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06/02/2023

Fundamentos de
Economia
Profa. Paula Sauer
Paula Sauer

• Economista PUC-SP
• Especialista em Investimentos CEA -Anbima
• Especialista em Comportamento do Consumidor FGV – RJ
• Especialista em Psicologia Econômica FIPECAFI
• Planejadora Financeira CFP – IBCPF / Diretora Planejar
• Conselho Científico Multiplicando Sonhos
• Conselho Editorial Editora Akademy
• Mestre em Administração PUC-SP – Linha de Pesquisa Finanças Comportamentais
• Doutoranda em Finanças FGV – EAESP – Linha de Pesquisa Investments
• Doutoranda em Psicologia Clínica PUC- SP – Linha de Pesquisa Psicologia do Dinheiro
• Doutoranda PPGA ESPM – Linha de Pesquisa: Comportamento do Consumidor
Falo pelos cotovelos, e quando não
dá, escrevo...

https://www.linkedin.com/in/paulasauercfp/

https://www.facebook.com/groups/economiadevalor/
E aí quando olho pra
vocês... penso
Parece que foi ontem...
O tempo passa
rápido demais e
vocês quase
matam a gente
do coração…
Vocês criam asas,
e voam...
um dia acordamos e…
e vocês estão entrando pra
faculdade...
e nós pais e professores, aqui
torcendo por vocês...
com o coração na mão e explodindo
de orgulho!
Contando os minutos para esse
momento
Hoje pra nós, é o início de mais uma etapa, mais uma fase
deliciosa na sua vida, hoje voce virou “bixo” curta muito, faça
muitos amigos, viaje, sonhe, namore, não se atropele, seja
honesto sempre, tenha objetivos claros e pense grande!

Organize seu tempo com disciplina para estudar muito, mas não
deixe de cuidar da saúde e de praticar esportes! Vai fazer diferença
pro resto da sua vida, acredite!
.
Juízo e Modos!!

Estarei o tempo todo torcendo pelo seu sucesso.


.
Com carinho, Profa. Paula Sauer
Sejam bem-vindos!
Sejam bem-vindos

PP1B – 2021-2
Fundamentos de
Economia Profa.
Paula Sauer
Sejam bem-vindos

PP1C – 2021-2
Fundamentos de
Economia Profa.
Paula Sauer
Sejam bem-vindos

PP1A – 2021-2
Fundamentos de
Economia Profa.
Paula Sauer
01/02/2022

Fundamentos de
Economia
Profa. Paula Sauer
“...Economia é matéria importante. E pode também ser
matéria emocionante. Que outra coisa poderia ser,
quando trata dos grandes problemas de desemprego e
inflação, pobreza e riqueza, simples crescimento
material e avanço que proporcione melhoria de vida?

Economia não é matéria fácil, não é assunto para ser


lido deitado na rede, numa indolente tarde de verão... A
experiência indica que um texto de Economia deve ser
lido com cuidado...

Minha inveja recai sobre o estudante, que vai começar


a explorar o emocionante mundo da Economia pela
primeira vez. É uma emoção que, infelizmente ninguém
pode sentir duas vezes,

A vocês que estão prestes a começar, digo apenas: Bon


appétit!”

Paul A. Samuelson
Contrato • Este curso será o que fizermos dele!
• Para obtermos sucesso, temos que estar de acordo com as condições, e
Acadêmico mais seguir, o que será contratado aqui.
• Algumas cláusulas são inegociáveis!
Contrato Acadêmico
• Fundamentos de Economia
• Semestre: 2023/1 - CH: 72 h/a

• Objetivos de Aprendizagem: Compreender os princípios básicos de


microeconomia e macroeconomia para entender o contexto econômico e seus
impactos no ambiente de negócios.
• Objetivos específicos:
• Diferenciar as variáveis micro e macroeconômicas.
• Descrever os aspectos microeconômicos da decisão consumidor-empresário.
• Identificar as estruturas básicas de mercado e o efeito sobre o bem-estar social.
• Exemplificar variáveis macroeconômicas para a compreensão das relações entre
famílias, empresas e governo.
• Entender a importância das políticas econômicas sobre o nível de atividade do
país.
• Aplicar os conceitos econômicos à realidade brasileira.
Contrato Acadêmico
Fundamentos de Economia
Ementa:

• O objetivo da Ciência Econômica, sua divisão e os problemas econômicos


básicos. Retrospecto da Evolução do Pensamento Econômico. A
Microeconomia: teoria da demanda e da oferta, equilíbrio de mercado,
elasticidade e as estruturas de mercado de bens e serviços. A
Macroeconomia: os principais agregados econômicos, o fluxo de renda,
contabilidade nacional, moeda, o setor externo, inflação e políticas
econômicas.
Contrato Acadêmico
Unidade I – Introdução ao estudo da Economia.
• 1.1 Conceito de Economia: a questão da escassez e os problemas econômicos fundamentais.
• 1.2 Sistemas econômicos.
• 1.3 Curva de possibilidades de produção e custo de oportunidade.
• 1.4 A divisão do estudo econômico: microeconomia, macroeconomia e suas aplicações.
• 1.5 Retrospecto da Evolução do Pensamento Econômico: os clássicos, os marxistas, os neoclássicos, Keynes,
Escola Austríaca.

Unidade II – Noções de Microeconomia.


• 2.1 Demanda, oferta e equilíbrio de mercado.
• 2.2 Elasticidades: preço da demanda, preço cruzada da demanda, renda da demanda e preço da oferta.
• 2.3 Produção, custos e lucro.
• 2.4 Estruturas de mercado: concorrência perfeita, concorrência monopolística, monopólio e oligopólio.

Unidade III – Noções de Macroeconomia.


• 3.1 Metas e instrumentos de política macroeconômica.
• 3.2 Contabilidade social, determinação do nível de renda e produtos nacionais.
• 3.3 O setor externo.
• 3.4 Políticas macroeconômicas: fiscal, monetária e cambial.
Contrato Acadêmico
Recursos Pedagógicos de Ensino e de Aprendizagem:

• Aulas expositivas dialogadas.


• Listas de exercícios.
• Discussão de cases.
• Apresentação e discussão de artigos acadêmicos e de conjuntura econômica.
• Aprendizagem baseada em problemas.
• Aprendizagem entre pares.
Contrato Acadêmico
Bibliografia Básica:
MANKIW, Gregory N. Introdução à economia. 8ª edição. São Paulo: Cengage Learning, 2020. 720 p. ISBN: 978-85-221-2792-4.
MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamentos e aplicações. 1ª edição. São Paulo: Pearson, 2009. 282 p. ISBN: 978-85-
760-5366-8. VASCONCELLOS,

Marco Antonio S. Economia: micro e macro. 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2015. 480 p. ISBN: 978-85-97-00202-7.

Bibliografia Básica:
GREMAUD, Amaury Patrick; SANDOVAL, Marco Antonio Sandoval de;
TONETO JR, Rudinei. Economia brasileira contemporânea. 8ª edição. São Paulo: Atlas, 2017. 768 p. ISBN: 9788597010190.

KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à economia. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 967 p. ISBN: 9788535275315.
LEVITT, Steven D; DUBNER, Stephen J. Freakonomics: o lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta. Rio de Janeiro: Campus,
2007. 333 p. ISBN: 9788535227406.
OLIVEIRA, Roberson de; GENNARI, Adilson Marques. História do pensamento econômico. São Paulo: Saraiva, 2009. 383 p.
ISBN:9788502117327.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 21ª edição. São Paulo: Atlas, 2016. 1024 p. ISBN: 9788597008074.
Contrato Acadêmico
Sistema de avaliação

• As avaliações P1 e P2 são individuais.


• O uso de celulares e aparelhos eletrônicos em geral, são proibidos durante as
provas. Se você está passando por alguma urgência ou aguardando alguma
ligação avise ao professor antes de começar a prova.
• No dia da prova, ao chegar mochilas e telefones celulares devem ser
depositados próximos à lousa e retirados ao finalizer a avaliação.
• O questionamento da correção da prova ocorrerá em horário especifico,
passada a data especificada o aluno perde o direito ao questionamento. Sua
nota pode subir ou diminuir em uma segunda avaliação. Use bom senso.
• Em caso de COLA, a nota é ZERO para quem está colando e quem está
deixando colar.
Contrato Acadêmico
• Sistema de Avaliação

• Trabalhos e Exercícios = 40%


• 1ª Prova Bimestral = 30%
• 2ª Prova Bimestral = 30% Data definida pela coordenação Prova Nacional

• Em caso de COLA, a nota é ZERO para quem está colando e quem está
deixando colar.
Passo a passo Biblioteca

Site ESPM –> “Bonequinho para logar” -> Portal do Aluno -> Apoio ao aluno > Bibliotecas -> Base de dados e recursos
virtuais -> Minha Biblioteca (ebooks).

Atualização do Zoom

https://support.zoom.us/hc/pt-br/articles/201362233-Atualiza%C3%A7%C3%A3o-upgrade-para-a-vers%C3%A3o-mais-
recente
A ciência das escolhas
Imagina que você tem que ir
pra faculdade e pode ir de
carro, moto, ônibus, metrô,
bicicleta se você gosta de
andar de bicicleta... Quais
fatores você considera para
tomar tal decisão?

Tempo, praticidade,
custo...
Quando você está dirigindo seu carro e está procurando uma
vaga para estacionar... A única vaga que você vê, fica meio
longe de onde você precisa ir... Você deixa o carro lá mesmo ou
vai em frente com a esperança de encontrar uma nova vaga
mais próxima do seu destino?
O que você calcula para decidir isso? Se corre o risco de ser assaltado, se deixar o
carro longe demais? Como da outra vez você achou vaga na porta, imagina que
dessa vez não deverá ser diferente então arrisca chegar lá perto para conferir?
Mesmo que precise dar uma volta imensa? Corre o risco de perder a vaguinha
mais perto?
Em decisões mais complexas
como ter um filho por exemplo,
quais os fatores que serão seus
balizadores para a tomada de
decisão?
Ter filhos antes de entrar para o
mercado de trabalho, para não ter
que interromper depois ou espera
até ter uma condição financeira e
emocional mais satisfatória?

Por outro lado, você conhece


pessoas que deixaram para mais
tarde e depois tiveram dificuldades
para engravidar...
E depois de ter um primeiro filho? Pensa em
ter outros? Onde come um comem dois?
Posso aproveitar o que comprei para o
primeiro filho para o segundo bebê? É mais
fácil ou mais difícil cuidar de dois? Mais ou
menos desgastante? Mais ou menos
econômico? Ou o mais adequado é não ter
filho nenhum?
Em todas essas questões, temos presentes o
tema das decisões econômicas!

Que envolvem não só dinheiro, mas qualquer


outro tipo de recurso finito! Tempo, recursos
naturais, esforços... Nesse sentido, podemos
pensar que praticamente todas a nossas
decisões são econômicas!
Tente imaginar alguma situação que
não se componha de fatores
econômicos, tomados dentro deste
enfoque!

Penso que não será muito fácil!


Uma vez que nossa própria vida é o
maior exemplo de finitude de que
dispomos!
Conceito de Economia,
a questão da escassez e
os problemas econômicos fundamentais.
Aula 1: Conceito de
Economia: a questão da
escassez e os problemas
econômicos fundamentais.
O que é Economia?
O que a Economia é?
É o estudo de como os
homens e a sociedade decidem, com
ou sem a utilização do dinheiro,
empregar recursos produtivos
escassos, que poderiam ter
aplicações alternativas, para
produzir diversas mercadorias ao
longo do tempo e distribuí-las para
consumo, agora e no futuro, entre
diversas pessoas e grupos da
sociedade. Ela analisa os custos e os
benefícios da melhoria das
configurações de alocação de
recursos.

Samuelson, P. (1977)
O que a Economia é?
Muitas vezes, os principiantes querem uma definição sucinta da Economia, e em
resposta à essa procura, não há escassez de oferta...

• Economia ou Economia Política, é o estudo das atividades que, com ou sem dinheiro,
envolvem transações de troca entre pessoas.
• Economia é o estudo da maneira pela qual os homens decidem utilizar recursos
produtivos, escassos ou abundantes (terra, mão de obra e bens de capital como
maquinaria, conhecimento técnico) para produzir várias mercadorias (como trigo, carne
de boi, sobretudos, iates, concertos, estradas, bombardeiros) e distribuí-las a vários
membros da sociedade, para consumo.
• Economia é o estudo de homens em sua atividade comum, ganhando e desfrutando a
vida.
• Economia é o estudo pela qual a humanidade realiza a tarefa de organizar as
atividades de consumo e produção.
• Economia é o estudo da riqueza
• Economia é o estudo de como melhorar a sociedade

Samuelson, P. (1977)
A Rainha das Ciências Sociais
Faz fronteira com
outras importantes
disciplinas acadêmicas:
Sociologia, Ciência
Política, Psicologia, e
Antropologia, são todas
ciências sociais cujo
estudo avança sobre o
da Economia
Na Índia empobrecida, as
vacas são animais sagrados
e, somando milhões de
cabeças, andam pelas ruas á
procura de comida.

Enquanto um economista
ingênuo pode consideras
essas cabeças de gado como
fonte de proteína, o
estudioso mais profundo
levara em consideração a
psicologia do costume ao
analisar o desenvolvimento
econômico indiano.
O problema da Escassez
A Lei da Escassez

Escassez é o problema econômico fundamental de se ter desejos humanos


infinitos em um mundo de recursos limitados.

A lei da escassez, busca evidenciar o papel


de se produzir o máximo de bens e
serviços a partir de recursos escassos para
maximizar a satisfação da sociedade.

A escassez dos recursos disponíveis


(trabalho, terra e capital) acaba por gerar a
escassez dos bens.
A Lei da Escassez
Escassez é o problema econômico fundamental
de se ter desejos humanos infinitos em um
mundo de recursos limitados.

A lei da escassez, busca evidenciar o


papel de se produzir o máximo de bens e
serviços a partir de recursos escassos
para maximizar a satisfação da
sociedade.

A escassez dos recursos disponíveis


(trabalho, terra e capital) acaba por gerar
a escassez dos bens.
Conceitos importantes
• Necessidades são muito particulares, o que é importante pra mim, pode não fazer
nenhum sentido pra você... Ou não, se você tem, preciso também!
• Para pessoas mais humildes, conseguir comprar um pedaço de carne seca pode ter
grande valor ao passo que pode não fazer tanto sentido para as pessoas de maior
poder aquisitivo;
• O fato é que hoje, desejamos e “necessitamos”, buscamos consumir cada vez de mais
bens e serviços, geladeiras, smartphones, TV de plasma, carros, bikes, shows, cursos,
roupas, relógios etc. Um fluxo que não cessa.

Ao satisfazermos uma necessidade, já desejamos outro


bem. Dessa forma, o problema da escassez se renova.

Assim, nossos desejos e necessidades são infinitos.


Oferta e Demanda

• Atenção! Somente haverá escassez caso


haja procura ou demanda, pelo bem.
• O hino nacional escrito na cabeça de um
alfinete é um bem raro, mas não escasso,
pois não existe demanda, ou seja não
existe um número expressivo de pessoas
dispostas a pagar por esse bem.
• Desta forma, as empresas não terão muito
estímulo que justifique as empresas ofertar
ou produzir esse bem.
O que faz um bem ser desejado?

