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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO
NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO - NUAPE
PROFESSOR: LUIZ VIEIRA DE LIMA
CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
TURMA: 09N1A
ALUNO (A):
ANA LUIZA VIEIRA SILVA
JEFFERSON
MARIA CLARA MIRANDA SALES
MARIA EUGÊNIA LIMA DE MORAES
RITA DE CÁSSIA ARAÚJO GONÇALVES
VICTOR BORGES

LIBERDADE

TERESINA
2023
A Liberdade em seu termo genérico, consiste na condição daquele que é livre, podendo ser
todo e qualquer indivíduo, através de autonomia, autodeterminação, e capacidade de agir por
si próprio. Porém, será que esse conceito é assim na prática?

A liberdade é um dos temas principais tratados pela tradição da filosofia. Uma das primeiras
definições de liberdade está presente no pensamento de Aristóteles. Para ele, a liberdade está
baseada na possibilidade de realizar escolhas orientadas pela vontade.

Entretanto, a liberdade deveria estar acompanhada do conhecimento. Para Aristóteles, o


conhecimento é a ferramenta capaz de ampliar as possibilidades de escolha e tornar o
indivíduo mais livre e capaz de realizar sua finalidade, a busca pela felicidade

Existe um ditado popular presente em nossa sociedade no qual diz “A liberdade de cada um
termina onde começa a liberdade do outro”, vale tal reflexão sobre como a liberdade possui
limitações e não consiste em fazer e falar tudo o que quer sem limites.

O livro de Philip Petit, sobre a teoria da liberdade destaca que o entendimento de alguém que
é livre quando pode ser responsabilizado por aquilo que faz o exercício da liberdade. O autor
afirma que a liberdade pode ser dividida em três domínios: o da ação, o do self- si mesmo, e o
da pessoa.

A liberdade da ação, o agente efetua em uma ou outra ocasião. A liberdade self, traz o
elemento de autoria, a liberdade do que ser decorre de sua habilidade de identificação com as
coisas que realiza. A liberdade da pessoa, denota a liberdade das pessoas em desfrutar de
“status” social que lhes imprima verdadeira autoria da ação.

A teoria da liberdade abrange diversas perspectivas, desde a liberdade de expressão até a


liberdade de escolha. Filósofos como Platão, Aristóteles, Descartes, Kant e Hegel oferecem
visões distintas, considerando a liberdade como algo inerente à alma, vinculada à vontade, ou
enfatizando o coletivo. Spinoza destaca a importância das escolhas individuais, enquanto
Sartre argumenta que a liberdade traz consigo angústia. A liberdade também se estende a
dimensões físicas, políticas, jurídicas e de expressão. Responsabilidade e consciência moral
são fundamentais na prática da liberdade, e o conceito de livre-arbítrio destaca a capacidade
de escolha. Em última análise, a interação entre liberdade individual e convivência social é
essencial para compreender a complexidade desse conceito.

A teoria da liberdade para os filósofos é contraditória, para Platão, a liberdade era


considerada plena e se encontrava na alma. Esse filósofo acreditava que o mundo era uma
visão distorcida do mundo perfeito, ou seja, do mundo das ideias, que apenas é acessado pela
razão.

Para Aristóteles, o mundo das ideias não existia. Pare ele, o mundo que existe é esse no qual
se vive, pois é aqui que as pessoas precisam fazer escolhas, ou seja, no mundo real que elas
decidem.

Para Descartes, por sua vez, existia a liberdade plena, entretanto afirmavam que ela era
encontrada na dúvida, uma vez que as pessoas são livres para duvidar.

Para Kant, a liberdade está na vontade e que o desejo escraviza. Sendo a liberdade, a forma de
refletir contra os desejos, acreditando no dever pelo dever, razão pela qual a ação é lei
universal.
Para Santo Agostinho, o livre-arbítrio possibilita que o homem seja um sujeito moral,
autônomo, pois é responsável pelos seus atos em virtude de possui o livre-arbítrio. Ele é dado
ao homem por Deus com a intenção do que viva plenamente o bem. Resumidamente, a
liberdade refere-se ao uso adequado do livre-arbítrio.
Entretanto, existe a Teoria do determinismo, é um conceito filosófico que define que todos os
fatos que acontecem no presente são determinados por causas anteriores, ou seja, tudo aquilo
que acontece ao homem ou no mundo é determinado por acontecimentos passados e que
podem ser de caráter natural ou sobrenatural. O determinismo é uma teoria filosófica que
afirma que todos os eventos, incluindo as ações humanas, são causados por eventos anteriores
e, portanto, são inevitáveis e previsíveis. Definindo que todos os fenômenos, podem ser
explicados com base em leis perfeitamente definidas.
Com o desenvolvimento das ideias deterministas, alguns tipos da corrente filosófica foram
criados levando em consideração as formas como a causalidade e as determinações são
entendidas. Os principais tipos de determinismo são:
- Pré determinismo
Também chamado de determinismo mecanicista. Nesse modelo supõe-se que causas e efeitos
estão totalmente interligados. A determinação encontra-se no passado e gera uma cadeia
causal capaz de explicar completamente os acontecimentos do universo, desde o princípio.
- Pós Determinismo
As causalidades são determinadas por algum motivo externo e futuro.
- Co-Determinismo
Os efeitos podem interagir com outros efeitos, assim o efeito de uma causa anterior pode ser a
causa de um novo efeito e com isso gerar diversos níveis de realidade distintos.
O determinismo aparece aqui no presente, no momento de encontro entre os efeitos e
surgimento de novas causas. O processo entre causa e efeito no determinismo é portanto,
cíclico.
Cada tipo de determinismo está ligado ao presente, passado ou futuro. Ao analisar a linha do
tempo e considerar os aspectos filosóficos é possível afirmar que os três tipos de
determinismo podem coexistir em determinados períodos de tempo.
Liberdade x Determinismo
A relação entre liberdade e determinismo é um tema muito discutido na filosofia e nas
ciências sociais. O determinismo defende que todos os eventos e ações humanas são
determinados por causas anteriores, como as leis naturais, a genética, o ambiente social.
Já a liberdade pressupõe que os seres humanos são livres para escolher suas ações e tomar
decisões, sem serem completamente determinados por fatores externos.
Aparentemente, esses conceitos parecem opostos e excludentes, mas muitos filósofos e
teóricos argumentam que eles podem coexistir de alguma forma.
Alguns filósofos tentam conciliar o determinismo com a liberdade, argumentando que existem
diferentes níveis de determinismo, e que as pessoas podem ser determinadas por fatores
externos em algumas áreas de suas vidas, mas ainda ter liberdade em outras.

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