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Direito Econômico

Economia

Etimologia: OIKOS do grego (casa) e NOMOS lei ou normatização – organização da


casa.

As necessidades humanas

 Não há limite para as necessidades humanas consumo e consumismo


 A humanidade sempre consumiu os bens a sua volta, com um ritmo bem maior
agora.

A lei da escassez

 Ao contrário do que ocorrem com as necessidades humanas, os recursos são


finitos e limitados.
 As sociedades se agruparam em torno dos rios.

Teorias sobre escassez

 Thomas Robert Malthus – Essay on the principle of populations.


 Teoria da população: O crescimento demográfico seguiria uma progressão
geométrica enquanto os recursos aumentam de forma aritmética.
 Suas previsões pessimistas nunca se confirmaram.
 Teoria Malthusiana.
 Exemplos: Arca de Noé de sementes.
 Consequência da lei de escassez – oficio entre usos alternativos para o mesmo
produto.
 Clube de Roma – grupo de pessoas que se reuniam para debater assuntos
relacionados a política e economia internacional. Fundado em 1968. Em 1972
publicaram o relatório The limits to Growth (limites do crescimento).

Conceito de Economia

 2 fatos – as necessidades e os recursos escassos.

 Economia é a administração da escassez;


 É a ciência que tem por objeto o estudo das atividades de produção,
distribuição, circulação ou consumo.
 Bem econômico é aquele útil e escasso.
Data: 22/08/2023

Os bens econômicos

Denomina-se bem econômico todo aquele dotado de utilidade e escassez.

Obs: a doutrina defende que tudo que existe é coisa e dentro das coisas existe uma
categoria menor que é chamada de bens; sendo que a diferença entre coisa e bens é
a utilidade e a escassez. Coisa é o que temos com abundância e bem é o que
apresenta uma certa necessidade em virtude da escassez. No âmbito da economia, o
que pode ser considerado bem pode passar a ser considerado coisa e vice e versa.

Necessidade: é um desejo socialmente manifestado que depende de um agir.

O conteúdo da necessidade – bons: Ex: carros mais econômicos.

- ruins: Ex: determinados vícios.

Subjetivismo da necessidade: significa que pode variar de pessoas para pessoas ou


de lugar para lugar. Ex: O caso da garrafa de Coca Cola no filme “Os Deuses devem
estar Loucos”. (Um objeto que na sociedade americana é simples e comum, para a
tribo africana passa a ser uma necessidade tremenda pelo fato do objeto ser único
naquela localidade, o que ocasiona uma série de conflitos).

Utilidade marginal – é a utilidade trazida por uma unidade ou dose adicional de


qualquer produto. O primeiro copo no deserto tem altíssima utilidade e vai diminuindo.
Quando essa utilidade chega a zero a utilidade marginal pode chegar a valor negativo.

Obs: Trata-se de uma coisa que num primeiro momento é muito desejado, mas que
depois vai perdendo valor à medida que o tempo vai passando.

Bens livres – é aquele que se encontra em abundância não sendo objeto de


preocupação e sua utilidade pode variar de acordo com o lugar.

Obs: é aquele que se encontra em abundância e não é objeto de preocupação nem


para a economia e nem para o direito.

Supérfluo – varia de acordo com a localidade ou sociedade.

Obs: aquilo que é supérfluo para um país, para outro pode ser extremamente
necessário.

Classificação dos bens econômicos

Quanto à materialidade: Bens propriamente ditos essenciais.

- Bens são aqueles que possuem materialidade como carros, máquinas e etc... (Obs:
existem fisicamente).

- serviços: são bens imateriais. Ex: música programa de computador, dentre outros.
(prestação humana).
Quanto à finalidade:

Bens de consumo: bens que atendem de forma direta e indireta a uma determinada
necessidade. Ex: alimentos.

Bens de produção: são bens empregados na cadeia produtiva para produzir um bem
de consumo. Ex: A água e a cevada para a produção de cerveja ou a uva para a
produção de suco.

Quanto às relações em si:

Complementares: são aqueles aplicados em conjunto com outro. Ex: terra e semente.

Sucedâneos: são aqueles que podem ser substituídos por outro similar. Ex: Álcool e
gasolina.

Quanto ao âmbito de necessidade

Bens exclusivos: aptos a atenderem a cada momento a necessidade de um único


individuo (alimentos).

Bens coletivos: podem atender a necessidade individual e coletiva ao mesmo tempo.

Data: 29/08/2023

Valor/ moeda/ preço

Valor de uso – é o valor sob a perspectiva do indivíduo ou de um pequeno grupo.


Enquadra-se aqui o valor de estimação de um bem.

(Obs: Está muito vinculado ao valor de estimação de um determinado bem).

