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“Economia é o estudo da humanidade nos assuntos correntes da vida.” - Alfred Marshall, 1890
“É a ciência que estuda o comportamento humano como uma relação entre fins e meios
escassos, que têm usos alternativos.” - Lionel Robbins, 1935
Na nossa vida quotidiana temos de tomar decisões sobre a parte do nosso rendimento que
afetamos ao consumo diário, a parte que reservamos para a poupança, que tipo de aplicações
financeiras selecionamos para os nossos rendimentos ou a preferência que atribuímos à satisfação
das nossas necessidades atuais em detrimento das necessidades futuras. O conhecimento de
problemas e raciocínio económico constitui, assim, um contributo da maior importância para a
compreensão e interação com a realidade que nos cerca.
“Economia é uma ciência social que estuda a forma como as pessoas, individualmente, e a
sociedade, no seu conjunto, tomam decisões e interagem para utilizar os recursos produtivos
escassos de que dispõem, na produção de bens e serviços, que serão distribuídos entre os vários
indivíduos e grupos sociais, com o objetivo de satisfazer as necessidades humanas.”
Outras fontes de erro que podem ocorrer no estudo dos fenómenos económicos estão
relacionadas com a possibilidade de ocorrência de falácias, de raciocínios enganadores.
- falácia da composição: trata-se de uma situação em que admitimos que o que é verdade
para uma parte do sistema é válido para o conjunto; generalizar algo válido apenas para parte
- falácia do post hoc: atribui um nexo de causalidade, de relação direta causa-efeito, entre
dois acontecimentos que podem apenas ser contemporâneos, que podem ter ocorrido em
simultâneo
- a ciência económica tem o seu próprio código de leitura dessa realidade (objeto teórico), o
seu próprio conjunto de conceitos/relações conceptuais para interpretar essa realidade
- existem outras disciplinas, que, embora não sendo do campo das ciências sociais, são
bastantes utilizadas pelos economistas para desenvolver as suas análises, como são os casos da
matemática, da estatística ou da econometria, já que existem várias características do
comportamento humano que podem ser, parcialmente, expressas por funções matemáticas, por
recursos a gráficos ou a métodos marginalistas
- cada ciência analisa a realidade do aspeto material do seu objeto, de acordo com a sua
própria lógica formal, no entanto, as diferentes perspetivas sobre o mesmo objeto acabam,
naturalmente, por se inter-relacionar
O que é a Economia:
- recursos e agentes
Diferentes constrangimentos
- os recursos, quase todos, são escassos, ou seja, são limitados face às necessidades
manifestadas pelos agentes económicos (famílias, empresas, Estado), que não conseguem produzir
todos os bens e serviços que iriam assegurar a plena satisfação das necessidades
- as necessidades sentidas pelos seres humanos não são todas iguais, revestem-se de variados
contornos e não têm a mesma importância para todas as pessoas. Cada um de nós consegue, de
forma muito particular, hierarquizar as suas necessidades
- por um lado, precisamos de recursos para satisfazer aquelas necessidades. Por outro lado,
esses recursos não existem de forma ilimitada: são escassos (existem em quantidades finitas) e
podem ser utilizados de formas variadas (ou seja, têm utilizações alternativas)
Perante a escassez dos recursos disponíveis, será necessário realizar escolhas, e serem tomadas
decisões. Cada uma destas escolhas tem um custo, que podemos medir como sendo o valor da
alternativa perdida, daquela que não escolhemos.
Custo de Oportunidade - sacrifício da alternativa que não selecionamos
Importa notar, que a grande maioria das decisões individuais que tomamos está relacionada
com a aplicação de um outro recursos escassos suscetível de usos alternativos: o tempo de que
dispomos. Sempre que tomamos uma decisão de realização de uma atividade que exige a aplicação
do nosso tempo existe um custo de oportunidade associado, que pode ser medido pela nossa
segunda alternativa (ou mais especificamente pelo benefício à mesma associado) para a utilização do
tempo que aplicámos na realização dessa atividade.
Assume-se que se o agente económico selecionou uma determinada alternativa é porque julga
que o benefício que obtém com a mesma é, pelo menos, igual ou superior ao custo de oportunidade,
ou seja, ao benefício que obteria com a sua segunda melhor alternativa.
Utilidade Marginal - é o acréscimo de utilidade que obtemos ao consumir uma unidade adicional
do bem
- ex.: se estamos a caminhar pelo deserte com muita sede, qual é a nossa
primeira preocupação ao chegar a um lago? Beber água, sendo que o primeiro copo vai saber
extremamente bem e nos próximos copos a nossa necessidade de beber água diminui, sendo que a
cada copo de água vai sabendo cada vez pior. A satisfação ainda é positiva, mas já não se sente o que
se sentia no primeiro copo
Utilidade Total - é a acumulação; vai somando a satisfação retirada de cada copo de água
Problema Económico Fundamental: como utilizar da melhor forma possível, ou seja, de forma
eficiente, os recursos disponíveis (escassos e suscetíveis de usos alternativos) por forma a satisfazer
da melhor maneira um conjunto de necessidade ilimitadas
- o tipo de bens e serviços que irão ser produzidos deriva diretamente do problema da
escassez dos fatores de produção, e a a resposta deverá partir do conhecimento das possibilidades
produtivas de uma determinada sociedade
- o tipo de bens e serviços a produzir será decidido pela procura dos consumidores
- para quem produzir será determinado pela oferta e procura no mercado de fatores
de produção, que oferecem respetivas remunerações
Economias Mistas
- afetação de recursos
Economia Positiva - não requer juízos de valor, já que o seu propósito é meramente descritivo,
explicativo
- analisar factos
- quando os economistas tentam descrever e explicar, encontrando
justificações racionais, o mundo que os rodeia
- é discutível
Macroeconomia - questões mais vastas como a evolução da produção ou riqueza gerada numa
determinada economia, o ritmo de crescimento dos preços ou da taxa de desemprego, as assimetrias
regionais ou a equidade do sistema fiscal, as consequências de um aumento da dívida pública ou o
impacto da valorização do euro sobre as exportações dos países da União Europeia
As empresas produzem bens e serviços (output) utilizando fatores de produção (inputs), como o
trabalho, a terra e o capital (edifícios e máquinas, por exemplo). As famílias são detentoras dos
fatores de produção e consomem os bens e serviços produzidos pelas empresas.
