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LIVRE-ARBÍTRIO

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1. O que é ter livre arbítrio?

2. Sem ter em mente outras considerações, parece-nos que temos ou que não

temos livre-arbítrio, na nossa vida?

3. O que têm em comum as nossas decisões e os fenómenos comuns da natureza?

4. O que é a tese determinista?

5. Caso as nossas decisões sejam todas efeitos de causas anteriores, isso dá-nos

ideia de que as nossas decisões são realmente livres, ou não?

6. O problema do livre-arbítrio é um conflito entre duas teses. Quais?

7. Quais são as três teses relacionadas com o livre-arbítrio?

8. Como se prova que as três teses sobre o livre-arbítrio são incompatíveis entre si?

9. Quais são as três hipóteses sobre o livre-arbítrio?

10. Qual é a tese sobre o livre-arbítrio que se rejeita na hipótese do determinismo

radical?

11. Qual é a tese sobre o livre-arbítrio que se rejeita na hipótese do libertismo?

12. Qual é a tese sobre o livre-arbítrio que se rejeita na hipótese do determinismo

moderado?

13. Quais são as duas teses sobre o livre-arbítrio que se aceita na hipótese do

determinismo radical?

14. Qual é a principal tarefa de quem defende o determinismo radical?

15. Formule o argumento do determinismo radical a favor da ideia de que o

livre-arbítrio é uma ilusão.

a. Explique qual é a dificuldade que enfrenta esse argumento.

16. Qual é a segunda dificuldade do determinismo radical?

17. Qual é a dificuldade da responsabilidade moral que se enfrenta no determinismo

radical?

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18. Quais são as três teses que se aceita no libertismo?

19. Qual é a vantagem do libertismo, comparando com o determinismo radical?

20. Qual é a dificuldade principal do libertismo?

21. Qual é a tese que caracteriza o determinismo moderado?

22. Do ponto de vista do determinismo moderado, o livre-arbítrio não diz respeito às

nossas decisões. Diz respeito ao quê?

23. Do ponto de vista do determinismo moderado, temos livre-arbítrio desde que

consigamos fazer o que decidimos. Qual é a dificuldade deste ponto de vista?

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES | CADERNO DE ATIVIDADES

1. Complete corretamente as seguintes afirmações:

1. Ter livre-arbítrio é…

2. As decisões humanas são…

3. Tudo o que acontece parece resultar de…

4. O determinismo é a tese de que…

2. Por que razão parece que temos livre-arbítrio?

3. Por que razão parece que não temos livre-arbítrio?

4. Qual é a pergunta que formula o problema do livre-arbítrio?

5. Indique se as seguintes afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F):

1. O determinismo é a tese de que não temos livre-arbítrio.

2. Ter livre-arbítrio é fazer o que se decide fazer.

3. Parece óbvio que se todas as decisões humanas são meros efeitos de

causas anteriores, não são livres.

4. A ciência parece sugerir que todos os acontecimentos são efeitos de

causas anteriores.

6. Use o exemplo de comer uma maçã para contrastar o livre-arbítrio com a sua

ausência.

7. Explique por que razão uma decisão, por mais desagradável que seja, é mais

livre do que um gesto automático, como coçar distraidamente o queixo.

8. Qual é o facto sobre o mundo que dá origem ao problema do livre-arbítrio?

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9. A nossa impressão de que temos livre-arbítrio baseia-se no quê?

10. Por que razão o problema do livre-arbítrio é um problema de compatibilidade?

11. Leia atentamente o seguinte texto:

«O problema do livre-arbítrio é o problema da natureza do livre agir e da sua


relação com as origens e condições do comportamento responsável. Para quem
contrasta “livre” com “determinado”, uma questão central é se os seres humanos
são livres no que fazem ou se são determinados por acontecimentos externos para
lá do seu controlo.»

Tomis Kapitan, in The Cambridge Dictionary of Philosophy, ed. R. Audi. Cambridge: Cambridge
University Press, 1999, p. 326.

1. O que significa dizer que os seres humanos «são determinados por

acontecimentos externos para lá do seu controlo»?

