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Aula 05

Prefeitura Municipal de João Pessoa-PB


(Auditor Fiscal) Economia e Finanças
Públicas - 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Celso Natale

21 de Agosto de 2022

40181815826 - Flávio Ricardo Cirino


Celso Natale
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SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................................................... 2

1 Monopólio ...................................................................................................................................... 3

1.1 Barreiras de Entrada ................................................................................................................ 4

1.2 A demanda da firma monopolista ......................................................................................... 5

1.3 Receita Média .......................................................................................................................... 5

1.4 Receita marginal ...................................................................................................................... 6

1.5 Maximização de Lucro do Monopolista............................................................................... 12

1.6 Regra de determinação de preço do monopolista ............................................................ 13

1.7 O lucro do monopolista ........................................................................................................ 17

2 Monopólio, custos sociais e regulamentação ........................................................................... 18

2.1 Peso morto do monopólio.................................................................................................... 18

2.2 Regulamentação .................................................................................................................... 20

2.3 Discriminação de preços ...................................................................................................... 24

2.4 A (inexistente) Curva de Oferta do monopolista ................................................................ 26

3 Monopsônio ................................................................................................................................. 26

Questões Comentadas ....................................................................................................................... 29

Lista de Questões ................................................................................................................................ 76

Gabarito ............................................................................................................................................... 95

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INTRODUÇÃO
O monopólio puro é bem interessante. Trata-se de uma construção teórica, onde apenas uma
empresa oferta determinado bem sem simular. Na prática, não há monopólios puros no “mundo
real”, porque todo bem tem um simular, por isso dizemos que é apenas um modelo, que nos
permite compreender os principais aspectos.

Por isso, vamos chamá-lo apenas de monopólio, que é como as bancas fazem.

E a aula, novamente, será mais fácil caso você tenha levado a sério as aulas anteriores. A
tendência do curso durante as próximas páginas é esta: cada vez mais fácil, se aproveitar bem as
aulas anteriores.

Depois reiniciamos tudo e vamos para cima de Macroeconomia.

Novamente, deixamos a maior parte das questões para o final, assim podemos avaliar com maior
eficácia se o conteúdo foi absorvido, sem falar que a maioria das questões aborda diversos tipos
de mercado em conjunto.

Nesta aula, veremos cobranças de concorrência perfeita com monopólio, por exemplo.

Para encerrar, não deixe de fazer nenhuma questão! Como recurso didático, deixei para
ensinar parte teoria na resolução de algumas delas.

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1 MONOPÓLIO
Já vimos uma situação extrema; a concorrência perfeita, na qual a atomicidade do mercado
garante que nenhum agente individual seja capaz de influenciar, sozinho, o preço de mercado,
e a ausência de barreiras de entrada e saída, bem como a homogeneidade dos produtos,
garante que as coisas continuem assim.

Depois desse parágrafo de revisão introdutório, você já deve imaginar que vamos direto ao outro
extremo: o monopólio.

Como estamos falando de uma situação extrema, faz-se importante destacar que se trata apenas
de uma construção teórica; assim como a concorrência perfeita, não existe monopólio puro.

A primeira característica do monopólio é que a produção é dominada por uma única firma, que
recebe o nome de monopolista. Ela consegue influenciar os preços do mercado por meio de
ações individuais.

No monopólio, o mercado (setor) inteiro é a firma monopolista.

Claro que tudo tem um limite. O monopolista não irá aumentar indefinidamente seus preços,
pois, como vimos quando aprendemos sobre a curva da demanda, a quantidade que os
consumidores dispostos a comprar de um bem qualquer dependerá de seu preço, e isso não é
diferente no monopólio.

Portanto, estar sozinho no mercado dá ao monopolista o poder de ajustar sua quantidade


ofertada e, consequentemente, o preço, até maximizar seu lucro.

Além disso, há outras hipóteses básicas da teoria do monopólio.

De que o monopolista:

 Possui perfeito conhecimento da sua curva de custos.


 Possui perfeito conhecimento da curva de procura do mercado.
 Deseja maximizar seu lucro.
Mas o que garante que, ao ver os lucros extraordinários do monopolista, outras empresas não
decidam ofertar o produto e morder um pedaço do mercado?

O que permite ao monopolista continuar sozinho?

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1.1 Barreiras de Entrada

Existem diversas barreiras que impedem a entrada de concorrentes no mercado monopolista,


mas todas elas são variações de alguma das seguintes:

▶ Controle de recursos escassos: é o caso de uma fabricante de joias que detenha o


controle de grande parte das minas de diamante, por exemplo.
▶ Economias de escala (Monopólio Natural): alguns empreendimentos demandam um
enorme investimento inicial, mas têm um custo total médio decrescente. É o caso das
empresas de energia elétrica, que precisam construir estações dispendiosas e uma
enorme rede de transmissão. A empresa estabelecida, que já está produzindo para muitos
consumidores, terá um custo médio baixo, o que torna muito difícil para que um novo
entrante consiga competir com seus preços.
▶ Superioridade tecnológica: essa característica permite à empresa desenvolver produtos
com qualidade a um custo menor do que as demais.
▶ Externalidade de rede: significa que a empresa tem um grande número de
consumidores, e esse fato gera valor para cada consumidor. Em outras palavras, quanto
mais clientes, mais atrativo é o produto. Um bom exemplo é o Facebook: não faria sentido
entrar na rede se nenhum de seus contatos estivesse lá, mas como há milhões de usuários,
é interessante para o consumidor participar. Isso dificulta as coisas para uma nova rede
social entrar no mercado.
▶ Barreiras legais (Governo): existem duas formas pelas quais o governo cria um
monopólio: ele pode conceder a exclusividade da prestação de um serviço ou
fornecimento de um produto, ou pode garantir os direitos sobre uma criação. Os Correios,
por exemplo, têm a exclusividade sobre o serviço de entrega de correspondências (cartas)
no Brasil. Já a garantia de exploração econômica de uma criação é chamada de patente,
no caso de invenções, e os direitos autorais, no caso de criações artísticas.
▶ Controle de recursos essenciais (essential facilities): o exemplo real desse tipo de
barreira é o caso de uma empresa ferroviária que adquiriu e passou a controlar todos os
acessos a St. Louis, nos Estados Unidos, negando o acesso às ferrovias concorrentes, que
ficavam impedidas de oferecer serviços ferroviários para e através de St. Louis. O tribunal
concluiu que se tratava de uma tentativa de monopolizar e determinou que as ferrovias
rivais tivessem acesso à ponte, terminais e abordagens.

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1.2 A demanda da firma monopolista

Se o monopolista é o único produtor do mercado, é natural que sua demanda, ou seja, a


demanda com a qual ele se depara (a demanda de seus consumidores), seja a demanda de
mercado.

Portanto, a curva de demanda do monopolista assume o formato decrescente que conhecemos


bem, onde o preço é negativamente relacionado à demanda; quando o preço sobe, a
quantidade demandada cai, e vice-versa.

É por isso que o poder do monopolista é grande, mas não é absoluto: ele pode aumentar o
preço sem ver sua demanda acabar (como ocorre para a empresa competitiva), mas isso significa
que diminuirá a demanda de seu produto.

Isso porque não importa quanto um bem seja desejado ou necessário; sua demanda diminuirá
quando o preço aumentar.

1.3 Receita Média

A curva de demanda do monopolista é também sua curva de receita média. Veja, por exemplo,
o caso da banca organizadora de concursos FGV (podia ser Cebraspe, FCC, Cesgranrio etc. – é
só um exemplo).

Ao organizar um concurso qualquer, a banca determinará a taxa de inscrição (preço) e,


dependendo do valor cobrado, atrairá mais ou menos candidatos.

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Percebemos, pelo gráfico, que ao fixar a taxa de inscrição em R$150, a FCC atrairá 80.000
candidatos. Sua receita total será de R$12.000.000.

Como RMe=RT/q, nesse nível sua receita média será R$150; exatamente como mostrado pela
curva de demanda. Diminuindo o preço da inscrição para R$80, haverá 90.000 candidatos, de
forma que a receita total fica em R$7.200.000. Novamente, RMe=RT/q diz que a receita média
será igual a R$80.

É por isso que dizemos que a curva de demanda do monopolista é também sua curva de receita
média. E claro, RMe=p, assim como ocorre na concorrência perfeita.

1.4 Receita marginal

Para compreendermos o comportamento da receita marginal do monopolista, vamos supor uma


firma que se depare com a seguinte função de demanda: p=10-q. Note que estamos definindo
o preço em função da quantidade, e é assim que costuma acontecer, de fato.

O monopolista tem poder sobre a quantidade que será ofertada no mercado. Ele
pode optar por produzir mais ou menos.

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Contudo, ao produzir mais, a única forma de “dar vazão” às unidades adicionais


é reduzindo o preço, já que ao preço original não haverá demanda suficiente.

Para efeitos de prova, a equivalência das funções p=10-q e q=10-p pode ser
usada conforme a necessidade.

A tabela abaixo demonstra as quantidades e receitas para cada preço.

Preço Quantidade Receita total Receita marginal Receita média


(p) (q) (RT) (RMg) (RMe)
10 0 0 - -
9 1 9 9 9
8 2 16 7 8
7 3 21 5 7
6 4 24 3 6
5 5 25 1 5
4 6 24 -1 4
3 7 21 -3 3
2 8 16 -5 2
1 9 9 -7 1
0 10 0 -9 0

Vamos começar de cima.

Ao preço de R$10, nenhuma unidade é vendida (q=10-10), e por isso a receita é zero. Ao diminuir
o preço para R$9, acontece o primeiro fato notável: na primeira unidade vendida, a receita
marginal é igual à receita total e à receita média (R$9, em nosso exemplo).

Às duas unidades, temos que a receita total passa de R$9 para R$16, com receita marginal igual
a R$7 e receita média de R$8. Apesar de começarem iguais, conforme a receita marginal começa
a cair, ela começa a “puxar” a receita média para baixo, e isso nos leva ao segundo fato notável:
a receita marginal do monopolista é inferior à receita média (preço).

Vamos adiante para novas conclusões.

Quando passamos de 5 para 6 unidades, a receita marginal passa a ser negativa, de forma que
a unidade adicional implica em redução da receita total. Eis então nosso fato: enquanto a receita
marginal é positiva, a receita total está aumentando; quando a receita marginal é negativa,
a receita total está diminuindo.

Talvez você já esteja desconfiando da relação entre a receita marginal e a elasticidade-preço da


demanda, mas vamos transformar essa suspeita em certeza matemática.

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A RECEITA MARGINAL E A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

Antes de apresentarmos a relação entre RMg e EPD, precisamos de uma equação para a receita
marginal. Vamos construí-la por meio de um exemplo. Os números foram escolhidos para
simplificar os cálculos e, assim, podermos nos concentrar no raciocínio. Se você quiser torná-los
mais realistas pode multiplicar pelo valor que lhe convir.

A FCC, ao ser hipoteticamente escolhida para organizar um concurso qualquer, estabelece a taxa
de inscrição de R$8 (preço). Nesse valor, ela terá 3 inscritos para o concurso, com receita total
de R$24. De repente, alguém tem a ideia de diminuir o preço para R$5. Sob o novo preço, o
número de inscritos aumenta para 4, resultando numa receita total de R$20.

Como a receita marginal é a variação na receita total resultando da variação na quantidade


∂RT
(RMg= ), concluímos que a RMg é igual a -4. O gráfico abaixo mostra algo interessante sobre
∂q
a variação na receita total:

A variação na receita total será igual à área do retângulo A, menos a área do retângulo B. Quer
ver? O retângulo A tem área igual a 5 (altura de 5 x base de 1), enquanto o retângulo B tem área
de 9 (altura de 3 x base de 3). A variação na receita total, portanto, é igual a 5-9=-4. Exatamente
como calculamos.

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Para facilitar a compreensão, podemos chamar o retângulo A de efeito quantidade e o


retângulo B de efeito preço; o primeiro representa o aumento da receita decorrente do aumento
da quantidade, enquanto o outro mostra a queda da receita decorrente da queda no preço.

Com isso, podemos substituir δRT na fórmula da RMg pela diferença entre os retângulos,
utilizando as variáveis destacadas à direita do gráfico:

∂q.p1 +q0 .∂p


RMg=
∂q

Podemos simplificar a equação, dividindo δq por δq:

∂p
RMg=p1 + q0 .
∂q

Como, em decorrência da lei da demanda, ou δp é negativo ou δq é negativo, a conclusão


∂p
reforça que a receita marginal sempre será inferior ao preço. Em outras palavras, como ∂q será
menor do que zero (preço sobe, quantidade desce, e vice-versa), a segunda parte da equação
sempre será subtraída de p1.

p ∂q
Agora vamos falar de elasticidade-preço da demanda. Lembremos que a EPD é igual a . .
q ∂p
Diante disso, podemos fazer algumas manipulações1:

∂p q ∂p 1
RMg = p+q = p+p ( . ) = p(1+ )
∂q p ∂q p ∂p
q . ∂q

De forma que concluímos que:

1
RMg = p(1+ )
EPD

Como a elasticidade-preço da demanda é um valor negativo, podemos chegar a:

1
RMg = p(1- )
|EPD |

Dessa relação, podemos concluir algumas coisas interessantes. Na concorrência perfeita, onde
a elasticidade-preço da demanda é infinita, teremos o seguinte:

1
Se não compreender as manipulações, pode ir direto para a conclusão, destacada em negrito. O custo X benefício
de desenvolver a base algébrica necessária não compensa, mas é vital que você saiba a relação entre RMg e E PD;

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1
RMg=p(1- ) = p(1-0) = p.1 = p

Ou seja, na concorrência perfeita, RMg=p.

