Você está na página 1de 23

Clarificar o conceito de filosofia tendo por base a sua origem e definição etimológica:

● a Filosofia nasceu na Grécia


Antiga em meados do século VI a.C.
● a Filosofia consiste em estudar um determinado assunto desde que se possa produzir um
conhecimento válido a partir da argumentação, mais concretamente, consiste no estudo de
problemas fundamentais relacionados ao conhecimento, à lógica, à existência, à verdade, aos valores
morais e estéticos, à mente e à linguagem;
● Os principais filósofos foram: Sócrates, Aristóteles e Platão, sendo o fundador da filosofia
Pitágoras.

Método e objeto do estudo da Filosofia

● Método: Reflexão crítica


problematizante, argumentação e discussão racional;

● Objeto: Problemas fundamentais


acerca de realidade, do conhecimento e do valor- Totalidade do Real;

Questões Filosóficas:

● Básicas- (Gerais)- englobam um


todo;
● Conceituais-(conceitos)
Ex: O que é a alema?

● Controvérsias-(Dúvidas, Inquietações)
● Abertas-(Não tem uma só
resposta)
Ex: Deus existe?

Principais Disciplinas Filosóficas

Disciplina: Lógica
Estuda: A argumentação
Ex:.
- Que tipos de argumentos existem?
- O que é a validade?

Disciplina: Metafísica
Estuda: Os problemas gerais sobre a natureza da realidade
Ex:.
- Será que temos livre- arbítrio?
- O que é o tempo?
- O que é a identidade pessoal?
Disciplina: Ética/Filosofia Moral
Estuda: Como devemos viver e como devemos agir
Ex:.
- Os juízos morais serão subjetivos, relativos ou objetivos?
- O que distingue uma ação certa de uma ação errada?
- O aborto é moralmente permissivel?

Disciplina: Filosofia Politica


Estuda: Como deve a sociedade ser organizada
Ex:.
- Quem deve governar?
- O que é uma sociedade justa?
- Haverá situações em que é correto desobedecer às leis?

Disciplina: Epistemologia
Estuda: O conhecimento
Ex:.
- O que é o conhecimento?
- Será o conhecimento possível?
- Qual a origem do conhecimento?

Disciplina: Filosofia da Ciência


Estuda: Diferentes aspetos da ciência e da prática científica
Ex:.
- Como distinguir o que é ciência do que não é ciência?
- Que método deve a ciência seguir?

Disciplina: Filosofia da Arte


Estuda: Os diferentes aspetos da arte
Ex:.
- O que distingue uma obra de arte, de algo que não é arte?
- Qual é o valor da arte?

Disciplina: Filosofia da Religião


Estuda: Os diferentes aspetos da religião
Ex:.
- Será que Deus existe?
- A existência de Deus é compatível com o mal?

Principal mensagem da Alegoria da Caverna:


Para Platão a caverna simboliza o
mundo onde todos os seres humanos vivem. As sombras projetadas em seu interior representam a
falsidade dos sentidos, enquanto as correntes significam os preconceitos e a opinião que aprisionam os
seres humanos à ignorância e ao senso comum. Logo a história é uma tentativa de explicar a condição
de ignorância em que vivem os seres humanos, aprisionados pelos sentidos e os preconceitos que
impedem o conhecimento da verdade.
Definição de Libertismo: É a liberdade da vontade, é ter a possibilidade de escolher entre fazer uma
coisa ou outra.

Definição do determinismo: Todos os acontecimentos, incluindo as ações humanas, são determinados


por causas anteriores e pelas leis da natureza.

Livre-arbítrio: Ter a liberdade de escolher.


Teorias/Posições Filosóficas acerca do Problema do Livre Arbítrio:

- Determinismo Radical (incompatível):


● Não há livre-arbítrio;
● As ações humanas não são livres, são determinadas;
● Tudo o que acontece resulta de causas anteriores/leis da natureza;
● Afirmam que nunca é possível fazermos qualquer coisa diferente daquilo que de
facto fazemos;

- Libertismo (incompatível):
● Existe livre-arbítrio;
● Algumas ações Humanas são livres (as que não são causalmente determinadas);
● As ações Humanas não são constrangidas do mesmo modo que os outros
acontecimentos do mundo;
● A ação é livre se a sua causa for a decisão do agente;
● A causalidade do agente não obedece a leis, não é mecânica, como acontece nos
acontecimentos da natureza;
● O determinismo não abrange todos os acontecimentos. Existem muitas ações que
se devem ao livre-arbítrio e ás ações livres dos seres humanos;

- Determinismo Moderado (compatível):


● Existe livre-arbítrio;
● Existe determinismo;
● Desde que não sejamos obrigados/ forçados a escolher algo, a nossa escolha é livre;
● O ser humano é determinado pela sua cultura e dimensão biológica mas consegue tomar decisões;

Formas Argumentativas:

- Válidas (quando tem premissas verdadeiras):


- Inválidas (quando as premissas são
verdadeiras mas a conclusão é falsa)

❖ Indução:
➢ Generalização: Ex:
.1- todos os corvos observados até hoje são pretos
2- logo,todos os corvos são pretos.
➢ Previsão:
1- até hoje, o sol nasceu todos os dias ;
2- logo, provavelmente, o sol irá nascer amanhã.