Um bem é procurado por que ele é útil, e por


utilidade, entende-se a capacidade que tem um
bem de satisfazer as necessidades humanas

Esse bem, certamente será bastante ofertado


pelas empresas, pois haverá para ele, bastante
demanda.
O que faz um bem ser desejado?
Um bem é procurado por que ele é útil, e por utilidade, entende-se a
capacidade que tem um bem de satisfazer as necessidades humanas

Esse bem, certamente será bastante ofertado pelas empresas, pois haverá
para ele, bastante demanda.
O que faz um bem ser escasso?
Para algo ser escasso é preciso que ele seja
difícil de se obter, de se produzir, ou
ambos. Resumindo, o custo de produção de
um bem determina se ele é escasso ou não.

Apesar do ar que respiramos ser mais


importante do que diamantes, ele é
abundante e tem zero custo de produção.

Diamantes, por outro lado, tem um custo


altíssimo de produção; eles precisam ser
achados e lapidados, e ambos os processos
custam muito caro.

O que faz dele, um bem escasso.


Conceitos
importantes:
• Bem: Bem é tudo aquilo capaz de atender
uma necessidade humana. Eles podem ser:

1. Bens materiais: Pois pode atribuir-lhes


características físicas de peso, forma,
dimensão etc.
Por exemplo: automóvel, borracha,
cadeira, mesa, celular etc.

2. Bens imateriais ou Serviços: São os de


caráter abstrato, tais como uma aula
ministrada, a hospedagem prestada, uma
consulta médica. Normalmente, se
acabam quase que simultaneamente a
sua produção.
Necessidades

• “Necessidade humana” é qualquer


manifestação de desejo que envolva a escolha
de um bem ou serviço capaz de contribuir
para a sobrevivência ou para a realização
social de um indivíduo.
Escolhas, Custo de
Oportunidade e trade -off
Necessidades
Recursos
Ilimitadas Escassos

Trade-off
“Não existe almoço grátis”

Necessidades Recursos Perante a coexistência de necessidades ilimitadas


Ilimitadas Escassos e de recursos escassos, os agentes precisam fazer
escolhas;

Trade-off Esse processo de escolha conflituosa, também


chamado de trade-off é muito importante para a
Economia. Porque toda escolha tem
consequências.

Aquilo que se desiste, que se abre mão em


uma troca é chamado pelos economistas como
custo de oportunidade.
Trade-off... e o custo de oportunidade
“Brilhante” foi pro bloquinho no domingo véspera do primeiro dia de aula na faculdade.
Na segunda feira, estava “moído”. Tinha duas alternativas:

1. Dormir até mais tarde

2. Ir para a sensacional aula de economia


Mesmo com o grifo na alternativa correta, “Brilhante” preferiu dormir até
mais tarde.
a. Qual é o recurso escasso?

b. Naquele momento, quais eram as


Necessidades Recursos necessidades, desejos do aluno, que escolhas ele
Ilimitadas Escassos tinha que fazer? Qual era o trade-off?

c. Qual foi a consequência de sua decisão?

Trade-off Perder a sensacional aula de economia foi o


quanto custou para dormir até mais tarde. Foi
o custo de oportunidade.
Logo, qualquer escolha
implicará em abrir mão
de outras possibilidades!

Assim, é preciso
administrar com atenção
todas essas dimensões
finitas que nos cercam, e
das quais não podemos
escapar.
Para pensar...
Restrição de Recursos...
Mãe, filha, afilhada, aluna, professora,
cliente do Detran turista, motorista,
cozinheira, amiga, cliente da vivo, inquilina,
praticante de natação, aluna de dança,
namorada, nora, faxineira, biker, cliente
banco, investidora, consumidora, paciente,
paciente de psicanálise, dona de casa, mãe
de cachorro, mãe de passarinho,
flamenguista, escritora, planejadora
financeira, revisora de textos, palestrante,
viajante, passageira de avião, de ônibus, de
metrô, praieira, chocólatra, anfitriã,
convidada,..
Sistemas Econômicos e seus
principais pensadores
• Um sistema econômico é o sistema de produção,
distribuição e consumo de bens e serviços de uma
economia.

• Alternativamente, é o conjunto de princípios e


técnicas com os quais os problemas de economia são
endereçados, tais como o problema da escassez com
Sistemas a alocação de recursos produtivos limitados.

Econômicos
Sistema Econômico Capitalismo Socialismo Economia Mista
O que é produzir? Princípio de Soberania do
Consumidor: As empresas produzem
O Estado decide todos os bens que serão
produzidos
Mercado: Empresas privadas seguem o princípio de
soberania do consumidor.
o que os consumidores desejam Estado: Empresas públicas produzem bens não rentáveis.

Como produzir Princípio de beneficio: As empresas


produzem buscando o menor custo
As empresas públicas que produzem
seguem os planos do Estado
Mercado: As empresas privadas seguem o princípio do
benefício.
possível dentro da qualidade que Estado: As empresas públicas produzem buscando fins
desejam. sociais.

Para quem produzir? Princípio de escassez: As pessoas


ganham dinheiro segundo a
O Estado reparte os bens, segundo as
necessidades dos cidadãos.
Mercado: O dinheiro se distribui seguindo o princípio de
escassez.
quantidade de fatores de produção Estado: Se redistribui o dinheiro em busca de uma maior
que possuem. igualdade.

Vantagens Eficiência, Existem incentivos,


Liberdade Econômica.
Desigualdade de renda, instabilidade e
crises periódicas, escassez de bens não
Dependem do peso do Estado: Quanto maior o peso do
Estado, mais as vantagens se parecerão com os da
rentáveis, abusos de certas empresas, Economia de Mercado.
contaminação e deterioração do Meio
Ambiente.

Inconvenientes Erros de previsão, excessiva


burocracia, falta de incentivos, falta
Falta de Liberdade individual, altos níveis
de emprego, necessidades básicas
Dependem do peso do Estado: Quanto maior o peso do
Estado, mais os inconvenientes se parecerão com os da
de liberdade individual. cobertas. Economia de Mercado.
Escolas Marxista Clássica/ Keynesiana Monetarista
Econômicas Austríaca

Principais Karl Marx Adam Smith, Jonh Maynard Milton


Economistas Vladimir Lenin Ludwig von Keynes, Paul Friedman,
Joseph Stalin Mises, Friedrich Samuelson David Laidler
Hayek

Ideias básicas Valoração em Livre mercado, Intervenção O Controle da


função do crescimento do estatal como oferta monetária
trabalho e a capital e estímulo da como base do
Economia empreendiment economia em crescimento
dirigida estatal; o como bases da situações de nacional
riqueza. crise
Evolução do Pensamento Econômico

O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com
muitas discrepâncias e oposições. No entanto, a evolução deste pensamento pode ser dividida
em dois grandes períodos: Fase Pre- Científica e Fase Científica Econômica.

A fase pré-científica é composta por três subperíodos:

• A Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos político-
filosóficos.

• A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológico- filosóficas e


tentativas de moralização das atividades econômicas; e

• O Mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados consumidores e,


consequentemente, do comércio. Como iremos tratar de um pensamento econômico que
nos influencia até hoje só trataremos da fase científica.
Evolução do Pensamento Econômico
A fase científica pode ser dividida em:

• Fisiocracia: Esta primeira pregava a existência de uma “ordem natural”, onde o Estado não
deveria intervir (laissez-faire, laissez-passer) nas relações econômicas.
• Os doutrinadores da Escola Clássica acreditavam que o Estado deveria intervir para
equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do ajuste de preços (“mão- invisível”).
• Já a Escola Marxista criticava a “ordem natural” e a “harmonia de interesses” (defendida
pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro resultava na concentração de renda e
na exploração do trabalho.

Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola Neoclássica e o
Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar princípios teóricos
fundamentais e revolucionar o pensamento econômico, merecendo, portanto, destaque. É na
Escola Neoclássica que o pensamento liberal se consolida e surge a teoria subjetiva do valor. Na
Teoria Keynesiana, procura-se explicar as flutuações de mercado e o desemprego (suas causas,
sua cura e seu funcionamento).
Evolução do Pensamento Econômico

• Fisiocracia: 1. Fisiocracia (Séc. XVIII)


• Doutrina de ordem natural: O Universo é regido por leis naturais, absolutas e imutáveis e
universais, desejadas pela Providência divina para a felicidade dos homens.

• A palavra fisiocracia significa governo da natureza. Isto é, de acordo com o pensamento


fisiocrata as atividades econômicas não deveriam ser reguladas de modo excessivo e nem
guiadas por forças “antinaturais”. Deveria- se conceder uma maior liberdade a essas
atividades, afinal “uma ordem imposta pela natureza e regida pelas leis naturais” governaria
o mercado e tudo se acomodaria como tivesse que ser.
Evolução do Pensamento Econômico

• Fisiocracia: 1. Fisiocracia (Séc. XVIII)


• Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, ou seja, um liberalismo agrário, onde
a sociedade estava dividida em três classes:

• a classe produtiva, formada pelos agricultores.


• a classe estéril, que engloba todos os que trabalham fora da agricultura (indústria, comércio
e profissões liberais);
• a classe dos proprietários de terra, que estava ao soberano e aos recebedores de dízimos
(clero).
• A classe produtiva garante a produção de meios de subsistência e matérias primas. Com o
dinheiro obtido, ela paga o arrendamento da terra aos proprietários rurais, impostos ao
Estado e os dízimos; e compra produtos da classe estéril – os industriais. No final, esse
dinheiro volta à classe produtiva, pois as outras classes têm necessidade de comprar meios
de subsistência – matérias primas. Dessa maneira, ao final, o dinheiro retorna ao seu ponto
de partida, e o produto se dividiu entre todas as classes, de modo que assegurou o consumo
de todos.
Evolução do Pensamento Econômico

• Fisiocracia: 1. Fisiocracia (Séc. XVIII)


• Para os fisiocratas, a classe dos lavradores era a classe produtiva, porque o trabalho agrícola
era o único que produzia um excedente, isto é, produzia além das suas necessidades. Este
excedente era comercializado, o que garantia uma renda para toda a sociedade. A indústria
não garantia uma renda para a sociedade, visto que o valor produzido por ela era gasto pelos
operários e industriais, não criando, portanto, um excedente e, consequentemente, não
criando uma renda para a sociedade.

• O papel do Estado se limitava a ser o guardião da propriedade e garantidor de liberdade


econômica, não deveria intervir no mercado (“laissez-faire, laissez-passer” que quer dizer
deixe-se fazer, deixe-se passar.), pois existia uma “ordem natural” que regia as atividades
econômicas.
Evolução do Pensamento Econômico

François Quesnay

O fundador da escola fisiocrata, e da primeira fase científica da economia, foi François Quesnay (1694-
1774), autor de livros que até hoje são inspiração para economistas atuais, como por exemplo Tableau
Économique. Não se pode falar em fisiocracia, sem citar seu nome.

Quesnay foi autor de alguns princípios, como o da filosofia social utilitarista, em que deveria se obter a
máxima satisfação com um mínimo de esforço; o do harmonismo, não obstante a existência do
antagonismo das classes sociais, acreditava-se na compatibilidade ou complementaridade dos interesses
pessoais numa sociedade competitiva; e, por fim, a teoria do capital, onde os empresários só poderiam
começar o seu empreendimento com um certo capital já acumulado, com os devidos equipamentos.

Em seu livro Tableau Économique foi representado um esquema de fluxo de bens e despesas entre as
diferentes classes sociais. Além de evidenciar a interdependência entre as atividades econômicas e
mostrou como a agricultura fornece um “produto líquido” que é repartido na sociedade.

Com o advento da fisiocracia surgiram duas grandes ideias de alta relevância para o desenvolvimento do
pensamento econômico. A primeira diz que há uma ordem natural que rege todas as atividades
econômicas, sendo inútil criar leis à organização econômica. A segunda se refere a maior importância da
agricultura sobre o comércio e a indústria, ou seja, a terra é a fonte de todas as riquezas que mais tarde
farão parte destes dois campos econômicos.
A Escola Clássica (Fins do Séc. XVIII e início do séc. XIX)

A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo econômico, ora defendido pelos fisiocratas. Seu
principal membro é Adam Smith, que não acreditava na forma mercantilista de desenvolvimento econômico e
sim na concorrência que impulsiona o mercado e consequentemente faz girar a economia.

A teoria clássica surgiu do estudo dos meios de manter a ordem econômica através do liberalismo e da
interpretação das inovações tecnológicas provenientes da Revolução Industrial.

Todo o contexto da Escola Clássica está sendo influenciado pela Revolução Industrial. É caracterizada pela busca
no equilíbrio do mercado (oferta e demanda) via ajuste de preços, pela não- intervenção estatal na atividade
econômica, prevalecendo a atuação da “ordem natural” e pela satisfação das necessidades humanas através da
divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego.
De acordo com o pensamento de Adam Smith, a economia não deveria se limitar ao estoque de
metais preciosos e ao enriquecimento da nação, pois, segundo o mercantilismo, desta nação fazia
parte apenas a nobreza, e o restante da população estaria excluída dos benefícios provenientes das
atividades econômicas. Sua preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o
povo.

Em sua obra Wealth of Nations (Riqueza das Nações), Adam Smith estabelece princípios para análise
do valor, dos lucros, dos juros, da divisão do trabalho e das rendas da terra. Além de desenvolver
teorias sobre o crescimento econômico, ou seja, sobre a causa da riqueza das nações, a intervenção
estatal, a distribuição de renda, a formação e a aplicação do capital.

Alguns críticos de Smith afirmam que ele não foi original em suas obras, devido ao seu método, que
se caracteriza por percorrer caminhos já trilhados, buscando, assim, segurança, utilizar elementos já
existentes. No entanto, sabe-se que suas obras foram grandiosas para o desenvolvimento do
pensamento econômico, devido a sua clareza e ao espírito equilibrado.
Adam Smith (1723-1790)

Filósofo, teórico e economista, nascido na Escócia em 1723, dedicou-se quase que exclusivamente ao magistério. É
considerado o pai da Economia Política Clássica Liberal. Seu pensamento filosófico e econômico encontra-se,
basicamente, em a “Teoria dos Sentimentos Morais” (1759) e em a “Riqueza das Nações” (1776), respectivamente. Os
críticos a essas duas importantes obras de Smith, afirmam haver um paradoxo entre ambas: Na “Teoria”, Smith teria
como sustentação de sua concepção ética o lado simpático da natureza humana; enquanto na “Riqueza das Nações”
realça a ideia do homem movido pelo egoísmo, constituindo-se este, na força motriz do comportamento humano.
Crítica essa repudiada e apontada como um falso problema, não havendo descontinuidade de uma obra para outra.

As ideias liberais de Adam Smith, em a Riqueza das Nações aparecem, entre outras, na sua defesa a liberdade irrestrita
do comércio, que deve, não só ser mantida como incentivada, por suas inegáveis vantagens para a prosperidade
nacional. Ao Estado caberá manter uma relação de subordinação entre os homens e, por essa via, garantir o direito da
propriedade.