Agora vem a parte interessante. Provavelmente você lembra que a demanda elástica em relação
ao preço é aquela que tem valor superior a 1, ou seja, EPD>1 indica demanda elástica.

Vamos imputar um valor igual a 2 para vermos o que isso significa para a receita marginal:

1 1 p
RMg = p(1- ) = p ( ) =
2 2 2

Aí está: quando a demanda é elástica em relação ao preço a receita marginal é positiva. Isso
já nos dá uma dica do que acontece quando a demanda é inelástica (EPD<1), mas vamos ver o
que acontece quando EPD=0,5:

1
RMg = p (1- ) = p(1-2) = p(-1) = -p
1
2

Como o preço é sempre positivo, qualquer que seja seu valor, quando a demanda é inelástica,
teremos RMg negativa.

Como qualquer firma, o monopolista maximiza seus lucros igualando receita marginal e custo
marginal. Isso nos leva à conclusão de que o monopolista não ofertará quando a demanda for
inelástica, por dois motivos:

1º Motivo (esse é mais fácil): não existe CMg negativo. Então o monopolista não consegue
igualar RMg e CMg quando a demanda é inelástica, pois a RMg é negativa.

2º Motivo (esse precisamos desenvolver um pouco mais): A primeira coisa que você precisa se
lembrar é que a elasticidade-preço da demanda varia ao longo da curva da demanda, conforme
demonstrado no gráfico abaixo, que agrega ainda a relação que aprendemos entre RMg e E PD.

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Portanto, é como se a firma monopolista pudesse “andar” pela curva de demanda, variando sua
oferta e os preços. Ela simplesmente não atuará na parte inelástica da curva, onde a RMg é
negativa.

Eu sei que parece contraintuitivo. Mas pense no seguinte.

Nessa situação, quando a curva ainda é inelástica, é conveniente reduzir a quantidade ofertada
e aumentar o preço, obtendo assim maior receita e, consequentemente, maior lucro (já que
menor produção resulta em menores custos).

Também concluímos, pela análise do gráfico, que a curva de receita marginal é duas vezes
mais inclinada que a curva de demanda e receita média quando a demanda é linear.

Agora que já sabemos onde a monopolista não maximiza seu lucro, é hora de vermos qual
quantidade produzida será o equilíbrio nesse tipo de mercado.

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1.5 Maximização de Lucro do Monopolista

Sejamos diretos: o monopolista maximiza seu lucro produzindo a quantidade que iguala sua
receita marginal e seu custo marginal.

Mas é claro que há muito mais nesse gráfico que devemos analisar (e que cai em provas). Para
começar, observe o que acontece quando a firma monopolista produz uma quantidade inferior
à quantidade que maximiza seu lucro, como qA abaixo, ou quando produz a quantidade superior
qB:

A área sombreada A representa o lucro perdido (ou que deixou de ganhar) ao produzir a
quantidade qA. É assim, pois cada unidade entre qA e q* acrescentaria receita superior ao custo
(RMg>CMg), ou seja, cada uma dessas unidades produzidas daria lucro.

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A área B, por sua vez, representa o prejuízo adicional (ou lucro perdido) ao produzir quantidades
superiores a q*. Nesse caso, cada unidade entre q* e qB trouxe lucro negativo, pois teve custo
superior à receita (RMg<CMg).

1.6 Regra de determinação de preço do monopolista


1
Lembra da equação RMg=p(1- |𝑬 )?
𝑷𝑫 |

Como ela é importantíssima, chegaremos a ela por outro caminho, para ajudar a lembrar na hora
da prova.

Quando a empresa competitiva aumenta sua produção em uma unidade ao preço ‘p’, ela
adiciona seu preço à receita (RMg=p).

Mas calma!

No caso do monopolista, que se defronta com uma curva de demanda decrescente, precisamos
fazer um ajuste, ou seja, precisamos considerar:

∂p
[1] a redução no preço do produto necessária para aumentar a quantidade vendida ( ), e
∂q

[2] o efeito dessa variação na quantidade total vendida (q).

Assim, chegamos a:

∂p
RMg=p + q .
∂q

Ou seja, a receita marginal do monopolista é igual ao preço mais um ajuste por causa da variação
no preço (∂p/∂q) que afeta todas as unidades vendidas (q).

Agora vamos manipular a equação acima.

Lembre-se de que ao multiplicarmos um termo “X” qualquer de uma equação por um termo “Y”
e, em seguida, dividirmos por “Y”, a equação não se altera. Outra forma de pensar nisso é a
seguinte: o número 1 é o elemento neutro da multiplicação. Então, multiplicar por 1 não muda
nada em qualquer termo. E acontece que qualquer valor dividido por ele mesmo é igual a 1. Por
exemplo: 1547/1547=1, 18/18=1, Y/Y=1 e, portanto, p/p=1.

Faremos isso com “q”, ao multiplicá-lo “p/p”:

p ∂p
RMg=p+ .q.
p ∂q

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Aqui apenas reescrevo a expressão de multiplicação:

q ∂p
RMg=p+p. .
p ∂q

E, agora, vou apenas destacar alguns termos da equação que obtivemos:

q ∂p
RMg=p+p. .
p ∂q

p ∂q
O termo destacado é o inverso da elasticidade-preço da demanda, que é EPD = . .
q ∂p

Lembre-se que o inverso de um número é a troca do numerador pelo denominador, ou seja, o


número “5”, que pode ser escrito como “5/1”, tem por inverso o número “1/5”. O inverso de “X”
é “1/X”, então o inverso de “EPD” é “1/EPD”.

p ∂q p ∂q 1
Portanto, se . = EPD, então q . ∂p = EPD
q ∂p

Sendo assim, podemos concluir que:

1
RMg=p+p.
EPD

Simplificando a multiplicação de ‘p’ por ‘1’, teremos:

p
RMg=p +
EPD

Ao fatorar por ‘p’ (ou colocar ‘p’ em evidência):

1 p
RMg=p(1+ )=p+
EPD EPD

Como o objetivo da empresa é maximizar seus lucros, ela precisará igualar RMg e CMg, e nós
podemos substituir:

p
CMg=p +
EPD

Reorganizando para isolar o preço:

CMg
p=
1
1+
EPD

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Essa equação ‘destacadona’ é aonde eu queria chegar: ela é a regra de determinação de


preços do monopolista. Então, o próximo passo é opcional: se você considerar que a EPD, em
regra, é negativa, e quiser usar o valor absoluto em módulo da EPD, basta inverter o sinal assim:

CMg
p=
1
1–
|EPD|

Então, use qual preferir, ok?

Mais importante: o que a equação da regra de determinação de preços nos diz?

Ela diz, por exemplo, que quando a EPD for infinita, como ocorre em concorrência perfeita, o
preço será igual ao custo marginal.

Por isso, quando mais elástica for a curva de demanda com a qual se depara o monopolista, ou
seja, quanto mais o monopólio for parecido com uma concorrência perfeita, menor será o preço
que o monopolista poderá cobrar para maximizar seus lucros. Faz sentido, não é?

Por outro lado, quanto mais próxima de 1 for a EPD, maior será o preço e sua diferença em
relação ao CMg.

“Por que 1 e não 0, professor?”

Porque o monopolista não atua no trecho inelástico. ; )

Então, 1,0001 é elástico, mas menos elástico que 10, por exemplo.

Vamos ver, na tabela, dois exemplos. Na coluna da esquerda, temos uma situação na qual a EPD
é muito alta, enquanto na coluna da direita, ocorre o contrário (apesar de a demanda ainda ser
elástica). Em ambos os casos o CMg é igual a R$5.

EPD=100 EPD=1,1
CMg CMg
p= p=
1 1
1- 1-
|EPD| |EPD|

5 5
p= p=
1 1
1- 𝟏𝟎𝟎 1- 1,1

5 5
p= p=
0,99 0,09

p=5,05 p=55,55

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Viu só que diferença enorme? Por isso, dizemos que quanto menos elástica2 for a demanda,
maior será o poder do monopolista.

A margem que o monopolista obtém acima do custo marginal recebe o nome de mark-up, e
será rapidamente investigada por nós.

Mark-up do monopolista

Vamos manipular:

CMg
p=
1
1-
|EPD |

Na verdade, é simples, vou apenas dividir os dois lados da equação por “CMg”, assim:

p CMg
=
CMg 1
1- .CMg
|EPD |

E resolvendo o lado direito (CMg/CMg=1), chegamos a:

p 1
=
CMg 1- 1
|EPD|

Cada lado na equação nos mostra a margem (mark-up) entre o preço e o custo marginal.

Isso apenas reforça o que já havíamos concluído: quando maior a elasticidade-preço da


demanda, ou seja, quanto mais sensíveis os consumidores forem às mudanças de preços, menor
é o poder do monopolista em fixar preços acima de seu custo marginal.

Índice de Lerner: mensurando o poder de monopólio

Desenvolvido por Abba Lerner em 1934, seu índice serve para mensurar o poder do
monopolista, e é facilmente calculado: basta dividirmos a diferença entre o preço e o custo
marginal pelo preço:

2
Note que não usamos o termo “mais inelástica” pois, por definição, a demanda inelástica é inferior a 1,
e o monopolista não atua nesse caso.

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p-CMg
ILerner =
p
Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como
acontece no mercado competitivo – o numerador será igual a zero e o índice também, indicando
ausência de poder de monopólio.

Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio.

Simples e elegante, não? Ah! E cai em concursos...

1.7 O lucro do monopolista

Ao produzir a quantidade que iguala receita e custo marginais, o lucro é dado pela diferença
ente RMe e CMe, conforme demonstrado abaixo:

O lucro total, por sua vez, é dado pela multiplicação do lucro unitário pela quantidade, ou seja,
pelo retângulo cuja área é (RMe-CMe) x q*.

Portanto, enquanto p*>CMe, o monopolista terá lucros extraordinário. Como há barreiras de


entrada, é esperado que o monopolista será capaz de continuar obtendo lucros positivos
mesmo no longo prazo, ao contrário do que ocorre no mercado competitivo. Esse lucro de
longo prazo sempre dependerá da relação entre a demanda por seu produto e seus custos
médios de longo prazo.

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As regras para interromper a produção são as mesmas que vimos: a firma monopolista deixará
de ofertar ao mercado caso o preço que maximiza seus lucros (RMg=CMg) seja inferior ao seu
custo variável médio.

No longo prazo, como todos os custos são variáveis, o monopolista abandonará o mercado
quando o preço for inferior ao custo total médio.

2 MONOPÓLIO, CUSTOS SOCIAIS E REGULAMENTAÇÃO


Iniciamos um novo tópico porque, apesar de estarmos, ainda, falando de monopólios, vamos
colocar o governo no meio. Quando isso acontece, não só as questões assumem um aspecto
diferente, como a própria abordagem requer uma sutil diferença.

Para começar, vamos entender quais motivos o governo tem para intervir no mercado
monopolista.

2.1 Peso morto do monopólio

Vamos comparar: [1] o que acontece quando uma firma monopolista oferta determinado
produto, maximizando seus lucros em seu preço de equilíbrio, com [2] o que ocorre quando o
produto é oferecido em um mercado competitivo.

Acompanhe os comentários abaixo do gráfico. Não desista antes de chegar ao final do tópico,
onde tudo estará mais detalhadamente explicado.

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Para começarmos, observe que o monopolista cobra mais (pM) e oferece menos (qM) do que o
mercado competitivo (pC e qC).

Poderíamos até pensar que ele o faz tomando para si o excedente do consumidor, mas não é
isso: toda a área sombreada A+B, de fato, representa o excedente perdido pelo consumidor por
causa da diferença entre o preço e o custo marginal no monopólio.

Contudo, o monopolista apropria-se apenas da área A, e ainda perde a área C!

Ou seja, os excedentes B e C ficam perdidos.

A área A representa a perda de excedente dos consumidores que poderiam comprar o produto
por menor preço (PC), mas agora têm de pagar mais (PM). Por isso dizemos que esse excedente
é transferido aos produtores.

A área B, por outro lado, representa os consumidores que tinham preço de reserva inferior a P M,
ou seja, são consumidores que simplesmente não irão comprar ao preço do monopolista e, por
isso, representam um excedente perdido pelo mercado; essas transações deixarão de ser
realizadas.