- Analogia (comparação):
➢ 1- O Afonso gosta de lógica , de discutir e argumentar corretamente e gosta da disciplina de
filosofia.
2- tal como o Afonso, também o João gosta de lógica, de discutir questões morais e de argumentar
corretamente.
3- Logo, tal como o Afonso, também o João irá gostar da disciplina de filosofia.

Autoridade (Fala de alguém, de uma pessoa em especifica/autoridade):

1- O Cristiano Ronaldo diz que o champô x é à prova de caspa.


2- Logo, o champô x é à prova de caspa.
falácias informais

Exemplos:
1- Se tirar negativa no próximo teste, tenho má nota no final do ano; se tiver má nota no final do ano,
nunca vou arranjar emprego; Logo, se tirar negativa no próximo teste, nunca vou arranjar emprego.
(derrapagem ou bola de neve)

2- As pessoas são todas egoístas, Logo, as pessoas nunca agem sem ser por interesse próprio.(petição
de princípio)

3- Ou estás comigo, ou estás contra mim; Não estás comigo; Logo, estás contra mim. (falso dilema)

4-No último jogo, usei as meias amarelas e marquei golo; Logo, marquei golo porque estava a usar
meias amarelas. (falsa relação causal)

5- Einstein diz que os átomos existem; mas Einstein era infiel à mulher; Logo, é falso que os átomos
existem. (ad hominem)

6- A maioria das pessoas pensa que não temos a obrigação moral de combater a pobreza absoluta;
Logo, não temos a obrigação moral de combater a pobreza absoluta. ( ad populum)

7- Até hoje ninguém conseguiu provar que existem extraterrestres; Logo, os extraterrestres não
existem (apelo à ignorância)

8- A Lógica defende que os argumentos válidos levam sempre a conclusões verdadeiras; mas isso é
claramente falso; Logo, a lógica é falsa. (espantalho ou boneco de palha)
o problema do livre-arbítrio

Como se pode formular


o problema do livre-arbítrio?-este problema pode ser formulado através
de questões como as seguintes:
● Será que existe livre-arbítrio?
● Será a crença no livre-arbítrio
compatível com a crença no determinismo?

livre-arbítrio-É a liberdade da vontade,


é ter a possibilidade de escolher entre fazer uma coisa ou fazer outra

determinismo-Todos os acontecimentos, incluindo as ações humanas,


são determinados por
causas anteriores e pelas
leis da natureza.

Não se deve confundir livre-arbítrio e liberdade política.

De que resulta o problema do livre-arbítrio?

Quase todas as pessoas parecem acreditar que têm livre-arbítrio. Quando escolhemos a roupa que
vamos usar ou a comida que vamos comer, quando planeamos o que vamos fazer no futuro não
parece fazer sentido que não tenhamos a liberdade de escolher (ou livre-arbítrio).Por outro lado,
quase todas as pessoas parecem acreditar no determinismo, isto é, que os acontecimentos têm causas
e ocorrem
de acordo com as leis da natureza.
Essa crença faz parte do modo como geralmente olhamos para o mundo. Mas, sendo assim, se todos
os acontecimentos
têm causas anteriores, como podem as nossas ações ser livres?
É aqui que reside o problema
do livre-arbítrio. Apesar de o determinismo e de o livre-arbítrio
parecerem ideias plausíveis e justificadas por boas razões, se o determinismo incluir as ações
humanas então não parece ser possível fazermos escolhas. Isto é, talvez as ideias de livre-arbítrio e
de determinismo sejam incompatíveis.

porque não existe livre-arbítrio?


O determinismo radical considera que todos os acontecimentos, o que inclui também as ações
humanas, têm causas anteriores e estão submetidos às leis da natureza. Se as ações humanas resultam
de causas anteriores e das leis da natureza, então isso significa que nas nossas ações não temos
realmente liberdade de escolha. Por estar determinado, o efeito (a nossa ação) é inevitável. Nunca
existem possibilidades alternativas de ação.

o determinismo radical é incompatibilista??


Sim.O determinismo radical considera que o determinismo e o livre-arbítrio são incompatíveis.
Se todas as ações humanas têm causas anteriores e estão submetidas às leis da natureza,
o livre-arbítrio não existe. Para o matemático francês Laplace, com a inteligência e conhecimentos
suficientes, seria possível prever todos os movimentos que ocorrerão no universo, incluindo todas
as ações humanas.