Para Adam Smith as classes se constituem em: classe dos proprietários; classe dos trabalhadores, que vivem de
salários e a classe dos patrões, que vivem do lucro sobre o capital. A subordinação, na sociedade, se deve a quatro
fatores: qualificações pessoais, idade, fortuna e berço. Este último pressupõe fortuna antiga da família, dando a seus
detentores mais prestígio e a autoridade da riqueza aos mesmos.
Smith afirmava que a livre concorrência levaria a sociedade à perfeição uma vez que a busca do lucro máximo promove
o bem-estar da comunidade. Smith defendia a não intervenção do Estado na economia, ou seja o liberalismo
econômico.
Thomas Malthus (1766 – 1834):
Tentou colocar a economia em sólidas bases empíricas. Para ele, o excesso populacional era a causa
de todos os males da sociedade (população cresce em progressão geométrica e alimentos crescem
em progressão aritmética). Malthus subestimou o ritmo e o impacto do progresso tecnológico.

David Ricardo (1772 – 1823):


Mudou, de modo sutil, a análise clássica do problema do valor: “Então, a razão, pela qual o produto
bruto se eleva em valor comparativo é porque mais trabalho é empregado na produção da última
porção obtida, e não porque se paga renda ao proprietário da terra. O valor dos cereais é regulado
pela quantidade de trabalho empregada em sua produção naquela qualidade de terra, ou com
aquela porção de capital, que não paga aluguel”. Ricardo mostrou as interligações entre expansão
econômica e distribuição de renda. Tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o
livre- cambismo.

John Stuart Mill (1806 – 1873):


Introduziu na economia preocupações de “justiça social”
Jean Baptist Say (1768 – 1832):
Deu atenção especial ao empresário e ao lucro; subordinou o problema das trocas diretamente à produção,
tornando-se conhecida sua concepção de que a oferta cria a procura equivalente”, ou seja, o aumento da
produção transformar-se em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras
mercadorias e serviços.

Lei de Say – “É a lei dos mercados”. A oferta cria sua própria procura.
– Partindo do pressuposto de que o mecanismo da economia funcione de modo perfeito e harmônico que tudo
se governa de modo eficiente e sutil, o todo não é problema e apenas as partes mereciam estudo e atenção.

– Foi o economista francês Jean Baptist Say que deu formulação definitiva a esta corrente de ideias em sua
célebre “Lei dos Mercados”, a qual depois se transformou em dogma indiscutível e aceito sem restrições.

– De acordo com ela, a superprodução é impossível, pois as forças do mercado operam de maneira tal que a
produção cria sua própria demanda.

– Nestas condições os rendimentos criados pelo processo produtivo serão fortemente gastos na compra desta
mesma produção. Tal opinião arraigou-se profundamente no século atrasado.
Críticas de Say a Adam Smith

Say recusa-se a acreditar que a Produção deva analisar-se como o processo pelo qual o homem
prepara o objeto para o consumo.

Segundo Say a Produção realiza-se através do concurso de 3 elementos, a saber: O Trabalho, O Capital
e os agentes Naturais (Por Agentes Naturais entenda-se a Terra, etc).

Tal como Smith, considera o Mercado essencial.

Esta faceta é facilmente verificada quando Say afirma que os salários, os lucros e as rendas são Preços
de Serviços, sendo determinados pelo jogo da oferta e da procura no Mercado desses fatores. Say
acredita, contrariamente a Adam Smith, que não há distinção entre trabalho produtivo e Trabalho não
Produtivo.

Recorde-se que Adam Smith defendia que o Trabalho Produtivo era aquele que era executado com
vista à fabricação de um objeto material, já Say defende “todos aquele que fornecem uma verdadeira
utilidade em troca dos seus salários» são Produtivos”
Crítica de Keynes as Teorias Clássicas

O ponto em que Keynes se baseou para contestar os clássicos é que o trabalhador


prefere sempre trabalhar a não trabalhar e que está interessado sobretudo em
manter os seus salários nominais, o que significa que está sujeito ao fenômeno que
chamou de “ilusão monetária”.

A rigidez do salário nominal decorre da resistência dos trabalhadores em aceitar


reduções de seu salário nominal vis- à -vis aos trabalhadores de outro ramo
industrial, porque percebem que a sua situação relativa sofreu uma deterioração.

Já este não é o caso do salário real porque a sua queda afeta por igual todos os
trabalhadores, a não ser quando essa queda for excessivamente grande.
Keynes achava que os trabalhadores, ao agirem dessa forma, revelaram-se mais razoáveis que os próprios
economistas clássicos, que jogavam a culpa do desemprego nos ombros dos trabalhadores pela sua recusa
em aceitarem reduções no seu salário nominal.

À essa altura, Keynes só tinha dois caminhos a seguir: ou explicava o salário real e, a partir daí,
determinava o nível de emprego; ou explicava primeiro o nível de emprego para depois chegar ao salário
real (Macedo, 1982). Keynes escolheu o segundo caminho. Para ele, não são os trabalhadores que
controlam o emprego, mas sim a demanda efetiva.

Dessa maneira, a diminuição dos salários nominais não constitui estratégia eficaz para aumentar o
emprego, uma vez que a manipulação da demanda representava uma política muito mais inteligente.
Nesse aspecto, Keynes literalmente vira “de pernas para o ar” a estrutura clássica: “o emprego não é
elevado pela redução dos salários reais, … o que sucede é o inverso, os salários reais caem porque o
emprego foi elevado mediante um aumento da procura” Portanto, os contratos entre patrões e
empregados só determinam os salários nominais; enquanto que os salários reais – para Keynes – são
determinados por outras forças, isto é, aquelas relacionadas com a demanda agregada e o emprego.
3 – A Teoria Neoclássica (Fins do séc. XIX ao início do séc. XX)

A partir de 1870, o pensamento econômico passava por um período de incertezas diante de teorias
contrastantes (marxista, clássica e fisiocrata). Esse período conturbado só teve fim com o advento da
Teoria Neoclássica, em que se modificaram os métodos de estudo econômicos. Através destes buscou-
se a racionalização e otimização dos recursos escassos.

Conforme a Teoria Neoclássica, o homem saberia racionalizar e, portanto, equilibraria seus ganhos e
seus gastos. É nela que se dá a consolidação do pensamento liberal. Doutrinava um sistema
econômico competitivo tendendo automaticamente para o equilíbrio, a um nível pleno de emprego
dos fatores de produção.
Pode-se dividir essa nova teoria em quarto importantes escolas: Escola de Viena ou Escola Psicológica Austríaca,
Escola de Lausanne ou Escola Matemática, Escola de Cambridge e a Escola Neoclássica Sueca. A primeira se
destaca por formular uma nova teoria do valor, baseada na utilidade (teoria subjetiva do valor), ou seja, o valor
do bem é determinado pela quantidade e utilidade do mesmo. Também chamada de Teoria do Equilíbrio Geral,
a Escola de Lausanne, enfatizava a interdependência de todos os preços do sistema econômico para manter o
equilíbrio. A Teoria do Equilíbrio Parcial ou Escola de Cambridge considerava que a economia era o estudo da
atividade humana nos negócios econômicos, portanto, a economia seria uma ciência do comportamento
humano e não da riqueza. Por fim, a Escola Neoclássica Sueca foi a responsável pela tentativa da integrar a
análise monetária à análise real, o que mais tarde foi feito por Keynes.
Em contraposição ao Karl Marx, um importante neoclássico, Jevons, ponderava que o valor do trabalho
deveria ser determinado pelo valor do produto e não o valor do produto determinado pelo valor do
trabalho. Afinal, o produto dependerá da aceitação do preço pelo comprador para ser vendido.

Com base em novos modelos teóricos, com novas concepções de conceitos sobre valor, trabalho,
produção e outros, os neoclássicos se dispuseram a rever toda a análise econômica clássica. Várias obras
foram escritas tendo por fim alcançar a cientificidade pura da economia. Alfred Marshall, em sua obra
Síntese Neoclássica, tenta provar de que forma o livre funcionamento das relações comerciais
garantiriam a plena alocação dos fatores de produção.

A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e como se chegar ao pleno
emprego dos fatores de produção, baseada no pensamento liberal.
Alfred Marshall (1842-1924)

Alfred Marshall, um dos grandes fundadores da teoria Neoclássica no séc. XIX, no processo de sua
construção, procurou apoiar-se em dois paradigmas de ciência que não se combinam confortavelmente: o
mecânico e o evolucionário.

Conforme o primeiro, a economia real é entendida como um sistema de elementos (basicamente,


consumidores e firmas) que permanecem idênticos a si mesmos exteriores uns aos outros, e que
estabelecem relações de trocas orientados unicamente pelos preços. Estes últimos tem a função de
equilibrar as ofertas e demandas que constituem os mercados .Na economia como um sistema mecânico é
preciso notar, todo movimento é reversível e nenhum envolve qualquer mudança qualitativa.

Conforme o segundo, a economia real é compreendida como um sistema m permanente processo de auto-
organização que apresenta propriedades emergentes. Os elementos do sistema evolucionário podem se
transformar no tempo. Influenciando-se uns aos outros, relacionando-se entre si de várias formas, as quais
também podem mudar. Ao contrário do que ocorre no sistema mecânico, neste último o movimento
acompanha a flecha do tempo e aos acontecimentos são irrevogáveis.

Para Marshal é preciso tomar um caminho evolucionário e este caminho hoje está aberto mesmo o plano do
formalismo já que a era do computador permite o desenvolvimento de modelos com base em dinâmicas
complexas.
Críticas de Samuels ao Neoclassicismo:

Um terceiro aspecto é que há nos institucionalistas várias críticas ao neoclassicismo, embora Samuels
(1995) julgue que exista uma certa suplementariedade entre ambos, com notáveis contribuições dos
últimos quanto ao funcionamento do mercado. Para os institucionalistas, a principal falha do
pensamento neoclássico está no “individualismo metodológico”, que consiste em tratar indivíduos
como independentes, autossubsistentes, com suas preferências dadas, enquanto que, em realidade, os
indivíduos são cultural e mutuamente interdependentes, o que implica analisar o mercado do ponto de
vista do “coletivismo metodológico”.

A oposição ao “individualismo metodológico” se dá porque o mesmo se assenta em pressupostos que


falseiam a complexa, dinâmica e interativa realidade econômica, que pouco tem a ver com a
racionalidade otimizadora de equilíbrio. Ao criticar a natureza estática dos problemas e modelos
neoclássicos, reafirmam a importância em se resgatar a natureza dinâmica e evolucionária da
economia.
4 – Pensamento Marxista
A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx
(1818-1883) e Frederic Engels. Criticavam a “ordem natural” e a “harmonia de interesses”, pois há concentração
de renda e exploração do trabalho.

O pensamento de Marx não se restringe unicamente ao campo da economia, mas abrange, também, a filosofia,
a sociologia e a história. Preconizava a derrubada da ordem capitalista e a inserção do socialismo. Convém
esclarecer que Marx não foi o fundador do socialismo, pois este já vinha se formando durante os períodos ora
citados, tendo por início a obra “A República”, onde Platão demonstra sinais de ideologia socialista. No entanto,
as obras anteriores ao Karl Marx, estiveram destituídas de sentido prático e nada mais fizeram do que contrapor-
se às práticas comerciais realizadas à época.
Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que erraram ao afirmar que a estabilidade e o
crescimento econômico seria efeito da atuação da ordem natural. E explica, dizendo que “as forças que
criaram essa ordem procuram estabilizá-la, sufocando o crescimento de novas forças que ameaçam
solapá-la, até que essas novas forças finalmente se afirmem e realizem suas aspirações”.

Ao afirmar que “o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra
mercadoria, pelo tempo de trabalho à produção, e consequentemente à reprodução, desse artigo em
especial”, Marx modificou a análise do valor-trabalho (teoria objetiva do valor). Desenvolveu, também,
a teoria da mais- valia (exploração do trabalho), que é a origem do lucro capitalista, de acordo com o
pensamento marxista. Analisou as crises econômicas, a distribuição de renda e a acumulação de
capital.

No decorrer da evolução do pensamento econômico, Marx exerceu grande impacto e provocou


importantes transformações com a publicação de duas conhecidas obras: Manifesto Comunista e Das
Kapital. Segundo sua doutrina, a industrialização vinha acompanhada de efeitos danosos ao
proletariado, tais como, baixo padrão de vida, longa jornada de trabalho, reduzidos salários e ausência
de legislação trabalhista.
Teoria da mais valia:

Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em mercadoria, o valor de força de trabalho
corresponde ao socialismo necessário.

Tudo estaria bem, contudo o valor deste socialmente necessário é um problema.

Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de subsistência, que é o mínimo que assegura a manutenção e
reprodução do trabalho.

Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor acrescentado durante o processo de produção,
ou seja, fornece mais do que aquilo que custa é essa diferença que Marx chama de mais valia. A mais valia não pode ser
considerado um roubo pois é apenas fruto da sociedade privada dos meios de produção.

Mas, os capitalistas e os proprietários, procuram aumentar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos
trabalhadores, é pois esta situação de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica.

Marx critica a essência do Capitalismo, que reside precisamente na exploração da força de trabalho pelo Produtor
Capitalista, e que segundo Marx, um dia Haverá de levar a Revolução Social.
5 – O Keynesianismo (Década de 1930)

Quando a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos econômicos, surgiu o economista
inglês John Maynard Keynes que, com suas obras, promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-
se, principalmente, ao marxismo e ao classicismo. Substituindo os estudos clássicos por uma nova maneira da
raciocinar na economia, além de fazer uma análise econômica reestabelecedora do contato com a realidade.

Seus objetivos eram de, principalmente, explicar as flutuações econômicas ou flutuações de mercado e o
desemprego generalizado, ou seja, o estudo do desemprego em uma economia de mercado, sua causa e sua
cura.

Opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser mantido, desde que
fossem feitas reformas significativas, já que o capitalismo houvera se mostrado incompatível com a
manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica. Recebendo, portanto, muitas críticas dos
socialistas no que se refere ao aumento da inflação, ao estabelecimento da uma lei única de consumo,
ignorando as diferenças de classes. E, por outro lado, algumas de suas ideias foram agregadas ao pensamento
socialista, como por exemplo, a política do pleno emprego e a do direcionamento dos investimentos.
Keynes defendia a intervenção moderada do Estado. Afirmava que não havia razão para o socialismo do
Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os problemas sociais, ao Estado compete
incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de seus detentores.
Roy Harrod acreditava que Keynes tinha três talentos que poucos economistas possuem. Primeiramente a
lógica, para assim poder ter se transformado num grande especialista na teoria pura da Economia. Dominar a
técnica de escrever lúcida e convincentemente. E, por fim, possuir um senso realista de como as coisas se
realizarão na prática.

Suas obras estimularam o desenvolvimento de estudos não só no campo econômico, mas também nas áreas
da contabilidade e da estatística. Na evolução do pensamento econômico, até agora, não houve nenhuma
obra que provocasse tanto impacto quanto a Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda de Keynes.
O pensamento Keynesiano deixou algumas tendências que prevalecem até hoje no nosso atual
sistema econômico. Dentre as principais, os grandes modelos macroeconômicos, o intervencionismo
estatal moderado, a revolução matematizante da ciência econômica…

Os Keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação,
considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais.
Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento de salários e preços. Mas a
partir da década de 60os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.