A curva (ou fronteira) de possibilidades de produção (CPP) é outro modelo económico utilizado
na ciência económica e é uma representação simplificada da realidade económica, que procura
evidenciar a importância da escola num contexto de recursos escassos.
Além de todos os recursos estarem a ser utilizados, eles deverão estar a ser utilizados da melhor
forma possível, maximizando a eficiência dos mesmos.
Uma economia, em regime de eficiência máxima e com todos os recursos disponíveis empregues,
só poderá aumentar a produção de um determinado produto, ou dedicar-se à produção de novos
produtos, se abdicar, total ou parcialmente, da produção de outros. Por exemplo, a passagem do
ponto A para o ponto B, significa que a economia estaria disponível para disponibilizar recursos
produtivos que estavas afetos à produção de roupa, reduzindo assim a respectiva quantidade
produzida, para afetar esses recursos à produção de alimentos, aumentando a quantidade produzida
destes últimos. O mesmo se verifica na passagem do ponto B para o ponto C.
No ponto D, poderíamos ter maior produção de roupa sem abdicar da produção de alimentos,
mas uma economia que produz uma combinação de bens situada no interior da curva não está a
aproveitar da melhor forma possível os recursos disponíveis, já que poderia aumentar, em simultâneo,
a produção dos dois bens, empregando mais recursos ou reafetando-os de uma forma mais eficiente.
No ponto X, estaríamos perante uma situação aparentemente mais vantajosa, já que também
teríamos, em simultâneo, maior produção dos dois bens. O problema é que não conseguimos atingir
essa situação, pois não temos recursos disponíveis para tal.
Características da CPP:
Lei dos Custos de Oportunidade Crescentes - aumento dos custos de oportunidade na obtenção
de unidade adicionais de alimentos
Deslocações da CPP:
Hiato do Produto
Taxa de emprego
Circuito Económico - quadro descritivo das operações económicas, que se realizam num certo
período de tempo, entre os agentes económicos
Agentes Económicos - toda a entidade com capacidade para deter valor económico, realizar
operações económicas e tomar decisões
Rendimento - remuneração dos proprietários dos fatores de produção (salários, lucros, juros e
rendas), pela produção de bens e serviços
Produto - valor dos bens finais e serviços produzidos pelas empresas para utilização final pelas
famílias
Despesa - despesas realizadas pelas famílias na aquisição de bens e serviços produzidos pelas
empresas
As Famílias relacionam-se com as Empresas, por via do consumo de bens e serviços (da despesa
realizada com a aquisição dos mesmos) e por via do fornecimento dos fatores de produção de que
são detentoras (trabalho, capital, terra); relacionam-se com o Estado, através do pagamento de
impostos e outras contribuições e taxas, e recebendo daquele transferências, sob a forma de abonos
ou subsídios e podem ainda fornecer a sua força de trabalho, recebendo as respetivas remunerações;
relacionam-se com o Resto do Mundo através da população migrante: os emigrantes enviam
remessas para o seu país de origem , os imigrantes enviam remessas do país de acolhimento,
aumentando ou diminuindo o rendimento disponível e, consequentemente, a poupança das famílias.
As Empresas relacionam-se com as Famílias porque lhes fornecem os bens e serviços que
produzem e lhes pagam as remunerações dos fatores de produção (salários, juros, rendas); pagam
impostos e contribuições ao Estado, e recebem dele subsídios à produção ou isenções fiscais; vendem
bens e serviços ao Resto do Mundo (exportações) e comprar outros bens e serviços (importações),
gerando uma poupança ou défice face aos restantes países, consoante as exportações seja de valor
superior ou inferior à importações.
O Estado relaciona-se com as Empresas e as Famílias das formas que já foram referidas. No final
de cada ano económico, são confrontadas as receitas e as despesas do Estado: se as receitas forem
superior às despesas, o Estado vai ter um excedente nas suas contas, e pode ajudar a financiar a
economia; se tiver um défice, poderá pedir capital emprestado ao Resto do Mundo e outros agentes.
Critério de Residência - uma unidade é considerada residente num país quando possui um
centro de interesse no território económico desse país, isto é, quando realiza atividades económicas
neste território durante um período prolongado (um ano ou mais)
- este conceito não pode ser confundido com o conceito de
nacionalidade: uma pessoa pode ter nacionalidade portuguesa e não ser residente em Portugal, ou
pode ter uma nacionalidade estrangeira e ser residente em território português
Produto Nacional - atividade económica que decorre do labor das unidades residentes
Produto Nacional Bruto (PNB) - valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos por
residentes durante um determinado período de tempo
Localização da produção
Portugal Estrangeiro
Produto Interno Bruto (PIB) - valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos num
território durante um determinado período de tempo
Localização da produção
Portugal Estrangeiro
A atividade desenvolvida por aquelas agregados, mais ou menos intensa, repercute-se no valor
do produto gerado num dado território económico, mas esse valor do produto pode ser perspetivado
de formas diversas.
