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Walter t.

stace

Sobre a responsabilidade moral, que só pode acontecer quando existe liberdade.

Ad hominem: falso. Negam a liberdade de vontade apenas em seus momentos profissionais

Para stace, trata-se de uma disputa meramente verbal, seria um problema meramente
semântico (confusão sobre o significado das palavras)

Os incompatibilistas definiriam a vontade livre como indeterminada, ou seja, que não tem
causas. Esse seria um dos problemas, definir vontade como livre quando não tem causas seria
incorrer numa definição incorreta do termo.

Para Stace, todas as ações têm causas, porém, nem todas as causas são iguais, pois algumas
são internas e outras, externas. Ações livres seriam aquelas causadas por crenças e desejos do
agente. Por exemplo: fobias.

Outra forma de definir ação livre seria: uma ação é livre desde que seja causada pelas crenças e
desejos, desde que o agente ou a pessoa tenha escolhido livremente essas crenças, ou seja,
não seja sido coagido – porém esse argumento é circular.

Parte do problema do incompatibilista é tratar todas as causas como iguais, o que seria um
erro.

Argumento da redução ao absurdo

Nem todas as causas são iguais do ponto de vista da responsabilidade moral. Stace é
compatibilista, o que significa que acredita que o determinismo pode ser verdadeiro, assim
como a responsabilidade moral. Stace determina ações livres como aquelas cujas causas
imediatas são estados psicológicos do agente; ações livres seriam aquelas causadas
“corretamente”.

*Para Stace, nunca houve um real conflito entre determinismo e liberdade, além da questão
semântica.

Determinismo suave: a liberdade não seria incompatível com o determinismo radical, desde
que a ação seja determinada da maneira correta, que seria pelos estados psicológicos da
própria pessoa, ou seja, suas próprias crenças e desejos, e não por alguma determinação
causal que esteja fora dela.

O problema da vontade livre é que a moralidade ou a responsabilidade moral só pode existir


se houver liberdade, pois se tudo o que o homem fizer for por algum tipo de compulsão, não é
possível dizer que ele poderia ter feito de maneira diferente. Nesse mesmo raciocínio, não
seria possível condená-lo moralmente por suas ações, já que ele não poderia ter evitado fazer
o que fez.

Stace acredita que na verdade, esse problema não é real, é na verdade uma disputa verbal, ou
um problema semântico, causado pela confusão na interpretação do significado dos termos.
Seria o caso de filósofos terem assumido uma definição incorreta do que seria vontade livre, e
por não ter encontrado no mundo nada que correspondesse a isso que buscavam, decidiram
por negá-la. – Redução ao absurdo?

“O determinismo é inconsistente com a vontade livre”. Se as ações de um homem fossem


totalmente determinadas pela cadeia de causas que vão até o passado remoto, de modo que
poderiam ser preditas de antemão por uma mente que conhecesse todas as causas, então se
assumiria que nesse caso elas não poderiam ser livres.

Nesse raciocínio proposto, a vontade livre significaria o indeterminismo, ou seja, uma ação sem
causas. Porém essa definição está incorreta, e é justamente por isso que certos filósofos negam
a vontade livre. O uso comum é o critério para decidir se uma definição é correta ou não. E
esse é o princípio aplicado à vontade livre.

Para o compatibilista, a vontade livre seria uma ação determinada por causas, estados
psicológicos, que podem ser determinados por causas precedentes. Mas mesmo nesse tipo de
determinação, se pode dizer que geralmente a pessoa poderia ter agido de outra maneira, se
tivesse tido estados psicológicos diferentes.

Stace afirma que tanto as ações que consideramos livres como as que consideramos não livres
são causalmente determinadas.

Toda ação humana tem causas, tão determinadas quanto qualquer outro evento da natureza.
ser não causada ou não determinado por causas é uma definição incorreta de vontade livre.
Atos livres são causados pelos estados psicológicos internos do agente, suas crenças e desejos;
os não livres são causados por condições externas ao agente.

todas as ações dos homens que ordinariamente deveríamos atribuir ao exercício de sua
vontade livre, ou das quais deveríamos dizer que foram livremente escolhidas, são de fato
ações que foram causadas por seus próprios desejos, vontades, pensamentos, emoções,
impulsos ou outros estados psicológicos.

Ex: dar a carteira a um assaltante seria uma ação livre, causada por uma condição interna que
seria o medo da morte. Mas muitos diriam que foi causada por compulsão. Pode ser um caso
limítrofe. A maioria dos compatibilistas diria que tal ação é claramente não livre para todos os
efeitos, porque ela é externamente constrangida. (Mas note-se que a pessoa ainda tem uma
pequena latitude dentro da qual a sua escolha determina o resultado: ela pode passar a
carteira ou pode se recusar a fazê-lo

A incompatibilidade da liberdade e da previsibilidade é uma ilusão. Vai de encontro ao senso


comum. Não é justo punir alguém por algo que ele não poderia evitar fazer. A questão da
determinação das ações é irrelevante para a questão da vontade livre – nos compatibilistas.