A partir do final da década de 70, os economistas tem adotado argumentos monetaristas em


detrimento daqueles propostos pela doutrina Keynesiana; mas as recessões em escala mundial, das
décadas de 80 e 90 refletem os postulados da política econômica de Jonh Maynard Keynes.
Turma: PP1C
Turma: PP1B
Turma: PP1A
Evolução do Pensamento Econômico – Resumo, links e foco na Escola Neoclássica

Essa matéria do Estadão, traz as principais Escolas de Pensamento econômico e autores e pontos de destaque de cada uma. Assista o vídeo. Diminui a velocidade pra você
conseguir absorver melhor as informações, eles falam voando!

https://economia.estadao.com.br/blogs/econoweek/as-principais-linhas-do-pensamento-economico/

Como a Economia Neoclássica é o carro chefe da Economia nos dias de hoje, veremos muitos conceitos a partir dela, não só em sala de aula, mas também no nosso dia dia e nos
principais livros texto!

Segue aqui, mais um post que o que me chamou principalmente, foi a explicação sobre o que são as Escolas de Pensamento Econômico.

https://boletimeconomico.com.br/entenda-as-7-principais-escolas-do-pensamento-economico/

7 Principais Escolas do Pensamento Econômico | Boletim Econômico


E scolas do pensamento econômico? Talvez, você nunca tenha escutado esse termo, mas com certeza você já ouviu falar de alguma dessas escolas. O que acontece é que a
economia apresenta ao longo da história diversas interpretações do ambiente econômico.
boletimeconomico.com.br

Esse último link, se aprofunda mais no tema da Escola Neoclássica, é um artigo acadêmico, bastante citado, o que significa que ele tem boa recomendação.

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000100003
As Forças de Mercado da Oferta
e da Demanda
As Forças de
Mercado da Oferta
e da Demanda

Capítulo 4 – Mankiw – Introdução a Economia


As forças de mercado da
Oferta e da Demanda.

• A oferta e a demanda são forças que fazem as


economias de mercado funcionar. São elas que
determinam a quantidade produzida de cada bem e
o preço pelo qual o bem será vendido.

• O tema considera como compradores e


vendedores se comportam e interagem no mercado e
mais, como alocam os recursos escassos da
economia.
Mercados e Competição
Mercados e Competição

Um mercado é um grupo de compradores e vendedores de


um dado bem ou serviço.

• Compradores determinam a demanda

• Vendedores determinam a oferta


Mercados e Competição

• O que é Competição?

Cada comprador sabe que há vários vendedores para escolher, e cada vendedor
tem consciência de que seu produto é semelhante àquele oferecido por outros.
Desse modo um vendedor ou um comprador não determinam o preço e a
quantidade vendida, e sim, são formados a partir do momento que eles
interagem, ou negociam.
Tipos de Mercados e Competição
• Mercado perfeitamente competitivo

Para melhor didática, levaremos em conta que os mercados são


perfeitamente competitivos, ou seja:

1. Os produtos são todos iguais.


2. Os compradores e vendedores são tão numerosos que nenhum deles é
capaz de individualmente influenciar o preço de mercado. São
tomadores de preço.
3. Não existem barreiras à entrada e à saída

A preço de mercado, os compradores podem adquirir tudo o que desejam e


os vendedores vender tudo o que querem.
Mercados e Competição
• Mercado competitivo

• Mercado competitivo descreve um mercado onde há tantos


compradores e vendedores que cada um deles individualmente tem
impacto insignificante sobre o preço do mercado.

• Cada vendedor de sorvete tem controle limitado sobre o preço porque


outros vendedores oferecem produtos similares.

• Da mesma forma, comprador algum pode influenciar o preço do


sorvete porque cada um deles compra uma quantidade muito pequena
em relação ao total de sorvete comercializado.
Tipos de Mercados e Competição
• Monopólio
• Um vendedor
• Esse vendedor determina o preço do bem ou serviço
ofertado;

• Oligopólio
• Poucos Vendedores
• Competição agressiva

• Concorrência Monopolística
• Muitos Vendedores
• Produtos Diferenciados
Demanda
• Lei da Demanda
Com tudo mais mantido constante “ceteris paribus” a quantidade demandada de um
bem diminui quando o preço aumenta.

• Quantidade Demandada
Quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar

• Escala de Demanda
Tabela que mostra a relação entre o preço de um bem e a quantidade demandada.

• Curva da Demanda
A curva da demanda é uma linha negativamente inclinada relacionando preços e
quantidades demandadas.
Curva da Demanda
• Curva da Demanda
A curva da demanda é uma linha negativamente inclinada
relacionando preços e quantidades demandadas.

Teoricamente, parte-se da função Utilidade Individual onde:

Utilidade= U= f (Gostos, renda, preços de substitutos, etc.).


• Cada indivíduo tem sua própria curva de demanda
• Conceitos como gostos são difíceis de medir
• Observa-se a demanda...
Escala da Demanda
Preço do Quantidade
Sorvete Demandada
$ 0,00 12
$,50 10
$1,00 8
$1,50 6
$2,00 4
$ 2,50 2
$ 3,00 0

Uma redução no preço, aumenta uma quantidade


de sorvete demandada;
Escala da Demanda
Preço do Quantidade
Sorvete Demandada
$ 0,00 12
$,50 10
$1,00 8
$1,50 6
$2,00 4
$ 2,50 2
$ 3,00 0

Uma redução no preço, aumenta uma quantidade


de sorvete demandada;
Escala da Demanda
Preço do Quantidade
Sorvete Demandada
$ 0,00 12
$,50 10
$1,00 8
$1,50 6
$2,00 4
$ 2,50 2
$ 3,00 0

Uma redução no preço, aumenta a quantidade de


sorvete demandada;
Lei da Demanda

A Lei da demanda, determina que


existe uma relação inversa entre preço
e quantidade demandada.

Uma redução no preço, aumenta a quantidade de


demandada;
Lei da Demanda

Uma redução no preço, aumenta a quantidade de


demandada;
Demanda de Mercado:
É a soma das demandas Individuais
Preço do Quantidade Quantidade Demanda do A quantidade demandada em um
Sorvete Demandada Demandada Mercado mercado é soma das quantidades
pela pelo Nicolau demandadas por todos os
Catarina compradores a cada preço.
$ 0,00 12 7 19
$,50 10 6 16 Assim, a curva de mercado é
$1,00 8 5 13 encontrada somando-se
horizontalmente as curvas de
$1,50 6 4 10
demanda individuais. (M1. pp.67)
$2,00 4 3 7
$ 2,50 2 2 4
$ 3,00 0 1 1
Determinantes da demanda

Que fatores determinam quanto sorvete você irá comprar?

• Preço do Mercado
• Renda do Consumidor
• Preço dos Bens relacionados (Podem ser complementares ou
substitutos)
• Gostos
• Expectativas
• Número de consumidores
Fatores que deslocam a curva de
demanda
Como a curva de demanda mantém constante os muitos
outros fatores, ela não precisa ser estável ao longo do
tempo.

Renda – O que aconteceria com sua demanda se você


perdesse o seu emprego? Uma renda menor, significa que
você tem menos recursos para seus gastos totais; Se a
demanda diminui quando a renda cai, o bem é chamado
de normal.
Fatores que deslocam a curva de demanda

Gosto, desejo: O mais obvio determinante de sua demanda são seus gostos. Se
você gosta de sorvete, comprará mais sorvete. Os economistas examinam o que
acontece quando os gostos mudam.

Expectativa: Suas expectativas quanto ao futuro podem afetar sua demanda


por um bem ou serviço hoje.
Se você tem expectativa de obter uma renda maior no mês que vem, pode decidir
economizar menos e gastar mais na compra de sorvete. Se você espera que o
preço do sorvete diminua amanhã, pode estar menos disposto a comprar sorvete
ao preço de hoje.
Fatores que deslocam a curva de demanda

Quantidade de Compradores: Além dos fatores mencionados


anteriormente, que influenciam o comportamento do comprador
individual, a demanda do mercado depende do número desses
compradores. Se “Pedro” se juntasse a Catarina e Nicolau como
outro consumidor de sorvete, a quantidade demandada pelo
mercado seria maior a cada preço e a curva de demanda
aumentaria, isto é, deslocaria para a direita.
Fatores que deslocam a curva de demanda
Importante!! A curva de demanda mostra o que acontece com a
quantidade demandada de um bem quando seu preço muda, ceteris
paribus, que influenciam os compradores. NA CURVA!

A curva se desloca, quando há alteração em uma variável relevante que


não é medida nos dois eixos.

O preço está no eixo vertical e a mudança de preços representa uma


mudança AO LONGO da curva de demanda. Em contrapartida, a renda, os
preços de bens relacionados, o gosto, as expectativas e o número de
compradores não são medidos em nenhum eixo; portanto, qualquer
alteração em uma dessas variáveis DESLOCA A CURVA DE DEMANDA.
Lei da Demanda
Na medida em que a renda do
consumidor aumenta, a demanda por
um bem normal também aumenta. Aumento da
demanda
Há o deslocamento da curva da
demanda para a direita. Curva de
demanda D2
Celular, carro, roupa de marca, pacotes de turismo...

Curva de
demanda D1
Lei da Demanda

Na medida em que a renda do


consumidor aumenta, a demanda por Redução da
um bem inferior diminui. demanda

Há o deslocamento da curva da
demanda para esquerda. Curva de
demanda D1

Carne de segunda, margarina, frango, Miojo, marcas


genéricas, cervejas mais baratas, planos de celular pré Curva de
pagos... demanda D3
Fatores que deslocam a curva de
demanda
Preços de Bens relacionados: suponhamos que o preço do
Frozen Yogurt caia, a lei da demanda diz que você
comprará mais Frozen Yogurt, ao mesmo tempo que
comprará menos sorvete.

Quando a queda do preço de um bem reduz a demanda


por outro bem, os dois bens são chamados de substitutos.

Manteiga e margarina, Pizza do Fratello (super cara) x Pizza do Dom Bosco (baratinha,
delícia), Filé x Patinho, Restaurante x Boteco, Uber x Busão, Taxi x Uber (em Salvador);
Pizza Veridiana (chiquérrima) x Pizza Jesus Pizza (Baratinha sucesso)
Lei da Demanda

Quando a queda de preço de um bem


reduz a demanda por outro bem, os
dois bens são chamados de Redução da
substitutos. demanda

Há o deslocamento da curva da
demanda para esquerda.
Curva de
demanda D1

Curva de
demanda D3

Frozen Yogurt e sorvete


Preços de Bens relacionados
Preços de Bens relacionados: suponhamos que o preço da calda de
chocolate quente caia, a lei da demanda diz que você comprará mais
cobertura, ao mesmo tempo que comprará também mais sorvete.
Porque frequentemente sorvete e calda são consumidos juntos.
Quando a contração do preço de um bem expande a demanda de
outro, o dois bens são chamados complementares.
Deslocamentos na curva de demanda

Aumento da
Quando a queda no preço de um bem demanda
aumenta a demanda por outro bem,
os dois bens são chamados de
Curva de
complementares. demanda D2

Calda de chocolate / sorvete


Arroz / Feijão
Pão / manteiga Curva de
demanda D1
Deslocamentos da Curva de
Demanda
• Número de Compradores: Além dos fatores
mencionados anteriormente, que influenciam o
comportamento de compradores individuais, a
demanda do mercado depende do número desses
compradores.
Deslocamentos da Curva de Demanda
Se Pedro se juntasse a Catarina e
Nicolau, como outro consumidor de
sorvete, a quantidade demandada Aumento da
de mercado seria maior a cada demanda
preço e a curva de demanda Curva de
aumentaria, isto é, se deslocaria demanda D2
para a direita.

Curva de
demanda D1
Tipos de bens
• Bem normal: bem para o qual, todos os demais fatores mantidos
constantes, um aumento na renda leva a um aumento da
demanda.

• Um exemplo de bem normal são os veículos automotores. Ou


também os pacotes de turismo. Conforme a renda das pessoas
aumenta, estes dois bens passam a ser mais demandados, logo,
são bens normais.

• Efeito-renda: Se o preço ao consumidor final aumenta, o mesmo (o


consumidor) reduz o consumo do produto; O contrário é verdadeiro.

• Efeito-substituição: com o aumento no preço de determinado bem ou serviço,


os consumidores procuram outro similar, de menor valor.
Tipos de bens
• Bens substitutos: dois bens para os quais o aumento do preço
de um leva a um aumento da demanda pelo outro.
• Margarina e manteiga são em geral consideradas bens
substitutos, uma vez que exercem basicamente a mesma
função. Carne Bovina e Carne de frango. / Nescau e Toddy
• Gasolina e álcool.

• Bens complementares: dois bens para os quais o aumento do


preço de um leva a uma redução da demanda pelo outro.
• Tênis e meia, café e leite, arroz e feijão, lâmpada elétrica e
eletricidade, carne de churrasco e carvão, carro e combustível.
Bens substitutos Bens complementares
perfeitos perfeitos
Tênis e meia

Tenis

3
2

2 3
Meia
Tipos de bens
• Bem inferior: Bem para o qual, todos os demais fatores
mantidos constantes, um aumento na renda leva a uma
diminuição da demanda.

• São os que substituem um bem normal, com preços mais


baixos, porém, não tendo a mesma percepção de qualidade. A
característica, portanto, desse ramo é que a demanda por
produtos ou serviços aumenta à medida que a renda da
população cai.

• Restaurantes populares, cervejas mais baratas, planos de


celulares pré-pagos,
Tipos de bens
• Existem ainda os Bens de Giffen e Bens de Veblen

• Os dois conceitos se diferenciam da Lei da Procura, em relação ao


comportamento da demanda com o preço aumentado.

• A teoria de Bem Giffen se refere a bens básicos e para consumidores


de baixos rendimento. Os bens de Giffen são um tipo específico de
bem inferior: são de pequeno valor, porém de grande importância no
orçamento dos consumidores de baixa renda.

• Já o Bem de Veblen trata de consumidores que procuram produtos


de luxo. Este é o ponto que os diferenciam. De acordo com Thorstein
Veblen, quando se trata de produtos, o preço alto demonstra que o
produto é mais valorizado, exclusivo. Por isso, os bens de luxo são
mais desejados de conforme o aumento dos preço.

• Assim sendo, as duas teorias trabalham com um inclinação positiva


na curva da procura. Esta demonstra um aumento da quantidade com
o aumento do preço, ou vice-versa.
Tipos de bens
• Bens de Giffen:
• Um bem inferior é considerado bem de Giffen, quando seu
efeito renda é maior que seu efeito substituição:
• Um exemplo interessante, é o do pãozinho francês, ou da
farinha de mandioca, assim como de outros produtos básicos.
• Uma elevação moderada dos preços do pão, pode levar a um
maior consumo de pão, principalmente em famílias pobres,
pois não há outro bem barato e acessível em sua dieta.
• Desta forma, maiores gastos com pão, levariam a uma redução
de outros produtos alimentícios, o que obrigaria aos mais
pobres a consumir mais pão para sobreviver.
O bem de Giffen desafia a lei da procura e da oferta, pois, mesmo
quando o seu preço tem um aumento discreto, aumenta sua demanda
e a procura cai quando o preço diminui. (Lembre-se que estamos
falando de casos de extrema escassez).