- método dos bens e serviços finais (ou método dos valores/produtos finais): vamos
considerar apenas para o cálculo do produto os bens que já não vão sofrer mais transformações no
processo produtivo
- ex.: Pelo método dos produtos finais, se uma economia produzisse apenas pão, e
se o custo de cada pão fosse de 1 euro, então o PIB corresponderia à quantidade total de pães
produzidos multiplicada pelo preço unitário de cada pão. Pelo método dos valores acrescentados, o
valor do pão não seria contabilizado pelo seu custo final (1 euro), mas sim pelo seu valor em cada fase
do processo produtivo. Consideremos que a produção de pão se processa em quatro fases: produção
do cereal, moagem, panificação e venda. No final da primeira fase o cereal tem um valor de 0,30
cêntimos; a moagem aumenta o valor do cereal em 0,35 cêntimos. A mesma quantidade de cereal
que, antes de ser moído, valia 0,30 cêntimos, vale, depois de moído, 065 cêntimos, o que equivale a
afirmar que aumentou o seu valor em 0,30 cêntimos. A fase da panificação acrescenta um valor de
0,25 cêntimos; finalmente, a fase de venda (comercialização) acrescenta um valor de 0,10 cêntimos.
No final, somando os valores que foram acrescentados em cada fase (0,30 + 0,35 + 0,25 + 0,10)
obtém-se um resultado de 1 euro
- o valor obtido utilizando o método dos produtos finais é igual ao que se obtém
utilizando o método dos valores acrescentados
Ótica do Rendimento
- PIB = C + I + G + X - M
Rendimento Líquido do Exterior (Rle) - rendimentos primários recebidos do Resto do Mundo por
unidades residentes menos os rendimento primários pagos ao Resto do Mundo por unidades
residentes
Equilíbrio Macroeconómico:
Procura Interna - toda a procura de bens e serviços por parte de agentes económicos internos
pertencentes aos agregados Famílias, Empresas e Estado
Procura Interna = C + I + G
Procura Externa - corresponde à procura de bens e serviços produzidos internamente, por parte
de agentes económicos externos
Procura Externa = X
Oferta Externa = M
Uma economia está em situação de equilíbrio quando a Procura Global é igual à Oferta Global.
Medida do Produto - valor dos bens e serviços finais produzidos numa economia, em
determinado período de tempo (normalmente um ano), medido em unidades monetárias
- ex.: se pensarmos numa economia onde apenas são produzidos quatro tipos de
bens (A, B, C e D), se forem conhecidas as quantidades produzidas de cada um dos bens (Qa, Qb, Qc e
Qd) e os preços de cada um destes bens (Pa, Pb, Pc e Pd) o produto pode ser calculado da seguinte
maneira: Produto = Qa x Pa + Qb x Pb + Qc x Pc + Qd x Pd
- o valor obtido do produto depende quer das quantidade produzidas dos bens
quer do preço (ou valor atribuído) de cada um dos bens produzidos
PIB real - quando o produto é medido utilizando preços constantes de um determinado ano base
- só varia as quantidades
- quando os bens e serviços são valorizados aos preços verificados no ano em causa
A taxa de variação é um indicador que nos permite conhecer a magnitude da variação de uma
determinada variável em percentagem do seu valor inicial.
Quando se observa uma variação anual positiva, significa que o produto aumentou
relativamente ano ano anterior; quando se verifica uma taxa de variação anual negativa, significa que
o produto diminuiu relativamente ao ano anterior; quando se verifica uma taxa de variação nula,
significa que o produto não variou relativamente ao produto do ano anterior.
Taxa de variação (em cadeia) - compara o nível da variável em dois períodos consecutivos
Produto Potencial - corresponde ao produto máximo que a economia pode alcançar, dados a
tecnologia, o capital, o trabalho e outros recursos disponíveis, na ausência de ciclos económicos
(fronteira de possibilidades de produção)
- não sendo uma variável diretamente observável, é “calculado com base num
conjunto de informação relativo a variáveis observáveis, através da utilização de técnicas que
combinam a teoria macroeconómica com a estatística e a macroeconometria”
Ciclo Económico - flutuações da atividade económica em que as fases de expansão (fases que se
seguem à crise económica e que se caracterizam pelo crescimento do PIB) são seguidas por fases de
recessão (fases que se sucedem ao boom e que se caracterizam pelo decréscimo do PIB)
recessão (contração)
expansão
crista (pico)
No curto e médio prazos: Estabilidade - controlo dos excessos dos ciclos económicos (flutuações
de curto prazo do produto, do emprego e dos preços).
Os valores negativos do hiato do produto indicam que o produto efetivo esteve abaixo do
produto potencial. Os valores positivos do hiato do produto indicam que o produto efetivo esteve
acima do produto potencial.
Por um lado, um nível elevado de emprego está associado à possibilidade de obter um nível
elevado de produto para distribuir pelos indivíduos. Note-se, que sendo o objetivo da atividade
económica a satisfação das necessidades materiais, uma maior produção de bens e serviços poderá
permitir um nível superior de satisfação dessas necessidades. Por outro lado, o desemprego,
traduzido numa situação de existência de indivíduos que estão dispostos a trabalhar (constituindo por
isso mão-de-obra disponível) mas cujo trabalho não está a ser utilizado, corresponde não só a uma
situação de desperdício de recursos (ineficiência), que se pretende evitar em contextos de escassez,
como também tem impactos diversos negativos sobre o bem-estar dos indivíduos.
