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ECONOMIA POLÍTICA

22-02-2021

A matéria busca misturar a história do pensamento econômico com a ideia de que há uma tensão entre o
Estado, o mercado e até mesmo a religião.

Plutocracia: ricos ficam mais ricos.

Economia (eco=casa, nomia=lei) na Grécia Antiga: tendo o significado literal de “lei da casa”.
• Na Grécia, a casa era a sociedade de produção de trabalho, sendo necessário produzir para ter.
• Nessa época a economia era conhecimento filosófico.

Economia como ciência:


• Se deu a partir das revoluções científicas e industriais e com o advento do capitalismo em que houve
separação do conhecimento humano da religião.
• A ciência econômica trabalha com probabilidade, isto é, ela trabalha com um método científico,
do qual se você partir de casos concretos e estudá-los, pode-se chegar à uma conclusão globalizante
e, posteriormente, propor uma hipótese e chegar a uma teoria.

A economia política: significa tomar decisões sobre a comunidade tendo em vista recursos ou fatores de
produção escassos.

• Política: produção de consensos, consiste em acordos.


• Economia: não existe se não houver regra e busca a institucionalidade (criar e seguir regrar as
quais são iguais para todos/independente do indivíduo, funciona para todos).

Escolas de pensamento econômico: todas produziram influência no Direito, o que significa que
legisladores se utilizaram de ideias econômicas para elaborar leis e normas econômicas estatais (do
Estado).

A economia como ciência social:


• Ciência política: trata das relações entre nação e Estado, das formas do Governo e da condução
dos negócios públicos.
• Sociologia: ocupa-se das relações sociais e da organização estrutural da sociedade.
• Antropologia cultural: volta-se para o Estado das origens e da revolução, da organização ancestral
das sociedades humanas.
• Psicologia: ocupa-se do comportamento humano, de suas motivações, valores e estímulos.
• Direito: cabe fixar, com a precisão digitada pelos usos, costumes e valores da sociedade, as mesmas
que regularão os direitos e obrigações individuais e sociais.
• Economia: abrange apenas uma fração das ciências sociais, compete o estudo da ação econômica,
envolvendo essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da renda, o
dispêndio e a acumulação.

Do que se ocupa a economia?


• Escassez: os recursos na economia são escassos pois o ser humano sempre quer mais.
• Emprego: o emprego dos recursos. O desemprego e suas causas.
• Produção: o processo produtivo e suas consequências, como a geração do século, o dispêndio e a
acumulação.

Agentes econômicos:
1. Trocas: fundamentos do sistema de trocas.
2. Valor: fundamentos do valor dos recursos, diferente de preço (o qual é dito pelo mercado).
3. Moeda: como e por que se deu seu aparecimento?
4. Preços: como mecanismo de coordenação do processo econômico.
5. Concorrência: diferentes estruturas concorrenciais.
6. Remuneração: tipologia e características das diferentes formas de remuneração pagas aos recursos
de produção.
7. Agregados: denominação dada ás grandes categorias de contabilidade social, como o PIB e a renda
nacional.
8. Transações: categorias básicas e abrangência maior de pagamento envolvido.
9. Crescimento: a expansão da economia como um todo.
10. Equilíbrio: como se estabelece o equilíbrio geral, estático e dinâmico do processo econômico.
11. Organização: formas alternativas, do ponto de vista institucional, para a organização econômica.

Trinômia de Marshall (produção – riqueza e bem-estar):


• As necessidades e os desejos humanos são inúmeros e de várias espécies.
• A economia examina a ação industrial e social, em seus aspectos ligados à obtenção e ao uso dos
elementos naturais do bem-estar. De um lado se estuda a riqueza e do outro, o homem.
• A economia estuda o homem, como vivem, agem e pensam nos assuntos ordinários da vida, mas
mais que isso, estuda os motivos que afetam o agir do homem com as questões que interferem em
sua riqueza e nas condições naturais do seu bem-estar.

