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Rede conceptual da ação

A ação é uma interferência voluntária e consciente do agente no decurso normal das coisas.

Agente »Motivo/causa/ razão» Vontade» Consciência» Objetivo/ intenção »Deliberação»Decisão»


Execução

Agente- sujeito que realiza a ação, único que pode justificar porquê

Motivo- causa que justifica a ação ou o ato praticado

Vontade- resultado do querer do ser racional que pode eventualmente contrariar os prazeres
imediatos

Consciência- noção do ato que se pratica

Objetivo- o que o agente quer atingir

Deliberação- ponderação das diferentes hipóteses de ação

Decisão- é a opção de fazer aquilo

Execução- realização da ação

Consequências- acontecimentos causados pela ação do agente

Fatores que podem influenciar a decisão do agente


· é um ser dotado de emoções, nem sempre conseguindo separá-las do racionaç

· estar sujeito a condições, necessidades e expectativas pessoais e sociais

· fator tempo, não premite a adequada análise (deliberação) da ação

· consciência de que a ação produz efeitos (consequências)

· escolher realizar uma dada ação implica o corte de outras alternativas possíveis

Um acontecimento é algo que ocorre num certo momento e lugar provocando determinados efeitos,
podendo ser causado pelo agente ou podendo ser causado pela intervenção de outros agentes e não do
sujeito.

Fazer é um ato institivo e ou uma função vital


Condicionantes da ação humana
As ações estão também condicionadas por fatores que não podem ser ignorados devido à sociedade ou
grupo onde estamos incluídos ou até nós mesmos, podendo ser tanto internos ao sujeito como externos
:

Físico-biológicas- género, doenças, compleição ou limitações físicas

Psicológicas- personalidade, carácter, fobias, traumas e desejos inconscientes

Naturais geográficas- meio físico, clima, metereologia, fenómenos naturais

Histórico-culturais- valores, normas, leis, costumes. tradições, idioma, objetos


A existência destas condicionantes colocam em causa a existência de livre-arbítrio .

A existência de condicionantes impõe limites nas ações mas também leva a haver outras possibilidades,
ou seja, apesar de certas opções estarem fora do jogo, haverá outras opções, das quais o agente irá
optar por uma, tendo uma escolha, preservando a liberdade.

1. limita as ações possíveis 2. promove a criatividade e reinvenção de ações possíveis

A existência de determinantes impõe que a causa A originará obrigatoriamente o efeito B,


estabelecendo-se uma relação de dependência que reduz o sujeito a apenas uma opção, não tendo
possível escolha sobre a matéria.

Isto leva ao problema do livre-arbítrio, o confronto determinismo vs livre-arbítrio que leva a questionar
se o ser humano é moralmente responsável pelos seus atos e se é livre das escolhas que faz e ações que
comete ou se cada uma desta já está determinada. Ista leva também à existência de uma 3 hipótese , o
determinismo moderado.

Libertismo(incompatibilista)- impõe que o indivíduo tem capacidade de decidir a ação a


partir da sua própria vontade, autodeterminando-se. tendo em conta que existe vontade livre do sujeito
não podemos subordinar inteiramente as suas ações a leis de física ou fenómenos naturais. A
consciência que se teve no momento de agir de que se tinha várias possibilidades ( princípio das
alternativas) e a percepção de que o agente é o responsável pela ação e não uma causa ( princípio da
autodeterminação) leva a crer que o ser humano seja livre. No entanto sendo que as ações não são
despoletadas por uma causa, são baseadas em acaso e aleatoriedade.

· a natureza física não é igual à mente humana

· o comportamento humano não é previsível como fenómenos físicos

· os principos da autodeterminação e da possibilidade de alternativas implica a existência de livre-


arbítrio
· a mente não está sujeita à causalidade

· defende que o comportamento humano não é constrangido

A existência do libertismo abre certas dúvidas:

· Se as ações ocorrem por acaso, então não somos responsáveis por estas

· podemos considerar uma ação de um doente mental livre, tendo em conta que está sobre a
influência de uma perturbação

Determinismo radical (incompatibilista)- impõe que todas aa ações do ser humano


estão determinadas por fatores que não temos controlo sobre, é uma teoria baseada na, crença e
investigação científica que defende que conhecendo-se todas as forças da natureza é possível
determinar o futuro dos efeitos físicos, estando sujeito a uma relação causa-efeito. Assim a natureza é
um conjunto de coisas e factos resultantes de causas anteriores, provocando efeitos inevitáveis, logo o
ser humano é determinado por uma corrente causal, sendo as suas ações provenientes de causas
anteriores, produzindo sempre o mesmo efeito.

· na origem dos eventos há sempre causas

· o futuro é previsível e possível de ser controlado

· apoia-se na crença e na investigação científica

Fatalismo- impõe que o ser nunca poderá fugir ao seu destino


· na origem de tudo está o destino

· o futuro acontecerá obrigatoriamente

· apoia-se em crença religiosa e superstição

A existência do determinismo não implica necessáriamente que não haja racionalidade, mas abre
dúvidas em relação:

· se temos clara consciência das nossas escolhas, opção de escolhas e decisões, será esta sensação
uma ilusão?

· será que nos estamos a condenar à inevitabilidade, dado que as nossas escolhas já estão
determinadas?

· como poderá alguém ser responsabilizado pelos seus atos, sendo que estes não dependerem de
si mas sim de causas anteriores?

· será o ser humano apenas uma marioneta, sendo que nada pode mudar o rumo dos
acontecimentos?
Determinismo moderado(compatibilista)- afirma que existe determinismo e também
livre-arbítrio. Uma ação pode ser determinada e livre, desta maneira o determinismo moderado
reconhece que apesar das ações poderem estar sujeitas a causas, há capacidade de agir sobre estas
causas a partir de uma vontade ou desejo pessoal.

· tudo acontece depende de uma causa

· uma ação pode ser realizada sem constrangimentos

Dimensão social de ética


Valor- algo abstrato, não físico, que compreende a qualidade que torna um objeto preferível ou
indesejável, permitindo ao indivíduo orientar a sua ação, expressam-se através de juízos

Valorar- atribuir valor a uma pessoa, objeto, situação, ação , podendo esta ser negativa ou positiva,
tomando uma atitude sobre estes.

Os valores estabelecem preferências sobre, permitindo orientar a vida humana, sendo positivos ou
negativos (polaridade)

Alguns valores são mais importantes que outros (hierarquia)

Pode ser entendido com um fim em si mesmo (valor intrínseco) ou como meio para atingir outro fim
(valor extrínseco)

Os critério valorativos permitem determinar quais são os valores mais importantes, organizando uma
escala hierárquica, permitem justificar a adoção de certos valores em detrimento de outros e são
coletivos e individuais.

Juízos
É uma proposição (frase declarativa) do tipo «A é X», sendo uma apreciação ou desapreciação sobre algo
ou alguém.

Atribuir juízos é atribuir certas características àquilo com que nos deparamos.

Juízos de facto-
· são puramente descritivos

· não demonstram qualquer avaliação do estado das coisas

· está sujeito a critérios de verdade ou falsidade

· enunciam estdos de coisas que podem ser , ou não


· descrevem a realidade

Juízos de valor-
· avaliam a realidade em função de certos critérios

· podem exprimir uma preferência da parte de quem o enucia

· exprime atribuição de algum valor( positivo, negativo, ético, utilitário)

· o seu valor de verdade é questionável

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