A área C, por fim, representa o excedente perdido pelo produtor monopolista, por deixar de
vender a quantidade QC-QM. Claro que para a firma monopolista a área A que ele “capturou” dos
consumidores mais do que compensa essa perda, mas para o mercado C é um excedente
perdido.

Resumindo:

• O consumidor perde A+B e;


• O produtor ganha A e perde C: ganho líquido A-C.
• O mercado como um todo ganha A, mas perde A, B e C. Perda líquida de B+C.

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A conclusão é que o monopólio causa perda líquida para o mercado. É uma falha de
mercado, e por isso que o governo intervém.

2.2 Regulamentação

O governo dispõe de algumas formas para regulamentar o monopólio, evitando que a


sociedade perca excedente.

Para compreendermos quais soluções são mais adequadas e, consequentemente, quais são as
respostas certas às questões de prova, precisamos diferenciar monopólios naturais de
monopólios não-naturais.

MONOPÓLIOS NATURAIS

Um monopólio natural ocorre quando uma única empresa pode suprir todo o
mercado sob um custo inferior ao que duas ou mais empresas teriam. Portanto,
o monopólio natural é marcado pela presença de grandes economias de escala.

É o caso das companhias de saneamento básico, que geralmente são


monopolistas naturais. Imagine uma cidade servida por duas companhias de
saneamento, cada qual com seu sistema de esgotos, seus canos cruzando a
cidade toda, suas estações de tratamento, seus reservatórios... Os custos do setor
praticamente dobrariam, enquanto a receita total do setor seria a mesma, mas
agora dividida entre duas empresas, implicando em perda de eficiência para o
mercado como um todo.

Outros exemplos são as empresas de gás encanado, energia elétrica, telefonia


fixa, correios, metrô...

Todas têm em comum o fato de que seus elevados custos fixos implicam em
custos médios decrescentes conforme aumenta a produção, ou seja, economia
de escala.

A regulamentação para monopólios não naturais costuma ser mais simples: o governo
simplesmente impede a concentração nas mãos de um único produtor, ou determina a
dissolução desse poder de mercado caso ele já exista.

Há todo um arcabouço jurídico-legal assegurando a legitimidade dessa atuação.

Há alguns anos, o CADE negou a fusão de Sadia com Perdigão, e de Nestlé com Garoto. Mais
tarde, com uma série de exigências do governo, as fusões foram aprovadas. Mas o importante é
saber que o governo age para evitar monopólios não-naturais.

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No caso dos monopólios naturais, por outro lado, impedir a concentração é uma solução muito
ruim, pois implicará em maiores custos e maiores preços. Então há duas respostas: estatizar ou
regulamentar.

A estatização, ou seja, quando o governo decide operar os monopólios naturais por meio de
empresas públicas, traz problemas políticos e administrativos que (ainda bem) não são cobrados
em provas de economia, como lobbies, ineficiência e corrupção.

Já a regulamentação é assunto nosso, e ela pode ser de diversos tipos. Contudo, a principal dela
e aquela na qual nos concentraremos agora é a fixação do preço máximo que o monopolista
pode cobrar.

2.2.1 Regulação por preço do monopólio

Como você percebeu, o monopólio causa peso morto e ainda captura excedente do
consumidor. Sendo assim, ele se afasta da concorrência perfeita, onde os excedentes são
divididos de forma menos concentrada.

Portanto, o governo pode “forçar” o monopólio ao equilíbrio da firma competitiva onde o preço
é igual ao custo marginal (p=CMg), determinando como preço máximo que pode ser cobrado
pelo monopolista seu próprio custo marginal.

Graficamente, fica assim:

Perceba que PM e QM são preço e quantidade de equilíbrio do monopolista, então é o que ele
faria sem regulamentação.

Ao determinar que o preço máximo é o custo marginal, o governo força o monopólio para o
preço PC (que é igual ao custo marginal), e para a quantidade QC.

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Perceba que além de proporcionar mais bens transacionados e, melhor ainda, mais baratos,
essa solução elimina o peso morto!

Ótimo, né!?

Nesse caso, você deve ter notado que o monopolista ainda terá lucro extraordinário, porque o
preço está acima do custo médio. Mas nem sempre vai ser assim...

Por isso, dizemos que p=CMg é a solução ideal, ou melhor opção, mas ela nem sempre será
possível, porque em alguns casos, ao igualar preço e custo marginal, o monopolista acaba
arcando com um custo médio superior ao seu preço. Sabe onde isso sempre ocorre? No
monopólio natural...

2.2.2 Regulação por preço do monopólio natural

O que vou mostrar agora é por qual motivo a melhor solução para o monopólio natural é
determinar como preço máximo aquele que iguala o custo médio do monopolista.

Veja só, no gráfico a seguir, a comparação entre a fixação de três preços: o preço pM que
maximiza o lucro do monopolista; o preço competitivo pC, igual ao custo marginal; e o preço
regulamentado pR, igual ao custo médio do monopolista. Após o gráfico, analisaremos cada uma
das situações.

Ah! Perceba que o gráfico representa um monopólio natural: a curva de custo médio é
decrescente: há economia de escala.

Com PM e QM temos o equilíbrio do monopolista, ou seja, preço e quantidade que maximizam


seu lucro, ao igualar receita marginal e custo marginal. Como vimos, essa situação tem o
problema de gerar peso morto e perda de bem-estar para o mercado como um todo.

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Caso o governo limitasse o preço ao custo marginal, isso significaria PC, e o monopolista teria
prejuízos, já que, ao contrário do que ocorre em concorrência perfeita, sua receita média é
decrescente, e é inferior ao custo médio em QC.

Também ao contrário do que vimos no monopólio “não natural”, o custo médio (CMe) é sempre
decrescente, e, portanto, superior ao custo marginal (CMg). Sendo assim, igualar o preço ao
custo marginal é uma forma de garantir que o preço será inferior ao custo médio, e garantir que
o monopolista terá prejuízos.

Portanto, essa regulamentação faria com que o monopolista natural deixasse de servir o
mercado, tornando as coisas ainda piores.

Para evitar que isso acontecesse, o governo poderia fixar o preço em PC e fornecer um subsídio
no valor da área sombreada, ou seja, o governo cobriria o prejuízo do monopólio para que ele
continuasse ofertando a maior quantidade possível ao maior preço possível.

Essa opção seria a melhor possível nessas condições, pois o subsídio garantiria a eficiência do
monopólio. Contudo, para saber quanto pagar à firma monopolista, o Governo precisaria ter
acesso às curvas de custo, o que raramente é verdade. Por isso, apesar de ser a opção
teoricamente mais eficiente, esta não é considerada uma solução prática.

Por fim, temos a situação na qual o governo fixação do preço no ponto de contato entre as curvas
de demanda e de custo médio, ao preço PR. Dessa forma, o monopolista obtém lucro econômico
zero – remunerando seus fatores de produção aos preços de mercado, incluindo seus
proprietários – cobrando mais e ofertando menos do que no mercado competitivo. Mas essa
regulamentação é muito mais prática.

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Por isso, apesar de não ser a solução mais eficiente, essa é considerada a melhor solução. E é ela
que você vai marcar como correta quando aparecer na prova.

2.3 Discriminação de preços

Até agora temos trabalhado com a hipótese de que o monopolista vende todas as unidades pelo
mesmo preço.

Contudo, o monopolista tem a possibilidade de vender o mesmo produto por diferentes preços.
A isso, dá-se o nome de discriminação de preços.

Antes de vermos os tipos de discriminação de preços e a forma como elas são cobradas em
prova, cabe fazermos um esclarecimento: discriminar preços é vender o mesmo produto a
preços diferentes, mesmo que cada unidade tenha o mesmo custo.

Isso exclui da discriminação de preços a cobrança de um valor extra, por exemplo, para enviar o
produto a uma região distante, posto que são os custos adicionais de transportes que implicam
no aumento do preço.

2.3.1 Discriminação de primeiro grau (perfeita)

Esta é a situação ideal para o monopolista.

Consiste em cobrar o preço máximo que cada consumidor está disposto a pagar. Por exemplo:
digamos que a demanda do monopolista é dada pela função p=10-2q.

Com isso, o monopolista discriminador de preços pode cobrar R$8 pela primeira unidade (8=10-
2.1). A segunda será vendida por R$6, a terceira por R$4 e a quarta por R$2. Dessa forma, sua
receita total será de R$20.

Se não discriminasse seus preços, caso quisesse vender 4 unidades teria de cobrar R$2 por cada
uma delas, obtendo receita total R$8.

O consumidor que está disposto a pagar R$8 poderia ter pagado R$2, mas acaba perdendo R$6
de excedente pela discriminação de preços.

Dessa forma, o excedente do consumidor passa a ser nulo, e a discriminação de preços perfeita
consiste na captura de todo o excedente do consumidor pelo monopolista.

Como não há peso morto, a discriminação de preços de primeiro grau é economicamente


eficiente, e por isso é chamada de discriminação perfeita.

Outro fato interessante é que a receita marginal do monopolista discriminador de primeiro grau
é que sua curva de receita marginal é igual à curva demanda. Portanto, essa firma produz a
quantidade para a qual preço, receita marginal e custo marginal são iguais!

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É normal ficar confuso nesse ponto; afinal, o monopolista não produz menos e cobra mais para
aumentar seus lucros? Normalmente, sim.

Mas o monopolista perfeitamente discriminador, por cobrar o preço de reserva de cada


consumidor, tem por lucro todo o trecho para o qual a receita marginal supera o custo marginal.

Sua receita total é demonstrada pelas áreas A+B+C, e seu lucro é A+B. Bom para ele.

2.3.2 Discriminação de segundo grau

Este tipo é bem simples. Consiste em cobrar preços diferentes dependendo da quantidade
adquirida pelo consumidor. Os exemplos são vastos: compre 4 pague 3, desconto na 5ª
unidade, programa de fidelidade.

Contudo, a discriminação pode ocorrer de forma inversa, cobrando valores maiores para
maiores quantidades, como ocorre com energia elétrica e água, especialmente em momentos
de racionamento.

A discriminação de segundo grau costuma ser cobrada apenas conceitualmente, ou seja, basta
saber do que se trata, sem necessidade de qualquer tipo de cálculo.

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2.3.3 Discriminação de terceiro grau

A discriminação de terceiro grau, assim como a de segundo grau, é cobrada apenas


conceitualmente. Além disso, pode-se dizer que ela é definida residualmente, ou seja, tudo que
não é de primeiro ou segundo grau, é de terceiro.

Também podemos definir como a venda de bens por preços diferentes para diferentes
consumidores, independentemente da quantidade. Há diversos exemplos, como descontos
para aposentados e estudantes.

A discriminação de preços de terceiro grau assume diversas formas, mas algumas merecem
destaque. Ela pode ser ainda feita de forma intertemporal, quando a empresa cobra um valor
mais alto no começo, vende para quem não está disposto a esperar (pessoas com preço de
reserva mais alto), e depois diminui os preços para atingir os demais consumidores.

Há também empresas que discriminam preços praticando preços de pico, ou seja, cobram mais
caro em momentos de maior demanda. Um exemplo são as passagens aéreas segunda-feira pela
manhã e sexta-feira à noite. Os hotéis em alta temporada são outro exemplo, ainda melhor.

Para terminar, as tarifas em duas partes (ou tarifas compartilhadas, como algumas bancas
gostam de chamar), são uma forma de discriminação na qual é cobrada uma taxa de entrada e
outra taxa pelo tempo ou quantidade de utilização.

2.4 A (inexistente) Curva de Oferta do monopolista

Uma curva de oferta existe para mostrar as quantidades ofertadas sob cada nível de preços. Isso
fez sentido no mercado competitivo, onde somávamos as curvas de oferta individuais para obter
a curva de oferta do mercado.

No monopólio discriminador de preços, isso não faz sentido. O motivo para isso é o seguinte: o
monopolista não tem uma correspondência entre determinada quantidade e determinado nível
de preços, como faria uma curva de oferta.

O monopolista discriminador de preços ofertará uma determinada quantidade a diversos preços


diferentes, afinal, ele discrimina preços.

3 MONOPSÔNIO
O monopsônio é muito menos cobrado em provas de concurso do que o monopólio – muito
mesmo, talvez umas 50 vezes. Por isso, nossa abordagem será menos aprofundada.

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Só não podemos deixar de falar sobre o assunto para você não ter uma desagradável surpresa
na prova, não é?

Sua característica principal é a existência de um único comprador no mercado. Esse comprador


tem poder de monopsônio e, por isso, é capaz de influenciar o preço do bem, adquirindo-o por
valor inferior àquele que prevaleceria caso houvesse vários compradores.

Tenha em mente que o consumidor maximiza sua utilidade consumindo a quantidade que iguala
sua utilidade marginal e sua despesa marginal.