A produção é a atividade e a distribuição consiste na repartição dos frutos da produção.

Binômio: produção – distribuição (repartição)


• As necessidades dos homens, que são biológicas, são, por consequência, um produto da vida social
e em comum, logo, dependem do grau de desenvolvimento da sociedade.
• Produção: atividade humana que consiste em adaptar os recursos e as forças da natureza com a
finalidade de satisfazer as necessidades humanas – trata0se de uma atividade consciente e
intencional, fundamentada no trabalho.
➢ Ela é um ATO SOCIAL: envolve divisão do trabalho (é uma parte do trabalho social).
• Distribuição: consiste (repartição do produto social) na realização completa desse processo.

Concepção de Hobbes:
• A sociedade tem objetivos múltiplos, ilimitados, mas meios limitados. A conduta econômica consiste
em escolher entre fins possíveis e meios escassos para alcançá-los.
• A economia é um ramo que estuda as formas do comportamento humano que resultam da relação
entre necessidades ilimitadas e recursos escassos.
• Meios escassos, fins alternativos, escolha e alocação são os elementos a partir das quais se define
o campo de que se ocupa a economia.

OBS1.: o que você faz (meios), estratégias (formas), motivações etc., para alcançar um objetivo (fim).

OBS2: alocação consiste nos mecanismos e critérios que envolvem a .. dos meios utilizados.

Execução de determinado fim -> benéfico

Meios escassos e limitações + fins múltiplos e ilimitáveis


|
|
V
Escolhas entre fins possíveis e meios disponíveis
|
|
V
Alocação de recursos (custos)
|
|
V
Não consecução de outros fins
|
|
V
Custo de oportunidade
“A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação
entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestem a usos
alternativos.”

Custos: meios empregados;


Benefícios: os fins alcançados;
Custos de oportunidade: outros fins que, com os mesmos recursos, poderiam ter sido alcançados.

Esse conjunto de elementos conceituais (meios escassos, fins alternativos e ilimitáveis escolhas e alocação)
está presente na maior parte das mais recentes definições de economia.

• Umbreit, Hunt e Kinter: a economia és o estudo da organização social através da qual seres
humanos satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos.
• Lefwich: ao se ocupar das condições gerais do bem-estar, o estudo da economia inclui a
organização social que implica distribuição de recursos escasso entre necessidades humanas
alternativas, com a finalidade de satisfazê-las a nível ótimo.
• Barre: a economia é a ciência voltada para a administração dos recursos das sociedades humanas
– ela estuda as formas assumidas pelo comportamento humano na disposição onerosa do mundo
exterior, decorrente da tensão entre desejos ilimitáveis e meios limitados.
• Stonier e Hague: não houvesse escassez e nem necessidade de repartir os bens entre as pessoas,
não existiram sistemas econômicos e nem economia. A economia é, fundamentalmente, o estudo da
escassez e dos problemas dela decorrentes.
• Rogers: a economia diz respeito ao estudo de um fenômeno chamado escassez. Embora as pessoas
tenham sido até que bem-sucedidas em fazer com que se expandissem a produção de bens e
serviços necessários as suas vidas, elas não conseguiram reduzir substancialmente a diferença
entre seus objetivos e os meios capazes de satisfazê-lo.
• Horsman: escolher a melhor forma de empregar recursos para obter benefícios máximos, este é o
problema básico de todas as sociedades economicamente organizadas.

A construção do conhecimento:
• Senso comum: consiste em um entendimento superficial acerca de coisas conhecidas e
denominadas conhecimento acrítico – tentativas primitivas e inacabadas de explicar o desconhecido
e porque as coisas acontecem ou porque determinados fenômenos se manifestam.
• Ciência: possui três elementos primordiais
➢ Coerência: significa falta de contradições, argumentação estruturada, enunciados não
contraditórios, estruturação do conhecimento de forma organizada e conclusões a partir de
deduções lógicas.
➢ Consistência: resistência a argumentação contrária.
➢ Objetividade: reprodução da realidade como ela é, não como o observador gostaria que fosse.
• Ideologias: expressa um conjunto de crenças, valores, convicções, prescrições e normas. Ela não
busca a neutralidade, a explicação simples e objetiva para compreender o mundo. O discurso
ideológico é predominantemente partidário e significa posicionamentos derivados de correntes
filosóficas e de interesse de classe.