determinismo radical
O comportamento humano tem variadas causas. Pode o comportamento humano ser atribuído
as mesmas causas que afetam os objetos e os outros animais? Segundo esta teoria, as ações humanas
resultam de uma combinação complexa destas causas. A série causal que daqui resulta não é
controlada pelo agente.Negar o determinismo contraria a ciência é pouco racional Para sustentar a sua
tese, o determinismo radical apoia-se em estudos e descobertas de várias ciências – como a Biologia,
Psicologia ou Sociologia. Descobertas como a de genes responsáveis por doenças ou que muitos dos
nossos comportamentos são fortemente influenciados por padrões sociais e culturais ou por situações
vividas na infância parecem sustentar a tese determinista. O determinismo radical defende que através
da articulação entre os contributos de várias ciências é possível apresentar uma explicação
determinista do comportamento humano e, assim sendo, negar o determinismo é pouco racional,
uma vez que isso significa contrariar o que é afirmado pela ciência.A ilusão do livre-arbítrio
Para o determinismo radical, é uma ilusão pensar que podemos escolher livremente o que fazer – o
livre-arbítrio é uma crença falsa. O desconhecimento das inúmeras causas que influenciam uma ação
levam-nos a pensar que temos liberdade de escolha. Porém, se conhecêssemos todas essas
causas, perceberemos que fazemos apenas o que temos de fazer e que o livre-arbítrio não existe.
A questão da responsabilidade. Se não escolhemos livremente o que fazemos, como podemos ser
responsáveis pelas nossas ações? Como podemos censurar alguém por fazer algo de errado? Como
podemos atribuir mérito a alguém que faz algo corretamente? Isto parece pôr em causa a tese do
determinismo radical. Se não há genuína responsabilidade moral nas nossas ações, uma vez que não
existe livre-arbítrio, fará ainda assim sentido castigar ou premiar uma determinada ação? O
determinismo radical responde positivamente. As pessoas devem ser responsabilizadas, uma vez que
assim promovem-se as boas ações e desencorajam-se as más. Neste sentido, os prémios e os castigos
são também causas que podem determinar os comportamentos humanos.

objeções ao determinismo radical s


● sem livre-arbítrio, a vida não tem sentido:que sentido faria a nossa vida se, por tudo estar
determinado, fossemos como robôs, programados para fazer o que fazemos? Que motivação teríamos
para viver e agir se as nossas ações se devessem a causas que não controlamos e não a nós mesmos?
Se fosse assim, quase toda a nossa vida seria uma mentira, o que é absurdo.
● evolutivamente, é mais plausível que exista livre-arbítrio:Esta objeção apoia-se na teoria da
evolução das espécies de Darwin, para afirmar que dificilmente a espécie humana se adaptaria
ao meio ambiente se a crença de que escolhemos livremente as nossas ações fosse falsa.Para os
defensores desta objeção, o facto de estarmos realmente adaptados ao meio ambiente sugere que
a crença no livre-arbítrio é verdadeira.

libertismo

tese fundamental:Existe livre-arbítrio e algumas ações humanas são livres.

o que são ações livres?:Para o libertismo, algumas escolhas humanas não estão constrangidas do
mesmo modo que os outros acontecimentos do mundo.Existem ações que não são determinadas por
causas anteriores às decisões e escolhas do agente– e por isso são ações livres.

o libertismo é incompatibilista?

Tal como o determinismo radical, o libertismo considera que o determinismo e o livre-arbítrio são
incompatíveis.Se uma ação humana tem causas anteriores e está submetida às leis da natureza, não é
uma ação livre. Este é um ponto em comum entre as duas teses, mas há divergência quanto à
existência ou não de livre-arbítrio.O determinismo radical considera que não existe (pois tudo está
determinado).O libertismo considera que existe (pois nem tudo está determinado).Para o libertismo, o
agente é livre quando é capaz de tomar uma decisão independentemente de quaisquer causas
anteriores. Nesse caso, o agente autodetermina-se, porque a única causa da ação é a sua decisão.A
ideia de que o livre-arbítrio consiste na autodeterminação pode ser designada «causalidade do
agente». Este é um tipo especial de causalidade: só os seres humanos a têm.Ao invés de outros
acontecimentos, a causalidade do agente não obedece a leis. Em circunstâncias semelhantes, a mesma
pessoa pode, por causalidade do agente, realizar ações diferentes.Para o libertismo, nem todos os
acontecimentos têm causas anteriores. Algumas ações devem-se ao livre-arbítrio e não às leis causais
que determinam muitas outras coisas.Para o libertismo, a existência de possibilidades alternativas de
ação é essencial para podermos dizer que agimos livremente: isso só acontece se escolhemos uma
coisa mas podíamos ter escolhido outras, realizamos uma ação mas podíamos ter realizado outras.
Para o libertismo, essa é uma característica fundamental da vida humana: o futuro está em aberto, há
uma pluralidade de caminhos.

argumento da experiência

Uma possibilidade de defender a existência de livre-arbítrio é alegar que temos experiência do


livre-arbítrio e, portanto, este existe.

Mas que experiência é essa?


Temos experiência do livre-arbítrio quando não sentimos qualquer constrangimento para fazer uma
escolha, não sentimos nenhuma força a obrigar-nos a fazer algo. Esta é uma experiência oposta à da
falta de liberdade, que sentimos quando somos forçados a fazer algo e não o conseguimos evitar por
muito que tentemos.
Para o libertismo, uma vez que o sentimento de livre-arbítrio é muito frequente e generalizado, seria
implausível que essas experiências não fossem verídicas. Assim, é muito provável que algumas das
nossas ações sejam livres.

argumento da responsabilidade

Se não houver livre-arbítrio é difícil entender como pode existir responsabilidade. Se o livre-arbítrio
não existir, as pessoas não são verdadeiramente as autoras das suas ações, isto é, farão coisas
inevitáveis. A ser assim, Adolf Hitler não seria culpado pelo Holocausto – o que é muito implausível.
Do mesmo modo, sentimentos como o orgulho ou a vergonha não farão sentido se as nossas ações
forem o produto de causas que não controlamos– o que também é implausível.

