-1 k-1) do material.
■ Bons condutores (elevado valor de k): Metais (prata, cobre, alumínio, ferro, ouro, …)
■ Maus condutores/Isoladores térmicos (baixo valor de k): Lã ; Borracha ; Ar ; Madeira

● Convecção térmica
○ Este processo necessita de contacto entre os sistemas.
○ Ocorre em fluidos, isto é, em gases e em líquidos através das correntes de convecção.
○ A porção do fluido que está a uma maior temperatura possui uma maior densidade, pelo que
ascende, provocando a descida (por contacto) da porção mais fria e de menor densidade que
aquecerá, formando as correntes de convecção.

● Radiação
○ Este processo não necessita de contacto entre os sistemas.
○ Ocorre em todos os estados físicos, através da propagação da luz (feixe de fotões).
○ Todos os corpos emitem radiação, visto que possuem uma temperatura superior a 0 kelvin.
○ À temperatura ambiente os corpos emitem radiação infravermelha (IV), sendo esta
propriedade utilizada em diversas aplicações tecnológicas, como em detetores de
infravermelhos, termómetros de infravermelhos e termografia de infravermelhos.
○ A radiação que atinge uma superfície pode ser: (Eincidente = Erefletida + Etransmitida + Eabsorvida)
■ Refletida (o corpo liberta a radiação, diminuindo a sua energia interna)
■ Absorvida (o corpo retém a radiação, aumentando a sua energia interna)
■ Transmitida (atravessa o corpo, voltando a sair, pelo que não altera a sua energia interna)
○ A absorção e emissão de radiação dependem da natureza das superfícies do corpo:
■ as superfícies brancas refletem toda a radiação visível - mau absorsor e mau emissor
■ as superfícies pretas absorvem toda a radiação visível - bom absorsor e bom emissor
■ as superfícies polidas refletem bastante radiação - mau absorsor e mau emissor
■ as superfícies não polidas refletem pouca radiação - bom absorsor e bom emissor
○ A radiação emitida por um corpo distribui-se pelo espaço, designando-se por irradiância
(Er), tendo como unidade SI o watt por metro quadrado (J m-2 s-1 ou W m-2):

*A transferência de energia entre dois sistemas também é possível através do trabalho (aplicação de uma força).
*Para passar valores de energia de kWh para J, devemos multiplicar o valor de energia por 103 × 3600, obtendo então
um valor de energia em Ws que equivale a J.

Painéi fotovoltaic  
- As células fotovoltaicas são constituídas por um semicondutor, normalmente silício, que
aproveitam a energia da radiação solar para gerar uma diferença de potencial nos seus terminais e
uma corrente contínua no circuito. A potência destas células varia dependendo da radiação
incidente, mas geralmente a potência máxima é de 1,5 W (0,5 V e 3 A).
- As células fotovoltaicas unem-se em série (maiores tensões) e em paralelo (maiores correntes)
para formar módulos que juntos formam os painéis solares fotovoltaicos. A área dos painéis
depende da potência útil pretendida, assim como da irradiância do local, entre outros fatores.

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- Para efeitos de potência máxima, os painéis devem ser posicionados


na perpendicular à direção da radiação incidente, pelo que possuem
um suporte móvel que os permite girar ao longo do dia acompanhando o
movimento do Sol.
- Apesar do seu baixo rendimento (cerca de 20%) são utilizados em
diversas aplicações, desde satélites, calculadoras, iluminação,
sinalização, etc, visto que a sua fonte é uma energia renovável (o Sol) e
que não liberta gases poluentes para a atmosfera.
*As células de carbono-60 apresentam um rendimento mais elevado.

Coletore solare  

 
O Sol é, por excelência, a fonte de energia da Terra. Um coletor solar pode transformar energia
solar em energia térmica para fornecer água quente. De uma forma simples, um coletor plano é
constituído por:
- Placa coletora (normalmente metálica e pintada de negro), que absorve a radiação e à qual estão
soldados tubos cond utores, que aquecem por condução, por onde circula o fluido que vai
aquecendo, gerando-se neste correntes de convecção;
- Cobertura transparente (de vidro ou acrílico), que provoca efeito de estufa (é transparente à
radiação visível mas opaca à radiação infravermelha);
- Caixa com isolamento térmico, para minimizar as transferências de energia por calor, dar
rigidez ao conjunto e proteger o sistema dos agentes atmosféricos.
De forma a maximizar o seu rendimento, o coletor solar é geralmente colocado no telhado
orientado de modo a que a radiação incidente seja máxima.

Capacidad térmic mássic  


A capacidade térmica mássica (J kg-1 k-1) é a energia necessária que 1 kg de um material liberte ou
receba para aumentar ou descer 1ºC. Este valor é característico de cada substância:
c = m ×EΔT ⇔ E = m × c × ΔT

Num gráfico cujos valores de abcissa correspondem a valores de


temperatura, e em que os valores de ordenada correspondem a
valores de energia, o declive é:
Δy E
declive: Δx = ΔT = m × ΔT
c × ΔT
=m×c

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Admitindo que A e B têm a mesma massa, como B possui um maior declive do que A, então
podemos concluir que B tem uma maior capacidade térmica mássica do que A.
ou
Num gráfico cujos valores de abcissa correspondem a valores
de energia, e em que os valores de ordenada correspondem a
valores de temperatura, o declive é:
Δy ΔT ΔT 1
declive: Δx = E = m × c × ΔT = m × c
Admitindo que A e B têm a mesma massa, como B possui um
maior declive do que A, então podemos concluir que B tem
uma menor capacidade térmica mássica do que A.

Variaçã d entalpi mássic  


- Quando se pretende calcular a energia associada ao aumento ou à descida de 1 ºC de 1 kg sem que
haja mudança de estado físico (líquido ; gasoso ; sólido), então calculamos a energia necessária
nesse processo através da seguinte expressão: E = m × c × ΔT
- Quando há mudança de estado físico (fusão ou vaporização),
a temperatura dos corpos não varia, visto que a energia
cinética interna não altera, mas sim a energia potencial interna
(as partículas aproximam-se ou afastam-se). Neste caso fala-se
de variação de entalpia mássica (ΔHfusão e ΔHvaporização),
isto é, da energia necessária para 1 kg de um material mudar de
estado físico, sendo J kg-1 a unidade de medida do SI:
E
ΔH = m ⇔ E = m × ΔH

1ª Le d Termodinâmic  
ΔU (variação da energia interna) = Q (calor) + W (trabalho)
- W, Q >0 → o trabalho e o calor são fornecidos ao sistema pelo exterior
- W, Q <0 → o trabalho e o calor são fornecidos pelo sistema ao exterior
- Num sistema isolado ΔU = 0, porque não trocas de energia com o exterior.

2ª Le d Termodinâmic  
“É impossível a construção de um dispositivo que, por si só, isto é, sem intervenção do meio
exterior, consiga transformar integralmente em trabalho o calor absorvido de uma fonte a uma
dada temperatura uniforme.” (Kelvin-Planck)
Deste enunciado podemos concluir que…
- Num sistema isolado, a quantidade de energia útil nunca aumenta.
- Qualquer dispositivo real tem um rendimento inferior a 100%, pois há dissipação de energia.

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