As ideologias surgem com o objetivo de legitimar ordenamentos institucionais e são veiculados por grupos
dominante ou por grupos que aspiram o poder.

O que as três buscam (produtos finais) em comum: a praticidade, a sistematização e a doutrinação.

Método indutivo: consiste no processo de reconhecimento da realidade para abordagens teóricas e


sistematizadas.

Método dedutivo: consiste no levantamento de hipóteses sobre realidades não investigativas a partir de
levantamentos sistematizados.

Economia positiva: trate a realidade como ela é.


Ex.: “Quais as medidas que reduzem o desemprego e quais evitam a inflação?”
• A afirmação é possível de controvérsias, afinal a proposição oposta também é admissível.
A economia descritiva e a teoria econômica: situam-se, preponderantemente, no campo da economia
positiva. A teoria econômica busca estabelecer verdade comprováveis pelas metodologias convencionais
da dedução e indução.

A política econômica: é, preponderantemente, normativa e envolvem escolhas fundamentais em juízo de


valor.

23-02-2021

Economia é um conhecimento filosófico da Grécia antiga, porque o conhecimento científico atual é da


Revolução científica, industrial e do surgimento do capitalismo (século XVIII, XIX).

A ciência trabalha com o método científico: se estudar casos completos, você pode chegar a uma
conclusão generalizante. Você pode propor uma hipótese e ela pode chegar a uma teoria.

Teo (deus) + ria = ela busca a ideia do todo.


• Deus é onipotente, onipresente.
• Deus = conhecimento humano.
• Nos séculos XVIII e XIX, a revolução científica e tecnológica, junto com o capitalismo e a indústria,
você vai tendo uma separação do conhecimento humano e do conhecimento religioso.
➢ Ciência moderna: trabalha com o método.

A partir de um certo momento da história recente da humanidade, o conhecimento humano se separa de


uma limitação que era dada pela ética religiosa.

Método indutivo: casos concretos – teoria; se aceita pela comunidade científica, ela passa a ser mantida.
• As teorias serão aplicadas a outros casos concretos.
• Se eu estou estudando o porquê que os preços disparam, eu vou estudando porque eles disparam
em vários lugares do mundo e então eu chego a uma teoria da inflação, teoria monetária. Após ter a
teoria do que acontece no mundo e como acontece, aplica-se essa teoria na realidade brasileira.
• Plano real (aspectos positivos e negativos): ele só funcionou porque foi uma mistura de uma teoria
econômica mundial aplicada no caso brasileiro.