a) tinha efetuado um trabalho de pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma
remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro
c) tinha uma empresa, mas não estava temporariamente a trabalhar por uma razão específica
Desempregado - indivíduo com idades dos 15 aos 74 anos que, no período de referência se
encontrava simultaneamente nas seguintes situações:
População Ativa - população com idade mínima de 15 anos que, no período de referência,
constituía a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram num circuito
económico
- empregados e desempregados
População Inativa - população que, independente da sua idade, no período de referência não
podia ser considerada economicamente ativa, isto é, não estava empregada, nem desempregada
Taxa de Emprego - taxa que permite definir a relação entre a população empregada e a
população total em idade ativa (com 15 e mais anos)
Tipos de Desemprego:
Desemprego Friccional
Desemprego Estrutural
Ocorre porque as características dos empregos oferecidos diferem das características dos indivíduos à
procura de emprego. Ainda que o número de empregos oferecidos seja igual ao número de indivíduos
à procura de emprego, existe um desencontro entre as competências que os trabalhadores estão a
oferecer e as competências procuradas pelas empresas. Este tipo de desemprego está associado a um
desemprego de maior duração e exige a formação e a adaptação dos desempregados às
competências procuradas no mercado.
Inativo Disponível - inativo com idade dos 15 aos 74 anos que, no período de referência, estava
disponível para trabalhar, mas não tinha procurado emprego ao longo de um período específico (no
período de referência ou nas três semanas anteriores), pelo que não são classificados como
desempregados
Inativo Desencorajado - inativos que pretendem trabalhar mas não procuram emprego no
período em referência (4 semanas anteriores) por razões relacionadas com o mercado de trabalho
(considerar não ter idade apropriada, considerar não ter instrução suficiente, não saber como
procurar, achar que não valia a pena procurar ou achar que não havia empregos disponíveis)
Taxa de Atividade - permite aferir o peso da população ativa (população disponível para
trabalhar) no total da população
A estabilidade no nível geral de preços permite garantir o poder de compra de uma determinada
soma de dinheiro, medido pelo volume de bens e serviços que podem ser adquiridos com essa
quantia de moeda. Este objetivo de estabilidade no nível geral de preços está associado ao facto de
quer a elevação acentuada e sustentada do nível geral de preços - inflação - quer a diminuição
sustentada do nível geral de preços - deflação - terem custo económicos e sociais significativos.
Índice de Preços no Consumidor (IPC) - mede, num dado período, o custo de um cabaz fixo de
bens e serviços adquiridos por um consumidor médio em relação ao custo do mesmo cabaz de bens e
serviços, nu, ano de referência (chamado ano base)
Taxa de variação do IPC (ou taxa de inflação) - é um indicador que nos permite conhecer a
magnitude da variação de uma determinada variável em percentagem do seu valor inicial
Taxa de variação do IPC mensal - são comparados os IPC de dois meses consecutivos
Taxa de variação do IPC trimestral - são comparados os IPC de dois trimestres consecutivos
Taxa de variação média dos últimos 12 meses - o IPC médio dos últimos 12 meses é comparado
com o dos 12 meses imediatamente anteriores
Taxa de variação homóloga - compara o IPC observado num determinado mês com o IPC
observado no mesmo mês do ano anterior
Índice de Inflação Subjacente - exclui os preços dos produtos alimentares não transformados e
dos produtos energéticos do índice total. O objetivo principal destas exclusões é o de eliminar
algumas das componentes mais expostas a “choques” temporários e apresentar um indicador de
tendência da inflação. Exemplos destes choques incluem alterações das condições climatéricas e
variações bruscas e significativas no mercado internacional do petróleo
Política Macroeconómica:
Curva de Phillips:
Trade-Off: Continua a existir um problema de escolha, mas desta vez o conflito é entre a
inflação e o desemprego. O benefício de um representa o prejuízo do outro, ou seja, uma menor
taxa de desemprego representa uma maior taxa de inflação. No entanto, esta afirmação só é válida
em curto prazo.
- a ideia de alguns economistas é que mesmo que não tivesse utilidade social, era melhor meter
as pessoas a trabalhar do que estar tudo no desemprego (utilidade social vs “cava buraco, fecha
buraco” no New Deal)
- consumo privado
- investimento
Poupança das famílias - a parte do rendimento disponível das famílias não aplicada em consumo
Existem apenas duas aplicações possíveis do rendimento disponível das famílias: o consumo e a
poupança.
Yd = C + Sf
Função Consumo:
A função consumo descreve a relação entre a despesa total em consumo das famílias e as
variáveis que as determinam. Função consumo Keynesiana é uma função que relaciona o valor do
consumo privado com o valor do rendimento disponível, quando todos os outros determinantes do
consumo privado se mantêm constantes (hipótese ceteris paribus). É possível estabelecer uma
relação funcional estável no curto prazo entre o consumo privado e o rendimento, onde as variações
no valor do consumo são explicadas por variações no rendimento.
Existe uma relação direta entre o consumo privado e o rendimento disponível, ou seja, quanto
maior o rendimento disponível das famílias, ceteris paribus, maior o consumo privado na economia e
quanto menor o rendimento disponível, ceteris paribus, menor o consumo privado na economia.
Consumo Autónomo - parte do consumo privado que não depende do rendimento disponível,
representando a influência de outros determinantes que se mantêm constantes, e é constante
Propensão Marginal a consumir (PmgC) - indica a variação no consumo privado provocada pela
variação numa unidade monetária do rendimento disponível, ou seja, é o valor adicional de consumo
privado quando o rendimento disponível aumenta uma unidade
Propensão Média a consumir (PMC) - indica o valor médio do consumo privado por unidade de
rendimento disponível
Quando o rendimento disponível se altera, passamos de um ponto para outro na mesma função
consumo. No entanto, o valor do consumo privado pode ser também afetado por variações noutros
determinantes. Estas variações provocam uma alteração na própria função consumo, graficamente
traduzida numa deslocação da mesma, originando uma variação no consumo privado para o mesmo
nível de rendimento disponível.
