Você está na página 1de 6

Distinguir ciência e pseudociência.

Primeira resposta, que não satisfaz, se distinguir pelo uso do método empírico, indutivo.

Ideias revolucionários: teoria da relatividade de Einsteis, teoria da historia de Marx, psicanalise


de Freud e psicologia individual de Adler. Insatisfação com as teorias, sobre teus status
cientifico.

Toda teoria boa é uma proibição, proíbe certas coisas de acontecer, quanto mais proibe,
melhor ela é. Teoria precisa poder ser refutado por acontecimentos concebíveis para ser
cientifica. Testes científicos são tentativas de refutar uma teoria. Testar uma teoria tem a
mesma possibilidade de demonstrar que ela é falsa.

Evidencia confirmadora não deve ser considerada se não resultar de um reste genuíno da
teoria.

O critério que define o status cientifico de uma teoria é sua capacidade de ser refutada.

Teoria da gravitação de Einstein satisfazia o critério da refutabilidade.

Seguidores de marx reinterpretaram a teoria que foi refutada para torna-la irrefutável,
destruindo pretensões a um padrão cientifico. As teorias psicanalisticas não são testáveis e
irrefutáveis.

Quase todas teorias cientificas se originaram em mitos. A teoria que passa a aser considerada
não cientifica ou metafisica não é necessariamente absurdo ou sem sentido, pode ser
resultado de observação mas não esta sustentada por evidencia empírica na acepção
cientifica.

Critério da refutabilidade é a solução para o problema da demarcação, pois afirma que para
serem caracterizadas como cienticas as assertivas ou sistemas de assertivas devem ser capazer
de entrar em confliro com observações possíveis ou concebíveis.

Se chamarmos uma afirmação de afirmativa resultante da observação ou pq implica de fato


uma observação ou poruqe menciona algo que pode ser observador teremos de dizer que toda
proposição genuína deve ser uma função da verdade de afirmativa resultante da observação e
dela dedutível. Qualquer outra proposição aparente sera uma pseudoproposição.

As asserções que podem recair no campo da ciência são aquelas verificáveis por afirmações
derivadas da observação, coincidem ainda com a categoria que compreende todas as
assertivas genuínas ou significativas. Coincidência da verificabilidade, do significado, e do
caráter cientifico.

Critério de demarcação de wittgenstein da verificabilidade, da capacidade de deduzir a teoria


de afirmações derivadas da observação. Mas exclui da ciência praticamente tudo o que a
caracteriza. Nnehuma teoria cientifica pode ser deduzida de afirmações derivadas da
observação, ou descrita como função de verdade nelas contida.

A negação de uma afirmação testável (passível de ser refutada) não sera necessariamente
testável.

Tentativa de justificar a pratica da indução apelando para as experiencia deve levar a um


regresso infinito, teorias nunca podem ser inferidas de afirmações derivadas da observação ou
racionalmente justificadas por elas. Habito de acreditar em leis é produto da repetição
frequente, observação repetidas de que coisas de uma certa natureza associam-se
constantemente a coisas de outra natureza.

Habitos e costumes não se originam da repetição, tem inicio antes que a repeticção tenha um
papel importante.

A crença numa lei não corresponde precisamente ao comportamente que revela a expectativa
de uma sucessão de eventos aparentemente baseados numa lei. Uma única observação pode
ser suficiente para criar uma expectativa ou crença.

Repetição baseada na similaridade. So se pode admitir que tenha efeito sobre o individuo
aquilo que para ele se ccaracteriza como uma repetição, baseada em similaridade que so ele
poderá identificar. Não pode ser perfeito pois são repetições apenas se consideradas de um
ponto de vista particular. O ponto de vista não pode ser meramente resultado de repetição.
Problema de reconhecer ou interpretar uma situação como repetição de outra. Vemos a
similaridade como resultado de uma resposta que envolve interpretações, antecipações e
expectativas. Regresso infinito.

Duas respostas para o conhecimento: chegamos ao conhecimento por método não indutivo,
chegamos ao conhecimento por repetição e indução, logicamente inválido e racionalmente
injustificável em que todo conhecimento aparente não passa de uma modalidade de crença
baseada no hábito.