(Obs: O problema desse valor para a economia de um modo geral é que aquilo que a
pessoa ou o determinado grupo valoriza não tem valor geral para a sociedade).

Valor de troca – é a dimensão social do valor que passa a ganhar uma projeção
objetiva e impessoal.

(Obs: Trata-se de um valor que tem uma projeção social que passa a valer para uma
coletividade) (É o valor que está na sociedade como um todo).

- São duas dimensões de um mesmo fenômeno.

Moeda e preço

- A moeda é um instrumento de troca.

- Originalmente era uma mercadoria como outra qualquer institucionalizando-se e


padronizando-se gradativamente.

- Desmaterialização da moeda.
- A moeda deve conservar o seu valor (inflação).

- Inúmeros produtos serviram como moeda – sal (salário), conchas, vinho, objetos de
adornos, gado (pecus).

Características da moeda:

Manuseabilidade: capacidade de manusear; ou seja, facilidade de levar para de um


lado para o outro.

Divisibilidade: facilidade em dividi-la em moedas menores.

Fungibilidade: pode ser trocada por outra de mesma espécie, quantidade ou


qualidade.

- Capacidade de reserva de valor.

Preço: é o valor econômico expresso em unidades monetárias e quantificado por elas,


de tal sorte que quando 2(dois) bens apresentam o mesmo preço eles podem ser
permutados.

(Obs: preço é aquilo que um produto custa numa determinada sociedade expressado
através de uma determinada moeda).

(Obs: Quando falamos que um produto custa R$ 100 reais significa dizer que trata-se
da expressão econômica do valor daquele bem por meio da moeda. É obvio que para
formar tal preço também existe outros fatores, como por exemplo, os tributos).

- O surgimento da moeda levaram a distinção de dois campos distintos Economia

Finanças

(Obs: O direito financeiro está relacionado a dinheiro, ou seja, questões monetárias.


Quando falamos de bens econômicos estamos falando sobre a própria economia).
Data: 12/09/2023

A economia como ciência social

Obs: A vantagem e a importância de se ter uma disciplina como ciência é permitir que
o conteúdo produzido possa ser verificado na prática; sendo que a medida que vai
sendo verificado na prática passa a ser colocado a disposição de outras pessoas para
que a ciência evolua com base nas criticas, elogios e aperfeiçoamentos do conteúdo
disponibilizado.

- O que pode a economia explicar e o que não pode? Qual é o seu alcance?

- Existem vários tipos de conhecimento.

- O conhecimento empírico, científico e filosófico.

 Conhecimento empírico: é uma observação direta da realidade, atenta e


criteriosa, mas ainda desvinculada de explicação entre os fatos observados.
Preocupação de índole prática, imediata, utilitarista.

Obs: o conhecimento empírico traz conhecimento, mas não explica os fenômenos


envolvidos. Ex: quando colocamos a mão em algo quente e nos queimamos (o
conhecimento nos permite aprender a não colocar mais a mão no referido local, mas
não nos explica o motivo do fenômeno envolvido).

 Conhecimento científico: é um método que vista estabelecer relações de causa


e efeito entre os fatos observados com intuito de explicações.

Obs: é o conhecimento produzido através de um método e normalmente procura


explicar as relações de causa e efeito do fenômeno estudado. O conhecimento
científico permitiu a evolução em diversos campos sociais, principalmente o
tecnológico.

 Conhecimento filosófico: almeja transcender a pura explicação científica. Busca


de causas últimas.

Obs: o conhecimento filosófico ultrapassa a simples necessidade de causa e efeito


pelo fato de apresentar características mais transcendentais e, na maioria das vezes,
foca em perguntas muito mais genéricas; tais como: de onde viemos? Para onde
vamos? O que estamos fazendo aqui?

- A economia é um conhecimento científico. É uma ciência social.

- Estuda os fenômenos que ocorrem na sociedade, focalizando as relações e


atividades decorrentes da escassez relativa dos bens.

- A separação entre ciências sociais é muito mais didática do que real, uma vez que os
fenômenos políticos e sociais têm influência na economia e vice-versa.

- A economia utiliza-se de modelos. O modelo vem a ser uma simplificação da


realidade, da qual se retiram variáveis.
- Num modelo as variáveis podem ser endógenas ou exógenas.

Endógena: é uma variável que está dentro do próprio modelo; ou seja é bem
previsível.

Exógena: é uma variável que não se tem controle porque está fora do modelo.

- Modelos que estudam fenômenos a Curto prazo: poucas variáveis.

- Modelos que estudam fenômenos a Longo prazo: muitas variáveis.

- A teoria econômica é um conjunto de modelos e pode ser vista como uma


espécie de caixa de ferramentas para estudar determinados fenômenos da
economia, tais como: a inflação, o aumentos de preços, ofertas e procuras,
dentre outras.