Aristóteles falava que a política anda junto com a ética e a moral. Na história do pensamento político,
quando chega em Maquiavel (1500 d.C.), ele identifica que o poder na Itália e na Europa que ele vivia estava
separando a política da ética e da moral. O político na teoria de Maquiavel faz tudo para se manter no
poder, inclusive, não ser ético. Por isso, de uma certa forma, diz-se que Maquiavel constata uma realidade
que não é a que Aristóteles tinha preconizado, ou seja, a política anda com a ética porque a política
significa tomar decisões sobre a comunidade.
A gente usa o termo Economia Política para mostrar que na tomada de decisão há o aspecto político
e essa política ela tem que ser feita com ética. A política não é feita por iguais mas por diferentes e que, por
meio do diálogo e do discurso, acabam cedendo, fortalecendo sua posição e, no geral, deve-se gerar um
consenso. A política é o consenso. Se uma sociedade quer andar armada o tempo todo e, em qualquer
situação de briga, já aumenta o tom e dá um tiro no outro; vive-se em uma sociedade com falência política.
A política é produção de consensos o tempo todo. Elas colocam, muitas vezes, os agentes políticos
em condições contraditórias e quem está de fora diz que a política é algo sem nexo. A sociedade precisa
refletir sobre o que faz para tomar novos rumos e talvez seja esse o momento que o Brasil está vivendo.
Desde o ano em que o Brasil sediou as Olimpíadas a economia vem decaindo, na época todos se sentiram
orgulhosos porém alguns avisaram que o dinheiro investido nas Olimpíadas deveria ser investido na
infraestrutura de escolas públicas.
Existem estratégias para fazer com que o consenso seja mais próximo do que você deseja, isso é o
domínio do discurso, é a retórica. Não atoa Aristóteles escreveu muito sobre a retórica. Aristóteles foi
aluno de Platão que, por sua vez, entendia que a atividade política está relacionada com a razão. Platão,
por sua vez, foi aluno de Sócrates, que fala do conhecimento em decorrência de uma dialética, de todo um
contexto em que você vai produzindo o conhecimento e quanto mais conhecimento você produz, menos
você sabe. Sócrates então dizia que só sabia quem nada sabia.

TODA ECONOMIA É POLÍTICA


A economia precisa da política para funcionar e, como a política é instável, ela requer também
institucionalidade (seguir regras que são iguais para todos). O brasileiro é cordial (coração), quem está
próximo do coração, pode tudo; quem está longe, não pode nada. O brasileiro cordial faz tudo pelo seu
grupo. As economias mais desenvolvidas do mundo e os países mais desenvolvidos do mundo são aqueles
que os graus de institucionalidade são altos, ou seja, tudo pertence a todos e há leis que dizem quem pode
e quem não pode, essas leis foram obtidas a partir de uma grande discussão política e isso dá uma ideia de
racionalidade.
O Brasil deveria ter uma economia forte, ser baseado em um Estado institucionalmente forte, com
uma legislação feita pelo Estado moderna e uma atuação do Estado a mais eficiente e racional possível.
Contrapondo esse desejo, nós temos uma herança que vem da Colônia, um país que tinha a cultura marcada
ainda pelo racismo, pelo preconceito, pela ideia como as mulheres são colocadas em segundo plano. O
Direito é uma fonte para melhorar a economia do país, mas é preciso que o Direito seja construído pelo
consenso e isso exige democracia e política. O Direito pode ser um instrumento de uma sociedade em
mudança e não uma sociedade conservadora.

• A economia quer uma segurança jurídica para o país, ou seja, que permita alguém tomar uma
decisão de uso dos recursos.

Relação em Estado e Mercado: o Estado para se manter tem que cobrar impostos e os impostos vêm da
livre iniciativa; o Mercado não pode colocar imposto em tudo. Não pode haver concorrência sem controle
porque se não é guerra econômica.

Nossa sociedade é feita pela luta por ter e por manter, logo, os recursos da economia são escassos
mas o ser humano sempre quer mais, ele é insatisfeito por natureza. Estamos investindo em tecnologia
usando o capital, trabalho qualificado, recursos da natureza e uma vontade de ganhar dinheiro para mandar
máquinas humanas para o espaço. Será que todos não deveríamos estar mais preocupados em encontrar
soluções para os problemas climáticos e ambientais da Terra?

POLÍTICA = PODER

A lei tem que ser forte, ela tem que meter medo e ter capacidade de sancionar. Muitas vezes a lei
é bem-intencionada mas ela não tem sanções claras, logo não é efetiva. (Thomas Hobbes: Estado como
pode – Leviatan). O poder do Estado é cumprir a lei com o monopólio da força. O poder da economia é o
poder do dinheiro, do capital e da tecnologia. O poder do trabalho é a produção. O poder da religião é a
palavra e a fé (um líder religioso forte pode levar pessoas a fazer coisas que não têm muita racionalidade).
O poder do símbolo é a aproximação.