12. Leia atentamente o seguinte texto:

«O autocontrolo tem muitos graus, matizes e estilos. Temos pouco controlo


direto sobre funções autónomas como a pressão do sangue, o batimento cardíaco
e a digestão, mas temos muito mais controlo sobre o comportamento que é
organizado pelo córtex do cérebro. O autocontrolo é mediado por canais no córtex
pré- -frontal, é influenciado por estruturas que regulam as emoções e impulsos,
e amadurece à medida que o organismo se desenvolve. […]
Ao contrário do livre-arbítrio, o autocontrolo é um conceito que podemos aplicar
proveitosamente a outros animais. Isto harmoniza-se com a imensa semelhança
nas estruturas cerebrais de todos os mamíferos. O facto de termos um córtex

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pré-frontal maior significa provavelmente que temos mais neurónios que nos
permitem exercer mais autocontrolo do que os dos babuínos ou dos chimpanzés.

Patricia Churchland, «The Big Questions: Do we have free will?», New Scientist,
15 de novembro de 2006.

1. Segundo a autora, o autocontrolo é uma questão de tudo ou nada, ou de

ter mais ou menos?

2. A autora sugere que o livre-arbítrio se reduz ao autocontrolo?

3. A autora sugere que o livre-arbítrio se aplica proveitosamente aos outros

animais?

13. Quais são as três teses incompatíveis entre si, com respeito ao livre-arbítrio?

14. Escolha todas as opções corretas. No determinismo radical

1. rejeita-se a existência de livre-arbítrio.

2. rejeita-se que todos os acontecimentos sejam efeitos de causas anteriores.

3. aceita-se que se todos os acontecimentos são efeitos de causas

anteriores, não há livre-arbítrio.

4. aceita-se que se há livre-arbítrio, nem todos os acontecimentos são efeitos

de causas anteriores.

15. Escolha todas as opções corretas. No libertismo

1. rejeita-se a existência de livre-arbítrio.

2. rejeita-se que todos os acontecimentos sejam efeitos de causas anteriores.

3. aceita-se que se todos os acontecimentos são efeitos de causas anteriores,

não há livre-arbítrio.

4. aceita-se que se há livre-arbítrio, nem todos os acontecimentos são efeitos

de causas anteriores.

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16. Escolha todas as opções corretas. No determinismo moderado

1. aceita-se a existência de livre-arbítrio.

2. rejeita-se que todos os acontecimentos sejam efeitos de causas anteriores.

3. aceita-se que se todos os acontecimentos são efeitos de causas

anteriores, não há livre-arbítrio.

4. aceita-se que se há livre-arbítrio, nem todos os acontecimentos são efeitos

de causas anteriores.

17. Escolha a opção correta. A negação da tese de que todos os acontecimentos

são efeitos de causas anteriores é a tese de que

1. nenhum acontecimento é efeito de causas anteriores.

2. alguns acontecimentos não são efeitos de causas anteriores.

3. todo o acontecimento tem origem numa causa anterior.

4. alguns acontecimentos são efeitos de causas anteriores.

18. Considere a seguinte tese: «Se todos os acontecimentos são efeitos de causas

anteriores, não há livre-arbítrio». Para aceitar esta tese

1. é preciso aceitar a antecedente?

2. é preciso aceitar a consequente?

3. é preciso rejeitar a hipótese de a consequente ser falsa caso a antecedente

seja verdadeira?

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19. Considere a seguinte tese: «Se todos os acontecimentos são efeitos de causas

anteriores, não há livre-arbítrio». Para rejeitar esta tese

1. é preciso rejeitar a antecedente?

2. é preciso rejeitar a consequente?

3. é preciso aceitar a hipótese de a consequente ser falsa caso a antecedente

seja verdadeira?