O consumidor competitivo depara-se com uma curva de despesa marginal constante, pois cada
unidade adquirida do produto tem, para ele, o mesmo preço, já que ele não consegue influenciar
o preço de mercado. Também por isso sua despesa média é constante e igual ao preço e à
receita marginal. Portanto, o preço de equilíbrio (pC) e a quantidade de equilíbrio (qC) o equilíbrio
do consumidor competitivo é o seguinte:

Já para o monopsonista é diferente: ele irá se deparar com uma curva de oferta crescente,
indicando que sua demanda individual é suficiente para pressionar os preços, caso queira
consumir maior quantidade.

Isso significa que sua despesa marginal é crescente, bem como sua despesa média. A relação
entre a inclinação de suas curvas é a mesma do monopólio: DMg é duas vezes mais inclinada
que DMe. Portanto, o monopsonista maximiza sua utilidade em:

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Concluímos, assim, que o monopsonista consome menor quantidade, sob menor preço. Com
isso concluímos esta aula, e vamos à bateria de questões!

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior
do que um.

Comentários:

O monopolista não atuará na parte inelástica da demanda, pois qualquer redução no preço
significará receita marginal negativa.

Recapitulando:

Como o preço é sempre positivo, qualquer que seja seu valor, quando a demanda é inelástica,
teremos RMg negativa. Isso porque o efeito do aumento na quantidade demandada é
superado pelo efeito na queda do preço.

E não existe CMg negativo. Então o monopolista não consegue igualar RMg e CMg quando a
demanda é inelástica, pois a RMg é negativa.

Como qualquer firma, o monopolista maximiza seus lucros igualando receita marginal e custo
marginal. Isso nos leva à conclusão de que o monopolista não ofertará quando a demanda for
inelástica.

Quanto ao mark-up, temos por definição que ele é “p/Cmg”. Como o monopolista nunca atuará
onde Cmg > p, temos que ele será maior do que 1.

Gabarito: Certo

2. (2019/FCC/AFAP/Analista de Fomento - Economista)


Após estudos, uma consultoria determinou que o equilíbrio do mercado do bem Y encontra-se
em um ponto de baixa elasticidade-preço da demanda. Uma vez que tomem conhecimento
dessa informação, é previsível que os fornecedores com poder de mercado
a) aumentem a produção.
b) diminuam os preços.
c) aumentem os preços.
d) deixem de tomar qualquer ação.
e) melhorem a qualidade.

Comentários:

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Nesta aula, vimos que o monopolista não atuará na parte inelástica da curva de demanda, uma
vez que nesse trecho mesmo aumentando seu preço a quantidade diminuirá em menor
proporção e, portanto, ele obterá maior lucro.

Portanto, concluímos que ele aumentará o preço e reduzirá a produção (por isso, as alternativas
“a”, “b” e “d” estão erradas).

Gabarito: “c”

3. (2016/FCC/ELETROSUL/Profissional de Nível Superior - Ciências Econômicas)


Em uma situação de monopólio, a firma maximiza o seu lucro quando o custo
a) marginal é igual à receita marginal.
b) médio é igual à receita média.
c) marginal é igual à receita média.
d) total é igual à receita total.
e) médio é igual à receita total.

Comentários:

É a regra de maximização de lucro válida para qualquer estrutura de mercado, inclusive para o
monopólio: RMg = CMg.

Se o custo médio for igual à receita média, teremos o lucro zero, algo que ocorre no longo prazo
da concorrência perfeita, mas não no monopólio. Esse é o erro da alternativa “b”. E o mesmo
raciocínio invalida a alternativa “d”.

Na alternativa “c” também temos uma situação competitiva que não é válida para o monopólio,
uma vez que o monopolista se depara com uma curva de demanda negativamente inclinada e,
portanto, RMe é diferente de RMg e, por isso, não é igualada ao CMg.

Por fim, ter um custo médio igual à receita total é bastante estranho. Significa que produzir duas
unidades já dá prejuízo, e não há qualquer suporte para essa situação na teoria econômica.

Gabarito: “a”

4. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia)


No que se refere à teoria da estrutura dos mercados de bens e de fatores de produção, julgue
o item subsecutivo.
Uma empresa em concorrência perfeita maximiza lucros quando iguala o preço de determinado
produto ao seu custo marginal. Uma empresa monopolista maximiza lucros quando sua receita
marginal é maior que o custo marginal.

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Comentários:

A questão começou bem e correta ao dizer que empresas em concorrência perfeita igualam
preço e custo marginal ao maximizar seus lucros.

A verdade é que elas igualam custo marginal e receita marginal, como todas as empresas.
Contudo, receita marginal em concorrência perfeita é igual ao preço, então está correto.

O erro é em relação ao monopolista, que também iguala receita e custo marginais.

Gabarito: Errado

5. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado.
A fixação não linear de preços, ou seja, quando o preço da unidade produzida depende da
quantidade adquirida pelo consumidor, é uma forma de definir discriminação de preços de 3.º
grau.

Comentários:

Vamos recapitular os três graus de discriminação de preços?

• Discriminação de primeiro grau (perfeita): Consiste em cobrar o preço máximo que


cada consumidor está disposto a pagar. É a captura de todo o excedente do consumidor
pelo monopolista.
• Discriminação de segundo grau: consiste em cobrar preços diferentes dependendo
da quantidade adquirida pelo consumidor.
• Discriminação de terceiro grau: além do caráter residual, ou seja, de englobar qualquer
tipo de discriminação que não seja de primeiro ou segundo grau, podemos definir como
a venda de bens por preços diferentes para diferentes consumidores.

Portanto, o enunciado descreve uma discriminação de preços de 2º grau.

Gabarito: Errado

6. (2017/CEBRASPE-CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia)


Com referência à teoria microeconômica da produção e às respectivas estruturas de mercado,
julgue o item subsequente.
No monopólio perfeitamente discriminador de preço, o ótimo de Pareto não pode ser
alcançado.

Comentários:

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Um ótimo de Pareto é definido como a situação na qual não é possível melhorar a situação de
uma parte sem piorar a situação de outra parte.

O monopolista discriminar de preços de 1º grau (perfeito) captura todo o excedente do


consumidor para si, mas isso também é um ótimo de Pareto, pois a única forma de melhorar a
situação dos consumidores é piorando a situação do monopolista.

Gabarito: Errado

7. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.

Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A quantidade a ser produzida e vendida no mercado a que se refere o gráfico em questão é
igual àquela determinada pelo cruzamento das curvas D e C.

Comentários:

Vamos comparar o gráfico da questão com nosso gráfico que mostra a maximização do lucro do
monopolista:

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Repare que a questão forneceu a curva de demanda, que é a mesma de receita média, mas não
forneceu a curva de receita marginal.

A curva de receita marginal estaria abaixo da curva de receita média, com o dobro de sua
inclinação, e, portanto, a afirmação da questão de que o cruzamento das curvas D e C forneceria
a quantidade a ser produzida por um maximizador de lucro não pode ser verdadeira.

Nesse ponto, o custo marginal seria superior à receita marginal.

Gabarito: Errado

8. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.

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Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
Embora seja decrescente no trecho mostrado no gráfico em apreço, C representa a curva de
oferta do monopolista.

Comentários:

Tem um jeito muito simples de acertar questões desse tipo, que é se lembrando que o
monopolista discriminador de preços não tem curva de oferta.

“Mas a questão não disse se é discriminador ou não, professor!”. Pois é. Exatamente por isso.
Acontece que a discriminação de preços é a regra, e, portanto, a questão não poderia estar certa,
de qualquer forma.

Gabarito: Errado

9. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.

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Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A característica de um monopólio natural é a existência de custos marginais baixos e custos fixos
muito altos, impedindo a entrada de concorrentes.

Comentários:

De fato, os monopólios naturais surgem de peculiaridade de bens com altos custos fixos e
economias de escala, o que inviabiliza sua produção por mais de uma empresa.

Gabarito: Certo

10. (2017/FGV/IBGE/Analista Censitário)


Uma empresa monopolista na cidade de Ericeira produz seu produto a um custo médio e
marginal constantes iguais a Cme = CMg = 10. Essa mesma empresa defronta-se com uma curva
de demanda do mercado descrita por P (Q) = 30 – Q.
O lucro desse monopolista é:
a) 75;
b) 100;
c) 500;
d) 750;
e) 1.500.

Comentários:

Vamos resolver essa questão em quatro passos:

1. Encontraremos a função de receita total a partir da função de demanda;


2. Encontraremos a função de receita marginal a partir da função de receita total;
3. Encontraremos a quantidade ao igualar RMg e CMg;

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4. Encontraremos o lucro total ao subtrair o custo total da receita total.

Então, vamos!

Receita total é igual preço X quantidade, correto? Já temos a função de preço, então a
multiplicaremos pela quantidade:

RT = (30 – Q) x Q
RT = 30Q – Q2
A função de receita marginal é a derivada da função de receita total. Então, derivemos:
RMg = 30 – 2Q
Sabendo que CMg = RMg, e que CMg = 10 (está no enunciado), podemos descobrir Q:
30 – 2Q = 10
2Q = 20
Q = 10
Sendo assim, podemos descobrir o preço:
P = 30 – Q
P = 30 – 10
P = 20
E a Receita Total:
RT = P.Q
RT = 20 x 10
RT = 200
E o Custo Total:
CT = CMe x Q
CT = 10 x 10
CT = 100
Para concluir, o lucro:
Lucro = RT – CT
Lucro = 200 – 100
Lucro = 100

Claro que há outras formas de chegarmos nesse resultado, especialmente se você compreendeu
bem as relações entre as variáveis.

Gabarito: “b”

11. (2018/FGV/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)


A empresa Beta possui exclusividade na venda de certo produto. A elasticidade-preço da
demanda pelo produto é de -2 e a empresa possui custo marginal constante e igual a 7.
Para maximizar lucro, a empresa deverá vender o produto ao preço de:

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a) 2;
b) 7;
c) 14;
d) 21;
e) 28.

Comentários:

Como temos o custo marginal (7) e a EPD (-2), podemos usar a seguinte fórmula para descobrir
o preço:

CMg
p=
1
1-
|EPD |

7
p=
1
1-
| − 𝟐|

7
p=
1
1- 𝟐

7
p=
1
𝟐

p=14
Gabarito: “c”

12. (2018/CESGRANRIO/PETROBRAS/Economista)
A função-demanda inversa de uma firma monopolista foi estimada pela seguinte equação: p (q)
= 190 – 2q, em que p é o preço unitário, e q, a quantidade produzida.
Supondo-se que essa firma opere com um custo marginal constante de R$ 10,00, seu lucro será
maximizado quando a quantidade produzida (q) e o preço unitário (p) forem, respectivamente:
a) 45 e R$ 100,00
b) 50 e R$ 150,00
c) 25 e R$ 120,00
d) 30 e R$ 180,00

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e) 40 e R$ 110,00

Comentários:

O primeiro passo, consiste em descobrir a receita total:

RT = p.q

RT = (190 – 2q) . q

RT = 190q - 2q2

Com isso, podemos derivar a receita total para chegar à receita marginal:

RMg = 190 – 4q

Igualando ao custo marginal, poderemos descobrir a quantidade:

RMg = CMg

190 – 4q = 10

180 = 4q

q = 180/4

q = 45

Já temos nossa resposta (alternativa “a”), mas podemos encontrar o preço unitário também, para
garantir.

p = 190 – 2q

p = 190 – 2 x 45

p = 190 – 90

p = 100

Gabarito: “a”

13. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização)


Em relação às estruturas de mercado, é correto afirmar que
a) no oligopólio, há um grande número de pequenas empresas oferecendo produtos
heterogêneos.

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b) na concorrência monopolista, há um pequeno número de grandes empresas que oferecem


produtos homogêneos.
c) na concorrência perfeita, o equilíbrio da firma se dá quando o preço de mercado é igual ao
custo marginal da enésima unidade, e o médio está decrescendo.
d) a maximização de lucros de uma empresa monopolista é alcançada em um ponto da curva
de demanda em que o preço é maior que o custo marginal.
e) não existem monopólios naturais puros, apenas aqueles que são permitidos pela legislação
do país em que estão sediados.

Comentários:

O próprio poder do monopolista é medido como a diferença entre o preço e o custo marginal,
de forma que a alternativa “d” está correta.

As demais alternativas estão fora do escopo deste assunto, com exceção da alternativa “e”, cujo
erro não está em afirmar a inexistência dos monopólios naturais puros, que de fato são uma
construção teórica, mas sim em defini-los como aqueles permitidos por lei. Não tem nada a ver.

Gabarito: “d”

14. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Uma das marcas que distingue uma empresa que opera em um mercado perfeitamente
competitivo de outra empresa monopolista é que, diferentemente da primeira, a empresa
monopolista
a) produz bens homogêneos.
b) aufere lucros econômicos normais no curto prazo.
c) consegue fixar preços por unidade vendida acima do custo marginal de produção.
d) maximiza lucros igualando a receita marginal ao custo marginal de produção.
e) não consegue barrar a entrada de competidores potenciais

Comentários:

A repetição é mãe da retenção. O poder do monopolista é medido como a diferença entre o


preço e o custo marginal, de forma que a alternativa “c” está correta, ou não estaríamos em um
monopólio.