De facto, uma mudança no consumo autónomo, induzida pela alteração de um dos outros
determinantes do consumo privado, leva a uma deslocação paralela da representação gráfica da
função consumo. Um aumento do consumo autónomo leva a uma deslocação paralela para cima da
função consumo; para cada nível de rendimento disponível o consumo privado é maior, sendo que a
propensão marginal a consumir (inclinação da reta) permanece a mesma. Uma diminuição do
consumo autónomo leva a uma deslocação paralela para baixo da função consumo; a propensão
marginal a consumir (inclinação da reta) permanece a mesma mas para cada nível de rendimento
disponível o consumo privado é menor.
Uma bissetriz traçada no gráfico corresponde à igualdade entre consumo privado e rendimento
disponível, sendo possível distinguir:
b) poupança nula: o ponto de interseção com a bissetriz em que o valor do consumo privado é
igual ao valor do rendimento disponível
Função Poupança:
A função poupança é uma função que relaciona o valor da poupança das famílias com o valor do
rendimento disponível, quando todos os outros determinantes se mantêm constantes.
A relação estabelecida entre poupança das famílias e rendimento disponível, ceteris paribus, é
uma relação direta. Ou seja, quanto maior o rendimento disponível das famílias, ceteris paribus,
maior a poupança das famílias, e quanto menor o rendimento disponível, ceteris paribus, menor a
poupança das famílias.
S= - c + sYd
Em que S representa o valor da poupança das famílias, c representa o valor do consumo
autónomos, s representa a propensão marginal a poupar e Yd o rendimento disponível das famílias.
Propensão Marginal a poupar (PmgS) - indica a variação na poupança das famílias provocada
pela variação numa unidade monetária do rendimento disponível, ou seja, é o valor adicional da
poupança das famílias quando o rendimento disponível aumenta uma unidade
1 = c + s s = 1 - c
A função poupança pode ser representada por uma reta crescente num gráfico em que no eixo
das abcissas representamos a variável independente - rendimento - e no eixo das ordenadas a
variável dependente - poupança. O valor da interseção vertical da reta é igual ao valor simétrico do
consumo autónomo e a inclinação da reta é igual ao valor da propensão marginal a poupar.
Investimento - componente da despesa que inclui a Formação Bruta de Capital Fixo e a Variação
de Existências
- receitas do investimento
- custos do investimento
As receitas (esperadas) terão uma relação direta com o nível de investimento, ou seja, quando
maior o nível de receitas esperadas, ceteris paribus, maior o nível de investimento que as empresas
desejarão realizar. Se existir capacidade produtiva não utilizada pelas empresas ou, no caso de as
empresas estarem a produzir ao nível da capacidade produtiva instalada, a procura esperada não for
superior à capacidade produtiva instalada, as empresas não terão incentivo para investir.
Os custos terão uma relação inversa com o nível de investimento, ou seja, quanto maior o nível
de custos, ceteris paribus, menor o nível de investimento que as empresas desejarão realizar.
Destacam-se três custos do investimento: o preço do bem de capital, a taxa de juro e os impostos que
as empresas pagam sobre o rendimento.
A função da procura do investimento é uma função que se estabelece entre a taxa de juro e o
investimento, quando todos os outros fatores se mantêm constantes (hipótese ceteris paribus).
A relação estabelecida entre investimento e taxa de juro é uma relação inversa, ou seja, quanto
maior a taxa de juro menor o investimento, e quanto menor a taxa de juro maior o investimento.
I = I - br
A função da procura de investimento pode ser representada por uma reta decrescente num
gráfico em que no eixo das abcissas representamos a variável independente - taxa e juro - e no
eixo das ordenadas a variável dependente - investimento.
Quando a taxa de juro se altera, passamos de um ponto para outro na mesma curva da
procura de investimento. No entanto, o valor do investimento pode ser também afetado por
variações noutros determinantes. Estas variações provocam uma alteração na própria função da
procura de investimento, graficamente traduzida numa deslocação da mesma, originando uma
variação no investimento para o mesmo nível de taxa de juro.
Aplicação do Rendimento = C + S
Esta identidade (contabilística) entre investimento e poupança pode ser verificada para
uma economia aberta com Estado, neste caso: I = Sp + Sg + Sext
Equação de Equilíbrio:
Y = Dp
O Princípio do Multiplicador:
Efeito Multiplicador - número pelo qual a variação no investimento tem de ser multiplicada
de modo a determinar a variação resultante no produto total
Um aumento das despesas de investimento causa uma reação em cadeia, levando a rondas
sucessivas de aumento de despesa e rendimento. No final do processo, a economia atinge um
novo equilíbrio em que a despesa total e o rendimento são consideravelmente mais elevados.
O valor do multiplicador, numa economia fechada sem Estado, depende do valor assumido
pela propensão marginal a consumir, sendo tanto maior quanto maior for o valor desta última.
O Estado na Economia:
- economia mista
Numa economia de mercado para que serve o Estado?