Rejeita a teoria de Hume explicando a repetição como consequência da nossa inclinação para
esperar regularidades da busca de repetições, em vez de explicar tal inclinação pelas próprias
repetições. Em vez de esperar de modo ativo impor regularidades ao mundo, tentamos
identificar similaridades e interpretá-las em termos de leis que inventamos. Teorias cientificas
não como uma composição de observação mas sim invenções.

Ideia inata é absurdo. Sim conhecimento inato: que não é valido a priori, uma expectativa
inata, que por mais forte e especifica que seja, pode constituir um equívoco. Não é valido a
priori mas psicológica ou geneticamente apriorístico, anterior a toda experiencia derivada da
observação.

Expectativa instintiva de encontrar regularidades, psicologicamente a priori, corresponde


streitamente a lei da causalidade que kant considerava valida a priori. A expectativa de
encontrar regularidade é apriorística psicológica e logicamente, anterior a toda experiencia da
observação, precedendo o reconhecimento das semelhanças. A expectativa não é valida a
priori, pode falhar.

A distinção entre uma expectativa valida a priori e uma outra genética e logicamente anterior a
observação sem ser contudo valida a priori é bastante sutil.

Atitude dogmática nos leva a guardar fidelidade as primeiras impressões indica uma crença
vigorosa, por outro lado a atitude critica com a disponibilidade para alterar padrões, admitindo
duvidas e exigindo teste, indica uma crença mais fraca. A força da crença resulta da repetição,
devendo portanto crescer com a experiencia apresentando-se sempre maior nas pessoas
menos primitivas.

Atitude dogmática esta claramente relacionada com a tenddencia para verificar nossas leis e
esquemas, buscando aplica-los e confirma-los sempre a ponto de afastar as refutações,
enquanto a atitude critica é feita de disposição para modifica-los - a inclinação no sentido de
testá-los,, refutando-os se for possível.

Atitude critica com atitude cientifica, atitude dogmática com atitude pseudocientífica.

Atitude pseudocientífica é precientifica. Critica se dirige contra as crenças dogmáticas.

Ciência começa com os mitos e a critica dos mitos, discussão critica dos mitos, técnicas e
praticas magicas.

Todas as leis e teorias são essencialmente tentativas conjecturais, hipotéticas, mesma quando
não é mais possível duvidar delas. Antes de refutar uma teoria não temos condição de saber
em que sentido ela precisa ser modificada.

Diferença reside não tanta nas tentativas, mas na atitude critica e construtiva assumida com
relação aos erros, que o cientista procura eliminar consciente e cuidadosamente na tentativa
de refutar suas teorias com argumentos penetrantes.

A regra da indução valida não chega a ser metafisica, ela simplesmente não existe. Não há
regra que possa garantir uma generalização inferida de observações verdadeiras, por maior
que seja sua regularidade. O êxito da ciência não se fundamenta em regras indutivas mas
depende da sorte, do engenho dos cientistas e das regras puramente dedutivas do raciocínio
critico.

A indução é um mito. O método real da ciência emprega conjecturas e salta para conclusões
genéricas as vezes depois de uma única observação.

Observação e experimentação repetidas funcionam como testes ou hipóteses, tentativas de


refutação.

A crença errônea na indução é fortalecida pela necessidade que temos de um critério de


demarcação que so o método indutivo pode fornecer. O método indutivo como critério de
verificabilidade implica uma demarcação defeituosa.

O problema logica do indução se origina na descoberta de Hume que é impossível justificar


uma lei pela observação ou por meio das experiencias, uma vez que ela transcende sempre a
experiencia; no fato que a ciência enuncia e usa leis todo o tempo, e o principio do empirismo,
o fato de que na ciência so a observação e a experiencia podem decidir a respeito da aceitação
ou rejeição das afirmativas, inclusive leis e teorias. Os três princípios se contradizem.

As teorias nunca são inferidas diretamente da evidencia empírica. Não há nenhuma indução
psicológico nem logica. So a falsidedade de uma teoria pode ser inferida da evidencia empirca,
inferência que é puramente dedutiva.

Hume demonstrou que não é possível inferir uma teoria de afirmativas derivadas da
observação, mas isso não afeta a possibilidade de refutar uma teoria por meio de afirmativas
desse tipo.

