Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
CURSO DE BACHARELADO EM FILOSOFIA
TÓPICOS ESPECIAIS DE FILOSOFIA POLÍTICA I
Natal/RN - 2013
RESUMO
Aliado a isso, importa que tenhamos a exata noção do que esse termo
representa para nós e quais são as implicações disso para a vida prática dos sujeitos que
pretendem exercê-la. Qual a sua extensão? Sofre limitações? De que se origina? São perguntas
comuns que são suscitadas do primeiro pensar acerca do tema.
1
(DIÓG. Liberdade, VII, 121) apud Nicolla.
liberdade, é o afastamento da própria autodeterminação da vontade do indivíduo, frente a
suposta vontade da entidade que o transcende e condiciona sua vontade.
3
A República, X, 617e, apud Nicolla
4
Abbagnano, Nicolla. Pg. 611
É precisamente nesse ponto que Kant, no texto A Paz Perpétua, preceitua
que a liberdade jurídica ou externa do homem (fazendo oposição à ideia de liberdade interna,
no tocante à volição ou autodeterminação da vontade) seria “a faculdade de não obedecer a
quaisquer leis externas senão enquanto lhes puder dar o meu consentimento”5, ideia essa que
encontra suporte no conceito de igualdade jurídica ou externa, qual seja “a relação entre os
cidadãos segundo a qual nenhum pode vincular juridicamente outro sem que ele se submeta
ao mesmo tempo à lei e possa ser reciprocamente também de igual modo vinculado por ela” 6.
Essas noções parecem ser releituras, até certo ponto, das experiências e
ideias desenvolvidas na política prática dos gregos, mormente quando se rememora a
democracia ateniense, a forma de participação que os homens exerciam nos assuntos de
interesse da polis. Entretanto, há uma grande distinção a ser feita nesses dois períodos. A
primeira deve partir do contexto que notadamente se mostram distintos. No mundo grego
antigo, as relações politicas entre os homens e o que realmente estava em jogo não pode ser
comparado às demandas de um Estado moderno. Enquanto as necessidades e problemas
surgiam e reclamavam aos cidadãos uma decisão de ampla participação, qualquer que ela
fosse vincularia apenas e tão somente um universo bastante restrito e definido de pessoas,
considerados cidadãos, em cuja dependência viviam todos os demais homens. O que era
comum a todos eles ganhava sempre o interesse de todos e a participação individual nesses
assuntos era de vital importância para o destino da cidade. A democracia era efetivamente o
governo de todos e não apenas o que mais tarde vem a ser conhecido ou classificado como
regime de governo, revelando-se precisamente pela participação indireta dos cidadãos no
futuro da coisa pública.
5
KANT, Immanuel. A Paz Perpetua. P. 11
6
Idem Op. Cit. P. 12.
importâncias distintas na vida pública, caracterizando, como nunca antes, a relação entre
Estado e os indivíduos.
7
CONSTANT, Benjamim. Da liberdade dos antigos comparada à dos modernos.
CONCLUSÃO
Sítios no Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Wilhelm_Joseph_von_Schelling
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_de_er
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sartre