Ineficiência
Desigualdades
Problemas macro-económicos
Política orçamental
Política cambial
Orçamento do Estado - engloba um conjunto de previsões de gastos a fazer durante um ano com
a realização dos diferentes projetos integrantes dos vários setores da administração pública
- estabilização (estabilidade)
- crescimento económico
Despesas de Capital - incluem: despesas com a aquisição de bens de capital (ex.: investimentos
em habitações, edifícios, construções diversas, equipamento informático, etc.), despesas com as
transferências de capital, despesas relacionadas com ativos financeiros (aquisição de títulos de
crédito e concessão de empréstimos), despesas relacionadas com passivos financeiros (pagamentos
decorrentes da amortização de empréstimos)
Receitas de Capital - são receitas cobradas ocasionalmente e que, regra geral, estão associadas a
uma diminuição do património
Impostos Diretos - impostos que incidem sobre os rendimentos obtidos pelos contribuintes ou o
seu património
- têm carácter progressivo, ou seja, são tanto maiores (em termos da taxa
aplicada) quanto mais elevados forem os rendimentos sobre os quais incidem
- ex.: IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares), IRC (Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas), IMI (Imposto sobre o Património)
Dívida Pública - representa os fundos que o Estado obteve, para financiar a sua atividade (e para
a qual não conseguiu geral receita suficiente) junto de entidades residentes ou estrangeiras
A dívida acumulada no final de um determinado ano é composta pelo défice primário do mesmo
ano, acrescida da dívida que já vem do ano anterior e dos respetivos juros.
Dívida Pública - é um stock, ou seja, é medida num determinado momento no tempo, e resulta
da acumulação dos vários resultados orçamentais, ao longo dos anos
Cada vez que as contas públicas registam um saldo negativo (défice), a dívida aumenta. Se
registam um saldo positivo (superativ), a dívida pública diminui.
Cada vez que cria dívida pública, o Estado tem de se preocupar também com o pagamento da
dívida, já que a mesma significa o aumento de impostos no futuro, pelo que o montante da dívida, e
em particular o coeficiente e a evolução do coeficiente da dívida pública (o peso da dívida pública em
relação ao produto gerado) são indicadores fundamentais da situação da economia.
- escolhas políticas
» eficiência vs equidade
» corrigir externalidade
TEMA 5. DESENVOLVIMENTO
O que é o Desenvolvimento?
- Enquadramento Histórico
- Enquadramento Conceptual
» quais são os países desenvolvidos (High Income - WDR; High Human Development)
» processo polémico
- holística
- económica
- ambiental
- social
1) Dimensão Económica
- setores de produção:
» desindustrialização = desenvolvimento?
» não transacionáveis
Teoria da Paridade do Poder de Compra - defende que o euro deverá comprar a mesma
quantidade de bens e serviços em todos os países com os quais a União Europeia desenvolve relações
internacionais
Índice Big Mac - permite calcular o grau de sub ou de sobrevalorização de uma moeda face a
outras divisas do Sistema Monetário Internacional, com base no respetivo poder de compra
- tempo de lazer
- qualidade de vida
vs
- saúde e educação
2) Dimensão Ambiental
3) Dimensão Social
- medição de pobreza
- medição de desigualdade
» coeficiente de Gini (varia entre 0 e 1, traduzindo a completa igualdade de
rendimentos entre a população e traduzindo a completa desigualdade, respetivamente; escala
crescente de desigualdade)
4) Dimensão Holística
- a pergunta que se coloca é se é uma boa medida para distinguir entre países
desenvolvidos ou na realidade não
Pessoal Felicidade
Outros indicadores:
- Índice de felicidade
- clima (pois determinados climas são mais propícios a certas produções agrícolas)
- mão- de- obra (tendo em conta o preço e o grau de especialização, um país pode produzir
com custos mais baixos)
- posição geográfica (poderá determinar que esse países esteja mais perto dos centros
consumidores ou das fontes de matérias-primas)
Teoria da Vantagem Comparativa - se os países se especializarem nos bens onde têm vantagem
comparativa (em relação aos concorrentes) o comércio será benéfico para todos, mesmo que um dos
países seja mais eficiente na produção de todos os bens alvo do comércio (ou seja, tenha uma
vantagem absoluta)
Residente - agente económico que detém um centro de interesse num território por um período
superior a um ano, ou seja, agente económico que efetua operações económicas no território em
causa por um período superior a um ano
- Balança de Capital
- Balança Financeira
Transferências privadas:
quando se referem a agentes
económicos particulares
(transferências de património
resultantes do regresso de
emigrantes)
Aquisição/cedência de ativos
não produzidos não financeiros
A situação da Balança de Pagamento permite-nos saber qual a dimensão da nossa poupança face
ao exterior ou, pelo contrário, das nossas necessidades de financiamento.
Os países que apresentam défices são sujeitos a maior pressão para a correção do desequilíbrio,
já que as suas reservas podem esgotar-se rapidamente, deixando as gerações futuras uma situação
muito delicada e de grande fragilidade. Neste contexto, um país com um défice na Balança de
Pagamentos é geralmente confrontado com duas opções: ou financiar esse défice ou tomar um
conjunto de medidas com vista à correção do mesmo.