A produção de bens homogêneos é verdade em concorrência perfeita, mas não no monopólio,


o que torna a alternativa “a” errada. Não faz sentido falar em bens homogêneos ou heterogêneos
quando há um único produtor daquele bem, como ocorre no monopólio.

Os lucros econômicos normais no curto prazo podem ocorrer em ambos, de forma que a
alternativa “b” não traz um elemento que diferencia monopólio de concorrência perfeita.

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O mesmo pode ser dito sobre a condição de igualdade entre receita marginal e custo marginal:
ela ocorre nas duas estruturas de mercado. A alternativa “d” está errada.

Por fim, a alternativa “e” está errada porque o monopólio tem por característica a existência de
barreiras de entrada, sendo a empresa que opera em mercado competitivo quem “não consegue
barrar a entrada de competidores potenciais”,

Gabarito: “c”

15. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização)


O poder de monopólio de uma empresa
a) é maior quanto menor for a elasticidade da demanda de seu produto.
b) é uma função decrescente da diferença entre o preço que pratica no mercado e seu custo
marginal.
c) é tanto maior quanto maior o número de substitutos próximos de seus produtos.
d) é sempre crescente, já que o monopolista pode cobrar preços cada vez mais altos para
maximizar seus lucros.
e) independe de seu grau de integração vertical.

Comentários:

Ao aprendermos como mensurar o poder do monopolista, vimos que:

CMg
p=
1
1-
|EPD |

A equação acima nos mostra que quando a EPD for infinita, como ocorre em concorrência perfeita,
o preço será igual ao custo marginal.

Por isso, quando mais elástica for a curva de demanda com a qual se depara o monopolista, ou
seja, quanto mais o monopólio for parecido com uma concorrência perfeita, menor será o preço
que o monopolista poderá cobrar para maximizar seus lucros.

Por outro lado, quanto mais próxima de 1 for a EPD, maior será o preço e sua diferença em
relação ao CMg.

Isso faz sentido, não é? Se o consumidor é muito sensível (elástico) às mudanças de preços, o
monopolista não vai ser muito poderoso.

Isso tudo torna a alternativa “a” nosso gabarito.

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O erro da alternativa “b” está em considerar que quanto maior o markup (p-CMg), menor o poder
do monopolista, quando sabemos que é justamente o contrário! O poder de monopólio é função
crescente, ou seja, está positivamente relacionado com a distância entre o preço e o custo
marginal.

Em “c”, temos uma visão equivocada. Na verdade, quanto menos substitutos existem para um
bem, menor será sua elasticidade. O que você acha que tem a demanda mais sensível às
mudanças de preços: um remédio patenteado que cura a calvície ou uma marca de arroz Tio
João? Certamente a marca de arroz é mais elástica, porque existe o Tio João, o Tio Juca, o Primo
Joca, além de substitutos próximos como macarrão, tapioca etc. Já o remédio, que não possui
muitos substitutos, terá uma demanda bem inelástica.

Na alternativa “d”, há uma verdade: o monopolista pode mesmo cobrar preços cada vez mais
altos, mas a mentira é que ele verá seu poder aumentar com isso. O que ocorrerá é que, a partir
de determinado preço, a quantidade que ele vende diminui tanto, a ponto de cair a receita, que
não vale a pena continuar aumentando.

A integração vertical é assunto que foge ao escopo desta aula.

Gabarito: “a”

16. (2013/VUNESP/MPE ES/Agente Técnico - Economista)


Para a mensuração do poder de monopólio de uma empresa, sugere-se a utilização do Índice
de Lerner (diferença entre o preço de mercado e o custo marginal dividida pelo preço de
mercado). A partir desta definição, pode-se dizer que:
a) quanto maior o valor do índice, maior o poder de mercado.
b) se o valor do índice for nulo, teríamos situação de monopólio puro.
c) se o valor do índice for superior à unidade, teríamos situação de monopólio puro.
d) quanto menor o valor do índice, maior o poder de mercado.
e) quanto maior o valor do índice, supõe-se maior concorrência no mercado.

Comentários:

Vamos relembrar?

O índice de Lerner serve para mensurar o poder do monopolista, e é facilmente calculado: basta
dividirmos a diferença entre o preço e o custo marginal pelo preço:

p-CMg
ILerner =
p

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Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como
acontece no mercado competitivo – o numerado será igual a zero e o índice também, indicando
ausência de poder de monopólio.

Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio.

Com isso, podemos concluir que quanto maior a diferença entre preço e custo marginal, maior
será o índice (ainda que nunca supere o valor 1), e maior será o poder de monopólio, tornando
a alternativa “a” nosso gabarito, ao mesmo tempo em que contraria as alternativas “d” e “e”.

O índice será nulo quando preço e custo marginal forem iguais, e isso só nos leva à conclusão
de que não há poder de monopólio, por isso a alternativa “b” está errada.

O índice nunca será superior à unidade. É uma impossibilidade matemática, ao usarmos “p” no
numerador e no denominador, ao mesmo tempo em que subtraímos um valor positivo (o custo
marginal) do numerador. Por isso, a alternativa “c” também está errada.

Gabarito: “a”

17. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Um produto torna-se mais valioso para seus usuários se houver um aumento do número de
usuários. Assim, a demanda pelo produto, por parte de qualquer pessoa, depende do número
total de usuários.
Essa é uma situação que acontece quando há
a) venda conjunta
b) deseconomias de escala
c) economias de escala
d) externalidades de rede
e) substituição entre os usuários

Comentários:

O enunciado descreve, com perfeição, as externalidades de rede. Então, sem mais delongas,
pode marcar a “d”.

Apenas para relembrar: externalidades de rede significam que a empresa tem um grande
número de consumidores, e esse fato gera valor para cada consumidor individual. Em outras
palavras, quanto mais clientes, mais atrativo é o produto.

Um bom exemplo é o Facebook: não faria sentido entrar na rede se nenhum de seus contatos
(ou “contatinhos”? =x) estivesse lá, mas como há milhões de usuários, é interessante para o
consumidor participar. Isso dificulta as coisas para uma nova rede social entrar no mercado.

Gabarito: “d”

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18. (2018/FCC/CLDF/Consultor Legislativo - Regulação Econômica)


A estrutura de mercado em monopólio pode ser caracterizada por apresentar
a) duas empresas que oferecem produtos substitutos perfeitos entre si.
b) associação ou acordo de várias empresas com o objetivo de controlar o mercado.
c) fortes barreiras que impedem o surgimento de competidores.
d) controle acionário de outras empresas que atuam no mesmo ramo de atividade.
e) capacidade de balizar o preço do produto para seus concorrentes.

Comentários:

As barreiras de entrada estão entre as principais características do mercado em monopólio. Por


isso, “c” é nosso gabarito.

As demais alternativas fogem ao escopo desta aula, mas falarei rapidamente sobre elas.

Duas empresas seriam um duopólio, e por isso “a” está errada.

Em “b”, temos um cartel, que não é um monopólio, embora possa funcionar como um.

Em “d”, temos o conceito de integração horizontal.

Em “e”, por fim, há algo que ocorre em determinados modelos de oligopólios.

Gabarito: “c”

19. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio,
julgue (C ou E) o item que se segue.
O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio
natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato
de concessão.

Comentários:

Errado! O serviço de fornecimento de água e saneamento é um dos exemplos clássicos de


monopólio natural, com seus elevados custos fixos e economia de escala.

Gabarito: Errado

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20. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado.
Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no
funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do
mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.

Comentários:

Essa afirmação contraria a lógica. Se o consumidor for muito reativo a variações no preço, o
monopolista não poderá aumentar muito seus preços.

Essa conclusão também está implícita no markup do monopolista, que será menor quanto maior
for a elasticidade-preço da demanda:

p 1
=
CMg 1- 1
|EPD|

E se ainda precisa de algo mais, veja as curvas a seguir e compare a distância entre preço e custo
marginal entre cada uma delas:

Gabarito: Errado

21. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo – Economia)


Assinale a opção que apresenta uma característica da prática de discriminação de preço de 1º
grau.
a) O desconto por quantidade, em que o consumidor leva x unidades e paga por x-y unidades,
em que y < x.
b) O fato de o vendedor conhecer o preço máximo que cada consumidor está disposto a pagar
pelo bem.

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c) A empresa oferece descontos para grupos com menor demanda, como estudantes e idosos.
d) A fixação de um preço fixo de entrada e de outro, variável, por quantidade consumida.
e) A diferenciação dos produtos, para separar os consumidores de acordo com seus respectivos
perfis.

Comentários:

A discriminação de 1º grau consiste na captura de todo o excedente do consumidor pelo


produtor.

Significa que a firma é capaz de cobrar de cada consumidor o preço máximo que ele está
disposto a pagar.

Gabarito: “b”

22. (2018/FGV/ALERO/Consultor Legislativo - Assessoramento em Orçamentos)


Considere o mercado de um produto vendido por uma empresa monopolista. Assinale a opção
que apresenta a propriedade que esse mercado não apresentará.
a) A empresa sempre opera na parte elástica da curva de demanda.
b) O markup da empresa é maior do que um.
c) Se a elasticidade preço da demanda é constante, então o markup é constante.
d) O nível de produção que maximiza o lucro é aquele no qual o custo marginal iguala a
demanda.
e) O nível produzido pela empresa é menor do que no caso de concorrência perfeita.

Comentários:

O nível de produção é sempre aquele no qual o custo marginal iguala a receita marginal.

A alternativa “d”, portanto, está errada, e é nosso gabarito.

Gabarito: “d”

23. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Em alguns serviços de utilidade pública, como transporte metroviário e eletricidade, as escalas
mínimas eficientes de oferta dos serviços são tão elevadas, em relação ao tamanho da demanda
potencial, que o setor só consegue minimizar os custos unitários se for operado por uma única
empresa fornecedora.
Esse caso ilustra uma situação típica de
a) oligopólio

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b) monopólio natural
c) monopólio puro
d) concorrência perfeita
e) concorrência monopolística

Comentários:

Fique então com essa bela revisão do conceito de monopólio natural, definidos como aqueles
mercados nos quais “as escalas mínimas eficientes de oferta dos serviços são tão elevadas, em
relação ao tamanho da demanda potencial, que o setor só consegue minimizar os custos
unitários se for operado por uma única empresa fornecedora”.

As demais alternativas trazem conceitos que fogem ao escopo desta aula, sendo oportunamente
estudados.

Gabarito: “b”

24. (2016/ESAF/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


Tome o caso de uma empresa que opera dentro de uma estrutura de um mercado monopolista.
Nesse caso,
a) a empresa poderá escolher o preço do bem que produz e a quantidade vendida.
b) o preço praticado pelo monopolista é maior do que o preço praticado dentro de uma
estrutura de mercado perfeitamente competitivo.
c) o monopólio sempre gera lucro econômico positivo.
d) o equilíbrio do monopolista ocorrerá quando o preço do bem for equivalente ao custo
marginal (condição de primeira ordem para a maximização do lucro total).
e) a existência de lucro econômico positivo permite ao monopolista operar mesmo quando a
receita marginal for negativa.

Comentários:

O monopolista não pode escolher o preço e a quantidade vendida. Ele escolhe um, ou outro,
pois se depara com uma curva de demanda descendente, que implica em menores quantidades
vendidas para maiores preços, e vice-versa. Portanto A está errada.

Em B, verifica-se que a informação é verdade. Além de menores quantidades ofertadas, o


monopolista cobra mais por elas, em relação ao mercado competitivo. Portanto, temos nosso
gabarito.

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Algumas vezes, costumamos analisar cada uma das alternativas durante as aulas, mas o
fazemos para fins didáticos. Na hora da prova, você precisa ter segurança suficiente para
não ficar perdendo tempo depois de localizar a alternativa certa, especialmente nas
questões mais fáceis; se ficar analisando-as, não vai ter tempo para as mais difíceis.

Normalmente, o tempo não é suficiente para resolver a prova com tranquilidade e


qualidade. Acredite: os candidatos que saem por último, que acham a prova difícil, são
os que passam.

Segurança na hora da prova; é para isso que você está se preparando.

Dizer que o monopólio sempre dá lucro econômico não é verdade. Se o produto não tiver
demanda, pouco importa quantas empresas o estão ofertando. C está errada.

Em D temos a condição de maximização de lucro da empresa competitiva, e não do monopólio.

Por fim, temos E. Quando a receita marginal é negativa, significa que cada unidade adicional
produzida está trazendo prejuízo. Como a maximização de lucro é uma hipótese básica da teoria
do monopólio, sabemos que a alternativa está errada.

Gabarito: “b”

25. (2013/CETRO/Anvisa/Analista)
O índice de Lerner de poder de monopólio é a medida calculada como o excesso do
a) custo marginal sobre o preço como uma fração do preço.
b) preço sobre o custo marginal como uma fração do custo.
c) preço sobre o lucro marginal como uma fração do preço.
d) custo sobre o preço marginal como uma fração do preço.
e) preço sobre o custo marginal como uma fração do preço.