O filósofo francês Sartre considera a liberdade como fundamental para a vida humana, e afirma que
ela é que faz dos seres humanos aquilo que são. Para Sartre, a existência precede a essência:
os seres humanos são diferentes dos objetos, não têm à partida uma natureza que estabeleça aquilo
o que são e o que devem fazer; os seres humanos é que têm de escolher o que são e como devem
agir.Deste modo, não podemos recusar a necessidade de escolher. Mesmo nas circunstâncias mais
difíceis, podemos pelo menos optar pela maneira como vamos reagir aos problemas. Por isso, somos
totalmente responsáveis pela nossa vida e pelas nossas ações.

objeções ao libertismo

não há ações sem causa-os defensores desta objeção consideram que a ideia libertista de ações sem
causas anteriores à decisão do agente é implausível e anticientífica.Alegam que em qualquer ação
encontramos sempre causas anteriores e que qualquer decisão tem ela própria causas anteriores.

não sentir as causas não prova a sua inexistência- É possível não sentir ou não reconhecer,
numa ação, aquilo que é efeito de causas anteriores, mas ainda assim essas causas existem e
determinam a nossa vontade. Por isso, os defensores desta objeção consideram que o argumento
libertista da experiência não prova a existência de livre-arbítrio.

determinismo moderado

tese fundamental-Existe livre-arbítrio e algumas ações humanas são livres.

O determinismo moderado defende esta tese por razões diferentes do libertismo. O determinismo
moderado alega que há efetivamente ações livres e ações não livres e o mais importante é encontrar
o que distingue umas das outras.

o determinismo moderado é compatibilista?

Sim, ao contrário do determinismo radical e do libertismo.

Funções de verdade das conectivas proposicionais verofuncionais


Livre-Arbítrio- É a liberdade de vontade, é ter a possibilidade de escolher entre fazer uma
coisa ou outra.

Determinismo- Todos os acontecimentos, incluindo as ações humanas, são determinadas


por causas anteriores e pelas leis da natureza.
O problema do Livre-Arbítrio- incompatibilismo- Determinismo radical e libertismo

-compatibilismo- Determinismo Moderado


Determinismo Moderado: O determinismo moderado sustenta que:
- O livre-Arbítrio é compatível com o determinismo
- Tudo está determinado
- Temos Livre-Arbítrio
Libertismo: O libertismo sustenta que:
- O livre-Arbítrio é incompatível com o determinismo
- Temos Livre-Arbítrio
- Nada está determinado
Determinismo Radical: O determinismo radical sustenta que:
- O livre- arbítrio é incompatível com o determinismo
- Tudo está determinado
- Não temos Livre- Arbítrio
Juízos:
- Facto- constatam um facto
Ex:. Ocorreu um terramoto na Síria e na Turquia, tendo provocado até ao momento 9500 mortos.
- Valor- exprimem a sua opinião
Ex:. É inadmissível que devido à falta de assistência de resgate a vítimas, tendo
morrido, até ao momento, cerca de 1500 pessoas no terramoto ocorrido na Síria e
na Turquia.
Subjetivismo:
Tese Fundamental: Todos os juízos de valor morais são subjetivos, ou seja, cada pessoa
tem a sua verdade, sendo assim, a verdade ou falsidade de um juízo depende dos
sentimentos e preferências individuais.
Para os defensores do subjetivismo:
Ninguém deve impor aos outros os seus juízos morais:
- Favorece a liberdade individual;
- Promove a tolerância entre as pessoas com convicções morais diferentes;
Objeções ao subjetivismo:
- Impede a censura de ações claramente erradas;
- Não explica a existência de desacordos morais e esvazia de sentido os debates;
Relativismo:
Tese Fundamental: Todos os juízos de valor morais são culturalmente relativos
Tal como o subjetivismo, o relativismo também considera que os juízos de valores morais
não são objetivamente verdadeiros nem falsos.
Mas enquanto o subjetivismo afirma que a verdade ou falsidade dos juízos depende dos
sentimentos e preferências de cada indivíduo, o relativismo afirma que depende da cultura
de cada sociedade.
- Os juízos morais são verdadeiros para as sociedades que as aceitam.
- O juízos morais são falsos para as sociedades que as rejeitam.
Objeções ao relativismo:
- A crítica pode não ser etnocêntrica;
- Não permite explicar o progresso moral;
Subjetivismo- Indivíduo
Relativismo- Sociedade
Objetivismo:
Tese Fundamental: Alguns juízos morais são objetivos.
A verdade ou falsidade que alguns juízos de valor morais, não depende nem da cultura nem
das preferências individuais.
A verdade ou falsidade desses juízos depende das razões que as sustentam, ou seja:
- Um juízo moral será objetivamente verdadeiro, se puder ser justificado com boas
razões;
- Um juízo moral será objetivamente falso, se não puder ser justificado com boas
razões;
Objeções ao objetivismo:
- Existem enormes diferenças éticas;
- Falta de métodos de prova;
Kant
Ética deontológica:
- É uma ética normativa, deontológica, objetiva e universal.
- O valor moral da ação não depende das suas consequências.
- O que conta é a intenção que esteve na base do nosso agir e não as
consequências.