Medição e ajustamento:
- Indicadores Comerciais
» saldo comercial
» coeficiente de abertura
» grau de abertura
- Taxa de Câmbio
» cotação ao incerto/certo
» câmbio flexível/fixo
- é a relação de troca entre uma moeda e outras. Representa o valor pelo qual
podemos adquirir ou vender uma moeda por outra
- câmbios fixos
Participação
na União Problemas estruturais da
Económica e economia portuguesa
Monetária
- não tem valor intrínseco, vale tipo de bens e serviços que nos permite adquirir
Funções da moeda:
- Unidade de medida: torna possível a indicação de todos os preços dos vários bens numa só
unidade, podendo ser comparados; permite expressar numericamente os ativos e os passivos dos
agentes económicos
- Meio de troca: funciona como um meio de pagamento utilizado pelos agentes económicos
nas suas transações no mercado de bens e serviços e como remunerações dos fatores de produção no
processo de criação do rendimento nacional; funciona também como meio de pagamento diferido, já
que permite ao agente económico comprar um determinado bem, no momento atual, combinando
com o vendedor a quantidade de moeda que dará no futuro
- Reserva de Valor: permite que os agentes poupem sob a forma de moeda, ou seja,
decidem não consumir no momento atual, parte do seu rendimento, podendo, no futuro, vir a
usufruir de um poder de compra reforçado; permite desfasar as trocas no tempo, possibilitando a
formação de poupanças e a atribuição de créditos, transferindo o poder de compra de um período
para o outro
Liquidez - termo usado para descrever a facilidade com que um determinado bem pode ser
convertido em meio de troca, e a moeda é o ativo mais líquido de todos
Características da moeda:
- Trocabilidade
- Disponibilidade/Liquidez
- Divisibilidade: pode ser divisível em unidades mais pequenas, o que se revela de uma
utilidade bastante grande, facilitando os trocos no pagamento das transações
- Durabilidade: tem uma grande longevidade, é feita de metais resistentes; se tal não
acontecesse, poderia haver muitos problemas, pois a degradação de um qualquer bem altera o seu
valor e dificulta a sua utilização como padrão de troca
- Dificilmente falsificável
- Manutenção do valor
- Prática de transportar
- Ter reduzida procura não monetária: não pode servir para mais nada senão para
desempenhar as suas funções básicas; daí deixar-se o sal, porque era usado para outras coisas; o
problema de usar um bem útil como moeda era exatamente a probabilidade de ser utilizado para
outras funções que não a moeda, e por isso, era muito frequente não haver moeda em quantidade
suficiente para denominar as trocas,gerando grande instabilidade na economia
Formas de moeda:
- Moeda metálica:
- Papel moeda: as notas são inconvertíveis, sendo a sua aceitação imposta pelas
autoridades monetárias
Ao possuir moeda (que proporciona liquidez imediata e possibilidade de aquisição direta de bens
e serviços), o agente deixa de usufruir os juros que lhe proporcionaria uma aplicação em títulos. A
moeda é um ativo cuja detenção não proporciona qualquer tipo de remuneração, nomeadamente
juros. Assim, o custo de oportunidade de deter moeda define-se como os ganhos (juros) que
poderíamos obter se a moeda tivesse sido utilizada para adquirir ativos que oferecessem alguns
ganhos financeiros.
Procura de Moeda:
Procura de moeda - parte da riqueza que o agente entende possuir sob a forma de moeda
Procura nominal de moeda - diz respeito à procura dos agentes por uma dada quantidade (stock)
de moeda
Procura real de moeda - concerne o poder aquisitivo da moeda, os bens e serviços que podemos
efetivamente adquirir
O rendimento varia positivamente com a procura de moeda, enquanto que a taxa de juro varia
negativamente. Ou seja, quanto maior for o nível de rendimento, maior será a procura de moeda;
quanto maior for a taxa de juro, menor será a procura de moeda.
Para cada taxa de juro teremos uma dada procura de moeda. Se a taxa for mais elevada a
procura de moeda será menos; se a taxa for menos elevada a procura de moeda será mais. Quanto
maior for a taxa de juro, mais penalizante será deter moeda, pois maiores serão as perdas de não
termos essa moeda utilizada em aplicações financeiras. Assim, a taxa de juro está negativamente
relacionada com a procura de moeda.
Se houver alguma oscilação da taxa de juro isso corresponderá a movimento ao longo da curva:
se a taxa de juro aumentar, deslocamo-nos ao longo da curva, para cima e para a esquerda,
traduzindo uma menor procura de moeda, já que o respetivo custo de oportunidade aumentou. Da
mesma forma, uma redução da taxa de juro originará um movimento, para baixo e para a direita,
também ao longo da curva.
Oferta de Moeda:
Agregados monetários:
M2 = M1 + DP = C + DO + DP
M2 representa meios de pagamento que apesar de não serem imediatos, podem ser
rapidamente mobilizados, em que DP são os depósitos a prazo e de poupança e ativos similares que
são substitutos quase perfeitos da moeda para transações.
Multiplicador do Crédito (ou multiplicador monetário) - dá-nos uma ideia do potencial de criação
de moeda numa dada economia ou território económico
Aumento dos
meios de
pagamento
Se o Banco Central decidir aumentar a oferta de moeda isso corresponderá a uma deslocação
para a direita dessa reta vertical, mantendo-se os mesmos valores para a taxa de juro. Da mesma
forma, uma deslocação da reta para a esquerda traduz uma redução na oferta de moeda em
circulação.
No ponto de equilíbrio (E), vai existir uma identidade entre a quantidade de moeda oferecida
pelo Banco Central e a quantidade de moeda procurada pelos agentes económicos, para uma taxa de
juro de equilíbrio de 6%.
Como existe agora excesso de moeda em circulação, o custo de oportunidade a deter moeda
(dado pela taxa de juro) desceu, pelo que os agentes económicos são agora mais induzidos a deter
uma maior quantidade de moeda, em detrimento de outras aplicações financeiras.
Sistema Financeiro:
- Banco Central
- Empresas e Particulares
- taxa de juro aplicada aos empresários que as OIM pedem ao Banco Central
- emissão de moeda
- racionalismo funciona como pirâmide de promessas, que podem não ser cumpridas
- enfermidades
Globalização e Neoliberalismo
Função Procura:
A relação estabelecida entre as quantidades procuradas e o preço, ceteris paribus, é uma relação
inversa. Ou seja, quanto maior o preço menor quantidade os consumidores estão dispostos a adquirir,
e quanto menor o preço maior quantidade os consumidores estão dispostos a adquirir.