Recursos – terra: o uso da terra decorre das técnicas que a gente dispõe e da quantidade de pessoas que
dependem dessas terras para se alimentar. Em algum momento a sociedade vai crescer tanto que a
disponibilidade novas terras e de terras cultiváveis irá cair.

Teoria malthusiana: discurso religioso; se os pobres continuarem tendo tantos filhos, os nobres teriam
problemas para alimentá-los. Os nobres resolviam os problemas dos filhos, os empresários não tinham filhos
ou tinham poucos e os pobres não tinham riqueza mas tinham muitos filhos porque o problema que o pobre
tinha falta de caráter e virtude. Convencer os pobres a ter uma vida por aqueles preceitos de cristianismo
que ele acreditava.

Os sistemas tecnológicos têm um limite entre a maneira tecnológica de produzir, a maneira como
a riqueza é distribuída e o número de pessoas. É justo culpar o pobre e não culpar o sistema? O Brasil
quer crescer se baseando no padrão de vida americano porém o país não tem estrutura por causa da forma
como a ideia está sendo implantada sem adaptações para o nosso país. Se aumentar o nível de informação
de uma família, ela para de ter filhos porque filhos significam recursos e tempo.

O futuro do capitalismo: o que destruirá o capitalismo será o problema ambiental, porque o socialismo
soviético entrou em falência.
• Problema ambiental: mudança de comportamento e compreendimento de que o mercado não é
capaz de produzir tudo que a humanidade precisa.

Adam Smith: o sistema capitalista é perfeito pois coloca o ser humano na livre iniciativa e isso torna-o
competitivo e responsável.
• Não existe mais socialismo na China e sim o controle político do partido. Existe um capitalismo de
Estado, sendo ele o maior empresário.

• O capitalismo destrói e reconstrói o tempo todo e isso gera uma constante necessidade de mais
recursos. Cada mudança do capitalismo gera queima enorme de fatores de produção e,
consequentemente, terá que ser gerado mais fatores para o avanço, seja ele científico, técnico,
informacional etc.

01-03-2021

Petróleo (3º mundo): países mulçumanos que foram colônias ou áreas de influência. Esses países são
independentes, porém tem toda uma geopolítica para que o petróleo continue na liderança tecnológica.
• Petróleo de xisto: não convencional produzido a partir de fragmentos de xisto betuminosos e através
de pirólise, hidrogenação ou dissolução térmica. Estes processos convertem a matéria orgânica no
interior da rocha (querogênio) em petróleo e gás sintéticos.
• Se deixar a oferta e a demanda acontecer, não há como incentivar as novas tecnologias pois todos
irão querem comprar o petróleo mais barato (destruição criadora - Schumpeter).

Tecnologia e direito: quando contratamos plataformas de streaming, normalmente a sede delas não são
daqui do Brasil. Se, por exemplo, a plataforma cair ou algo assim, quem iremos atacar juridicamente? Qual
país que estamos “contratando”?

Ascensão e queda das grandes potências – Paul Kennedy: a China é o país mais desenvolvido do mundo
em 1400, tudo que o ocidente fez em tecnologia veio da China mediado pelos árabes e turcos.

• O ser humano tem um olho que brilha por tecnologia, ela nunca para na atualidade, está sempre em
contínua mudança/evolução.

• No Brasil, como a principal economia é a agricultura, economicamente não deveria ter pessoas que
passem fome. Quem passa fome não é vagabundo (“passa fome porque não trabalha, logo é um
vagabundo”), o problema são as oportunidades escassas de emprego para a classe trabalhadora.

• Bens econômicos são aqueles que há escassez; Bens livres são difíceis de encontrar, ex.: Ar.

Falha de mercado: quando não resolve o problema da sociedade toda e, quando resolve de uma empresa,
joga para a sociedade o peso todo a pagar.