Kant distingue no Homem três espécies de ação:


Ação contrárias ao dever (Ilegalidade):
Ex:. Quando um comerciante explora os clientes, cobrando preços abusivos.
Ação conforme o dever (Legalidade):
Ex:. O comerciante que não vende caro os produtos para manter os clientes habituais e
para atrair talvez novos clientes.
Ação por dever (Moralidade):
Ex:. O comerciante que não vende caro porque sabe que é o seu dever.
Objeções ao Libertismo:
- Não há ações sem causa;
- Não sentir as causas não prova a sua inexistência;
Objeções ao determinismo Radical:
- Sem Livre-Arbítrio, a vida não tem sentido;
- Evolutivamente, é mais plausível que exista Livre-Arbítrio;
Objeções ao determinismo moderado:
- Não permite compreender a existência de possibilidades alternativas de ação;
- Baixa a fasquia;
O problema dos juízos morais:
O problema da fundamentação da moral pode formular-se através de uma destas perguntas
ou de outras similares:
Como se pode distinguir uma ação moralmente correta de uma ação moralmente errada?
Que critério ético devemos usar para justificar a afirmação de que uma certa ação é correta
e uma outra incorreta?

Proposições: Valor de verdade


As proposições sao verdadeiras ou falsas, ou seja, têm valor de verdade.

Proposições—Valor de Verdade—Verdadeiro
—Falso

Proposições categóricas
Qualidade—Afirmativas
—Negativas
Quantidade
—Universais (U)
—Particulares(P)
—Singulares(S)
O quadrado da oposição

Ex: Nega as seguintes frases:


A Filosofia é empírica.
R: A Filosofia não é empírica.
Alguns Políticos são corruptos.
R: Nenhum político é corrupto.
Identifica o tipo de proposição:
Ex:
Algumas desigualdades não são justas.
R: O- particular negativa
Algumas desigualdades são justas.
R: I- particular afirmativa

Todas as desigualdades são justas


R: A- Universal Afirmativa
Nenhuma desigualdade é justa
R:E. Universal Negativa
Proposições
Simples: São proposições em que não estão presentes quaisquer operador.
Ex: As casas são brancas.
Compostas/Complexas: São proposições em que está presente um operador ou mais do
que um.
Ex: As casas são brancas ou as casas são belas.
Tabelas de Verdade: Avaliação de fórmulas proposicionais
As fórmulas proposicionais podem ser classificadas como tautológicas, contraditórias ou contingentes.
- Se é tudo verdadeiro é Tautologia;
- Se é tudo falso é contradição;
- Se é tudo verdadeiro e falso é contingência;

Ética de Kant
Ética deontológica:
- É uma ética normativa, deontológica, objetiva e universal;
- O valor moral da ação não depende das suas consequências;
- O que conta é a intenção que esteve na base do nosso agir e não as
consequências;
Kant distingue no Homem três espécies de ação:
- Ação contrária ao dever (Ilegalidade):
Exemplo: Quando um comerciante explora os seus clientes, cobrando preços
abusivos.
- Ação conforme o dever (Legalidade):
Exemplo: O comerciante que não vende caro os produtos para manter os clientes
habituais e para atrair talvez mais clientes.
- Ação por dever (moralidade):
Exemplo: O comerciante que não vende caro porque sabe que é o seu dever.
Princípio Supremo da Moralidade—» Imperativo Categórico:- Fórmula da Lei universal
-Fórmula da humanidade
- Fórmula da autonomia da vontade

Fórmula da Lei Universal


Age apenas segundo uma máxima, tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se
torne uma lei universal.
Como funciona o teste?
Antes de realizar uma determinada ação devemos de questionar-nos que máxima (regra)
estaremos a seguir se realizarmos essa ação.
Devem ser realizadas apenas as ações que decorrem de máximas que possam ser
transformadas em leis universais.
Fórmula da Humanidade
Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de
qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.
Um ser humano não deve ser tratado como um mero meio ou instrumento ao serviço
dos outros, pois é um ser racional capaz de fazer as suas próprias escolhas e, como
tal, a sua autonomia deve ser respeitada.

Fórmula da autonomia da vontade


Age de tal forma que encarem a vontade de todo o ser racional como uma vontade
legisladora universal.
No fundo aquilo que está a ser dito é que a virtude de possuírem racionalidade e
autonomia da vontade, apenas que as pessoas têm valor intrínseco, àquilo que Kant
chama dignidade.
Boa Vontade: é intrínseca e ilimitadamente boa, não pode ser usada para o mal.
Valor Moral das Ações: Não depende das consequências resultantes da ação, nem da
satisfação das inclinações ou de interesses.

Autonomia e heteronomia da vontade


A heteronomia da vontade é a sujeição de um indivíduo à vontade de terceiros ou de uma
coletividade. Já a autonomia da vontade é um conceito onde a própria pessoa possui livre
arbítrio e pode expressar a sua vontade livremente.
Objeções à ética Kantiana
- Conflito de deveres;
- É errado negar a importância moral dos sentimentos;
- O imperativo categórico é consequencialista;

Utilitarismo:
- Formado pelo filósofo inglês Jeremy Bentham;
- Stuart Mill foi discípulo de Bentham;

O utilitarismo é consequencialista, pois a moralidade das ações depende das suas


consequências.
Se uma ação tiver consequências favoráveis é moralmente correta.
Se uma ação tiver consequências desfavoráveis é moralmente incorreta.
Para Mill a moralidade de uma ação depende das suas consequências.