20. Qual é a tese que tanto o determinismo radical como o moderado aceitam?

21. Qual é a tese que tanto o determinismo radical como o libertismo aceitam?

22. Qual é a tese que tanto o libertismo como o determinismo moderado aceitam?

23. Qual é a tese que determinismo radical rejeita?

24. Qual é a tese que o determinismo moderado rejeita?

25. Qual é a tese que o libertismo rejeita?

26. Leia atentamente o seguinte texto:

«O conceito de livre-arbítrio contrasta com a noção de determinismo. Se tudo


está causalmente determinado, como pode haver livre-arbítrio? Enquanto o livre-
-arbítrio é apoiado pela nossa consciência quotidiana, o determinismo ganha
terreno na ciência. Com respeito à relação entre ambos, os filósofos dividem-se em
compatibilistas, que afirmam haver maneira de reconciliar o determinismo com o
livre-arbítrio, e os incompatibilistas, que rejeitam a possibilidade de reconciliação.
Alguns incompatibilistas rejeitam o determinismo, ao passo que outros afirmam que
o livre-arbítrio é ilusório.»

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Nicholas Bunnin e Jiyuan Yu, The Blackwell Dictionary of Western Philosophy, Oxford: Blackwell,
2004, p. 272.

1. O que é o determinismo?

2. O que é o compatibilismo, segundo o autor?

3. O que é o incompatibilismo, segundo o autor?

4. Das hipóteses formuladas no Capítulo 19, quais são incompatibilistas?

5. Os incompatibilistas que rejeitam o determinismo aceitam qual das três

hipóteses formuladas no Capítulo 19?

6. Os incompatibilistas que rejeitam o livre-arbítrio aceitam qual das três

hipóteses formuladas no Capítulo 19?

27. Complete corretamente as seguintes afirmações:

1. A tese principal do determinismo radical é que…

2. No determinismo radical defende-se também que _____________________

____________ e que se isso é assim, então ___________________________.

3. Quando se defende o determinismo radical tenta-se provar que…

4. Uma maneira de tentar provar que o livre-arbítrio é uma ilusão é defender que

a ilusão resulta de…

5. Uma dificuldade do determinismo radical é que…

6. Outra dificuldade é que também não parece haver boas provas de que…

28. Explique por que razão é um erro pensar que se uma pessoa aceita que todos

os acontecimentos são efeitos de causas anteriores, é porque defende o

determinismo radical.

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29. Explique por que razão é um erro pensar que, para aceitar o determinismo

radical, basta aceitar que se todos os acontecimentos são efeitos de causas

anteriores, então não há livre-arbítrio.

30. Imagine que não há realmente livre-arbítrio, mas que nem todos os

acontecimentos são efeitos de causas anteriores. Por exemplo, talvez alguns

acontecimentos, como as nossas decisões, sejam fruto do mero acaso. Este

exemplo mostra que é um erro pensar que basta rejeitar a existência de livre-arbítrio

para aceitar o determinismo radical. Porquê?

31. Considere a seguinte explicação: «Temos consciência das nossas decisões,

mas não das suas causas; é por isso que temos a ilusão do livre-arbítrio». Qual é

dificuldade desta maneira de pensar?

32. O determinismo radical depende da ideia de que todos os acontecimentos são

efeitos de causas anteriores. Por que razão é isto uma dificuldade para esta

hipótese?

33. No determinismo radical defende-se que nenhuma decisão é livre, ou antes

que apenas algumas não são livres?

34. Qual é a principal tarefa de quem defende o determinismo radical?

35. Leia atentamente o seguinte texto:

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«Ao longo dos séculos, a doutrina do determinismo tem sido entendida, e
examinada, de diferentes maneiras. Desde o século XVII que se entende
comummente que é a doutrina de que todo o acontecimento tem uma causa […].
Para estabelecer a verdade do determinismo, entendido deste modo, os filósofos
têm olhado amiúde para a ciência física; têm pressuposto que a melhor teoria física
atual é o melhor guia da verdade do determinismo. […]
Porém, estas impressões são muito enganadoras. […]
Grande parte da física clássica, incluindo grande parte da física de Newton, é
indeterminista.»
Jeremy Butterfield, in The Shorter Routledge Encyclopedia of Philosophy, ed. Edward Craig.
Londres: Routledge, 2005, p. 195.

1. O que é a doutrina do determinismo?

2. Como pensam os filósofos que se estabelece a verdade do determinismo?

3. De acordo com o que se diz no texto, a física estabelece a verdade do

determinismo?