Função do Estado: zelar por aquilo que se considera na esfera do público pela falha do privado. Aquilo que
for privado e não necessitado o público, deve continuar privado.

OBS1.: Grandes corporações são monopólios.

• Economia é troca – a economia do mundo se desenvolve mais com o aumento das trocas.

• Cada um deve se especializar no que sabe fazer porque ganha escala, melhora, aprimoramento para
que a economia ganhe (Adam Smith).

• Bitcoin permite que você tire seu dinheiro do país sem qualquer supervisão do Governo, logo o
dinheiro pode ter sido adquirido de forma lícita ou ilícita. Criptomoeda particular/pessoal.

• Sistema econômico é formado pelo estoque de reserva de recursos, quadro de agentes econômicos
e as instituições jurídicas, políticas e sociais.

• Governo é poder executivo, o Estado envolve o Governo, poder legislativo e poder judiciário.

• MOEDAS:
➢ As primeiras moedas existentes era a mercadoria, como o gado e sal. Moedas em ouro, prata
e bronze surgiram logo depois.
➢ Hoje o Banco Central produz o papel moeda e moeda de metal. A garantia do dinheiro hoje
é a confiança nas pessoas.
➢ O que garante o dinheiro é a confiabilidade do Estado brasileiro que mantém regras que
funcionam para todos os estados brasileiros.
➢ Todo dinheiro hoje é abstrato.
➢ Surge a moeda escriturária/escritural: moeda abstrata por meio de títulos públicos, não tem
o dinheiro na mão – ela é decorrente de depósitos a vista em bancos e existe por “contrato”,
você coloca o dinheiro no banco mas ele não fica lá, ele empresta/aluga etc. Os bancos criam
uma ilusão de que tem mais dinheiro do que realmente tem.
➢ Só quem pode queimar/destruir dinheiro no Brasil é o Banco Central. Importância da moeda
como objeto de troca e medição de valor entre os serviços.

• Economia de mercado – compra e venda: capitalista.


• Economia de comando – Estado decide: socialismo soviético.

Capitalismo: cultura, religião, liberdade de mercado; Socialismo soviético: não pode existir a troca, nem
mercado, religião suprimida ou perseguida pelo Estado.

02-03-2021

- Economia de mercado (capitalismo): consiste na relação de trocas com o ato de compra e venda.

OBS1: a maior parte das situações de problemas da sociedade é resolvida pelo esquema de compra e
venda.

- Economia de comando (stalinista): economia de troca sendo o Estado que define como as trocas serão
feitas, assim impondo o que achar melhor para a sociedade.
Problemas do socialismo soviético:
• Queria sufocar a possibilidade de trocas de acordo com a livre iniciativa e concentrar tudo no
comando do Estado o qual deveria ser eficiente, mas não foi.
• O Estado como agente de controle de transições.

Sistemas mistos: sistemas nos quais práticas de mercado com práticas de economia de comando e
planejamento.

Ordenamento institucional: as instituições funcionam de acordo com um conjunto de regras e critérios


os quais não são pessoais e sim critérios públicos que devem ser conhecidos e respeitados.

Microeconomia:
• Consiste no estudo de como cada agente econômico toma uma decisão de comprar e vender.
• Estuda decisões individuais e produção e quais repercussões isso traz para as estruturas da
sociedade.
• O direito do consumidor está nessa economia.
• Trabalho com oferta e seus produtos, padrões de demanda, e estrutura do mercado (se é monopólio,
cartel, se tem trust monopólio natural e se gera práticas ilegais).
• O Estado gera regras para o funcionamento do mercado.

Estado: consiste em uma sociedade de sistema capitalista em que cada poder tem uma função e é
controlado pelo outro.

Eficácia produtiva (eficiente): Eficácia alocativa (eficaz):


• Consiste em empregar os recursos • Consiste em fazer a escolha mais sensata.
escassos da maneira certa. • Fazer o necessário/racional, fazer a melhor
• Fazer algo bem-feito. escolha.