Um exemplo foi o consumo de arroz na alimentação dos chineses,


estudo conduzido por Robert Jensen e por Nolan Miller na província de
Hunan na China; Como ele é o item mais barato da cesta, quanto
menor seu preço, as famílias passam a ter mais renda para consumir
outros bens.

Com o aumento do preço do arroz, por se tratar de um bem básico, ele


é priorizado na cesta de produtos em detrimento de outros bens.

Isso significa que seu efeito renda é maior do que o seu efeito
substituição.
As Bíblias como bem de consumo podem
ser considerados como bens de Giffen no
Brasil.

Muitas famílias pobres poderão priorizar


sua leitura e consumo de bíblias de estudo
com alto valor agregado.
Bens de Veblen

• Os bens de Veblen são bens de consumo


ostentatório, tais como obras de arte,
jóias, tapeçaria e automóveis de luxo.
Oferta
• A curva de oferta: A relação entre preço e quantidade
ofertada.
• A quantidade ofertada de qualquer bem ou serviço é a
quantidade que os vendedores querem e podem vender.
• Existem muitos determinantes da quantidade ofertada, mas
novamente, o preço representa um papel central em nossa
análise.
• Quando o preço do sorvete está elevado, vender sorvete é
lucrativo, portanto a quantidade ofertada é grande.

Paula Sauer
Oferta
• Escala de oferta: tabela que mostra a relação entre o preço e a
quantidade ofertada de um bem.
• Curva de oferta: gráfico da relação entre o preço de um bem e a
quantidade ofertada, mantendo-se constantes todos os demais
fatores.
Escala de oferta

• A escala de oferta mostra a


quantidade ofertada a cada
preço.
Curva de oferta
• A curva de oferta, que representa
graficamente a escala de oferta, mostra
como a quantidade ofertada do bem muda
conforme seu preço varia. Como um preço
mais elevado aumenta a quantidade
ofertada, a curva de oferta se inclina para
cima.
Oferta
Com os preços altos, vendedores de sorvete trabalham por muitas horas,
compram muitas máquinas de fabricar sorvete e contratam muitos
trabalhadores.

Mas se os preços caem, o negócio é menos lucrativo e os vendedores


produzem menos sorvete. A um preço baixo, alguns vendedores podem até
optar por paralisar ou mesmo fechar o negócio, e com isso sua quantidade
ofertada cai para zero.

Paula Sauer
Oferta

Essa relação entre preço e quantidade ofertada é chamada de lei da oferta.


Com tudo mais mantido o constante, quando o preço de um bem aumenta, a
quantidade ofertada desse bem também aumenta, e, quando o preço de um
bem cai, a quantidade ofertada desse bem também cai.

Paula Sauer
Oferta individual x Oferta de mercado

• Oferta individual • Oferta de mercado


• Oferta de um determinado bem ou serviço • Soma das ofertas de todos os vendedores
por um vendedor. de um determinado bem ou serviço.

A curva de oferta de mercado mostra como a quantidade ofertada total varia à medida que o preço
do bem varia, mantendo constantes todos os outros fatores que influenciam as decisões dos
produtores sobre a quantidade a ser vendida.
Oferta O1
D1
• A curva de oferta: A relação
entre preço e quantidade O2
ofertada.
• A quantidade ofertada de
qualquer bem ou serviço é
a quantidade que os
vendedores querem e
podem vender.

Preço dos insumos; (matéria prima)


Tecnologia;
Expectativas;
Número de vendedores.

Paula Sauer
Deslocamentos da curva de oferta
• Uma mudança que aumenta
a quantidade ofertada a cada
preço e desloca a curva de
oferta para a direita:
aumenta da oferta.
• Uma mudança que reduz a
quantidade ofertada a cada
preço e desloca a curva de
oferta para a esquerda:
redução da oferta.
Deslocamento da Curva de Oferta

• Preços dos insumos ou


preço da matéria prima:
Para produzir o sorvete, os
vendedores usam diversos
insumos: leite, açúcar,
aromatizantes, máquinas de
fabricar sorvete, as fábricas
onde o sorvete é produzido
e os funcionários da fábrica.

Paula Sauer
Deslocamento da Curva de Oferta

• Tecnologia:
A tecnologia utilizada
para transformar os
insumos em sorvete é
também outro
determinante da oferta.

Paula Sauer
Deslocamento da Curva de
Oferta
• Tecnologia: A invenção de
máquinas de produzir sorvete,
por exemplo, reduziu a
quantidade de trabalho
necessária para a produção de
sorvete.
• Reduzindo os custos das
empresas, os avanços na
tecnologia aumentam a oferta
de sorvete.

Paula Sauer
Deslocamento da Curva de
Oferta
• Expectativas: A quantidade de sorvete de
casquinha que uma empresa oferece hoje
pode depender de suas expectativas
quanto ao futuro.

• Se por exemplo uma empresa tiver a


expectativa de que o preço do sorvete
aumente no futuro, ela estocará parte de
sua produção atual e ofertará menos
hoje.

Paula Sauer
Deslocamento da Curva de
Oferta
• Número de vendedores: Além dos fatores
mencionados anteriormente que
influenciam o comportamento de
vendedores individuais, a oferta de
mercado depende do número de
vendedores. Mc’Donald saíssem do ramo
do sorvete, a oferta do mercado
diminuiria.

Paula Sauer
Deslocamentos da curva de oferta

• Variáveis que podem deslocar a curva de oferta:

• Preço dos insumos;


• Tecnologia;
• Expectativas;
• Número de vendedores.
Resumo Oferta

• A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade ofertada


de um bem quando seu preço varia, ceteris paribus (mantidas
constantes todas as demais variáveis que influenciam os
vendedores. Quando uma dessas variáveis muda (expectativas,
preço de insumos, tecnologia e quantidade de vendedores) a curva
de oferta se DESLOCA.
• O preço está no eixo vertical, então uma mudança de preço
representa um movimento AO LONGO da curva de oferta.
Resumo Oferta
• A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade ofertada de um bem
quando seu preço varia, ceteris paribus. Quando uma das variáveis que influencia a
quantidade vendida muda, a curva de oferta se desloca.

apresenta variáveis que exercem


Uma mudança nesta
influencia sobre a quantidade Variável
variável...
ofertada
Esta tabela apresenta variáveis que Representa um movimento
Preço
exercem influencia sobre a ao longo da curva de oferta.
quantidade ofertada. Observe o Preço dos Insumos Desloca a Curva de Oferta
papel que o preço exerce, uma
mudança no preço do bem Tecnologia Desloca a Curva de Oferta
representa um movimento ao longo Expectativas Desloca a Curva de Oferta
da curva de oferta, ao passo que uma
mudança de qualquer outra variável No. de vendedores Desloca a Curva de Oferta
desloca a curva de oferta.
Oferta e demanda reunidas

• Equilíbrio de mercado é uma situação em que o preço de


mercado atingiu o nível em que a quantidade ofertada é igual à
quantidade demandada.
• Preço de equilíbrio: o preço que iguala a quantidade ofertada e a
quantidade demandada.
• Quantidade de equilíbrio: a quantidade ofertada e a quantidade
demandada ao preço de equilíbrio.
Equilíbrio de mercado
• O equilíbrio é encontrado
no ponto em que ocorre
intersecção da curva de
oferta com a curva de
demanda. Ao preço de
equilíbrio, a quantidade
ofertada é igual à
quantidade demandada.
Mercados em desequilíbrio

• Excesso de oferta: situação em que a quantidade ofertada é maior


que a quantidade demandada.
• Excesso de demanda: situação em que a quantidade demandada
é maior que a quantidade ofertada.
Lei da oferta e da demanda

O preço de qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade


ofertada e a quantidade demandada do bem para o equilíbrio.
Movimento ao longo da curva x
Deslocamento
• Mudança na quantidade • Mudança na demanda
demandada /ofertada /oferta
• Deslocamento da curva de
• Movimento ao longo de uma demanda.
curva de demanda /oferta • Ocorre quando um determinante
(fixa). da demanda /oferta (que não seja
o preço, qualquer outra variável)
• Ocorre quando o preço muda. muda.
• Mudança no “ponto” ao longo
da curva
Como os preços alocam recursos?

• “Os mercados são, em geral, uma boa maneira de organizar a


atividade econômica.”
• Em uma economia de mercado, oferta e demanda determinam
os preços dos diferentes bens e serviços da economia.
• Os preços, por sua vez, são os sinais que orientam a alocação de
recursos.
Conceitos-chave

• Mercado • Complementares • Excesso de oferta


• Mercado competitivo • Substitutos • Preço de equilíbrio
• Curva de demanda • Curva de oferta • Quantidade de equilíbrio
• Escala de demanda • Escala de oferta
• Lei da demanda • Lei da oferta
• Quantidade demandada • Quantidade ofertada
• Bem inferior • Equilíbrio
• Bem normal • Excesso de demanda
A renda do Popeye diminui e, como
resultado, ele compra mais espinafre.
O espinafre é um bem inferior ou
normal?

O que acontece com a curva de


demanda de Popeye por espinafre?

E com o preço do espinafre?


Neste caso temos que o espinafre é um bem inferior (na hora
que a renda diminui temos um aumento da demanda). A curva
de demanda se desloca para a direita e para cima aumentando
a quantidade demandada e o nível de preços ao atingirmos o
novo ponto de equilíbrio.
Consumidor /
Demanda

p
Ofertante / Produtor /
D1 Oferta

15

10

D2 q
45 50 55
Receita= PxQ -> 10x 5= 50 reais
Lucro= receita – custo de produção -> L= 50-40= 10
Lucro= Receita – custo de produção= L=50-45=5
Quatro passos para analisar mudanças do
equilíbrio
1. O movimento é ao longo da curva (preço) ou deslocamento da curva
qualquer outra variável (fatores que deslocam as curvas de oferta e
demanda).
2. Analisar se o acontecimento desloca a curva de oferta, de demanda ou
ambas.
3. Verificar se o deslocamento da curva é para a direita ou para a esquerda..
4. Usar o diagrama (gráfico) e escala (tabela) de oferta e demanda para
verificar como o deslocamento das curvas afeta o preço e a quantidade de
equilíbrio.
Para Casa (Mankiw 72/73)

• 1. Desenhe uma tabela de oferta


mensal de pizza e trace a respectiva
curva de oferta; (dica use a escala
de oferta).
• Dê um exemplo de algo que
deslocaria essa curva de oferta e
explique resumidamente sua
resposta.
• Uma mudança no preço da pizza
deslocaria essa curva de oferta?
• Demonstre graficamente e
justifique.
2. Em uma tabela adequada, mostre o que acontece
com o mercado de pizza quando o preço do tomate
(matéria prima para confecção da pizza) aumenta,
demonstre graficamente e justifique.
• Em uma tabela separada, mostre o que acontece
com o mercado de pizza quando o preço do
hambúrguer cai, demonstre graficamente e
justifique. (hamburguer substituto).

• 3. Uma mudança dos gostos dos consumidores leva


a um movimento ao longo da curva de demanda ou
a um deslocamento desta? Uma mudança no preço
leva a um movimento ao longo da curva de demanda
ou a um deslocamento desta? Demonstre
graficamente e justifique.

• Mankiw cap 4.
• 4. Defina o equilíbrio de um mercado. Descreva as forças que
conduzem o mercado em direção ao equilíbrio.
• 5. Pizza e Coca-cola são complementares porque sempre são
saboreados juntos. Quando o preço da Coca-cola aumenta, o que
acontece com a oferta, demanda, a quantidade demandada,
quantidade ofertada e o preço no mercado de pizza. Demonstre
graficamente e justifique;
• 6. Considere os mercados de DVD, aparelhos de TV e
ingressos de cinema.
a) Para cada par, identifique se são complementares ou
substitutos:
• DVD e aparelho de TV:
• DVD e ingressos de cinema:
• Aparelhos de TV e ingressos de cinema:
b) Suponha que um avanço tecnológico reduza o custo de
produção de um aparelho de TV. Represente graficamente
o que acontece nesse mercado.
c) Faça dois diagramas (gráfico) para mostrar como as
mudanças no mercado de aparelhos de TV afetam os
mercados de DVDs e de ingressos de cinema.

• Mankiw cap. 4
7. O que é, e que aspectos determinam um mercado
perfeitamente competitivo? Cap. 14
Para manter a demanda
aquecida...

Vocês precisam ver esse


filme!!!
• Que outras alternativas podemos pensar?

• http://www.adorocinema.com/filmes/filme-238309/
• https://fb.watch/4oeRC6CGiG/
• https://www.dailymotion.com/video/x3aztjb
• https://www.youtube.com/watch?v=DjncKUmpOZk (trailler
legendado).
Oferta e Demanda reunidas
• Conceitos importantes:

• Ponto de Equilíbrio: Situação na qual, o preço de mercado atingiu o nível em que a quantidade ofertada é
igual a quantidade demandada.

• Preço de Equilíbrio: O preço que iguala a quantidade ofertada com a quantidade demandada;

• Quantidade de Equilíbrio: A quantidade ofertada e a quantidade demandada ao preço de equilíbrio;

• Excesso de Oferta: Uma situação em que a quantidade ofertada é maior que a quantidade demandada. Ex.
Super safra de batata.

• Excesso de Demanda: Uma situação em que a quantidade demandada é maior que a quantidade ofertada.
Ex. Vacina Covid, leitos em hospitais;

Receita= PxQ
Lucro=Receita – Custo de produção
Equilíbrio oferta e demanda

• O equilíbrio é encontrado
no ponto em que ocorre
interseção da curva de
oferta com a curva de
demanda. Ao preço de
equilíbrio, a quantidade
ofertada é igual a
quantidade demandada.
Ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio
• Qd = Qs
• Não há escassez de oferta
• Não há escassez de demanda
• Não há pressão para que o preço seja alterado;
Excesso de Oferta

• Suponhamos que o preço de mercado


esta acima do preço de equilíbrio. Ao
preço de $2,50 por sorvete, a quantidade
ofertada 10 sorvetes, é maior que a
quantidade demandada. Há um excesso
de oferta do bem, os fornecedores não
conseguem vender toda produção do bem
ao preço vigente.
• Ocorrem promoções para esvaziar o
estoque...
Excesso de Demanda

• Suponhamos agora que o


preço de mercado esteja
abaixo do preço de equilíbrio.
Ao preço de $1,50 por sorvete,
a quantidade demandada de
sorvetes, é maior que a
quantidade ofertada 4
sorvetes.
• Há um excesso de demanda
do bem, os fornecedores não
conseguem atender a
demanda do bem ao preço
vigente e se formam longas
filas para comprar sorvete.
Um novo preço de Equilíbrio
Um novo preço de Equilíbrio
• Havendo muita procura em torno dos poucos bens, os
vendedores podem reagir à escassez aumentando seus
preços sem, com isso perder as vendas. Esses aumentos
de preços fazem com que a quantidade demandada caia e
a quantidade ofertada suba.
• Mais uma vez, essas mudanças representam movimentos
ao longo das curvas de ofertas, e de demanda e elas
movimentam o mercado em direção ao equilíbrio.

