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3º Teste
Determinismo e liberdade na ação
humana. O problema do livre-arbítrio
Acontecimentos e ação humana
Os acontecimentos podem partir de nós ou não.
Os acontecimentos que partem de nós podem ser inconscientes ou conscientes.
Para os conscientes temos duas classificações: involuntários ou voluntários
(intencionais).

São Tomás de Aquino


Atos Humanos: voluntários, conscientes, e motivados (casar, escolher, ...)

Atos do Homem: involuntários, instintivos (ressonar, fazer a digestão, ...)

Conceitos essenciais ligados à ação


Agente: sujeito da ação.

Intenção: o que o agente quer fazer.

Motivo: responde à razão da intenção (Porquê?).

Finalidade: objetivo ou meta para que tende a conduta.

Projeto: propósito da ação.

Rede conceptual da ação

3º Teste 1
O problema do livre-arbítrio
O problema do livre-arbítrio coloca-se quando o confrontamos com o determinismo.

Mas primeiro,

Livre-arbítrio: Liberdade de escolha. Dizemos de A é resultado de livre-


arbítrio se, e só se, decorre de uma decisão que poderia, até ao momento
da sua realização, ter dado origem a não A. Isto é, se uma pessoa pode
controlar o seu comportamento e dispuser de recursos de recursos
alternativos à ação.

Determinismo: Tese científica e filosófica que, genericamente (há várias


formulações), postula que todos os acontecimentos do universo são efeitos,
consequências inevitáveis de eventos ou estados anteriores e das leias da
natureza.

O problema do livre-arbítrio coloca as seguintes questões:

3º Teste 2
Será a vontade livre compatível com um Universo determinado?

Será que a nossa liberdade é apenas um ilusão?

Estas perguntas têm tido para propostas de resposta ao longo do tempo.

Determinismo
Não existem acontecimentos sem causa. Dadas as mesmas condições - o estado
do universo num dado momento e as leis de natureza que o governam -, as
mesmas causas produzem inevitavelmente os mesmos efeitos, existindo, portanto,
uma conexão indestrutível e necessário (é assim e não pode deixar de ser assim
em todos os mundos possíveis) entre os efeitos presentes e os acontecimentos que
os precederam.

Se o determinismo for verdadeiro, os eventos futuros serão aparentemente tão


inalteráveis como o passado é fixo e irremediável.

Incompatibilismo
O livre-arbítrio e o determinismo são duas crenças aparentemente inconciliáveis.

Por um lado, temos a conceção física do mundo que parece incompatível com uma
vontade livre. Por outro lado, temos a crença no livre-arbítrio, a qual parece
incompatível com um universo determinado. Como resolver este conflito?

A doutrina que opta por rejeitar o livre-arbítrio chama-se determinismo radical.

A doutrina que opta por rejeitar o determinismo chama-se libertismo.

Determinismo radical
Deterministas radicais concordam que apenas somos responsáveis por atos livres,
por aquilo que estava sob o nosso controlo ter evitado ou feito de um modo distinto.
Dado que nada do que fazemos depende de nós, então, não somos responsáveis
seja pelo que for.

OBJEÇÕES DO DETERMINISMO RADICAL

A primeira objeção que pode ser dirigida ao determinismo radical é a


experiência da liberdade direta. É pouco provável que sejamos capazes de
deixar de acreditar nela, na medida em que isso faz parte do nosso próprio
processo de agir.

3º Teste 3
Uma possível segunda objeção passa pelo argumento da responsabilidade. Se
o determinismo radical tiver razão e o livre-arbítrio for uma ilusão, então não
podemos ser responsabilizados pelas nossas ações.

Uma terceira objeção ainda pode argumentar que o determinismo radical em


nada garante que todos os eventos, sem exceção, são casualmente
determinados (generalização indutiva). Assim, podendo haver eventos que
escapem ao determinismo. Será que este indeterminismo poderá salvar o livre-
arbítrio?

Afirmar que as nossas ações se limitam a acontecer sem causa, sem que nada nos
acontecimentos precedentes as origine, parece ser um suporte frágil de
argumentação para o libertismo.
Parece que estamos num impasse: quer o determinismo seja verdadeiro ou
falso, não temos livre-arbítrio, e consequentemente não podemos ser
responsáveis pelos nossos atos.

A este aparente beco sem saída chamamos dilema do determinismo.

Libertismo
O libertismo defende três teses:

O determinismo e o livre-arbítrio são incompatíveis entre si.

O determinismo é falso.

O livre-arbítrio existe.

Em oposição a determinismo radical, o libertismo considera que as pessoas são


especiais. Os seres humanos transcendem as leis da natureza e são capazes de se
autodeterminarem. As nossas ações são livres porque não são causadas por
eventos passados e incontroláveis.

Compatibilismo
Determinismo moderado
O compatibilismo - determinismo moderado - defende que determinismo e livre-
arbítrio não são apenas compatíveis ou consistentes entre si: o livre-arbítrio exige
determinismo.

De acordo com o determinismo moderado todo o comportamento humano é


determinado por causas internas e/ou externas.

3º Teste 4
Alguns comportamentos são livres e outros são constrangidos.

O contrário de livre não é causado (determinado), mas coagido (forçado).

3º Teste 5

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