36. Complete corretamente as seguintes afirmações:

1. As teses principais do libertismo é que __________________________ e

________________________________________________.

2. No libertismo defende-se também que…

3. Quando se defende o libertismo, tenta-se provar que…

4. Uma dificuldade do libertismo é que não parece haver boas provas de

que…

37. Explique por que razão é um erro pensar que, se uma pessoa aceita que há

livre-arbítrio, é porque defende o libertismo.

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38. Explique por que razão é um erro pensar que, para aceitar o libertismo, basta

aceitar que se todos os acontecimentos são efeitos de causas anteriores, então não

há livre-arbítrio.

39. No libertismo defende-se apenas que há livre-arbítrio, ou defende-se também

que isso é incompatível com a ideia de que todos os acontecimentos são efeitos de

causas anteriores?

40. Considere a seguinte afirmação: «As nossas decisões não dependem de nós

se dependerem de causas anteriores ao nosso nascimento». Que dificuldade

enfrenta esta ideia?

41. O libertismo depende da ideia de que se todos os acontecimentos são efeitos

de causas anteriores, não há livre-arbítrio. Por que razão é isto uma dificuldade para

esta hipótese?

42. No libertismo defende-se que todas as decisões são livres, ou apenas

algumas?

43. Qual é a principal tarefa de quem defende o libertismo? Porquê?

44. Leia atentamente o seguinte texto:

«Nenhum estado factual, seja ele qual for (estrutura política, económica da
sociedade, “estado” psicológico, etc.), é suscetível de motivar por si um ato
qualquer. Pois um ato é uma projeção do para-si [ou seja, da consciência] para o
que não é, e o que é não pode de modo algum determinar por si o que não é.»
Jean-Paul Sartre, L’ être e le Néant. Paris: Gallimard, 1943, pp. 479-480.

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1. Uma das premissas do argumento sugerido no texto é que «o que é não

pode de modo algum determinar por si o que não é». Que quer isto dizer?

2. Como pretende Sartre provar que os atos são livres?

45. Complete corretamente as seguintes afirmações:

1. A tese principal do determinismo moderado é que __________________,

apesar de __________________________________________________.

2. Quando se defende o determinismo moderado tenta-se provar que…

3. Uma maneira de defender o determinismo moderado é insistir que…

4. Uma vez que o que conta para o livre-arbítrio é que a própria decisão seja

livre, e não que sejamos capazes de fazer o que decidimos, isto é uma

dificuldade para…

46. Explique por que razão é um erro pensar que se uma pessoa aceita que todos

os acontecimentos são efeitos de causas anteriores, é porque defende o

determinismo moderado.

47. Explique por que razão é um erro pensar que para aceitar o determinismo

moderado basta aceitar que temos livre-arbítrio.

48. Imagine que não temos realmente livre-arbítrio, porque todas as nossas

decisões são meros efeitos de causas anteriores, mas que conseguimos muitas

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vezes fazer o que decidimos. Por que razão é isto uma dificuldade para o

determinismo moderado?

49. O determinismo moderado depende da ideia de que todos os acontecimentos

são efeitos de causas anteriores. Por que razão é isto uma dificuldade para esta

hipótese?

50. No determinismo moderado defende-se que todas as ações são livres, ou

apenas que algumas?

51. Qual é a principal tarefa de quem defende o determinismo moderado?

52. Leia atentamente o seguinte texto:

«A liberdade é uma questão de não sermos física ou psicologicamente


forçados ou obrigados a fazer o que fazemos. O nosso carácter, personalidade,
preferências e conjunto de motivações gerais pode ser inteiramente determinado
por acontecimentos que não são da nossa responsabilidade (herança genética,
educação, experiência posterior, etc.). Mas não temos de controlar qualquer uma
dessas coisas para ter liberdade compatibilista. Essas coisas não nos forçam nem
obrigam, porque a liberdade compatibilista é apenas uma questão de ser capaz de
escolher e agir da maneira que preferimos ou pensamos que é a melhor, dado o
que somos.

Galen Strawson, in The Shorter Routledge Encyclopedia of Philosophy, ed. Edward Craig. Londres:
Routledge, 2005, p. 287.

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1. A liberdade compatibilista é o quê?

2. Explique o conceito de livre-arbítrio do determinismo moderado.

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