Comentários:

Questão puramente conceitual. Até ajuda a lembrar como o incide de Lerner é calculado.

Para facilitar a leitura do enunciado, veja que o índice de Lerner:

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• ele mede o excesso (diferença) do preço sobre o custo marginal (p - CMg);


• como uma fração do preço ( dividido por "p").

p-CMg
ILerner =
p
Gabarito: “e”

26. (2013/ESAF/STN/Analista de Finanças e Controle)


Assinale a opção a seguir que representa a relação entre custo marginal, receita marginal e
preços de uma firma que opera como monopolista.
a) A firma obtém o máximo de lucro quando a receita marginal é igual ao preço.
b) A firma obtém o máximo de lucro quando o custo marginal é igual ao preço.
c) A firma obtém o máximo de lucro quando o custo marginal é igual à receita marginal.
d) A receita marginal é igual ao preço, pois a firma toma preços como dados.
e) A receita marginal é igual ao custo marginal, não importando a quantidade produzida.

Comentários:

Lembre-se sempre que, qualquer empresa, em qualquer tipo de mercado, maximiza seu lucro
igualando custo marginal e receita marginal. Com a firma monopolista não é diferente.

Gabarito: “c”

27. (2006/ESAF/IRB BRASIL/Analista)


São hipóteses básicas da teoria convencional do monopólio, exceto:
a) o monopolista crê que a sua política de preços no presente irá afetar a curva de demanda no
futuro e inclui esta crença em suas estratégias de lucro.
b) o monopolista possui perfeito conhecimento da sua curva de custos.
c) o monopolista possui perfeito conhecimento da curva de procura do mercado.
d) o monopolista deseja maximizar lucro.
e) é condição necessária para a caracterização de um monopólio a existência de uma única
empresa suprindo o produto.

Comentários:

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São hipóteses básicas da teoria convencional do monopólio:

 o monopolista possui perfeito conhecimento da sua curva de custos.


 o monopolista possui perfeito conhecimento da curva de procura do mercado.
 o monopolista deseja maximizar seu lucro.
A alternativa “e” traz uma característica que é a própria definição do monopólio, o que nos deixa
como gabarito a alternativa “a”.

Gabarito: “a”

28. (2004/ESAF/IBR Brasil/Analista)


Considere a afirmação a seguir (adaptada do livro "Microeconomia" de C. E. Ferguson, 4ª
edição, Editora Forense Universitária, página 330):
"Um monopolista, ou qualquer outro produtor, maximizará o lucro ou minimizará a perda
através da produção e comercialização daquele produto para o qual o custo___________ iguala-
se à receita _____________. A existência do lucro ou prejuízo dependerá da relação entre
____________ e ______________." As seguintes expressões, respectivamente, completam
corretamente o conceito acima:
a) marginal / média / receita total / custo total
b) marginal / marginal / preço / custo total
c) marginal / marginal / preço / custo marginal
d) médio / marginal / preço / custo médio
e) marginal / marginal / preço / custo médio

Comentários:

Já resolvemos essa questão. Trouxe-a de novo para que você pudesse contemplar a resolução,
agora compreendendo por que isso também se verifica no monopólio.

Gabarito: “e”

29. (2013/FCC/DPE (RS)/Analista Economia)


Barreiras à entrada de novos concorrentes em um dado ramo de atividade são bastante comuns
em mercados ditos concentrados. Um tipo de barreira à entrada é a
a) quebra de uma patente tecnológica.
b) deseconomia de escala.

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c) expiração de um direito autoral.


d) extinção da necessidade de cessão de licenças de funcionamento.
e) adoção de um regime de concessão estatal

Comentários:

Quebra de patente (A), expiração de direito autoral (C) e extinção de necessidade de licença de
funcionamento (D) representam quedas de barreiras à entrada, e por isso essas alternativas não
podem ser nosso gabarito.

Além disso, é a presença de economias de escala que representam barreiras à entrada de novos
competidores, e não deseconomias, como afirmado em B.

Isso nos deixa com a alternativa E. Regimes de concessão estatal consistem na celebração de um
contrato do governo com uma empresa, para que esta preste algum serviço público. Mediante
o cumprimento de uma série de exigência, a empresa concessionária tem, em alguns casos, a
proteção legal contra novos concorrentes.

Gabarito: “e”

30. (2008/FGV/SEFAZ RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Um setor é um monopólio natural. Para garantir o maior bem-estar para o consumidor assinale
o que o órgão regulador deve fazer.
a) Quebrar esse monopólio e estimular a concorrência.
b) Determinar que o preço cobrado seja igual ao custo marginal.
c) Determinar que o preço seja igual ao custo médio.
d) Não há nada que o governo possa fazer para melhorar o consumidor, visto que é um
monopólio natural (retornos crescentes de escala).
e) Determinar que o preço seja aquele em que a curva de oferta intercepte a curva de demanda.

Comentário:

Determinar que o preço seja igual ao custo médio significa impor lucros normais (e não
extraordinários) ao monopolista.

Essa é a solução clássica, e está presente na alternativa “c”.

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Gabarito: “c”

31. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Analista Administrativo)


Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo
item.
O monopsônio é caracterizado pelo mercado comprador quando há apenas uma empresa
compradora de certo bem ou serviço, que define o preço.

Comentários:

Definição precisa de monopsônio, daquelas que nos ajudam a fixar o conceito.

Gabarito: Certo

32. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia)


A respeito de aspectos da teoria do consumidor, produtividades média e marginal e estruturas
de mercado, julgue o item seguinte.
Empresa monopsonista que seja a única compradora de determinada matéria-prima em um
mercado de muitos fornecedores deve pagar um valor maior pela matéria-prima caso queira
estimular os fornecedores a aumentar a produção.

Comentários:

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Por mais poderoso que seja o monopsonista, ele não pode obrigar os produtores a aumentar
sua produção. Isso só pode ser feito caso esteja disposto a pagar mais.

Também por isso a curva de oferta com a qual se depara o consumidor monopsonista é
ascendente.

Gabarito: Certo

33. (2015/ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento)


Em relação ao monopólio, é correto afirmar que:
a) no longo prazo, uma empresa monopolista passa a fazer parte de um modelo de
concorrência monopolística.
b) o preço do monopolista independe da elasticidade preço da demanda.
c) um monopolista maximiza o seu lucro produzindo uma quantidade em que o custo marginal
é igual à receita marginal.
d) um monopolista maximizará lucro produzindo aquele produto em que o preço é igual ao
custo marginal.
e) para o monopolista, a curva de demanda é sempre infinitamente elástica em relação ao
preço.

Comentários:

O monopólio irá persistir enquanto persistirem as barreiras de entrada que o caracterizam, por
isso A está errada.

O preço do monopolista é definido em função de seu mark-up (p-CMg)/p, que é definido


inversamente em função da elasticidade-preço da demanda. Portanto, B também está errada.

A condição de maximização de lucros é que custo marginal e receita marginal sejam iguais, seja
qual for a estrutura de mercado. E por isso C está correta.

Em D, temos uma característica da firma competitiva, e não da monopolista.

Por fim, o erro de E é que, na verdade, a curva de demanda do monopolista é decrescente, de


forma que sua elasticidade-preço varia ao longo da curva. A curva de demanda infinitamente
elástica também é uma característica da firma competitiva.

Gabarito: “c”

34. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Economista)

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A Figura abaixo mostra a curva de demanda pelo bem X (segmento de reta tracejado). Esse
bem é produzido e vendido monopolisticamente por certa empresa maximizadora de lucros,
cujo custo marginal é constante e positivo.

Nessa situação, conclui-se que o(a)


a) preço de X é menor que R$ 3,00 por unidade.
b) lucro do monopolista é R$ 9,00 por mês.
c) lucro do monopolista é nulo.
d) receita total do monopolista é menor que R$ 9,00 por mês.
e) quantidade produzida de X é maior que 3 unidades por mês.

Comentários:

Esta questão exige bastante raciocínio e conhecimento sobre a estrutura de mercado monopólio.

Só de olhar, já sabemos que o monopolista não irá atuar no trecho inelástico da curva, ou seja,
ele irá atuar somente abaixo de 3 unidades e acima de R$3,00. Isso já elimina de forma óbvia as
alternativas “a” e “e”.

A alternativa B só seria possível caso o monopolista não tivesse nenhum custo. Isso é impossível,
já que o enunciado afirma que o custo marginal é constante e positivo.

Para sabermos se a alternativa C é verdadeira, seria necessário conhecer as curvas de custo


médio e custo marginal. Quando nos deparamos com esse tipo de alternativa, convém
avançarmos para tentar encontrar alguma verdadeira.

Em D, temos uma hipótese bastante simples: de que a quantidade de equilíbrio será inferior a 3
unidades. Já sabemos que não será superior, já que isso implicaria no trecho inelástico da curva
da demanda, então precisamos apenas concluir que não será exatamente 3 unidades.

O gráfico abaixo deixa claro que isso só seria possível caso o CMg fosse nulo, o que sabemos
não é verdade, pois assim o enunciado declara:

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Portanto, a curva de custo marginal irá interceptar a curva de receita marginal em uma
quantidade inferior a 3 unidades, o que inviabiliza qualquer receita total superior a 9. A
alternativa D é nosso gabarito.

Gabarito: “d”

35. (2012/CEBRASPE-CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo)


Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir.
Se a curva de demanda da empresa for elástica, o markup será pequeno, e essa empresa terá
pouco poder de monopólio.

Comentários:

Questão correta! A maior sensibilidade do consumidor em relação aos preços implica em menor
poder para a firma monopolista.

Gabarito: Certo

36. (2006/ESAF/Aneel/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia)


Suponha que um monopolista se defronta com uma curva de demanda q=80−p, onde p é o
preço do bem e q a quantidade do bem. Sua função custo total é c=10q. Pode-se afirmar que
o preço que maximiza o lucro do monopolista é
a) 10.
b) 35.
c) 45.
d) 80.

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e) 30.

Comentários:

Assim como o custo marginal é a primeira derivada do custo total, a receita marginal é a primeira
derivada da receita total. Como já temos a função de custo total (C=10q), fica fácil concluirmos
que CMg=10.

Agora, precisamos descobrir a função de receita total para, a partir dela, chegarmos à receita
marginal.

Lembre-se que RT=p.q

Ao manipularmos q=80−p, chegamos a p=80-q. Então:

RT=(80-q).q

RT=80q-q2

Já podemos, agora, derivar RT para obter RMg:

RMg=80-2q

Como receita marginal e custo marginal devem ser iguais na quantidade que maximiza os lucros:

RMg=CMg

80-2q=10

q=35

Voltando à equação da curva de demanda dada pela questão:

p=80-q

p=80-35

p=45

Gabarito: “c”

37. (2008/FCC/TCE SP/Auditor do Tribunal de Contas do Estado)


Considere as proposições a seguir.
I. A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de concorrência perfeita é
dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio acima do ponto de cruzamento
desta com a curva de custo marginal.

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II. A empresa monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade para a qual o preço
do bem e o custo marginal da produção sejam iguais.
III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida.
IV. O monopólio é uma estrutura de mercado menos eficiente do que a concorrência perfeita,
porque no equilíbrio do monopólio o preço é maior que o custo marginal.
V. A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado em que há um grande número de
pequenas empresas que fabricam produtos diferenciados.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e V.
e) IV e V.

Comentários:

Este tipo de questão deve ser feito com tática. Observe que todas as alternativas, exceto “e”,
afirmam que II está correta. Podemos começar por ela e se concluirmos que está incorreta, já
podemos marcar “e” como gabarito. Algumas vezes, ainda assim, podemos ficar inseguros, é
normal. Mas não é o caso aqui.

A afirmativa II está evidentemente errada, posto que o poder do monopolista consiste


justamente em fixar seu preço acima do custo marginal. A igualdade RMg=CMg=preço é válida
como maximização do lucro da firma competitiva.

Isso torna I e III também falsas. Vejamos os motivos (vistos em aula anterior):

I. A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de concorrência perfeita é


dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio marginal acima do ponto de
cruzamento desta com a curva de custo marginal variável médio.

III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida seja inferior ao custo variável médio.

Quanto às afirmativas verdadeiras, note que IV está de acordo com aquilo que vimos sobre o
equilíbrio do monopólio e o peso morto causado.

A afirmativa V foge ao escopo desta aula. Ainda não vimos concorrência monopolística.

Gabarito: “e”

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38. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considere as condições de equilíbrio de mercados em concorrência perfeita, de um lado, e, de
outro, de mercados sujeitos ao monopólio. Considere, também, que, em ambas as condições,
os produtores visem ao lucro (L), que resulta da maximização do excedente da receita total (RT)
em relação ao custo total da produção (CT). Considere, ainda, que, ao maximizar o lucro, os
produtores levem em consideração, entre outras variáveis, o preço (P), a quantidade produzida
(Q), a receita marginal (RMg) e o custo marginal (CMg). Com base nessas considerações, julgue
(C ou E) o item que se segue.
Em ambas as condições citadas, os preços equivalem ao custo marginal.