• Lei da Oferta e da Demanda


• A afirmação de que o preço de qualquer bem se ajusta
para trazer a quantidade ofertada e a quantidade
demandada desse bem para o equilíbrio.
Excesso de Oferta

Observe o movimento
• O preço do mercado está acima do equilíbrio
• Há excesso de oferta
• Os produtores diminuem os preços
• A quantidade demandada aumenta e a ofertada
diminui
• O mercado continua a se ajustar até que o preço
de equilíbrio seja atingido

Paula Sauer
Excesso de Oferta
Qs= Q2>Qd=Q1

O Excesso de Oferta é Q2 –Q1


Os produtores diminuem o P
A quantidade de Oferta cai e a demanda aumenta
O ponto de equilíbrio se dá em P2 Q3

P1

P2

Paula Sauer Q1 Q2 Q3
Escassez de Oferta

O preço de mercado está abaixo do Equilíbrio

Há escassez de oferta
Os produtores aumentam os Preços
A quantidade demandada cai e a oferta aumenta

Paula Sauer
Mecanismo de
Mercado - resumo

• Oferta e demanda interagem para determinar o


preço de equilíbrio

• Quando não estiver em equilíbrio, o mercado se


ajustará diminuindo o excesso ou escassez de
oferta e restabelecerá assim, o equilíbrio.

• Os mercados devem ser competitivos para que o


mecanismo seja eficiente.

Paula Sauer
• Quando a oferta e a demanda mudam
simultaneamente, o impacto no preço de equilíbrio
e na quantidade é determinado pelos seguintes
fatores:

• 1 direção e tamanho relativo das mudanças


• Formato das curvas de oferta e demanda
Exemplo Suponha que a equação da reta
seja:
1.
Qd= 10-P + 2R

Qo= 10 +2P

Onde P é o preço em reais por


unidade e R renda em reais;

Se a renda R for R$ 90,00, qual o


preço de equilíbrio?
Exemplo • Como R =90 a demanda pode ser reescrita
como:

1. • Ponto de Equilíbrio= Qd = Qo
• Qd=10-p +2 (90)

• Então:
• Qd=190-P
• Qo=10 + 2P
• Equilíbrio -> Qd = Qo
• 190 – P = 10 + 2P
• -3P=-180
• P*= 60 reais por unidade
• Q* = 190 – P* -> Q*= 130 unidades
Mudança de • Suponha agora que por algum motivo
desconhecido a demanda tenha se reduzido em
Equilíbrio 30%.
• Qual a nova demanda de mercado?
• Quais são: novo preço e a nova quantidade de
equilíbrio?
• Note que a oferta permanece a mesma. Precisamos
encontrar nova demanda.
• Oferta: Qo=10 + 2P
Mudança
de • Como a redução na demanda foi de 30%
Equilíbrio a nova demanda representa agora
apenas 70% da demanda original.
• Ou seja, Qd nova = 0,7 Qd original
• Qd original = Qd 10 – P + 2R
• Qd nova = 0,7 (10 – P +2R)

• Então: Qd nova = 7-0,7P + 1,4R


Elasticidade conceito e
aplicações
Elasticidade e
sua aplicação
Elasticidade-preço da
demanda
• Uma medida do quanto a quantidade demandada de um bem
reage a uma mudança no preço do bem em questão.

Elasticidade-preço da demanda =

Observação do Revisor Técnico: Como prática comum, ignora-se do resultado o sinal de


menos, apresentando-se a elasticidade em valores absolutos.
Elasticidade da demanda

• É uma medida da resposta da quantidade


demandada ou da quantidade ofertada a
uma variação em um de seus
determinantes.
https://www.youtube.com/watch?v=GvxTY9b1T_Q&ab_channel=CVMEducaci
onal
20/09/2021 – Fundamentos de
Economia PP1C
Profa. Paula Sauer
Elasticidade da demanda

• Disponibilidade de substitutos próximos

• Definição do mercado

• Bens necessários x bens supérfluos

• Horizonte de tempo;
Método do ponto médio

Calcula-se a variação percentual dividindo a variação pelo


ponto médio (ou média) dos níveis inicial e final.
• Demanda perfeitamente inelástica: elasticidade-preço da demanda = 0.
• A curva de demanda é vertical; a quantidade se mantém inalterada qualquer
que seja o preço.

• Demanda perfeitamente elástica: elasticidade-preço da demanda =


infinita.
• A curva de demanda é horizontal: mudanças muito pequenas do preço levam a
grandes variações na quantidade demandada.

• Quanto mais horizontal for a curva de demanda, maior é a elasticidade-


preço da demanda; quanto mais vertical for a curva de demanda, menor será
a elasticidade-preço da demanda.
Elasticidade-preço da demanda

• Variação percentual na quantidade demandada


decorrente da variação percentual no preço do
bem, coeteris paribus.

• Mede a sensibilidade, a resposta dos


consumidores, frente a uma variação no preço
de um bem ou serviço
Elasticidade- preço
da demanda
• A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um bem, aumenta a
quantidade demandada dele.

• A elasticidade- preço da demanda, mede o quanto a quantidade demandada


reage a uma mudança no preço.
• A demanda é considerada elástica se a quantidade demandada responde
substancialmente às mudanças no preço. A quantidade demandada varia
mais em termos percentuais do que a variação do preço.

• Por exemplo: O preço da TV de Led


• diminuiu 1% e a sua demanda aumentou 2%

• Ou o preço da TV de LED aumentou 5% a quantidade demandada caiu 20%

• P1= R$ 1000,00 –> Q1= 10 tvs por semana


• P2=R$ 1050,00 -. Q2= 8 tvs por semana
Elasticidade- preço
da demanda

• Diz-se que uma demanda é inelástica se a


quantidade demandada responde pouco a
mudanças no preço.
• O consumidor não altera seu
comportamento de consumo em função da
variação de preço;
Elasticidade- preço
da demanda
Palmito,
refrigerante
|Epd| > 1 “Montain Dew”,
chiclete...

|Epd|< 1

Remédio, agua, plano de saúde, luz, máscara, álcool


gel,
• Bens de Demanda Unitária: Epd = 1
• Elasticidade Perfeitamente Inelástica: Epd = 0
Elasticidade- preço
da demanda

Bens Elásticos:
Carne de Vaca : 1,6
Refeições em restaurantes: 2,3 |Epd| > 1
Refrigerante Montain Dew: 4,4

Bens Inelásticos: |Epd|< 1


Ovos: 0,1
Assistência Médica: 0,2
Habitação: 0,7

• Bens de Demanda Unitária Epd = 1


Elasticidade Valor da Tipo de Bem
Elasticidade
Epd < 0 Comum
Epd > 0 De Giffen ou de Veblen
Elasticidade Demanda-preço
|Epd| > 1 Procura Elástica
Direta (Epd)
|Epd|< 1 Procura Inelástica
Paula Sauer |Epd| = 1 Procura com elasticidade unitária
ER < 0 Inferior
Elasticidade Demanda -
ER > 0 Normal
Renda (ER)
ER > 1 Superior ou de Luxo
Exy > 0 Substitutos
Elasticidade Demanda –
Exy < 0 Complementares
Cruzada (Exy)
Exy = 0 Independentes
Elasticidade- preço
da demanda

|Epd| > 1 |Epd|< 1 Epd = 1


Variedade das curvas de
demanda
Demanda elástica: (|EPD |> 1).
A quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.

Demanda inelástica: (|EPD |< 1).


A quantidade varia proporcionalmente menos que o preço.

Demanda unitária: (|EPD |= 1). A variação da quantidade é


proporcionalmente igual à variação do preço
Variedade das curvas de
demanda
Demanda perfeitamente elástica: elasticidade = tende ao infinito
A variação da quantidade demandada muda infinitamente com uma alteração
nos preços : (|EPD |tende ao infinito).
Variedade das curvas de
demanda
Demanda unitária: (|EPD |= 1).
A variação da quantidade é proporcionalmente igual à variação do preço
Determinantes da Elasticidade-
Preço da Demanda (Epd):
Demanda elástica: (|EPD |> 1).

A quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.

A demanda tende a ser mais elástica quando:

...o bem for supérfluo.


...quanto maior for o horizonte de tempo para adaptar a
demanda.
...quanto maior for a quantidade de bens substitutos
próximos.
Determinantes da Elasticidade-
Preço da Demanda (Epd):
Demanda inelástica: (|EPD |< 1).

A quantidade varia proporcionalmente menos que o


preço.

A demanda tende a ser menos elástica quando:


...o bem é necessário.
...quanto menor for o horizonte de tempo para adaptar a
demanda.
...quanto menor for a quantidade de bens substitutos
próximos.
Determinantes da Elasticidade-
Preço da Demanda (Epd):
Demanda perfeitamente inelástica: (|EPD |=0).

A quantidade demandada não muda mesmo que haja qualquer alteração dos preços
Exemplo:

Segundo uma curva de demanda para sorvetes, se aumentarmos o preço de


R$1,00 para R$1,10 ocorrerá uma diminuição da quantidade demandada de 100
para 80 unidades, ceteris paribus.

Um aumento de 10% no preço do sorvete, ocasionaria uma redução da


quantidade demandada de 20%. A quantidade demandada variou mais que o
preço.

A demanda é? Elástica
Exemplo:

Segundo uma curva de demanda para sorvetes, se aumentarmos o preço de


R$1,00 para R$1,10 ocorrerá uma diminuição da quantidade demandada de 100
para 80 unidades, ceteris paribus.
Cálculo da elasticidade pelo ponto médio:
Exemplo:

Segundo uma curva de demanda para sorvetes, se aumentarmos o preço de


R$1,00 para R$1,10 ocorrerá uma diminuição da quantidade demandada de 100
para 80 unidades, ceteris paribus.

Elástica (|EPD |=2,33) > 1


• Receita total é a quantia paga pelos compradores e recebida pelos
vendedores de um bem, calculada como P x Q (Preço x Quantidade).
• A variação da receita total à medida que nos movemos ao longo da
curva de demanda depende da elasticidade-preço da demanda:

• Quando a demanda é inelástica, um aumento no preço gera aumento na receita total,


porque P e Q variam menos do que proporcionalmente.

• Quando a demanda é elástica, um aumento no preço gera uma redução na receita total,
porque P e Q variam mais do que proporcionalmente.

• Quando a demanda tem elasticidade unitária, a receita total permanece constante


quando o preço varia, porque P e Q variam na mesma proporção.
• Receita total é a quantia paga pelos
compradores e recebida pelos vendedores de
um bem, calculada como P x Q (Preço x
Quantidade).
• A variação da receita total à medida que nos
movemos ao longo da curva de demanda
depende da elasticidade-preço da demanda:
• Quando a demanda é inelástica, um
aumento no preço gera aumento na
receita total, porque P e Q variam
menos do que proporcionalmente.

• Com uma curva de demanda


inelástica, um aumento nos preços
leva a uma diminuição na quantidade
demandada, em menor proporção
que o aumento nos preços. Dessa
forma, a receita total aumenta.
• Quando a demanda é elástica, um
aumento no preço gera uma redução
na receita total, porque P e Q variam
mais do que proporcionalmente.

• Com uma curva de demanda elástica,


um aumento nos preços leva a uma
diminuição na quantidade
demandada, em maior proporção que
o aumento nos preços. Dessa forma, a
receita total diminui.
• Elasticidade-renda da demanda: mede o quanto a quantidade
demandada varia à medida que a renda do consumidor varia.
Elasticidade-renda da demanda =

• Elasticidade-preço cruzada da demanda: mede o quanto a


quantidade demandada de um bem responde às mudanças no
preço de um outro bem.
çã
Elasticidade-preço cruzada da demanda = çã ç
Elasticidade-Preço Cruzada
da demanda
Mede o quanto a quantidade demandada de um bem
responde às mudanças no preço de um outro bem.

https://www.youtube.com/watch?v=M7xvu4N6Vi8
• https://docplayer.com.br/74967079-Agricultura-abril-de-2018-
depec-departamento-de-pesquisas-e-estudos-economicos.html

• https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-
conteudo/2019/02/12/ipca-ja-mostra-aumento-de-preco-de-
feijao-por-conta-de-queda-na-safra-diz-ibge.htm
Elasticidade na Mídia

Elasticidade cruzada: Ao aumentar o preço, consumidores


seguiram para o concorrente.
https://www.infomoney.com.br/mercados/nosso-market-share-caiu-por-que-aumentamos-os-precos-
antes-da-concorrencia-diz-diretor-da-m-dias-branco/

Elasticidade –Renda: Efeito colateral da inflação no setor de comércio e serviço: Compra-se o essencial, o
produto inelástico.

https://www.jb.com.br/colunistas/o-outro-lado-da-moeda/2021/09/1032821-correndo-atras-do-rabo-ou-
casa-de-ferreiro.html
Elasticidade-Renda da
demanda
Mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado
uma variação percentual na renda do consumidor.
Elasticidade-Renda da
demanda
Mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado
uma variação percentual na renda do consumidor.

Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série


histórica de dados. São necessários ao menos 2 períodos, mas quanto
maior o número de dados, mais apurado poderá ser o cálculo,
principalmente se utilizar técnicas econométricas.

PERÍODO RENDA QUANTIDADE


MAR/2021 R$1.000,00 480
MAR/2021 R$1.100,00 500
(ERD): Efeitos em Bens normais e
Bens Inferiores
Bens Inferiores
Uma queda da renda aumenta a demanda por esse tipo de bem ou um aumento na renda gera
diminuição na quantidade demandada deste tipo de bem;
Ex: Um aumento de 10% na renda dos indivíduos gerou um diminuição na quantidade
demandada de 100 unidades para 50 unidades (diminuição de 50%).
ERD= 4%/+10%= -0,40
(ERD): Efeitos em Bens necessários
e Bens de Luxo
Bens Normais:
Tendem a ter uma demanda inelástica ou ter inclinação alta.
Ex: Um aumento de 10% na renda dos indivíduos gerou um aumento na quantidade demandada
de 100 unidades para 105 unidades (aumento de 5%).
ERD= 4,87%/+10%= +0,4,87

Bens de Luxo
Tendem a ter uma demanda elástica ou ter inclinação baixa.
Ex: Um aumento de 10% na renda dos indivíduos gerou um aumento na quantidade demandada
de 100 unidades para 150 unidades (aumento de 50%).
ERD= +62,5%/+10%= +6,25
Elasticidade-preço da oferta
Mede o aumento ou diminuição percentual da quantidade ofertada devido a uma
mudança percentual no preço. Mede o quanto a quantidade ofertada por um bem muda
devido a uma mudança do preço do bem em questão.

çã
çã ç

À semelhança do realizado na demanda, pode-se usar o método do ponto médio para


calcular as variações percentuais.
Determinantes da
elasticidade-preço da oferta
• Flexibilidade dos vendedores para mudar a quantidade
do bem que produzem;
• Horizonte de tempo para adaptar a produção.

• Definição dos limites ou tamanho do mercado


Elasticidade-preço da oferta
Cálculo pelo ponto médio
Elasticidade-Preço da Oferta
(EPO): Tipos e Casos Particulares
Perfeitamente elástica: (|EPo |tende ao infinito).
A quantidade ofertada muda infinitamente com uma alteração nos preços.

Elástica: (|EPO |> 1).


A quantidade ofertada varia muito em relação a uma alteração nos preços.