O princípio da utilidade (de uma ação) é o fundamento da moral


As ações têm consequências favoráveis se trazem felicidade ou bem estar às pessoas
envolvidas— Ação correta
Mas não se trata somente da felicidade do agente mas também a de todas as pessoas/ou a
maior parte das pessoas envolvidas.
Por essa razão, a felicidade deve ser calculada com imparcialidade.
Ao avaliar se uma ação é moralmente boa ou má deve calcular-se de modo imparcial e não
tendencioso a felicidade que é previsível ela produzir.
Maximizar a felicidade e minimizar a infelicidade.
A ética de Mill é hedonista, porque consiste no prazer e na ausência de dor ou sofrimento.
Prazeres superiores e inferiores:
Prazeres superiores: são os prazeres intelectuais (Ex:. pensar, imaginar, falar...)
Prazeres inferiores: são prazeres corporais (Ex:. Beber água, comer, dormir...)
Objeções à ética de Mill
- Dificuldades de cálculo: segundo esta objeção, podemos cometer um erro ao
calcular as consequências das ações e considerar benéficas ações que afinal são
prejudiciais.
- Excesso de exigência: Esta objeção sustenta que não é correto o agente tentar ser
tão parcial como o utilitarismo pretende e que está certo dar mais peso à felicidade
de algumas pessoas (família, amigos...)
- Violação de direitos individuais: segundo esta objeção, o utilitarismo parece justificar
ações que a intuição nos diz serem erradas. Como por exemplo, sacrificar uma
pessoa inocente, violando o seu direito à vida, para aumentar a felicidade geral. São
ações que põem em causa os direitos de algumas pessoas, embora maximizem a felicidade.

conhecimento a posteriori (empirismo) -conhecimento adquirido através dos sentidos, também


chamado de conhecimento empírico. Este termo significa o mesmo que decorrente da experiência. A
experiência é a informação que obtemos a partir de sentimentos.

conhecimento a priori (racionalismo)-conhecimento adquirido independentemente dos sentidos, isto é,


por intermédio do pensamento ou razão.

racionalismo

➢ o racionalismo é uma teoria filosófica que afirma que a fonte do conhecimento é o


pensamento e a razão.
➢ os racionalistas enfatizam o papel da razão, afirmando que esta só por si e sem
auxílio da experiência, garante a aquisição e a justificação do conhecimento;
➢ estes desprezam o papel dos sentidos, e defendem que o conhecimento deve
satisfazer dois critérios: necessidade lógica e universalidade.

objetivo da filosofia cartesiana


➢ Descartes parte de certo modo de uma atitude cética, rejeitou toda a informação
com base nos sentidos pois eles são enganadores, rejeitou o conhecimento racional e rejeitou também
tudo o que até aí havia entrado na sua mente;
➢ o objetivo de Descartes é a pesquisa de um método adaptado à conquista do saber,
que tem como objetivo a clareza e a distinção, ou seja, com isso quer ser imparcial,quer fundamentar
seu pensamento em verdades claras e distintas.

características da dúvida cartesiana


➢ metódica: meio para descobrir o absolutamente certo, é a ferramenta da razão que
permite evitar o erro;
➢ provisória: meio para descobrir certezas e evidências que resistam à dúvida, pois o
objetivo é reconstruir o saber e não permanecer na dúvida;
➢ universal: nada pode escapar à dúvida, incide não só sobre o conhecimento em
geral, como também sobre os seus fundamentos e as suas raízes;
➢ hiperbólica: o certo será apenas indubitável,por isso rejeita como se fosse
falso tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.

o primeiro princípio “Cogito”

➢ a dúvida atua sobre todos os objetos do conhecimento, mas não pode atuar sobre a
existência do sujeito que assim duvida. “Penso, logo existo” (Com a certeza que
➢ está a duvidar e, consequentemente, a pensar e, por isso, existe)
➢ o cogito é um princípio evidente e indubitável, uma certeza inabalável, obtém-se por
intuição de modo inteiramente racional e a priori e serve de modelo do conhecimento, é assim uma
verdade clara e distinta.

critério de verdade
➢ as ideias são claras e distintas;

tipos de ideias
➢ inatas – com quais nascemos e não são produto da experiência. são ideias
constitutivas da própria razão, são claras e distintas, por isso, verdadeiras e imutáveis, completamente
independentes da experiência;
➢ factícias – com origem da imaginação, são ilusórias. a elas não corresponde
nenhuma realidade física nem inteligível. Podem ser criadas pela junção de duas ou mais ideias;
➢ adventícias – surgem do mundo exterior, através da experiência e dos sentidos.

A existência de Deus
➢ descartes admite que muitas vezes se engana e que, por isso, não é perfeito, logo
ao ter em mente a afirmação de imperfeição, traz a ideia de perfeição.
➢ Esta ideia que só pode ter sido colocada nele por um ser perfeito: Deus.
➢ descartes afirma deste modo,
que se Deus é perfeito têm de existir, pois a existência decorre necessariamente da perfeição;
➢ se Deus existe e é perfeito, não o pode querer enganar (pois a bondade é uma
característica da perfeição),o que garante a verdade das ideias claras e distintas.