- Quando esses dois fatores ocorrem, os recursos os quais são escassos dão conta das necessidades,
embora o ser humano sempre queira cada dia mais.
- A evolução tecnológica interfere na capacidade do ser humano de organizar a sociedade e obter os critérios
de eficácia e eficiência.
Necessidades individuais:
• Na sociedade é necessário tomar decisões que decorrem de necessidade, como as necessidades
de autorrealização, de status, sociais – de proteção e segurança – e fisiológicas, sendo boa parte
delas decorrentes da vida social.
• O indivíduo, as empresas e o Estado possuem o dever de escolher o que fazer com os seus recursos.

08-03-2021

OBS1: crescimento econômico = ampliação no tempo de sua capacidade de produzir.

As possibilidade de produção e os custos de oportunidade:


Curva de possibilidade de produção: toda vez que o Estado, empresa ou indivíduo, aumentar a
utilização d um determinado colume de recursos em favor de um dos recursos os quais são finitos, esse vai
se reduzir, assim, não sendo uma linha reta.
Os quatro pontos notáveis das fronteiras de possibilidade de produção:

R
T: Plano desempregados;
O: Capacidade ociosa, que significa que existe
P todo uma quantidade de recursos que estão sendo
R desperdiçados;
O P: Plano emprego;
R: Representa as estimativas do futuro (ponto do
T S futuro), sendo nível impossível de produção.

- Qualquer ponto ao longo da curva de possibilidade e produção representa a distribuição de todos os


recursos de uma sociedade/indivíduo/empresa tanto para R quanto para S.
- Na economia, a tomada de decisão sobre o que fazer com os recursos que são escassos tem relação com
o ato de utilizar mais um determinado recurso, para se chegar em um determinado resultado, em detrimento
de outro recurso, o que caracteriza o custo de oportunidade.

OBS2: O – ponto em que se está subutilizando os recursos , ponto de crise, pessoas desempregadas,
máquinas paradas, dinheiro parado, país abaixo do que pode a partir do nível tecnológico que possui.

Deslocamento das fronteiras de produção:

Deslocamento negativo: Deslocamento positivo: decorre


consiste em perda econômica da expansão ou melhoria dos
sucateamento ou desqualificação recursos de produção disponíveis.
progressiva dos recursos de O sistema social/político/econô-
P0 produção dissociáveis de uma P2 mico está elevando sua
sociedade. capacidade de crescimento.
P1 P1

P2 P0

- É necessário crescer a economia para que se chegue a níveis maiores de desempenho de produção. Só
é possível gerar maiores níveis de desempenho se investir em conhecimento, nas formas de capacitação,
no descobrimento de inovações. Ato que demora para se realizar, logo, é necessário convencer os
indivíduos de poucos recursos, isto é, não consumir tudo o que ganham, em nome do futuro.

OBS3: no Brasil, os níveis de poupança são baixos, ou seja, não há recursos para financiar o crescimento
do país, o que leva o Estado a recorrer ao investimento.

O dilema das espadas e dos arados:


Esporte: sua prioridade era a defesa, logo, gastava-se mais com armas.
Atenas: sua preferência era o bem-estar, logo, gastava-se menos com armas.

OBS4: essas duas situações configuram padrões diferentes de eficácia, ou seja, sociedade que fazem
escolhas embora possuam a mesma quantidade de recursos.
O dilema do investimento e do consumo e o processo de crescimento econômico:
Y

Possibilidades atuais
Nesse contexto, as decisões políticas, econômicas,
Possibilidades futuras sociais e culturais foram mantidas, logo, a sociedade do
futuro será a mesma da presente.
Y: Formação bruta de capital A sociedade não evoluiu pois manteve-se o mesmo
comportamento.
X

Nesse contexto, os atores políticos/econômicos/sociais/


culturais deram maior legitimidade aos setores de
Y: formação bruta de capital formação bruta de capital em detrimento ao setor de
consumo.
Houve força política para convencer ou, até memo, impor
o crescimento que favorecesse a sociedade.
X

1. Por que o crescimento é importante para as sociedades humanas?


Pois o Estado só pode atender ao crescimento demográfico se tiver crescimento da economia e dos recursos
para assim promover oportunidade, capital, conhecimento, emprego, empresas com a finalidade de preparar
a geração futura para ingressar no mercado de trabalho.