A punição de um homem por cometer uma ação errada está justificada, ou porque ela vai
corrigir o seu próprio caráter, ou porque vai evitar que outras pessoas façam coisas
semelhantes. – justificação utilitarista – a responsabilidade ou merecimento é irrelevante, a
punição é dada pois trará melhores consequências.

A questão, então, é como, se assumirmos o determinismo, a punição poderá corrigir o caráter


ou evitar que as pessoas realizem más ações. Ao punir um homem, impedir outros das ações
erradas. Você acredita que o medo da punição fará com que outros – que poderiam de outro
modo fazer o mal, façam o bem.

Assim, podemos ver que a responsabilidade moral não só é consistente com o determinismo,
mas também o exige.

Se as ações e volições humanas fossem não causadas, seria inútil tanto punir quanto
recompensar, ou de fato fazer qualquer coisa para corrigir o mau comportamento das pessoas,
pois nada que você pudesse fazer iria influenciá-las. Desse modo, a responsabilidade moral
desapareceria completamente. Se não houvesse nenhum determinismo dos seres humanos, as
suas ações seriam completamente imprevisíveis, caprichosas e, portanto, irresponsáveis. Este é
por si mesmo um argumento forte contra a visão comum dos filósofos de que vontade livre
significa ser indeterminado por causas.

Stace está supondo que a única alternativa a uma explicação determinista das ações humanas
livres é aquela de acordo com a qual tais ações são aleatórias em caráter.

Determinismo – todo acontecimento tem uma causa. Razoavel crer no determinismo porque
todos acontecimentos tem causas. E a ciência costuma ser mais bem-sucedida que o senso
comum, além de explicar tudo o que observamos. Dessa mesma maneira seria lógico imaginar
que uma hora ou outra a ciência será capaz também de explicar nossas ações, que seriam
estudáveis, previsíveis, explicáveis e controláveis para o determinismo.

Mesmo que parece que decidimos por certas ações, o determinismo poderia dizer que por
exemplo, a causa seria certas funções pré-conscientes ou subconscientes do cérebro; outras
causa não seriam nem mentais.

Conceitos de causa e efeito

uma causa é um acontecimento anterior que faz acontecer um efeito posterior. Dada as leis da
natureza, ocorrida a causa, o efeito tem de ocorrer também.

Determinismo radical- o livre arbítrio entra em conflito com a ciência, portanto, não existe.
Negam que os criminosos merecem punição pois não agiram livremente ao cometer seus
crimes. Apenas pensando na utilidade, argumento utilitarista, pois punir os criminosos
desencorajaria crimes futuros.

Libertismo - rejeição ao determinismo. As pessoas são especiais. Não são como os demais
fenômenos observados pela ciência, que podem ser previstos. Os seres humanos e apenas
eles, transcendem as leis da natureza e são livres. O que tornaria os humanos especiais, para
alguns seria a alma, consciência, que por serem não físicas não seriam controlados pela
natureza.

de qualquer forma as leis da natureza não controlariam/determinariam o comportamento


humano. Para o libertista a liberdade não é uma ação sem causa – compararia a liberdade com
a aleatoriedade. Mas como distinguir a ação indeterminada da aleatoriedade?

Causalidade do agente – não obedece a leis. Não é causada no sentido comum, mecânico, mas
sim causada por si, por causalidade do agente. Causa mecânicas do passado não afetam.

Incompatibilidade com a ciência. Negação que o comportamento humano seja controlado por
quaisquer leis, inclusive as da Física.

Mecânica quântica é indeterminista, prevê possibilidades de resultados, não afirma nada.


Causa tornam os efeitos apenas prováveis. Para a mecânica quântica há um elemento de
aleatoriedade na ocorrência dos acontecimentos.

Aleatoriedade não é liberdade. Aleatoriedade pode comprometer a liberdade.

Abre espaço para a causalidade do agente?

Física estabeleceria as probabilidades, mas as pessoas, pela causalidade do agente, que


decidiriam, em última instancia, o que ocorre.
Causalidade do agente é escrava das probabilidades da mecânica quântica.

A causalidade do agente teria que ser capaz de perturbar as probabilidades da mecânica


quântica.

Determinismo moderado – nossas ações são causadas por acontecimentos anteriores ao


nosso nascimento, mas muitas vezes são livres, apesar disso.

Confusão conceitual. Não compreendemos o conceito de liberdade.

Livre não significa sem causa. Ação livre seria aquela causada do modo correto. Todas as ações
têm causas, mas não resolve que tipo de causa ela tem. Uma ação pode ser ao mesmo tempo
livre e causada. As causas não são todas iguais. Se for causada de modo errada, a ação não é
livre.

Ação livre é causada pelas crenças e desejos das pessoas. Pode ser refutado, ex: hipnose,
adquirir crenças e desejos contra sua vontade.

ação livre é causada pelas crenças e desejos das pessoas, desde que a pessoa tenha escolhido
livremente – circular.

Nem toda compulsão vem de outra pessoa. Ex: cleptomaníaco.

Uma ação livre é causada pelas crenças e desejos da pessoas desde que decorram de quem a
pessoa é – desejos de primeira e de segunda ordem.

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