David Hume
➢ empirista;
➢ empirismo- doutrina filosófica que defende que todo o conhecimento provém da
experiência;
➢ o conhecimento está nas precessões- impressões e ideias;
➢ ideias- simples e complexas;
➢ impressões- simples e complexas;
➢ associação de ideias;
➢ Deus- ideia complexa, maçã-ideia complexa;
➢ o conhecimento pode ser questões de facto e relações de ideias;
➢ relações de ideias- a priori;
➢ questões de facto- a posteriori;
➢ se as ideias são cópia da realidade, à ideias inatas? não (principis da cópia). o
conhecimento está guardado em forma de cópia;
➢ causa-efeito- toda a causa tem um efeito( conexão necessária);
➢ questões de facto- uniformidade da natureza ( a natureza comporta-se de forma
uniforme- mesma maneira);
➢ raciocínio indutivo por indução.

tipos de conhecimento
➢ relações de ideias;
➢ questões de facto;
relações de ideias
➢ conhecimentos que decorrem da relação estabelecida entre ideias;conhecimento a
➢ priori: a sua verdade não depende do confronto com a experiência;
o conhecimento de relação de ideias expressa verdades necessárias e negá-las implica uma
contradição lógica;
➢ não nos dizem nada sobre o mundo;
➢ ciências da geometria, álgebra e aritmética;
➢ demonstração e intuição;
➢ conhecimento a posteriori: a sua verdade depende da experiência sensível;
➢ o conhecimento de questões de facto expressa verdades contingentes ( que
poderiam ter sido falsas); negá-las não implica contradição;
➢ dão-nos conhecimento sobre o mundo.

princípio da causalidade
➢ defende que o acontecimento de algo é sempre precedido por uma causa e que
existe uma conexão necessária entre uma causa e o seu efeito.

causa/efeito
➢ defende que toda a causa tem efeito.

Como se caracteriza o senso comum?


O conhecimento de senso comum corresponde a um primeiro nível de conhecimento, baseado na
experiência do quotidiano e no valor prático dessas experiências.
E, por isso, um conhecimento superficial, espontâneo e sensitivo, acrítico, ametódico e assistemático,
dogmática concreto e subjetivo, falível e pouco seguro. Tem uma linguagem ambígua e reflete
princípios, crenças e valores da sociedade.

Como se caracteriza o conhecimento científico?


O conhecimento científico procura descrever e explicar os fenômenos, partindo de hipóteses
explicativas e estabelecendo relações de causalidade entre os fenômenos observados. É, por isso, um
conhecimento mediato, teórico e profundo, crítico, revisível e antidogmático, metódico e sistemático,
objetivo, preditivo e provisório. A sua linguagem é unívoca.

Qual a relação entre senso comum e ciência,segundo Bachelard?


Bachelard defende uma perspetiva descontinuísta (rutura) entre ciência e senso comum, na medida
em que considera que o conhecimento de senso comum representa um obstáculo epistemológico que
impede o progresso do conhecimento científico.

Qual a relação entre senso comum e ciência, segundo Popper?


Karl Popper defende uma perspetiva continuista. O senso comum pode ser o ponto de partida para a
ciência, ainda que seja um ponto de partida inseguro, desde que seja melhorado, criticado e corrigido.

Quais as etapas do método indutivo?


O cientista parte da observação de fenómenos, em seguida, formula hipóteses explicativas. Para
confirmar a hipótese, realizam-se testes experimentais e se os resultados forem confirmados,
conduzem a uma generalização e à formulação de uma lei científica.

O que é uma teoria científica?


Uma teoria científica é o conjunto de afirmações consideradas válidas pela comunidade científica para
explicar a lei.

Qual o critério de demarcação de um enunciado científico?

De acordo com o método indutivo, o critério de demarcação de um enunciado científico é a


verificabilidade das hipóteses.

Como se caracteriza o critério da verificabilidade das hipóteses?

Segundo o critério da verificabilidade, uma teoria só é científica se for empiricamente verificável. O


cientista, através da experimentação, procura testar a hipótese com vista à sua confirmação.

Quais as críticas ao método indutivo?


Uma das críticas ao método indutivo está relacionada com a observação, que não é o ponto de partida,
é seletiva e não é neutra e imparcial.
A outra crítica está relacionada com o problema da indução: é pouco fiável, na medida em que apenas
nos permite construir verdades prováveis e incorre no raciocínio falacioso da circularidade -
justifica-se a confiança na indução com base num raciocínio indutivo.

Quais as etapas do método hipotético-dedutivo, segundo Popper?


Na perspetiva de Popper, as principais etapas do método hipotético-dedutivo são: constatação do
problema, formulação de uma hipótese ou conjetura, dedução das consequências da hipótese e testes
experimentais de refutação/falsificação.

O que é uma conjetura?


Uma conjetura é uma explicação provisória do problema.

Qual a importância da crítica no pensamento de Popper?


No entender de Popper, sem uma atitude crítica não estaremos a fazer ciência. A ciência é uma
atividade crítica. Através da crítica, o cientista propõe conjecturas (hipóteses) ousadas e tenta
refutá-las pela experiência, daí que o método de Popper seja designado por "conjecturas e refutações".
O método crítico baseia-se no raciocínio dedutivo e na regra de dedução modus tollens.

O que é refutar ou falsificar uma hipótese?


Refutar ou falsificar uma hipótese é confrontá-la com potenciais casos que provem a sua falsidade
(contra exemplos).

O que é uma conjectura corroborada?


A conjectura é corroborada pela experiência quando, depois de sujeita a testes rigorosos, resistiu e não
foram encontrados contraexemplos.

