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Luz - Radiação eletromagnética- visível e invisível

Fotão: Partícula de luz e transporta o menor valor de energia possível de uma


determinada radiação.
Energia do Fotão- E- medida em J (joules)
h= constante de planck – constante de proporcionalidade 6.63 x 10 -34 J s (joules
por segundo)
f = frequência da radiação medida Hz (Hertz)
E e f são grandezas diretamente proporcionais: Quanto maior for a frequência
maior é a energia do Fotão.

E=h x f

Frequência: representada pela letra (f), no sistema internacional a frequência é medida em


hertz (Hz) e corresponde ao número de oscilações da onda em determinado intervalo de
tempo.

Espetro eletromagnético:
conjunto de todas as radiações eletromagnéticas, visíveis e invisíveis
Ordem crescente de energia e frequência
Ondas de rádio/micro-ondas/infra-vermelhas
Visível
ultra-violeta/raio X/ raio gama

Intensidade da radiação:
quanto maior for o número de fotões mais intensa é a radiação

N= número de fotões

E= N h f
Para dois feixes de luz de diferente número de fotões e de igual frequência, o que
tiver maior número de fotões é o mais intenso, mas são igualmente energéticos pois
a frequência é a mesma.
Comprimento de onda:
λ = comprimento de onda, unidade medida m (metros)
f= frequência (Hz)
C= Velocidade da Luz = 3 x 108 m/s (metros por segundo)

λ x f =C

Comprimento de onda: Representado pela letra grega lambda (λ), é a distância entre dois
vales ou duas cristas sucessivas.

Tipos de espetros atómicos de luz visível


Espetro emissão contínuo

Espetro emissão descontinuo

Espetro de absorção

Espetro de emissão: resulta da decomposição da luz pelos


átomos da matéria.
Podem ser contínuos : conjunto ininterrupto das diferentes
radiações
Ex: lâmpada incandescentes
Podem ser descontínuos ou de riscas: tem riscas coloridas bem
num fundo preto
Ex: lâmpada fluorescentes
Espetro de absorção : resulta da absorção da luz pelos átomos
matéria
É um espectro descontínuos ou de riscas, tem riscas pretas no
fundo colorido.
Espetros atómicos são característicos de cada elemento químico
Átomos de elementos químicos diferentes originam espetros
diferentes

 Átomos de elementos químicos iguais originam espetros


iguais e a frequência da luz emitida é igual à frequência da luz
absorvida porque as riscas estão no mesmo sítio.

Pergunta: Quais as aplicações práticas do espetro?


R: Fogo de artificio: cada cor é elemento químico diferente
Chamas ou tubos de iluminação de cores diferente. Depende do gás de cada
tubo, ou chama.
Pergunta : Em que zona do espetro eletromagnético se localiza o espetro
atómico ?
R: Na zona de luz visivel

Modelo de BOHR e Quantização da Energia


 Segundo o modelo atómico de Bohr, os eletrões da nuvem
eletrónica movem-se em órbitas circulares bem definidas em volta
do núcleo, às quais corresponde um dado nível de energia ( energia
quantizada)
 A energia do eletrão é negativa, e é tanto maior quanto maior for a
distância ao núcleo.
Hoje sabemos que não se movem em orbitas, mas ocupam níveis de
energia bem definidos e podem mudar de nível.
Átomo de hidrogénio
n= 1 estado fundamental= Nível de energia mais baixo (+ próximo do
núcleo)
n≥2, estados excitados

n= o átomo ioniza-se, perde o eletrão.

Excitação: Um eletrão passa para um nível mais elevado através de


absorção de energia.
Este processo pode acontecer por
1. aquecimento
2. colisão com outros átomos
3. descargas elétricas -(colisão com eletrões)
4. radiação -(absorção de fotões).
Desexcitação: Um eletrão passa para o nível mais baixo (n=1) através de
libertação/emissão de energia.
Ou seja, para haver mudança de nível do eletrão, tem de haver absorção
ou emissão de energia de valores bem definidos, a energia dos eletrões
está quantitizada.