Comentários:

Perceba como é recorrente em provas esse negócio de igualar custo marginal e receita marginal.
Como sabemos, essa é a condição de maximização dos lucros da firma, qualquer que seja a
estrutura de seu mercado.

Contudo, a questão fala que em ambos os casos o preço será igual ao custo marginal. Isso só é
verdade na concorrência perfeita, enquanto no monopólio o preço é superior ao custo marginal.

Gabarito: Errado

39. (2014/CEBRASPE-CESPE/ANTAQ/Especialista em Regulação)


No que diz respeito às estruturas de mercado, à dinâmica de determinação de preços e lucros
e à competitividade e estratégia empresarial, julgue o item que se segue.
A ineficiência do mercado de concorrência imperfeita pode ser medida pela distância entre o
preço de mercado e o custo marginal do bem. Quanto menor for essa distância, menos eficiente
será o mercado de concorrência imperfeita.

Comentários:

A questão estaria correta se fizéssemos a seguinte alteração: “...Quanto menor for essa distância,
menos mais eficiente será o mercado.”

Gabarito: Errado

40. (2008/FGV/SEFAZ RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


A respeito das empresas monopolistas, é correto afirmar que:
a) a firma monopolista maximiza o seu lucro igualando o custo marginal com a receita marginal.

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b) a empresa monopolista escolhe o preço do produto de forma que o preço seja igual ao custo
médio.
c) a curva de receita marginal está acima da curva de demanda.
d) a maximização do lucro por parte das empresas monopolistas maximiza o bem-estar da
sociedade devido aos maiores lucros gerados.
e) do ponto de vista do bem-estar total da economia, a discriminação de preços eleva o
excedente do monopolista, mas reduz a eficiência medida pelo excedente total (consumidor +
produtor).

Comentários:

A essa altura, espero que esteja claro que a alternativa “a” está correta. A condição de
maximização de lucro CMg=RMg é válida para qualquer firma, em qualquer estrutura de
mercado.

O que talvez não esteja claro é o motivo de as demais alternativas não estarem corretas. Vamos
aos comentários.

b) a empresa monopolista escolhe o preço do produto de forma que o preço seja igual ao custo
médio.

Bem, se fosse assim, o monopolista não teria lucro econômico. A situação é compatível com o
equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita, mas não com o monopólio.

c) a curva de receita marginal está acima da curva de demanda.

É o contrário! A curva de demanda (que também é a curva de receita média) fica acima da curva
de receita marginal, tendo a metade da inclinação desta. Afinal, é a receita marginal que “puxa”
a receita média para baixo.

d) a maximização do lucro por parte das empresas monopolistas maximiza o bem-estar da


sociedade devido aos maiores lucros gerados.

Só se for o bem-estar do monopolista, que em regra causa peso morto (ineficiência) ao mercado.

e) do ponto de vista do bem-estar total da economia, a discriminação de preços eleva o


excedente do monopolista, mas reduz a eficiência medida pelo excedente total (consumidor +
produtor).

O monopolista perfeitamente discriminador de preços captura todo o excedente do consumidor


para si, sem causar peso morto. Portanto, o excedente total não se altera, apenas muda de dono.

Gabarito: “a”

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41. (2007/FGV/SEFAZ RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Uma empresa monopolista é capaz de escolher o preço de seu produto. Para que seu lucro seja
maximizado, a empresa monopolista deve escolher um preço que exceda seu custo marginal
de produção. A diferença entre o preço escolhido e o custo marginal chama-se mark-up. Pode-
se afirmar que o mark-up da firma monopolista será tão maior quanto:
a) maior for a elasticidade-preço da demanda.
b) menor for a elasticidade-preço da demanda.
c) maior for a elasticidade-renda da demanda.
d) menor for a elasticidade-preço da oferta.
e) menor for a elasticidade-preço cruzada da demanda.

Comentários:

O mark-up será maior quanto menor for a elasticidade-preço da demanda, ou seja, quando os
consumidores são menos sensíveis às mudanças de preço, o monopolista tem maior poder para
fixar o preço acima de seu custo marginal.

Adicionalmente, podemos analista que o mark-up é igual a:

1
Mark-up= 1
1-|E
PD |

Dessa forma, quanto menor for o valor de E PD, maior será o mark-up do monopolista e, assim,
maior será a diferença entre preço e custo marginal.

Gabarito: “b”

42. (2006/CEBRASPE-CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo)


Em relação às curvas de demanda e de oferta, julgue o item a seguir.
A curva de oferta do monopolista é perfeitamente inelástica.

Comentários:

A curva de oferta do monopolista, em regra, não existe. E ponto.

Gabarito: Errado

43. (2012/VUNESP/SEFAZ SP/Agente Fiscal de Rendas)


Com relação à curva da demanda dirigida à firma monopolista, pode-se afirmar que

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a) Terá sempre a mesma forma da curva da demanda dirigida a uma firma em concorrência
perfeita.
b) Será positivamente inclinada em função do grau de monopólio.
c) Será negativamente inclinada, se assim o for a demanda do mercado.
d) Poderá ser mais inclinada do que a demanda do mercado.
e) Será relativamente menos inclinada do que a demanda de mercado.

Comentários:

Basta lembrarmos que o monopolista é o mercado. Naturalmente sua curva de demanda será
igual a curva de demanda do mercado. Se a curva de demanda de mercado for decrescente–
como costuma ser –, assim será a curva de demanda com a qual se depara o monopólio.

Gabarito: “c”

44. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo.
Nos mercados monopolistas, a receita marginal excede o preço do produto em virtude de a
curva de demanda ser negativamente inclinada.

Comentários:

No mercado monopolista, a receita marginal é inferior ao preço do produto em virtude da curva


de demanda (receita média e preço) ser negativamente inclinada.

Dessa forma, cada unidade adicional implica em redução do preço.

Gabarito: Errado

45. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo.
No setor de transportes públicos de massa, como o metrô, a existência de custos fixos elevados
requer que esses custos sejam partilhados entre muitos produtores e, portanto, estimula a
competição nesse setor.

Comentários:

Veja só esta questão que caiu em um dos concursos mais difíceis do país. Ela inverte as coisas;
na realidade, a existência de custos fixos elevados requer que uma única firma opere no setor,
caracterizando o monopólio natural.

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Caso mais empresas operassem, cada uma delas teria de arcar, individualmente, com os
elevados custos, e ainda por cima dividindo as receitas.

Gabarito: Errado

46. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo.
O fato de as companhias aéreas reduzirem o preço das passagens quando da compra
antecipada constitui exemplo de discriminação de preço, porque a demanda desses viajantes
é mais inelástica em relação ao preço.

Comentários:

Outra da prova de Consultor do Senado. Realmente, a cobrança de preços maiores para


compras de passagens “em cima da hora” constitui uma discriminação de preços ¬¬¬– de
terceiro grau, para sermos mais precisos ¬–, mas é possível porque esses viajantes são inelásticos
em relação ao preço, afinal, precisam viajar logo!

Os viajantes que compram antecipadamente são mais elásticos, ou seja, como podem se
planejar com mais calma, reagem com maior rejeição a preços mais altos.

Gabarito: Errado

47. (2004/CEBRASPE-CESPE/POLÍCIA FEDERAL/Escrivão)


Considerando que a análise microeconômica se refere ao comportamento individual dos
agentes econômicos, julgue o item a seguir.
Caso um setor estratégico da economia que produz um bem comercializável encontre-se
dominado por um produtor monopolista, a abertura internacional desse mercado poderá trazer
grandes ganhos de produtividade e, consequentemente, maior eficiência alocativa para o
conjunto da economia.

Comentários:

Basicamente qualquer coisa que torne um mercado monopolista mais competitivo poderá
diminuir sua ineficiência.

Note que a questão foi bastante conservadora ao utilizar o termo “poderá”. Caso fosse mais
restritiva, afirmando que ocorrerá “com certeza” maior eficiência alocativa, a questão estaria
errada, já que isso dependerá da relação entre os preços domésticos e internacionais. Mas esse
assunto não nos interessa, o importante é você saber que tornar um monopólio mais competitivo
é uma forma de aumentar a eficiência do mercado.

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Gabarito: Certo

48. (2010/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ ES/Consultor do Executivo)


A microeconomia constitui uma importante ferramenta para analisar o comportamento dos
agentes econômicos individuais.
Acerca desse assunto, julgue o item.
Os descontos dados pelas empresas de turismo para pessoas de terceira idade que viajam na
baixa estação são consistentes com o comportamento de um monopolista discriminador de
preços.

Comentários:

Sim, de fato descontos são formas de discriminação de preços. Podemos ser ainda mais
específicos: são discriminações de terceiro. Contudo, a questão não pediu esse aprofundando,
o que é uma pena... afinal, questões fáceis favorecem quem não se preparou, o que não é seu
caso.

Gabarito: Certo

49. (2010/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ ES/Consultor do Executivo)


Julgue o item que se segue, relativo à teoria dos jogos e dos mercados imperfeitos.
Um monopolista, ao escolher operar onde a curva de demanda é inelástica, não estará
maximizando seu lucro.

Comentários:

Correto. Afinal, se a curva de demanda é inelástica, significa que diminuir a quantidade ofertada
e aumentar o preço é uma ideia lucrativa, já que resultará em aumento da receita e redução do
custo.

Ou seja, enquanto ele pode diminuir a quantidade e aumentar o lucro, ele não estará
maximizando seu lucro. Ele só estará maximizando quando esgotar essa possibilidade, e isso só
ocorrerá quando não estiver mais na parte inelástica da curva.

Gabarito: Certo

50. (2008/ESAF/STN/Analista de Finanças e Controle Econômico-Financeira)


Uma empresa é capaz de produzir numa quantidade mensal y de seu único produto a um custo
total mínimo dado pela expressão C(y) = y2 na qual C(y) é o custo de produção em R$/ mês.
Nessas condições, pode-se afirmar que:

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a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, ela deverá produzir 5 unidades mensais.
b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, seu lucro será de R$ 20,00 mensais.
c) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá produzir 2,5 unidades ao mês.
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p é o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá obter um lucro de R$ 20,00
mensais.
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há nível de produção que maximize seu lucro
caso ela seja uma empresa tomadora de preços.

Comentários:

Dessa vez, vamos ver as alternativas na ordem.

a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, ela deverá produzir 5 unidades mensais.

Toda empresa maximiza seu lucro ao igualar receita marginal e custo marginal. Como ela
é tomadora de preços, significa que receita marginal sempre será igual ao preço de mercado.
Podemos, então, obter a função de custo marginal a partir da função de custos dada pelo
enunciado: CMg=2y.

A alternativa fala em preço, ou seja, em RMg=10. Nesse caso, a quantidade que maximiza
o lucro será aquela que iguala CMg e RMg:

CMg=RMg

2y=10

y=10/2

y=5

Que ótimo, já temos nosso gabarito! Mas é claro, vamos ver as alternativas (mas lembre-
se de não perder tempo na prova).

b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, seu lucro será de R$ 20,00 mensais.

Lucro é igual a receita total menos custo total, então:

π=RT-CT

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π=(p.q)-CT

π=(10.5)-52

π=50-25

π=25

Aí está, alternativa errada.

c) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá produzir 2,5 unidades ao mês.

A função de demanda do monopolista é sua função de receita média. Imputando o que


temos na equação de lucro, chegamos a:

π=RT-CT

π=RMe.y-CT

π=y(20-y)-y2

π=20y-y2-y2

π=20y-2y2

Temos nossa função de lucro acima. Para maximizá-lo, basta derivarmos e igualarmos a
zero:

π=20-4y

20-4y=0

y=5

Portanto, a firma deveria produzir 5 unidades, e não 2,5. Alternativa errada.

d) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p é o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá obter um lucro de R$ 20,00
mensais.

Já sabemos a quantidade que maximiza o lucro. Então, basta calcularmos:

π=RT-CT
π=p.q-CT
π=p.y-y2

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π=p.5-52
π=5p-25

Opa! precisamos saber o preço, mas a alternativa já nos deu q = 20 – p, portanto, p=15.

π=5.15-25

π=75-25

π=50

O lucro seria de 50. Alternativa errada.

e) a função de custo dessa empresa é tal que não há nível de produção que maximize seu lucro
caso ela seja uma empresa tomadora de preços.

Já vimos, ao analisarmos a alternativa A, que isso não é verdade.

Gabarito: “a”

51. (2010/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Economia)


Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir.
Uma empresa monopolista que discrimina preços de acordo com a quantidade consumida da
mesma mercadoria/serviço pratica discriminação perfeita de preço de primeiro grau.

Comentários:

Não. A prática descrita na questão é uma discriminação de segundo grau. A discriminação


perfeita (primeiro grau) consiste em cobrar exatamente o preço máximo que cada consumidor
está disposto a pagar pelo produto.