Como saltamos de uma afirmativa derivada da observação para uma boa teoria? Saltando
primeiro para uma teoria qualquer; depois testando essa teoria pra ver se ela é boa ou ma,
aplicando reiteradamente o método critico de modo a eliminar teorias inadequadas e
inventando muitas teorias novas.
Como justificar a evidencia indutiva, o método das tentativas: o método elimina as teorias
falsas por meio de afirmativas derivadas da observação; sua justificação é a relação puramente
logica da dedutibilidade que nos permite afirmar a falsidade de assertivas univesair se []]
aceitamos a verdade de afirmativas singulares.

A falsidade das teorias refutadas é conhecida e aceita enquanto as teorias ainda não refutadas
podem ser verdadeiras.
certa dose de dogmatismo isto é, de crenças das quais não desejamos abrir mão com
facilidade é "uma característica funcional e um fato inerente ao desenvolvimento científico
maduro

 compreender um paradigma como sendo um conjunto de crenças, regras, compromissos e


valores que são compartilhados pelos cientistas por um determinado período de tempo e que
confere à sua atividade investigativa a unidade mínima que lhes permite constituir uma
comunidade científica

ciência pré- -paradigmática (atividades desorganizadas), ciência normal, época de crise,


ciência extraordinária, revolução científica e, por fim, um novo período de ciência normal e o
consequente reinício cíclico do mesmo percurso. O conteúdo de cada revolução científica é,
obviamente, específico de cada ciência particular. Normalmente, após atingir um amplo
reconhecimento dos seus efeitos sobre a comunidade científica, as revoluções tornam-se
conhecidas pelos nomes de seus principais protagonistas: revolução copernicana, revolução
newtoniana, revolução lavoisieriana, revolução darwinista, revolução mendeliana, revolução
einsteiniana etc.. O que Kuhn sustentou é que, apesar da enorme diversidade de conteúdos
entre todas essas ditas revoluções científicas, elas compartilham uma configuração comum,
isto é, uma estrutura, que poderia ser descrita pelo percurso sequencial daqueles estágios
acima, onde basicamente se alternam períodos de ciência normal e ciência extraordinária

Nesses períodos pré-paradigmáticos, não deve ser surpreendente que tantos grupos ou
indivíduos partam de hipóteses independentes e desconexas para investigar um mesmo grupo
de fenômenos. A ausência de um paradigma comum entre eles faz com que suas pesquisas
pareçam uma atividade feita ao acaso. Não há nenhum critério comum para definir o que deve
ou que não deve ser de interesse investigar. Toda diversidade encontrada na natureza parece
ter de ser levada em consideração. Não há limites consensuais para a exploração dos
presumidos fenômenos. Nada mais natural, portanto, que os períodos pré-paradigmáticos
sejam marcados por profundos debates a respeito de métodos, problemas e padrões de
soluções. Os períodos de ciência normal têm início quando ocorre uma convergência dos
debates pré-paradigmáticos em direção a um conjunto comum de normas, regras, crenças e
valores. Nesses momentos, à medida que os cientistas passam a compartilhar concepções
comuns acerca dos aspectos teóricos e práticos mais relevantes do seu campo de estudo,
diminuem a intensidade dos debates sobre questões acerca dos fundamentos dos seus objetos
de investigação. Quando se consolidam os períodos de ciência normal, a atividade exercida
pelo cientista volta-se então para ampliar e refinar a articulação entre os fenômenos e as
teorias. Esse trabalho, Kuhn chamou de "resolução de quebra-cabeça" em inglês, puzzles, que
pode também ser traduzido como enigma. na rigidez metodológica e na ortodoxia conceitual eis
a fonte mais remota do dogmatismo 

Quanto mais se estuda mais se percebe que a ciência do passado tanto mais certos os
historiados se tornam que as concepções não eram menos cientificas nem menos o produto
das idiossincrasias que a ciência de hoje.

Os indivíduos que determinam a cientificidade das eventos da historia. Atitude critica dos
cientistas, que se contrapõe com a atitude dogmática.

A atitude dogmática é uma critica mais fraca pois o dogmatismo é mãos forte.

Atitude critica é cientifica. A ciência começa com os mitos.


a) conhecimento pré-paradigmático (disperso, confuso);b) a ciência normal, sistematizada
em determinado momento;c) crise provocada pelo surgimento de novos aspectos;d)
inovação extraordinária, que conduz à revolução científica;e) posteriormente ocorre a
repetição do ciclo.