Lei da procura negativamente inclinada - ceteris paribus, à medida que o preço de um bem
diminui a quantidade procurada desse bem aumenta (e, inversamente, à medida que o preço do bem
aumenta a quantidade procurada desse bem diminui)
O preço que um consumidor está disposto a pagar por unidades adicionais de um mesmo bem
estará associado à satisfação adicional que o consumidor obtém com o consumo dessa unidade. A
satisfação do consumidor depende dos seus gosto e preferências e é medida pela utilidade.
Utilidade total - traduz a satisfação total que um consumidor obtém com o consumo de um
determinado bem
Utilidade marginal - representa a satisfação adicional que um consumidor obtém com o
consumo de uma unidade adicional de um determinado bem
Determinantes da procura:
- bens substitutos: se existirem bens que podem ser utilizados em alternativa para satisfazer
a mesma necessidade a procura do bem irá ser influenciada pelo preço desses bens substitutos
- gostos e preferências: uma alteração dos gostos e preferências a favor do bem levará a um
aumento da procura, a alteração inversa levará a uma diminuição da procura
Um aumento da procura origina uma deslocação da curva da procura para a direita, de D para D’
(aumenta a quantidade procurada para um dado preço). Uma diminuição da procura origina uma
deslocação da curva da procura para a esquerda de D’ para D’’ (diminui a quantidade procurada para
um dado preço).
Variação da Quantidade Procurada - quando o preço de um bem se altera, não existe qualquer
deslocação da curva da procura, mas sim apenas se passa de um ponto para outro na mesma curva da
procura
Variação da Procura - é uma alteração provocada por outros determinantes que não o preço do
próprio bem, traduzindo uma deslocação da própria curva da procura (que pode ser lida como
variação da quantidade procurada ao mesmo preço)
Função Oferta:
Curva da Oferta - relação que se estabelece entre o preço e a quantidade oferecida, quando
todos os outros determinantes, à exceção do preço do bem, se mantêm constantes (hipótese ceteris
paribus)
- linha crescente
A relação estabelecida entre quantidades oferecidas e preço (sob a hipótese ceteris paribus) é,
uma relação direta. Ou seja, quanto maior o preço do bem, maior a quantidade oferecida, e quanto
menor o preço do bem menor a quantidade oferecida.
Lei da oferta positiva inclinada - estabelece que quando o preço de um bem aumenta e tudo o
resto se mantém constante, a quantidade oferecida do bem aumenta (e inversamente à medida que
o preço diminui a quantidade oferecida diminui)
A explicação da lei da oferta positivamente inclinada reside na lei dos rendimentos decrescentes.
Determinantes da oferta:
- custos de produção: um aumento no preço dos fatores produtivos leva a um aumento dos
custos de produção, esta alteração determina que os produtores só estejam dispostos a oferecer as
quantidades anteriormente oferecidas a preços superiores, o que configura uma diminuição na oferta;
inversamente, uma diminuição no preço dos fatores produtivos diminui os custos de produção,
levando a um aumento da oferta
- inovação tecnológica: pode permitir produzir mais com os mesmos, ou até com menos,
fatores produtivos, levando a uma diminuição dos fatores de produção, o que, por sua vez, origina um
aumento da oferta
- impostos e subsídios: um imposto sobre o bem eleva o preço a que o bem é oferecido no
mercado, ou seja, os produtores só estão dispostos a oferecer as quantidades anteriormente
oferecidas a preços superiores, situação que corresponde a uma diminuição da oferta; um subsídio
permite oferecer a quantidade anteriormente oferecida a um preço inferior, situação que
corresponde a um aumento da oferta
Um aumento da oferta origina uma deslocação da curva da oferta para a direita, de S para S’
(aumenta a quantidade oferecida para um dado preço). Uma diminuição da oferta origina uma
deslocação da curva da oferta para a esquerda, de S para S’’ (diminui a quantidade oferecida para um
dado preço).
Variação da Quantidade Procurada - quando o preço do bem varia, e tudo o resto é constante, a
curva da oferta não sofre qualquer deslocação, mas sim temos um movimento ao longo da própria
curva da oferta
Variação da Oferta - é uma alteração provocada por outros determinantes que não o preço do
próprio bem, traduzindo uma deslocação da curva (que pode ser lida como variação da quantidade
oferecida ao mesmo preço)
Equilíbrio de Mercado:
Quando o governo entende que o preço de um determinado bem não deve estar acima de um
determinado nível, impõe um teto para o mesmo, o designado preço máximo.
Assim, os consumidores poderão obter o bem a preços mais baixos do que alguns que se
estabeleceriam se o mercado funcionasse livremente, no entanto, alguns consumidores não
conseguirão obter o bem (pelo menos na quantidade desejada).
- Prós:
- Contras:
Elasticidade Procura:
- | | =
Determinantes da :
- essencialidade do bem
- peso relativo das despesas com um determinado bem no orçamento dos consumidores
Elasticidade da Oferta:
- = + oferta perfeitamente elástica
- = 1 elasticidade unitária
Determinantes da :
- custos de produção
Competição num mercado - grau de poder de mercado, que varia consoante a estrutura de
mercado
Formas de Mercado:
Concorrência Perfeita
- homogeneidade do produto
- atomicidade do mercado
- mercado eficiente
- muitas empresas
Concorrência Monopolística
- muitas empresas
Oligopólio
- se houver uma nova empresa a tentar entrar no mercado, os preços voltam a baixar
Monopólio
- falta de competição
- não faz sentido ter outro agente económico igual (ex.: outro distribuidor de água em
Lisboa não faria sentido)
» patentes
» licenças do governo