ESPETRO DE EMISSÃO DO ÁTOMO DE HIDROGÉNIO (1 eletrão logo


monoeletrónico)
A luz emitida por um átomo de hidrogénio origina um espectro com 4
riscas, cada uma com a sua frequência, vermelho, verde, azul e violeta.
A medida que a frequência aumenta a proximidade das riscas diminui.
 Excitação eletrónica: os eletrões absorvem energia de valores bem
definidos e passam para níveis com maior energia que n=1, há
transição eletrónica(transitam de nível)
 Uma vez excitados os eletrões emitem/libertam energia/luz bem
definida e passam para níveis de menor energia.
VIP Só é possível obter espetros de emissão de átomos que foram
excitados previamente.
 A cada transição eletrónica, corresponde uma frequência bem
determinada e uma risca no espetro atómico de emissão.
A energia dos eletrões é sempre negativa
A energia dos eletrões nos átomos é sempre negativa E n< 0, e quanto
menor for o n, mais negativa é. Está mais próximo do núcleo.

Para n= E=0, logo o eletrão não está sob a influência do núcleo.

Os átomos de hidrogénio excitados emitem luz visível e invisível:


Infravermelha – transição dos eletrões do nível ≥4 para n=3 serie
paschen
Luz visível: transição dos eletrões do nível ≥3 para n=2 série balmer
Ultravioleta- transição dos eletrões do nível ≥2 para n=1(há desexcitação
do átomo) série de lyman
1 risca vermelha, 2 risca verde, 3 risca azul e 4 risca violeta
As linhas a branco são da luz não visível, porque não as conseguimos ver.

I∆El
Estando a energia do eletrão quantizada, só ocorre transição eletrónica
entre dois níveis se o eletrão absorver ou emitir energia correspondente à
de 1 fotão de energia exatamente igual ao módulo da variação de energia
entre esses níveis, |ΔE|.
Ao sabermos a energia de cada nível E n, pode saber-se a energia do fotão
absorvido ou emitido em qualquer transição.
Exemplo:

Transição de n=3 para n=2


∆E= Efinal-Einicial
AE=[0,54 X 10-18-(-0,24X10-18)] J=-0,30 X 10-18 J
Se é negativo porque o átomo libertou/emitiu energia
Energia do fotão Emitido é=
O módulo deste valor l-0,30 X 10-18 Jl=0,30 X 10-18 J ( a energia do fotão é
sempre positiva)
Se o eletrão transitasse de n=2 para n=3 era 0,30 X 10 -18 J que teria de
absorver.
A frequência que corresponde é a da linha vermelha 4.6 x 1014 Hz
P: Pode-se dizer que houve desexcitação?
R: Não, porque ficou no nível 2. Só há desexcitação quando passa para o
nível 1.

Exemplo
Se o átomo de Hidrogénio no estado fundamental(n=1) absorver um fotão
de energia =2.18 x 1018J
Vamos somar porque absorveu
E1=-2,18 x 10-18 J
E1+Efotao=-2,18 x 10-18 J+2,18 x 10-18 J=0 J

Ou seja, é valor de E =0 , logo o átomo é ionizado e a energia de


ionização do átomo de hidrogénio é 2,18 x 10-18 J

VIP Nota muito importante: Só há transição de nível do eletrão se anergia


absorvida ou emitida for igual à diferença da energia entre dois níveis.
ÁTOMOS POLIELETRÓNICOS (mais de 1 eletrão)
Eletrões de diferentes elementos tem energias diferentes, pois depende
da distância ao núcleo
- A atração de eletrões ao núcleo faz diminuir a energia (a energia é
negativa)
-Repulsão de eletrões faz aumentar a energia.
 Assim os espetros dos átomos são todos de riscas, porque a
energia está quantitizada.
 O espetro de cada átomo é diferente dos outros porque a luz das
transições eletrónicas é diferente de elemento para elemento. A
frequência da luz é diferente de elemento para elemento.
Podemos usar os espetros atómicos para identificar elementos químicos
de uma amostra, pois são como impressão digital, todos diferentes.
Exemplo: ao analisarmos o espetro de absorção da luz solar descobrimos
que existe Hélio no Sol.
Espetroscopia Atómica: técnica que através dos espetros para analisar a
matéria e faz análise qualitativa (que elementos químicos estão na
amostra) e quantitativa (em que quantidades estão), porque a intensidade
da luz depende do número de átomos, quanto mais átomos mais fotões.
Utilizações:
Investigação Criminal ---Qualidade alimentar (Qualidade dos alimentos)
etc