Elasticidade unitária: (|EPo |= 1). A quantidade ofertada varia mesma


proporção que os preços.
Elasticidade-Preço da Oferta
(EPO): Tipos e Casos Particulares
Perfeitamente inelástica: (|EPo |=0).
A quantidade ofertada não muda com uma alteração nos preços.

Inelástica: (|EPo |< 1).


A quantidade ofertada varia pouco em relação a uma alteração nos preços.
Variedade das curvas de
oferta
• Oferta perfeitamente inelástica: a elasticidade-preço da oferta é zero e
a curva de oferta é vertical.
• A quantidade ofertada é a mesma, qualquer que seja o preço.

• Oferta perfeitamente elástica: a elasticidade-preço da oferta se aproxima do


infinito e a curva de oferta é horizontal.
• Variações muito pequenas no preço levam a variações muito grandes na quantidade
ofertada.

• Quanto mais horizontal for a curva de oferta, maior a elasticidade-preço da oferta.


Variedade das curvas de oferta
Variedade das curvas de oferta
Variedade das curvas de oferta
Variedade das curvas de oferta
Variedade das curvas de oferta
p
Elasticidade maior que 1

6
5
4
3

2
1

1 2 3 4 5 q
Conceitos Chave

• Elasticidade
• Elasticidade-preço da demanda
• Receita total
• Elasticidade-renda da demanda
• Elasticidade-preço cruzada da demanda
• Elasticidade-preço da oferta
Custos de Produção
Custos de Produção
Custos de Produção

• O objetivo da firma em economia é maximizar o seu


lucro.

• Para entendermos como uma empresa maximiza o


lucro, temos que saber com profundidade, como
medir sua receita e custo total.
Conceitos Importantes

Receita Total = P x Q

Custo Total= Custo Implícito + Explícito / Custo Fixo +


Custo Variável

Lucro= Receita Total – Custo Total

Custo de Oportunidade= Custos Explícitos + Implícitos


Conceitos Importantes
Receita Total

O montante que uma empresa recebe pela venda de


sua produção.

RT= P x Q
Conceitos Importantes

Custo Total

Valor de mercado dos insumos que uma empresa usa


na produção.
CT= Custo Explícito + Custo Implícito
Conceitos Importantes

Lucro Econômico

Receita Total – Custo Total

L=RT- CT

Lucro econômico: Receita Total, menos o custo total,


incluindo tanto custos explícitos quanto custos
implícitos.
Conceitos Importantes
Economista

Lucro Contábil Lucro


Contador
econômico

Lucro
Receita Total – Custo Explícito contábil
Custos
Receita Total Implícitos
Receita Tota
Lucro Contábil: Receita Total, Custos
menos custos explícitos Custos
Explícitos
explícitos
Conceitos Importantes
Custo de Oportunidade

O Custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obtê-la.


Custo de oportunidade são as renúncias que fazemos para
adquirir algo.
Conceitos Importantes
Custo de Oportunidade

O Custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obtê-la,


(as renúncias, escolhas que fazemos).
Os Custos de oportunidade de uma empresa podem ser
explícitos ou implícitos.
Conceitos Importantes
Custos Explícitos

Custos dos Insumos que exigem desembolso de


dinheiro por parte da empresa. Ex.: Fábrica de
biscoitos: farinha, açúcar, trabalhadores, fornos
etc.

Existindo uma restrição orçamentária, uma vez


que se gastou R$1.000,00 em farinha, não se
pode gastar esse dinheiro com a compra de
outro insumo.
Conceitos Importantes
Custos Implícitos

Custos dos Insumos que NÃO exigem desembolso de


dinheiro por parte da empresa.

Ex.: deixar de ganhar um rendimento de um fundo de


investimentos que rende 2,8% a.a. para investir o
dinheiro em um novo investimento produtivo, uma
startup, um novo negócio etc.
Custos Fixos e Custos Variáveis

• Custos Fixos: Não variam com a quantidade produzida, pois a empresa incorre
a eles, mesmo que não produza nada.
• Ex.: Aluguel, condomínio, IPTU, IPVA, seguros...

• Custos Variáveis: Mudam a medida que a quantidade produzida varia.


• Ex.:Folha de pagamento, energia elétrica, matéria prima...

• Custo Total: Soma dos custos fixos e variáveis.


As diversas medidas de custo
Termo Definição Descrição
matemática
Custos explícitos Custos que exigem desembolso de dinheiro pela empresa

Custos implícitos Custos que não exigem desembolso de dinheiro pela empresa

Custos fixos Custos que não variam com a quantidade produzida CF

Custos variáveis Custos que variam com a quantidade produzida CV

Custo total O valor de mercado de todos os insumos que a empresa usa na produção CT = CF + CV

Custo fixo médio Custo fixo dividido pela quantidade produzida CFM = CF/Q
Custo variável médio Custo variável dividido pela quantidade produzida CVM = CV/Q
Custo total médio Custo total dividido pela quantidade produzida CTM = CT/Q
Custo marginal O aumento do custo total decorrente da produção de uma unidade adicional CMg = ΔCT/ΔQ
As diversas medidas de custo
Quantidade de Custo Total Custo Fixo Custo Custo Fixo Custo Variável Custo Total Custo Marginal
café (xícaras por Variável Médio Médio Médio
hora)
0 R$ 3,00 R$ 3,00 R$ 0,00 - - - -
1 R$ 3,30 R$ 3,00 R$ 0,30 R$ 3,00 R$ 0,30 R$ 3,30 R$ 0,30
2 R$ 3,80 R$ 3,00 R$ 0,80 R$ 1,50 R$ 0,40 R$ 1,90 R$ 0,50
3 R$ 4,50 R$ 3,00 R$ 1,50 R$ 1,00 R$ 0,50 R$ 1,50 R$ 0,70
4 R$ 5,40 R$ 3,00 R$ 2,40 R$ 0,75 R$ 0,60 R$ 1,35 R$ 0,90
5 R$ 6,50 R$ 3,00 R$ 3,50 R$ 0,60 R$ 0,70 R$ 1,30 R$ 1,10
6 R$ 7,80 R$ 3,00 R$ 4,80 R$ 0,50 R$ 0,80 R$ 1,30 R$ 1,30
7 R$ 9,30 R$ 3,00 R$ 6,30 R$ 0,43 R$ 0,90 R$ 1,33 R$ 1,50
8 R$ 11,00 R$ 3,00 R$ 8,00 R$ 0,38 R$ 1,00 R$ 1,38 R$ 1,70
9 R$ 12,90 R$ 3,00 R$ 9,90 R$ 0,33 R$ 1,10 R$ 1,43 R$ 1,90
10 R$ 15,00 R$ 3,00 R$12,00 R$ 0,30 R$ 1,20 R$ 1,50 R$ 2,10
Custo médio x Custo marginal

Custo CMg
Médio
Total

Q
Q

Ex.:Edredon, homens na
cozinha
Custo médio e Custo marginal
Um proprietário de empresa precisa decidir quanto produzir. Uma parte chave dessa decisão se refere a
saber como custos irão variar á medida que mudar o nível de produção.
Ainda usando o exemplo da cafeteria, duas perguntas são extremamente importantes:

• Quanto custa para produzir uma típica xícara de café?


• Quanto custa para aumentar a produção de café em uma xícara?
Custo médio e Custo marginal
• Quanto custa para produzir uma típica xícara de café?
• Quanto custa para aumentar a produção de café em uma xícara?

• Quanto custa para produzir uma típica xícara de café? CT/Q


• Ex.: Se a empresa produz 2 xícaras por hora, seu custo total é de R$3,80 /2 ou R$1,90 ou seja custo
total médio.

• Embora o custo total médio nos diga o custo da unidade típica, não nos diz
o quanto o custo total mudará se a empresa alterar seu nível de produção.

• Quanto custa para aumentar a produção de café em uma xícara?


• A ultima coluna da Tabela 2, nos indica em quanto aumenta o custo total quando a empresa aumenta
a produção em uma unidade. O custo marginal.
• Ex.: Se o empresário decidir aumentar sua produção de 2 para 3 xícaras por hora seu custo total
aumentará de R$3,80 para R$4,50, de modo, que o custo marginal da terceira xícara de café será de
R$ 4,50 – R$3,80 ou seja R$ 0,70.
• CMg=ΔCT/ΔQ
Custo Marginal e Custo médios
Custo total médio (CTM)= CT/Q (custo total [custo variável + custo fixo] dividido pela
quantidade produzida).

Custo fixo médio (CFM)= CF/Q (custos fixos divididos pela quantidade produzida).

Custo variável médio (CVM)= CV/Q (custos variáveis divididos pela quantidade produzida).

Custo marginal (CMg)= ΔCT/ΔQ ( o aumento no custo total decorrente da produção de uma
unidade adicional).
Custo Marginal e Custo médios

Esta figura mostra o custo total médio (CTM), custo fixo


médio (CFM), custo variável médio (CVM) e custo marginal
(CMg).
Todas essas curvas, traçadas a partir dos dados da Tabela 2
(p. 207), revelam três características comuns a muitas
empresas:
• o custo marginal aumenta com a quantidade produzida,
• a curva de custo total médio tem forma de U e
• a curva de custo marginal cruza a curva de custo total
médio no ponto em que o custo total médio é mínimo.
Custo Marginal Ascendente
Custo Marginal Ascendente

Quando a cafeteria está produzindo uma pequena quantidade de café, ele tem poucos trabalhadores e
grande parte de seu equipamento está ocioso. Como ele pode facilmente colocar esse equipamento
ocioso em uso, o produto marginal de um trabalhador extra é alto e o custo marginal de uma xícara extra
de café é baixo.

No entanto, quando ele está produzindo uma grande quantidade de café, seu estabelecimento está
lotado de empregados e a maior parte de seu equipamento está sendo utilizado.

Pode-se contratar mais trabalhadores, mas esses novos funcionários terão de trabalhar em condições de
superlotação e podem ter de esperar para usar os equipamentos. Por essa razão, quando a quantidade de
café produzida já é elevada, o produto marginal de um trabalhador adicional é baixa e o custo marginal de
mais uma xícara de café elevado.
Curva Custo Total Médio em
formato “U” • O Custo total médio reflete as curvas de custo fixo médio e de
custo variável médio. Em níveis de produção muito baixos como 1
ou 2 xícaras por hora, o custo total médio é muito alto.
• Embora o custo variável médio seja baixo, o custo fixo médio é alto,
porque o custo fixo é dividido entre poucas unidades.
• A medida em que aumenta a produção, o custo fixo passa a ser
distribuído mais amplamente.

• O custo fixo médio diminui até a produção atingir 5 xícaras por


hora, quando cai para R$1,30 por xícara de café. No entanto,
quando a empresa produz mais de 6 xícaras por hora, o aumento
no custo variável médio se torna a força dominante e o custo total
médio passa a subir.

A luta entre o custo fixo médio e o custo


variável médio provoca o formato de “U” no
custo total médio.
Curva Custo Total Médio em
formato “U”
• A parte mais baixa da curva em “U” ocorre na quantidade que
minimiza o custo total médio. Essa quantidade é as vezes chamada
de escala eficiente da empresa. No exemplo dado, a escala
eficiente é de 5 a 6 xícaras de café por hora.

• Se ele produzir menos que esse montante, seu custo total médio é
maior que R$ 1,30, porque o custo fixo é distribuído entre poucas
unidades.

• Na escala de eficiência, essas duas forças se equilibram, para


produzir o menor custo total médio.
Conceitos Chave
• Receita total • Função de produção • Custo fixo médio
• Custo total • Produto marginal • Custo variável médio
• Lucro • Produto marginal • Custo marginal
• Custos explícitos decrescente • Escala eficiente
• Custos implícitos • Custos fixos
• Lucro econômico • Custos variáveis
• Lucro contábil • Custo total médio
Empresas em Mercado
Competitivo
Mercados

• Em termos econômicos,
mercado é um qualquer
arranjo onde seja possível
confrontar os interesses dos
compradores e vendedores.
Mercados
• Existe mercado desde que
haja simultaneamente oferta
e procura de um
determinado bem ou
serviço, sendo que a atuação
dos diferentes agentes no
mercado, se fixa o preço e a
quantidade que serão
transacionadas.
Mercados
• Não precisa ser
necessariamente um local
físico:

• Ex.: Mercados de capitais,


produtos de segunda mão,
livros, a tecnologia
conseguiu desmaterializar
totalmente o conceito de
mercado.
Mercados • É possível classificar os
mercados em diferentes
categorias, dependendo de
vários fatores, entre os quais a
pressão competitiva imposta
por seus agentes.

• Uma das variáveis


fundamentais para identificar a
pressão competitiva é o
número de empresas. Não
sendo a única variável, ela
permite fazer a primeira
aproximação a deferentes
mercados.
Mercados • O expoente máximo da
competitividade entre
empresas é identificado pelos
economistas como um
mercado de concorrência
perfeita.

• Neste mercado, existem


muitas empresas, sem
capacidade para se
diferenciarem, o que significa
eu não tem poder de mercado.
Mercados

• Em mercado de concorrência
imperfeita, as empresas tem
poder para influenciar o preço
de mercado.
Diferentes estruturas de Mercado
Visualize para nunca mais esquecer!!
Monopólio

Oligopólio

Concorrência Perfeita

Concorrência Monopolística
Concorrência Perfeita

• Estrutura de mercado identificada por ter muitas


empresas a vender seus produtos.

• Atomicidade dos agentes

• Homogeneidade do Produto

• Informação Perfeita

• Mobilidade Fatorial

• Livre entrada e saída de empresas.


Concorrência Perfeita
• Muitos compradores, ou seja atomicidade dos agentes;

• Homogeneidade do Produto – Todos os produtos/serviços que são


oferecidos pelas diferentes empresas são iguais, não havendo qualquer
diferenciação entre eles;

• Informação Perfeita e simétrica – Todos os agentes possuem informação


sobre os produtos, a sua qualidade e preço;

• Mobilidade Fatorial – As empresas tem acesso as melhores tecnologias e


formas mais eficientes de produzir.

• Livre entrada e saída de empresas – Qualquer agente econômico pode


abrir e fechar uma empresa sem custos adicionais, em qualquer
momento;

Paula Sauer
Concorrência Perfeita

• Na concorrência perfeita, o preço é exógeno: Nenhum agente tem


a dimensão suficiente para alterar suas condições de mercado;
Nenhuma empresa tem poder de mercado sobre o preço;

Paula Sauer
Concorrência Perfeita
• Na concorrência perfeita, a demanda a cada uma das empresas é
totalmente horizontal, ou seja, infinitamente elástica. Nenhuma
empresa tem poder de mercado sobre o preço;

• Qualquer subida de preço faz com que os consumidores


busquem o mesmo produto no concorrente.

Paula Sauer
Alface = Alta elasticidade
Alface = Alta elasticidade

a. Produto relativamente homogêneo;


b. Preço relativamente parecido;
c. Tecnologia de produção semelhante;
d. Barreiras de entrada e saída dos Produtores não são significativas.
e. Muitos Produtores e muitos consumidores;
Concorrência Perfeita

• Receita total: RT = P x Q
• Receita média: RM = RT/Q
• Receita marginal: RMg = ΔRT/ΔQ
• Para empresas competitivas:
• RM = P
• RMg = P

Paula Sauer
• Quando a demanda é inelástica, um
aumento no preço gera aumento na
receita total, porque P e Q variam
menos do que proporcionalmente.