- Uma deficiente da realidade decorre muitas vezes de modelos inadequados.

Data: 31/10/2023

Divisões da Economia

A economia como ciência econômica pode ser dividida em duas grandes


partes:

 A economia positiva em sentido estrito


 A economia normativa

A economia positiva destina-se a explicar e prever a evolução futura de um


fenômeno. Ex: estudo de como se desenvolveu o desemprego nos últimos
anos no Brasil.

A economia normativa prescreve ou indica determinadas medidas para que


certos objetivos sejam alcançados. Ex: a economia vai tentar dar soluções e
caminhos para que o desemprego se torne menor.

Os objetivos são fixados em nível político e não técnico e a economia os toma


também como dados da realidade.

A economia positiva divide-se em: análise econômica e economia aplicada.

Obs: Tenta descrever um fenômeno econômico tais como desemprego,


Produto interno Bruto (PIB), dentre outros.

A economia normativa divide-se em: doutrina e política econômica.

Obs: Tenta trazer soluções para o fenômeno estudado, tais como a diminuição
do desemprego e o aumento do PIB.
Sob outro enfoque a economia pode ser dividida em microeconomia e
macroeconomia.

A microeconomia tem como base o comportamento das unidades


econômicas, tais como empresas e consumidores e a análise do mercado onde
elas operam.

Obs: tem como base o aspecto parcial de uma sociedade, município ou lugar;
onde se estuda uma determinada empresa ou um determinado setor de
mercado. Ex: o estudo dos efeitos de uma mineradora num determinado
município.

A macroeconomia estuda os grandes agregados caracterizadores de vida


econômica, tais como níveis de emprego, crescimento global da economia,
inflação, deflação e outras variáveis.

Obs: tem como base aspectos maiores, tais como em níveis nacionais ou
mundiais.

A expressão economia política caiu em desuso.

Pergunta: Apresente um fenômeno de economia positiva, de economia


normativa, microeconomia e de macroeconomia.

Um fenômeno de economia positiva poderia ser o estudo do impacto do


aumento do salário mínimo sobre o emprego, com base em dados e evidencias
concretas.

Um fenômeno de economia normativa seria a busca de soluções e caminhos


para que o desemprego se torne menor.

Um fenômeno de microeconomia seria o estudo dos efeitos de uma mineradora


num determinado município.

Um fenômeno de macroeconomia seria a investigação das causas de recessão


econômica num país ou no mundo.
Data: 14/11/2023

Os Sistemas Econômicos: três modelos básicos – um enfoque analítico

A situação vivida por toda e qualquer sociedade de limitação de recursos para o atendimento
de necessidades sem limite previsível de crescimento dá-se o nome de problema econômico.

O problema econômico pode ser sintetizado por 3(três) questões básicas o que produzir?
Como produzir? e Para quem produzir?

Para enfrentar os seus problemas econômicos, as sociedades organizam-se


institucionalmente. A esse conjunto de instituições dá-se o nome de sistema econômico.

Para que haja pretendida consistência no processo decisório devem ser adotados princípios
informadores próprios a cada sistema econômico.

3(três) critérios são básicos de organização econômica - a tradição, a autoridade e a


autonomia.

Sistema da tradição: adesão a um conjunto amplo de valores de índole mágico - religioso

Sistema de autoridade: a crença na capacidade de previsão e execução dos órgãos centrais de


direção da economia.

Sistema de autonomia: a crença na capacidade coordenadora do mercado e o Princípio


Hedomista.

A história mostra que tem havido combinações em proporções diversas desses


sistemas.

 A implantação do sistema da autonomia

Europa Ocidental, fins do século XVII - liberalismo assentado nos Princípios do


Iluminismo e Utilitarismo.

O liberalismo contesta o estado autoritário e absolutista, propõe um modelo de estado


com poderes limitados.

Adam Smith, 1776.

Constitucionalismo / movimento codificador do direito privado.

Pergunta: Qual a relação do hedonismo com o liberalismo?

O hedonismo e o liberalismo são conceitos distintos, mas há uma conexão filosófica possível
entre eles, já que o hedonismo refere-se à busca pelo prazer e a felicidade como objetivo
principal para a vida e o liberalismo, por outro lado, é uma filosofia política que enfatiza a
liberdade individual e a limitação do poder do Estado. Em alguns casos, indivíduos dentro de
tradições liberais podem valorizar a liberdade individual para buscar seus próprios prazeres e
objetivos, o que poderia ser associado ao hedonismo. No entanto, é importante observar que o
liberalismo abrange uma gama de pensamentos que vai além do hedonismo, incluindo outras
prioridades como direitos individuais, justiça e igualdade. Portanto, enquanto há uma
sobreposição potencial, não é correto dizer que todos os liberais são automaticamente
hedonistas.

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