Energia de remoção eletrónica:


A espetroscopia fotoelectrónica é a técnica usada para determinar a
energia de remoção eletrónica, ou seja, a energia de remover um eletrão
do átomo.
 Cada valor de energia de remoção eletrónica coincide com a energia
de uma transição eletrónica para o nível n= , onde E = 0
 Eletrões de energias diferentes correspondem valores de energia de
remoção diferentes.
Recordando: A energia dos eletrões nos átomos depende:
1. Atração entre eletrões e o núcleo que tem cargas diferentes
2. Repulsão entre eletrões por terem carga do mesmo sinal.

A energia de remoção eletrónica é igual ao simétrico da energia do eletrão


no átomo.
E Remoção = -En
Quadro com energias de remoção para átomos no estado de menor
energia, ou seja, no estado fundamental.

Átomos de elementos diferentes têm valores diferentes de energia de


remoção, logo valores diferentes de energia dos eletrões.

Por ex.: o hélio tem 2 eletrões, e como só temos um valor de energia de


remoção logo os dois eletrões do hélio têm a mesma energia, estão no
mesmo nível.
Logo a energia de remoção eletrónica por cada átomo de hélio
E r= 2373 x 103 J =3,941 x 10-18 J/ átomo
6.022 x 1023atomos
Como, EREMOÇÃO = - En
A energia de qualquer dos eletrões do átomo de hélio é -3,941 x 10-18 J

Por ex.: a energia de remoção do boro associada ao nível de maior energia


é 801 Kj/mol -1= 801 x 103 J/mol
Calcule em J/átomo a energia de remoção do nível de maior energia do
boro
E= 801 X 103 J = 1,33 X 10-18 J/átomo
6.022 x 1023atomos
NÍVEIS E SUBNÍVEIS
Ex Neon
Ne
10
2084
4677
83951
Energia de remoção eletrónica em KJ mol-1 (Kilo JOULE)
Tem dois níveis de energia
n= 1 (2 eletrões)
n=2 (8 eletrões)
convertendo os valores da tabela para MJ mol -1(Mega JOULE)
temos n= 1 E r= 84,0 MJ mol -1
temos n= 2 E r= 4,68 MJ mol -1 e E r 2,08 MJ mol -1, são dois subníveis de
energia e para os distinguir chamamos-lhe 2s e 2 p, sendo o 2 s de menor
energia e o 2 p de maior
como a energia de cada nível é simétrica á de remoção podemos
construir:
Diagrama de energia

nivel 1 2 3
subnivel s s p s pd
representação 1s 2s e 2p 3s, 3p, 3d
ESPETROS FOTOELETRÓNICOS
Dão a conhecer os valores de energia de remoção, e o número de
subníveis correspondem aos picos.

 Dupla barra separa os níveis //


 Os picos são os subníveis em cada nível
 A altura dos picos tem a ver com o número de eletrões em cada
subnível e é proporcional ao número de eletrões.
 Nestes espectros os picos estão na proporção 1:1:3 néon e 2:2:6:1
sódio

Conhecendo o número de eletrões de cada átomo temos.


10 Neon 11 Sódio

2 em 1s 2 em 1s
2 em 2s 2 em 2s
6 em 2p 6 em 2p
1 em 3 s
Esquematicamente temos os eletrões por níveis e por subníveis
Nota: as energias dos subníveis 2s e 2psão muito próximas pois são
do mesmo nível, e muito maiores do que a energia do nível n=1

Nuvem eletrónica e orbitais

Níveis de energia descontínuos ou discretos: um eletrão passa de


um nível para o outro sem nunca atingir valores intermédios

Modelo quântico: só é possível conhecer a localização do eletrão


em termos de probabilidades.