2. Quais os níveis de crescimento desejáveis minimamente?


Níveis os quais atendam à evolução demográfica (crescimento populacional).

3. É possível desenvolver sem ter crescimento?


Não, só é possível convencer a população a aderir ao crescimento e que um vai ganhar mais que o outro,
ou pode-se impor.

4. É possível crescer e não distribuir o acréscimo de riqueza?


Sim, é possível fazer o país funcionar e crescer os recursos ao longo do tempo, mas não distribuir a riqueza
o que acarretará problemas no futuro.

5. E onde entra o tema da segurança jurídica par ao crescimento econômico?


A segurança jurídica faz parte do acordo social e político quando se tem um projeto de crescimento para a
sociedade ou de um setor empresarial. A segurança jurídica garante que a lei vai manter certos princípios
(jurídicos).

09-03-2021

Sistema econômico leva em conta: eficiência produtiva e eficácia alocativa.

Luta de classes inicia e economia política vira economia para abandonar a visão de política da
sociedade e pensar de ponto de vista matemático.

Sistemas econômicos: capitalismo e socialismo.

Não há porém sistema de mercado puro, eles são sempre mistos.

Estado está presente e convive com Institutos da Cultura e Religião – Religião diz com relação aos
feriados.

Mercado busca lucro, satisfação.

Necessidades não são fisiológicas e sim sociais.


Bem privado: excludente (só que paga tem) e rival (seu consumo exclui o consumo do outro).
Exclui as pessoas por um sistema de preços em um Estado liberal, altamente competitivo.
• Há casos em que é só excludente.

Bem público: é de todos, não exclui e não é rival. Ex.: defesa nacional, conhecimento científico,
poluição, atmosfera.

Nem tudo que é público precisa ser utilizado.

Existe bens semiprivados e semipúblicos.

15-03-2021

Análise Econômica do Direito

Laus and economics: faz uma avaliação, sob perspectiva econômica, da lei, as quais passaram a
vigorar após a identificação das falhas do mercado. Mais precisamente, impactos da lei sobre a economia.
Essas leis tinham o objetivo de equilibrar o capitalismo para que as pessoas voltassem a acreditar que
ele é justo.

Antecedentes:
Capitalismo do século XIX:
• Livre concorrência;
• Preços flutuantes.
Capitalismo monopolista do século XX:
• Formação de grandes monopólios;
• Preços fixos;
• Intervenção do Estado na economia;
• Tinha o objetivo de gerar uma tecnologia que seria utilizada para a produção em massa o que
reduziria o custo de produção, aumentaria lucratividade e os salários e, por consequência, as
massas poderiam consumir.

Falhas de mercado (período neoliberal): se relacionam aos elementos nocivos do capitalismo para a
economia. Por exemplo, a desigualdade concorrencial que surge devido à inovação tecnológica das grandes
empresas.

São elas:
• Concentração dos poderes econômicos;
• Concorrência desleal;
• Externalidades;
• Concorrência desproporcional;
• Desigualdade de informações (assimetria) entre pessoas e empresas.

Cartel: acordo entre diversas empresas do mesmo ramo para fixar preços.

Trustes: associações de empresas que surgiram a partir da fusão de várias empresas que já
controlavam a maior parte do mercado.

Monopólio: consiste em uma determinada empresa oferecer um determinado produto para, na flata de
competidores, poder vende-los por preços exorbitantes.

Papel do Direito: tem a função de averiguar uma possível deslealdade de concorrência no mercado e,
assim, fazer se cumprir a lei (as laus and economics).

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