O que é uma conjectura falsificada?


A conjectura é falsificada quando não resiste aos testes de falsificação/refutação e se encontram
contraexemplos. Neste caso, a hipótese é abandonada e substituída por outra.

Qual o critério de demarcação de um enunciado científico, segundo


Popper?
O critério de demarcação de um enunciado científico é a falsificabilidade das hipóteses.

Como se caracteriza o critério da falsificabilidade das hipóteses?


Segundo o critério da falsificabilidade, uma teoria só é científica se for empiricamente falsificável. O
cientista, através da experimentação, procura testar a hipótese com o objetivo de a refutar.

Quais os graus de testabilidade ou falsificabilidade?


Quanto mais coisas a teoria proibir, mais conteúdo empírico ela tem e maior é o seu grau de
falsificabilidade. As boas teorias são as que têm um maior grau de falsificabilidade.

O que é uma teoria verosímil, segundo Popper?


Na perspetiva de Popper, uma teoria é tanto mais verosímil quando, resistindo aos testes de
falsificação, está mais próxima da verdade.

Quais as críticas ao método das conjeturas e refutações e ao critério falsificacionista de Popper?


Popper é criticado por não ir ao encontro à prática científica e por desvalorizar o papel da confirmação
das teorias: os cientistas defendem exaustivamente as suas teorias e não têm como objetivo
falsificá-las, mas verificá-las. Além disso, ao afirmar que basta um caso de falsificação para que a
teoria seja abandonada, não teve em conta a possibilidade de erro humano.

Segundo Popper, há progresso na ciência?


Há progresso em ciência na medida
em que as novas teorias, sobrevivendo a testes rigorosos, eliminam os erros das anteriores e, assim,
aproximam-se mais da verdade. A verosimilhança é o critério do progresso: as teorias mais
verossímeis são as que explicam melhor os factos e superam os testes em que as outras foram
derrotadas. A verdade é a meta ideal da investigação científica.

Segundo Popper, a ciência é objetiva?


A ciência é objetiva porque existem padrões racionais, estabelecidos no método científico, que
permitem comparar as teorias e determinar qual é mais verosímil. A evolução da ciência é marcada
pela atitude racional e crítica em relação às teorias.

arte
conceito de difícil definição que sofreu alterações ao longo do tempo,ligando-se quer à
relação do artista com a obra, quer à natureza dos juízo estéticos(estética), quer às características que
fazem com que um objeto possa ser considerado artístico(filosofia da arte)

filosofia da arte
➢ problema: como definir a arte atendendo à sua multiplicidade de expressões?
➢ quais são as características comuns a todas as obras de arte?

teorias sobre a arte

teorias essencialistas
existem propriedades comuns essenciais a todas as obras de arte, que lhes são intrínsecas;

arte como representação


a arte como imitação ou representação da Natureza e da ação humana (Platão, Aristóteles)
objeções: demasiado restritiva (exclui muitos objetos considerados artísticos);demasiado
inclusiva(inclui objetos que imitam e não são arte)
teorias não essencialistas
não existem propriedades essenciais comuns.
o que faz de um objeto arte são relações,processos e contextos históricos e sociais.

teoria institucional
a arte como um artefacto ao qual é atribuído o estatuto de candidato a apreciação por
representantes do mundo da arte (George Dickie);
objeções: demasiado restritiva(exclui obras de arte solitária e arte primitiva);não oferece
critério para justificar o que torna um objeto candidato a obra de arte

arte como expressão


a arte como expressão das emoções sentidas pelo artista(Tolstoi e Collingwood)
objeções: demasiado restritiva (exclui objetos que não têm conteúdo emocional ou cujo
conteúdo emocional não obedece a critérios estabelecidos);demasiado inclusiva(inclui outras formas
de expressão de emoções que não são artísticas)

teoria historicista
a arte como resultado da intenção artística de criar objetos com “olhares artísticos estabelecidos no
passado”(Jerrold Levinson)
objeções: demasiado restritiva(exclui obras sobre as quais não tenha havido intenção séria e
sobre as quais o artista não tenho propriedade);demasiado inclusiva(permite incluir visões de arte que
já não estão em uso ou objetos não artísticos)

arte como forma


a arte como forma significante, que provoca emoção estética (Clive Bell)
objeções: demasiado restritiva( exclui da apreciação o conteúdo representativo ou
expressivo);demasiado inclusiva( inclui imitações o objetos cuja forma não se distingue das obras de
arte reais);definição circular

filosofia da religião

três conceitos essenciais:


filosofia da religião- procura responder às questões filosóficas levantadas pela fé e pela
experiência religiosa,recorrendo a considerações convincentes, independentemente das convicções
religiosas das pessoas.
religião-ligação estabelecida pelo ser humano com uma realidade transcendente e sagrada,
dotada de realidade e valor máximos, a que se presta culto ou se implora.
teologia- ciência de Deus, dos seus atributos e do seu relacionamento com as criaturas. a
teologia natural justifica Deus sem recurso à revelação, a teologia revelada apela aos conteúdos da
revelação.
que elementos são comuns às religiões?
culto- crença em Deus ou deuses. como adorar?
credo- uma doutrina de salvação. em que crer?
código- uma norma de conduta. como viver?
comunidade-os crentes de uma religião.

Você também pode gostar