9  PONTOS PRINCIPAISImportância dos Pressupostos Dogmáticos : Nos estágios iniciais,


qualquer formulação teórica sobre determinado grupo de fenômenos sofre a interferência
de alguns princípios inovadores, aceitos sem muita discordância e que vão constituir as
bases possíveis para as revoluções científicas.São os chamados puzzles (enigmas). Ex: a
evolução da física clássica newtoniana para a física relativista de Einstein.

10  PONTOS PRINCIPAISA Disseminação dos Dogmas na Comunidade Científica :


resolvendo os problemas surgentes em função das novas pesquisas, os novos paradigmas
vão sendo paulatinamente acolhidos pela comunidade científica, assegurando um relativo
consenso, o que solidifica as novas ideias propostas. Através da educação, é assegurada
a sua aceitação.

11  PONTOS PRINCIPAISQuebra-Cabeças e Anomalias : são dois conceitos que


enriquecem o pensamento do Autor, o primeiro sob a forma de aparentes contradições
conceituais que os novos paradigmas terão o dever de superar; não obstante, estes
quebra-cabeças poderão se transformar em anomalias, ou problemas que os novos
paradigmas não conseguiram explicar.

12  PONTOS PRINCIPAISAs Crises no Conhecimento Científico : são, portanto, o


resultado de anomalias não resolvidas, o que acaba por enfraquecer a coerência dos
novos modelos de explicação, debilitando assim seus fundamentos (dogmas).

13  PONTOS PRINCIPAISO Surgimento de uma Ciência Extraordinária : é o estágio


caracterizado pelo dissenso imperante entre os cientistas, quando novas intuições
paradigmáticas entram em disputa, com o objetivo de incluir os novos fatos
observados.Contudo, um só paradigma deve prevalecer, aquele que consiga fornecer o
maior número de respostas aos problemas surgentes.

14  PONTOS PRINCIPAISConcluindo : as revoluções científicas não são verdadeiras nem


falsas, mas apenas os estágios que ocorrem na evolução dos conhecimentos científicos, o
que significa que há um campo infinito de perspectivas paradigmáticas, oscilando entre o
dogmatismo e sua crítica, que não são necessariamente opostos, mas complementares.

Ao descobrir algo, o cientista torna-se capaz de explicar um número maior de

10 fenômenos previamente conhecidos, visto que muitas vezes uma tal ampliação requer a
substituição de alguma crença ou de algum procedimento. Mas, se por outro lado a anomalia
resiste a todas as tentativas de dissipá-la e persiste por muito tempo, ela provoca uma redução
do grau de confiança com que os cientistas aderem ao paradigma com o qual trabalham. O
efeito imediato desse declínio da confiança é o aumento da insegurança com que os cientistas
praticam seu ofício. Um grau acentuado de insegurança, por sua vez, pode ter como
consequência a instauração de uma crise no paradigma vigente. devem ser operadas no antigo
paradigma a fim de dissipar a anomalia em questão. Nessa disputa, cada grupo utiliza os seus
próprios recursos metodológicos e conceituais para argumentar a favor da concepção particular
que defende. Esse fato torna o debate entre paradigmas comparável a um diálogo de surdos,
pois, segundo uma outra tese bastante controversa de Kuhn, dois paradigmas rivais são
incompatíveis e incomensuráveis. Incompatíveis porque não é possível um cientista defender
dois paradigmas rivais ao mesmo tempo sem cair em contradição. O Sol e a Terra não podem,
por exemplo, ser ao mesmo tempo o centro do Universo. Incomensuráveis porque não há
medida comum entre eles. Os termos É importante, no entanto, lembrar que falhas em testes
ou resultados experimentais negativos consecutivos por si só não são suficientes para produzir
crise no paradigma vigente nem impor a substituição de um paradigma por outro mais e
conceitos de um paradigma não podem ser integralmente traduzidos na linguagem de outro. O
resultado é uma comunicação irreversivelmente parcial entre partidários de paradigmas
distintos em competição. um aspecto diretamente relacionado ao dogmatismo que Kuhn
considera ser um 18 elemento essencial à prática científica

Você também pode gostar