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a Filosofia
Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo
com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação
de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto
de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão. Liberdade é classificada
pela filosofia, como a independência do ser humano, o poder de ter
autonomia e espontaneidade. A liberdade é um conceito utópico, uma vez
que é questionável se realmente os indivíduos têm a liberdade que dizem ter,
se com as mídias ela realmente existe, ou não. Diversos pensadores e
filósofos dissertam sobre a liberdade como Sartre, Descartes, Kant, Marx e
outros. No meio jurídico, existe a liberdade condicional, que é quando um
indivíduo que foi condenado por algo que cometeu, recebe o direito de
cumprir toda, ou parte de sua pena em liberdade, ou seja, com o direito de
fazer o que tiver interesse, mas de acordo com as normas da justiça. Existe
também a liberdade provisória, que é atribuída a um indivíduo com cunho
temporário. Pode ser obrigatória, permitida (com ou sem fiança) e vedada
(em certos casos como o alegado envolvimento em crime organizado).
Sócrates
A partir daí surge a figura de Sócrates que vem para romper e quebrar esses
paradigmas existentes, reposicionando a atividade lógica (constituindo uma
crítica aos sofistas) em que a verdade só pode ser alcançada senão por uma
certeza e opinião, conceito e preconceito. Fundando assim a ontologia da
“descoberta do ser” concentrando sua filosofia no “conhecer-se a si mesmo”
tentando assim instigar o indivíduo a pensar por si mesmo. Deste ponto
começa nossa pesquisa acerca de como esse indivíduo relaciona-se com
essa “liberdade de expressão”, mediante o pensamento de liberdade para
Sócrates, fazendo uma breve análise entre o julgamento de Sócrates e a
formação dos Estados Democráticos e por fim fazer uma análise da
necessidade e objetivo da fortificação da liberdade de expressão na
atualidade.
Para começar nosso estudo de antemão torna-se necessário analisar as
várias concepções que se tem no mundo antigo de liberdade e mesmo de
indivíduo. Partindo deste ponto chegamos a três concepções principais
expostos por Gigon a seguir: A primeira é a concepção em que se tem a
liberdade como forma de vida do Estado e do indivíduo no Estado e na
sociedade. Já a segunda é a que concebe a liberdade como pressuposto de
toda ação eticamente responsável e, por isso, serão consideradas sobretudo
as limitações que, justamente, de muitos lados, restringe essa liberdade. E na
terceira, perguntar-se-á como, na perspectiva cosmológica e teológica,
pode-se afirmar a liberdade da ação humana. Tanto na antiguidade quanto na
atualidade, a concepção de “liberdade” é considerada um fim intrínseco à
realidade, tanto do indivíduo como da sociedade em que ele vive, e por
consequência também influencia a história mundial no âmbito de seu
conjunto.
No mundo antigo “cidadão era aquele que tinha o direito e a competência
para emitir opiniões sobre todos os assuntos da cidade, de ouvir todas as
opiniões diferentes e de discutir todas elas para poder decidir e votar”
(CHAUI, 2002, p.203). Vale ressalvar, nem todos eram considerados
cidadãos, e por consequência nem todos tinham o direito a chamada
“liberdade” aqui está era para aquele grupo de indivíduos que conseguiram
superar o domínio da Zoe e se encontravam no chamado domínio da Bios,
que seria uma forma de vida idealizada, no qual o âmbito principal seria a
questão da política do bem viver que poderia ser discutida.
Para falarmos sobre democracia no mundo antigo precisamos antes explanar
o que seria a democracia, e assim chegar ao sentido que seus limites sociais
implicam. Para os indivíduos desse período a autarquia seria a forma ideal de
poder, já que ela significa, em primeiro lugar, a pretensão de poder satisfazer
a todas as necessidades físicas por suas próprias forças ou sem depender do
serviço prestado por um estranho, no que toca ao indivíduo, a autarquia pode
traduzir a tentativa de contar integralmente consigo mesmo para sua
sobrevivência física representando assim sua importância como expressão da
independência espiritual do indivíduo, onde o mesmo basta-se a si próprio e
não precisa da presença de qualquer outro homem. Atualmente, o termo
democracia diz respeito “a um governo pelo povo seja direto ou
representativo” e o termo república geralmente é usado para se referir a “um
sistema político onde um chefe de estado é eleito por um tempo limitado,
oposto de uma monarquia constitucional”.
Mas se a forma ideal de governo seria uma monarquia, e neste viés a
democracia seria uma forma de governo não ideal, qual a contribuição de
Sócrates para a sua instauração na atualidade? Sócrates não tentou nem ao
mesmo se defender ao invés disso lutou até o seu fim para defender suas
ideias, o que o fez até o último minuto da sua vida. Depois disto, se passado
mais de 24 séculos pouco refletimos sobre a grandiosidade do ato desse
ilustre pensador que marcou o pensamento filosófico. Com sua determinação
de preferir ser condenado a deixar de filosofar, “ Eu nunca deixarei de
pensar”, Sócrates estabeleceu as bases da luta pelo direito a manifestação
de pensamentos e defesa dos mesmos, a chamada liberdade de expressão,
que influenciada junto com os ideais iluministas contribuiu para a formação
das atuais democracias.
Com a posição de Sócrates a filosofia ganhou vida. Além de deixar também
um dos maiores legados as sociedades contemporâneas democráticas: o
exemplo de luta pelo direito de expor suas ideias e pensamentos e
defendê-los. Sócrates morreu injustamente, porém, em defesa do
pensamento e da verdade.
Descartes
Para o filósofo René Descartes (1596-1650), age com mais liberdade quem
melhor compreende as alternativas que precedem a escolha. Dessa
premissa, decorre o silogismo lógico de que, quanto mais evidente a
veracidade de uma alternativa, maiores as chances de ela ser escolhida pelo
agente. Nesse sentido, a inexistência de acesso à informação afigura-se
óbice à identificação da alternativa com maior grau de veracidade.
Espinoza Para Espinoza (1632-1677), a liberdade possui um elemento
de identificação com a natureza do “ser”. Nesse sentido, ser livre significa agir
de acordo com sua natureza. É mediante a liberdade que o Homem se
exprime como tal e em sua totalidade. Esta é também, enquanto meta dos
seus esforços, a sua própria realização. Tendemos a associar a fruição da
liberdade a uma determinação constante e inescapável. Contudo, os ditames
de nossa vida estão sendo realizados a cada passo que damos: assim, a
deliberação está também a cargo da vontade humana (na qual se inserem as
leis físicas e químicas, biológicas e psicológicas). Diretamente associada à
ideia de liberdade, está a noção de responsabilidade, vez que o ato de ser
livre implica assumir o conjunto dos nossos atos e saber responder por eles.