Nuvem eletrónica: zonas mais densas tem maior probabilidade de


ter eletrões, zonas menos densas, menor probabilidade
Nota : um eletrão com maior energia pode às vezes estar + próximo
do núcleo, do que um com menos energia, Mas em média um
eletrão mais energético está mais afastado do núcleo.

Orbitais
Orbital atómica : indica a distribuição espacial da probabilidade de
encontrar o eletrão no átomo.

Cada orbital está associada a um nível e um subnível:


Representa-se por s, p, d, correspondente ao subnível
Associada a um nível n: ns, np, nd

Exemplo: 2s representa o subnível s do nível 2 e representa uma


orbital s do nível n=2
3p representa o subnível p do nível 3 e representa uma
orbital p do nível n=3
4d representa o subnível d do nível 4 e representa uma
orbital d do nível n=4

Representação gráfica das orbitais (tem orientações espaciais)

Orbital s p d
Nível n≥1 n≥2 n≥3
Números de 1 3 5
orbitais

Por exemplo as 3 orbitais p, são px, py, pz

Orbitais degeneradas: tem a mesma energia - orbitais do mesmo


subnível, np ou nd tem a mesma energia
Exemplo: E3px=E3py=E3pz
Spin do eletrão: propriedade do eletrão – rotação de eletrão tem
propriedades magnéticas.

2 eletrões com o mesmo spin tendem a afastar-se e não ocupam a


mesma orbital
2 eletrões com spins opostos, aproximam-se e ocupam a mesma
orbital

Dois eletrões da mesma orbital estão emparelhados


E representam-se por setas
↑↓
Aplicações práticas:
Diagnósticos médicos,

Configuração eletrónica de átomos:

Princípio de exclusão de Pauli


Uma orbital não pode ter eletrões com o mesmo spin, assim cada
orbital só pode ter dois eletrões

1H 1s1
Nº de eletrões

orbital
nível
↓ ↑ Hidrogénio ou

Diz que o eletrão está desemparelhado

2 He 1s2
Nº de eletroes
Hélio ou
↑↓ orbital ↓↑
nível

Diz que os eletrões estão emparelhados


______________________________________________________

A partir do espetro fotoeletrónico do sódio vamos escrever a


configuração do átomo:
Na- 1s2 2 s2 2 p6 3 s1
De acordo com o princípio de exclusão de Pauli, concluímos que os
6 eletrões do subnível 2p se distribuem por 3 orbitais p e
representam-se por 2px, 2py, 2pz Nº de
e podemos escrever, eletrões
2 2 2 2 2 1 2
1s 2 s 2px 2py 2pz 3 s 2px
Nível Orientação
Orbital/
subnivel
espacial
Lítio - tem 3 eletrões l

3Li – 1s2 2s1

Para escrever a configuração eletrónica no estado fundamental


(estado de menor energia) é necessário respeitar o princípio da
construção:
Principio da Construção
Indica à ordem de preenchimento das orbitais
1 s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p…..

Em termos de energia

E 1s < E2s < E2p < E3s < E3p< E4s <E3d < E4p ….
exemplo :
a configuração do lítio
1s2 3s1 não respeita o princípio da construção, logo não está no
estado fundamental, está excitado, 1 eletrão absorveu energia e
subiu de nível

Temos de respeitar também a regra de Hund

Regra de Hund

Em orbitais com a mesma energia (p ou d do mesmo nível) os


eletrões são distribuídos de modo a que seja máximo o número de
eletrões desemparelhados.
Exemplo: orbitais 2p do carbono e do oxigénio
2px1 2py1 2pz0 ↑ ↑
orbitais 2p do oxigénio

2px2 2py1 2pz1 ↑↓ ↑ ↑

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