• Com uma curva de demanda


inelástica, um aumento nos preços
leva a uma diminuição na quantidade
demandada, em menor proporção
que o aumento nos preços. Dessa
forma, a receita total aumenta.
• Quando a demanda é elástica, um
aumento no preço gera uma redução
na receita total, porque P e Q variam
mais do que proporcionalmente.

• Com uma curva de demanda elástica,


um aumento nos preços leva a uma
diminuição na quantidade
demandada, em maior proporção que
o aumento nos preços. Dessa forma, a
receita total diminui.
Concorrência Perfeita

• Qual é a quantidade que maximiza o lucro de uma empresa?


• As pessoas racionais pensam na margem.
• Se Q aumentar em uma unidade, a receita aumentará proporcionalmente à
RMg e o custo aumentará segundo o CMg.

• Compare a receita marginal com o custo marginal:


• Se RMg > CMg: aumente Q para aumentar o lucro;
• Se RMg < CMg: diminua Q para aumentar o lucro;

• Maximize os lucros para Q quando RMg = CMg.

Paula Sauer
Curva de custo marginal e
decisão de oferta
Custos

CMg
• Em Q1, CMg < RMg, por isso, aumente Q
para aumentar o lucro.
• Em Q2, CMg > RMg, por isso, reduza Q RMg
P
para aumentar o lucro.
• Em Qmax, CMg = RMg. Mudar Q
diminuiria o lucro.
Q2 Q
Q1 Qmax

Paula Sauer
Paralisação e Saída do Mercado

• Paralisação: decisão de curto prazo de não produzir nada durante


um determinado intervalo de tempo devido às condições atuais
do mercado.
• Saída: decisão de longo prazo de deixar o mercado.

Paula Sauer
Paralisação e Saída do Mercado
• Paralisação: decisão de curto prazo de não produzir nada durante
um determinado intervalo de tempo devido às condições atuais
do mercado.
• A empresa paralisa as atividades se a receita que obteria produzindo for
menor do que seus custos variáveis de produção.
• Paralisação se RT < CV ou se P < CVM.
• A curva de oferta de curto prazo das empresas competitivas é a
parcela da curva de custo marginal delas que está acima do custo
variável médio.

• Paula Sauer
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/25/com-agravamento-da-pandemia-sete-montadoras-de-veiculos-suspendem-producao-no-brasil.ghtml
Paralisação e Saída do Mercado
• Paralisação: decisão de curto prazo de não produzir nada durante
um determinado intervalo de tempo devido às condições atuais
do mercado.
• A empresa paralisa as atividades se a receita que obteria produzindo for
menor do que seus custos variáveis de produção.
• Paralisação se RT < CV ou se P < CVM.

• https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/25/com-agravamento-da-pandemia-sete-montadoras-de-veiculos-suspendem-producao-no-brasil.ghtml

Paula Sauer
Saída do Mercado
• Saída: decisão de longo prazo de deixar o mercado.
• A empresa sai do mercado se a receita que obteria com a produção for
menor que seus custos totais.
• Saída se RT < CT ou P < CTM.
• Entrada se RT > CT ou P > CTM.
• A curva de oferta de longo prazo da empresa competitiva é a parte da sua
curva de custo marginal que está acima do custo total médio.

• https://www.tecmundo.com.br/mercado/218290-lg-encerra-fabricacao-
smartphones-tablets-globalmente.htm

Paula Sauer
Custos Irrecuperáveis ou
Sunk Cost
• Custos que já ocorreram e que não podem ser recuperados.
• São irrelevantes e devem ser ignorados na tomada de decisões.

Paula Sauer
Oferta de mercado com entrada e
saída de empresas
• No longo prazo, o número de empresas pode mudar devido à sua entrada e
saída do mercado.
• Caso as empresas existentes tenham lucro econômico positivo:
• Novas empresas entram no mercado e a curva de oferta se desloca para a
direita.
• O preço cai, reduzindo lucros e desacelerando a entrada de empresas.
• Caso as empresas existentes tenham prejuízo:
• Algumas empresas saem do mercado e a curva de oferta se desloca para a
esquerda.
• O preço aumenta, reduzindo o prejuízo das empresas restantes.
Paula Sauer
Por que falha a concorrência perfeita?

• A mais comum falha no mercado de concorrência, é o pequeno número de empresas,


principalmente devido a barreiras de entrada;

• Essas barreiras podem ser naturais ou legais. Uma barreira natural pode ser o elevado custo de
instalação. Se esse for muito alto, pode desincentivar a entrada de novas empresas no mercado.

• Quanto as barreiras legais, essas podem ser criadas pelo governo, que obriga a aquisição de
licenças para poder entrar em determinados mercados ex.: telecomunicação;
Concorrência Monopolística

Tem como característica principal, produtos diferenciados. Essa diferenciação pode ser real ou
aparente – por exemplo ao nível da marca ou publicidade – mas garante a empresa capacidade
para ter um preço acima do custo marginal , uma vez que os clientes são fidelizados.

Ex.: o mercado dos restaurantes tem características típicas da concorrência monopolística. Em


cada grande cidade existem centenas de restaurantes com grande variedade de comidas, preços,
ou serviços. A entrada (e saída) no mercado é fácil e a publicidade reforça a diferenciação.
Concorrência Monopolística

Suponha que em uma região existam muitos postos de abastecimento de combustível . No entanto, na
Riviera de São Lourenço, existe apenas um, fazendo com que muitos moradores deste bairro abasteçam
seus veículos lá, por comodidade.

Assim, o posto de abastecimento de combustível deste bairro específico tem certo grau de poder na
fixação do preço, caracterizando uma concorrência monopolística. Porém o preço elevado das
mercadorias vendidas pode fazer com que alguns prefiram ir abastecer seus veículos em postos de
gasolina mais distantes.
Concorrência Monopolística

Essas características acabam atribuindo um certo poder de mercado à empresa,


embora não tão grande quanto do monopólio ou oligopólio.

Se uma empresa tiver um lucro grande, outras empresas investirão o montante


necessário (em desenvolvimento, compra de máquinas, matérias primas, marketing,
etc) para lançar novas marcas (delas próprias) para também auferirem lucro, reduzindo
a fatia de mercado e o lucro das demais empresas do setor.
Concorrência Monopolística
• As empresas competem entre si vendendo produtos diferenciados, altamente substituíveis uns pelos
outros, embora não sejam substitutos perfeitos. Em outras palavras, a elasticidade cruzada da demanda é
alta, mas não infinita;

• A variedade de vendedores é elevada, sendo o mercado de acesso fácil. Também é comum a saída de
empresas quando seus produtos deixam de ser lucrativos;

• Trata-se de uma estrutura mais próxima de realidade de concorrência perfeita, onde se supõe um produto
homogêneo produzido por todas as empresas.

• A diferenciação do produto pode dar-se por características físicas (composição química, potencial), pela
embalagem ou pelo esquema de produção de venda (aprimorando o atendimento, fornecimento de
brindes, manutenção).

• Quanto maior a diferenciação do produto, mais a empresa que produz poderá controlar o preço.
Oligopólio
Com uma menor competitividade, está o oligopólio: Uma estrutura de mercado que
tem poucas empresas. Este número menor de empresas pode estar relacionado com
as barreiras de entrada, ou à necessidade de ter uma licença para poder funcionar no
mercado.

Corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, no qual o


mercado é controlado por um número reduzido de empresas, de tal forma que cada
uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma
decisões de mercado.

No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogêneos ou apresentar alguma


diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao nível de
fatores como a qualidade, o serviço pós-venda, a fidelização, atendimento, ou a
imagem, e não tanto ao nível do preço.
Oligopólio
As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a
escala mínima de eficiência e características da procura. Em tais
mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades
produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados
concorrenciais, ainda que relativamente ao monopólio as quantidades
sejam superiores e os preços menores.

A concorrência neste tipo de mercado para evitar guerras de preços


poderá ser feita a outros níveis como nas características dos produtos
distintas do preço (p. ex., qualidade, imagem, fidelização, etc.).

O oligopólio pode permitir que as empresas obtenham lucros elevados a


custo dos consumidores e do progresso econômico, caso a sua atuação
no mercado seja baseada em cartéis, pois assim terão os mesmos lucros
como um monopólio.
Cartel

Cartel é um acordo explícito ou implícito entre empresas


concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou cotas
de produção, divisão de clientes e de mercados de
atuação[1] ou, por meio da ação coordenada entre os
participantes, eliminar a concorrência e aumentar
os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo
do bem-estar do consumidor.
Cartel

A formação de cartéis teve início na Idade Média com


as guildas e cresceu durante a Revolução Industrial,[2] na
segunda metade do século XIX.[3]
Cartéis normalmente ocorrem em mercados oligopolísticos,
nos quais existe um pequeno número de firmas, e
normalmente envolve produtos homogêneos. Na prática o
cartel opera como um monopólio, isto é, como se fosse uma
única empresa.
Cartel

• Os Cartéis são considerados a mais grave lesão


à concorrência e prejudicam consumidores ao
aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens
e serviços mais caros ou indisponíveis.

• Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros


de um cartel também prejudicam a inovação,
impedindo que novos produtos e processo produtivos
surjam no mercado. Cartéis resultam em perdas de
bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda de
competitividade da economia com o um todo.
Cartel

• Segundo estimativas da Organização para a Cooperação e


Desenvolvimento Econômico (OCDE), os cartéis geram um sobrepreço
estimado entre 10 e 20 por cento comparado ao preço em um mercado
competitivo, causando prejuízos de centenas de bilhões de reais aos
consumidores anualmente.

• No Brasil, assim como em quase todos os países onde há leis antitruste a


formação de cartéis é considerada crime.
Monopólios

Uma empresa é um monopólio se for a única vendedora de seu produto e se este produto
não tem substitutos próximos.

A causa principal do monopólio está nas barreiras de entrada, que são três:

1. Um recurso chave é a propriedade de uma única empresa;


2. O governo concede a uma única empresa o direito de produzir com
exclusividade algum bem.
3. Os custos de produção tornam um único produtor mais eficiente do que um
grande número de produtores.
Monopólios

• Surgem porque uma única empresa consegue ofertar um bem ou


serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que ocorreria
se existissem duas ou mais empresas no mercado.
• Há economias de escala para toda a faixa relevante de produção.
Receita de uma empresa
monopolista

• Receita total = quantidade vendida x preço.


• Receita média = receita total / quantidade vendida.
• Receita marginal = variação da receita total obtida quando a
quantidade vendida aumenta em uma unidade.
Receita de uma empresa
monopolista
• Quando um monopolista aumenta a quantidade vendida, afeta de
duas formas a receita total (P x Q):
• O efeito quantidade: é vendida uma quantidade maior, de modo que Q é maior,
o que tende a aumentar a receita total.
• O efeito preço: o preço cai, de modo que P é menor, o que tende a diminuir a
receita total.
• Para vender uma quantidade maior, o monopolista precisa reduzir
o preço em todas as unidades que vende.
• A receita marginal será negativa se o efeito preço for maior que o efeito
quantidade.
Maximização do Lucro

• A quantidade produzida que maximiza o lucro do monopolista é


determinada pela intersecção da curva da receita marginal com a
curva do custo marginal.
• Nos mercados competitivos, o preço é igual ao custo marginal.
Nos mercados monopolistas, o preço é maior que o custo
marginal.
• Patente é uma concessão pública, conferida pelo Estado, que garante ao seu titular a exclusividade ao
explorar comercialmente a sua criação.

• A patente insere-se nos denominados direitos de Propriedade Industrial cujos normativos legais são a
Lei da Propriedade Industrial. Outra modalidade de patente é o Modelo de utilidade.

• O direito de exclusividade garantido pela patente refere-se ao direito de prevenção de que outros de
fabricarem, usem, vendam, ofereçam ou importem a dita invenção.
• Em contrapartida, é disponibilizado acesso ao público sobre o conhecimento dos pontos essenciais e as
reivindicações que caracterizam a novidade no invento.
• Os registros de patentes, por estarem disponíveis em bancos de dados de livre acesso, constituem
grandes bases de conhecimento tecnológico, que podem ser usadas em pesquisas de diversas áreas. .
Monopólios criados pelo governo

• O governo concede a uma empresa ou


a uma pessoa o direito exclusivo de
vender um bem ou serviço.
• Influencia política do pedinte –
que pode ser um amigo ou aliado;
• Interesse público – patentes e
direitos autorais;
Monopólio Natural
• O monopólio natural é uma situação de mercado em que os
investimentos necessários são muitos elevados e os custos
marginais são muito baixos.

• Caracterizados também por serem bens exclusivos e com


muito pouca ou nenhuma rivalidade.
• Esses mercados são geralmente regulados pelos governos e
possuem prazos de retorno muito grandes.

• TV a cabo, distribuição de energia elétrica, fornecimento de


agua, distribuição de gás natural, sistemas de segurança
pública, sistema jurídico e monetário são exemplos
característicos de monopólios naturais, ainda que na
atualidade possa haver concorrência em alguns desses
setores.
Monopólio x Concorrência

A principal diferença entre uma empresa competitiva e um


monopólio é a capacidade deste de influir no preço de sua
produção.

Uma empresa competitiva é pequena em relação ao mercado em


que atua e, portanto, toma o preço de sua produção como dado
pelas condições de mercado.

Já o monopólio, que é o único produtor em seu mercado, pode


alterar o preço do bem ajustando a quantidade que oferece ao
mercado.
Monopólio x Concorrência

• Em um mercado competitivo, a inclinação da curva de demanda do mercado é


voltada para baixo, mas a curva de demanda de qualquer produto de uma empresa
individual é horizontal no preço de mercado.
• A empresa pode aumentar Q sem diminuir P, por isso, RMg = P para a empresa
competitiva.

• Uma empresa monopolista tem a capacidade de influenciar o preço de seu produto.


• Ela é o único vendedor, por isso sua curva de demanda é a curva de demanda de
mercado.
• Para vender uma quantidade maior, é preciso reduzir P. Portanto, RMg ≠ P.
• A relação entre P e RMg é o que diferencia uma empresa competitiva de um
monopólio, em termos do comportamento da empresa e implicações de bem-estar.
Materia Prova P1
Unidade I – Introdução ao estudo da Economia.
1.1 Conceito de Economia: a questão da escassez e os problemas econômicos fundamentais.
• 1.2 Sistemas econômicos.
• 1.3 Curva de possibilidades de produção e custo de oportunidade.
• 1.4 A divisão do estudo econômico: microeconomia, macroeconomia e suas aplicações.
• 1.5 Retrospecto da Evolução do Pensamento Econômico: os clássicos, os marxistas, os neoclássicos, Keynes,
Escola Austríaca.

Unidade II – Noções de Microeconomia.


• 2.1 Demanda, oferta e equilíbrio de mercado.
• 2.2 Elasticidades: preço da demanda, preço cruzada da demanda, renda da demanda e preço da oferta.
• 2.3 Produção, custos e lucro.
• 2.4 Estruturas de mercado: concorrência perfeita, concorrência monopolística, monopólio e oligopólio.
Obrigada.

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