Gabarito: Errado

52. (2010/CEBRASPE-CESPE/2010/MPU - Analista (Economia)


Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir.
Caso a elasticidade da demanda seja grande, é correto afirmar que o poder de monopólio da
empresa será pequeno.

Comentários:

Perfeito. O poder de monopólio, mensurado pelo índice de Lerner, será menor quanto maior for
a elasticidade-preço da demanda. Consumidores muito sensíveis às mudanças de preços não
permitem que o monopolista fixe preços muito altos.

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Gabarito: Certo

53. (2007/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
A empresa monopolista, para maximizar seu lucro, produz uma quantidade tal que
a) maximiza a receita total.
b) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de produção.
c) maximiza o preço que cobra.
d) minimiza o custo médio.
e) equaliza a receita marginal e o custo marginal de produção.

Comentários:

O monopolista produzirá a quantidade na qual sua receita marginal e seu custo marginal se
igualam, portanto “E” é nosso gabarito.

A alternativa “C” pode parecer tentadora, mas observe que de nada adianta cobrar o maior preço
possível, se o custo estiver também muito alto. O mesmo pode ser dito da alternativa “A”. A
alternativa “B”, por fim, ignora a quantidade produzida.

Gabarito: “e”

54. (2010/CESGRANRIO/TCE RO/Economia)


Uma empresa atuando num certo mercado é monopolista. A esse respeito, marque a afirmação
correta.
a) A empresa, ao maximizar seu lucro, equalizará a receita marginal com o custo marginal.
b) A empresa vai estabelecer um nível de preço tal que o preço seja igual ao custo marginal.
c) A curva de oferta por parte da empresa é elástica.
d) O preço praticado pela empresa será inferior ao custo marginal.
e) O preço cobrado pela empresa será o mais alto possível.

Comentários:

O passo número 1 para definição do nível de produção do monopolista é achar a quantidade


que iguala a receita marginal com o custo marginal. Exatamente como a alternativa A está
afirmando.

Gabarito: “a”

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55. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Uma empresa maximiza lucros e é monopolista na produção e venda de certo bem. Pode
diferenciar seus preços entre dois mercados separados, I e II. As equações das demandas,
nesses mercados, são:
Mercado I → QI = 100 PI-2
Mercado II → QII = 100 PII-4
onde QI, QII, PI, e PII são as quantidades demandadas e os respectivos preços em cada
mercado. O custo marginal de produção é constante e igual a R$ 1,00 por unidade.
Nessas condições, em equilíbrio, o monopolista discriminador
a) cobrará um preço maior no mercado I.
b) venderá seu produto apenas no mercado mais inelástico.
c) equalizará as receitas totais obtidas em cada mercado.
d) equalizará as quantidades vendidas em cada mercado.
e) obterá uma receita marginal maior no mercado I.

Comentários:

Eu poderia usar várias páginas para provar a você a resposta certa. Mas dá para fazer em poucas
linhas, usando uma lógica bem básica.

A demanda no mercado II é simplesmente menor do que a do mercado I em qualquer nível de


preço, além de ser mais elástica. Por exemplo, se o preço for 2, a demanda no Mercado I será 25
unidades, e no Mercado II será 6,25. Dá para concluir isso apenas olhando o expoente das
equações da demanda. O monopolista irá cobrar um preço maior no mercado I, afinal os custos
são iguais.

Agora, a resposta longa, que vai exigir bastante álgebra e uma pitada de cálculo diferencial.
Precisamos da receita marginal para igualar ao custo marginal fornecido (R$1). Para isso,
precisamos da receita total, que é igual a preço vezes quantidade (RT=pq).

No mercado I, isso significa:

QI = 100 PI-2
Que é o mesmo que3:
QI = 100 / PI2

Vou definir em função do preço, para não precisar diferenciar uma equação em função racional:

PI2 = 100 / QI

3
O expoente negativo equivale a tornar o número denominador de 1 com o expoente positivo, ou seja,
x-5, por exemplo, é o mesmo que 1/x5.

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Para me livrar do expoente do preço, preciso tirar a raiz dos dois lados da equação:

100
√P2I =√
QI

Resolvendo:

10
PI =
√QI

Que eu quero te lembrar ser o mesmo que:

10
PI =
𝑄𝐼 1/2

E o mesmo que:

PI = 10.QI-1/2

Agora, vamos multiplicar pela quantidade para obter a receita total:

RT = QI . PI

RT = QI .10.QI-1/2

Podemos multiplicar QI por QI-1/2, lembrando que quando as bases são iguais, soma-se os
expoentes, e o expoente de “QI” é “1”:

RT = 10.QI1/2

Com isso, podemos descobrir a receita marginal (derivando):

RMg = 5.QI-1/2

Agora, vamos igualar ao custo marginal fornecido pelo enunciado:

RMg = CMg

5.QI-1/2 = 1

Passando “QI-1/2” para o outro lado:

5 = 1 / QI-1/2

Lembrando que o expoente negativo é equivalente ao inverso da razão com expoente positivo,
ou seja:

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5 = QI1/2

E se “5” é igual à raiz quadrada de “QI”:

25 = QI

Para descobrir o preço no mercado I, vamos colocar a quantidade encontrada na função de


demanda inversa que descobrimos ali no começo:

PI2 = 100 / QI
PI2 = 100 / 25
PI2 = 4
PI = 2

Repetindo o mesmo (torturante) procedimento para o mercado II, descobriremos:

QII ≈ 31

PII ≈ 1,33

Portanto, o preço realmente é maior no mercado I.

Mas esse é o tipo de questão que se você acertar fazendo todos esses cálculos, tendo todo esse
trabalho, você já errou, porque perdeu um tempo precioso. Mostrei apenas para fins didáticos.

Gabarito: “a”

56. (2014/CESGRANRIO/PETROBRÁS – Vendas)


Um idoso e sua neta vão a um shopping e vivenciam as situações a seguir.
Eles resolvem ir ao cinema e verificam que o preço do ingresso é metade do preço normal para
eles. Após o filme, eles vão a uma lanchonete e verificam que, na compra de um sanduíche e
um refrigerante, ganham outro sanduíche.
Por fim, após o lanche, eles se dirigem para pagar o estacionamento e verificam que o preço é
composto de duas partes: uma parte fixa, que independe do tempo permanecido, e uma parte
variável cobrada por hora que permaneceram no local.
O valor do ingresso, a oferta do sanduíche e a composição do preço do estacionamento são,
respectivamente, estratégias de vendas denominadas
a) discriminação de terceiro grau; discriminação de segundo grau; tarifas compartilhadas
b) discriminação de segundo grau; discriminação de terceiro grau; tarifas compartilhadas
c) tarifas compartilhadas; discriminação de terceiro grau; discriminação de segundo grau
d) tarifas compartilhadas; discriminação de segundo grau; discriminação de primeiro grau

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e) discriminação de terceiro grau; discriminação de primeiro grau; tarifas compartilhadas

Comentários:

A prática de preços diferenciados para idosos e crianças é uma forma de incentivar esses grupos,
menos propensos, a frequentar o cinema. Cobrar preços diferentes de grupos diferentes é uma
discriminação de terceiro grau. Podemos eliminar as alternativas B, C e D.

Na sequência, vemos que elas ganharam um sanduíche ao comprar um sanduíche e um


refrigerante. Na prática, elas tiveram um desconto equivalente ao valor do sanduíche, por terem
comprado uma quantidade de produtos maior. Estamos diante de uma discriminação de
segundo grau.

Para concluir, o estacionamento é cobrado por meio de uma tarifa em duas partes (uma fixa,
outra variável conforme a utilização). O Cesgranrio chama de tarifa compartilhada, o que dá na
mesma.

Gabarito: “a”

57. (2016/ESAF/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


O governo, optando pela concessão de serviços de um único aeroporto em uma dada região,
caso busque eliminar a ineficiência desse monopólio, deveria
a) fixar os preços dos serviços no ponto em que a função demanda intercepta a função custo
marginal.
b) fixar os preços dos serviços no ponto em que a função demanda intercepta a função receita
marginal.
c) permitir que o mercado atue sem intervenção.
d) observar o comportamento da função oferta de outros mercados monopolistas.
e) deixar que o monopolista escolha a quantidade produzida e que os consumidores escolham
quanto pagarão pelos serviços.

Comentários:

Essa questão é perigosa. Por isso sempre desenvolvo os raciocínios de forma que você os
compreenda, e não apenas decore, com mnemônicos ou coisas do tipo.

O enunciado fala em eliminar a ineficiência do monopólio. Portanto, buscar-se-á que ele se


comporte como uma firma competitiva. Isso significa igualar o preço ao custo marginal.
Lembrando que o preço é igual à receita média, temos que a alternativa correta é A.

Cabe ressaltar que essa solução seria inviável em caso de monopólio natural, mas a questão não
fala em nada disso.

Gabarito: “a”

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58. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Perícia Economia)


Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir.
Toda empresa que apresenta custo médio e custo marginal decrescentes para toda a sua
produção é considerada um monopólio natural.

Comentários:

Apesar de parecer excessivamente exclusiva, essa definição está correta. Lembre-se dela.

Gabarito: Certo

59. (2013/CEBRASPE-CESPE/TCE RO/Auditor de Controle Externo)


Normalmente o Estado intervém na economia quando os mercados são imperfeitos, quando
existem externalidades ou quando é preciso oferecer bens públicos à população. Julgue o
próximo item, que versam sobre o Estado regulador e suas políticas econômicas.
Uma forma correta de regulação de preços de monopólios naturais é estabelecer seus preços
nos níveis dos custos marginais.

Comentários:

Igualar os é preços aos custos marginais, para o monopolista natural, é prejuízo na certa, já que
os custos marginais são inferiores aos custos médios em todo o horizonte relevante de produção.
Ao aplicar essa regulação, o governo causaria a saída do monopolista natural do mercado.

A solução mais aceita (pelas bancas, inclusive) é igualar o preço ao custo médio.

Gabarito: Errado

60. (2013/FCC/DPE RS/Analista)


Um monopólio natural ou técnico, à medida que amplia a sua escala de operações no longo
prazo, apresenta
a) custos médios decrescentes.
b) deseconomias de escala.
c) custo marginal igual ao custo médio.
d) retornos constantes de escala.
e) produtividade dos fatores de produção variáveis decrescentes.

Comentários:

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A característica principal dos monopólios naturais é que apresentam economias de escala, ou


seja, custos médios decrescentes. Isso ocorre porque eles se deparam com custos fixos
elevados, que são diluídos conforme aumenta a produção.

Gabarito: “a”

61. (2018/UFG/SANEAGO/Analista – Economista)


Uma firma, maximizadora de lucro e monopolista, vende um bem X. A figura abaixo demonstra
a demanda (D), a receita marginal (Rmg) e a curva de custo marginal (CMg) do bem X.

A firma deverá cobrar, pelo bem X, um preço igual a


a) P1
b) P2
c) P3
d) P4

Comentários:

Receita marginal = custo marginal é a condição de maximização do lucro de qualquer firma,


inclusive o monopolista.

No gráfico, o ponto de intersecção entre essas duas curvas indica que há dois preços possíveis:
P2 e P4. Contudo, é P2 que implica no maior preço e, portanto, no maior lucro.

Gabarito: “b”

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62. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


Acerca da estrutura de mercado, julgue o item que se segue.
Como a demanda do monopolista é a própria demanda de mercado, o monopolista pode atuar
conjuntamente sobre o preço e sobre a quantidade.

Comentários:

O monopolista pode determinar o preço ou a quantidade, pois está submetido à curva de


demanda do mercado.

Em outras palavras, ele não pode determinar os dois (preço e quantidade) simultaneamente,
como afirmado na questão.

Gabarito: Errado

63. (2019/FGV/DPE RJ/Economista)


Uma firma monopolista maximizadora de lucro escolhe um nível de produção associado a uma
elasticidade preço da demanda igual a -3.
Se seu custo total é dado por C(Q)=10Q, infere-se que o preço escolhido por essa firma
monopolista é de:
a) 57 unidades monetárias;
b) 42 unidades monetárias;
c) 30 unidades monetárias;
d) 21 unidades monetárias;
e) 15 unidades monetárias.

Comentários:

Para resolver essa, precisamos descobrir o preço, então vamos usar a fórmula:

CMg
p=
1
1-
|EPD |

Nos foi fornecida a EPD, então só precisamos obter o custo marginal, o que podemos fazer ao
derivar a função de custo total:

C(Q)=10Q

C(Q)’=CMg

CMg=10

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Agora, basta colocar os valores na fórmula:

10
p=
1
1- 3

10 3 30
p= =10. = =15
2 2 2
3
Gabarito: “e”

64. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo
item.
A curva de oferta do monopolista é formada a partir de sua capacidade de influenciar o preço
de mercado do bem.

Comentários:

O monopolista não tem curva de oferta, não importa o quanto as bancas insistam nisso; marque
errado!

Gabarito: Errado

65. (2017/FCC/PROCON MA/Fiscal de Defesa do Consumidor)


Comparando a empresa A, que é perfeitamente competitiva, e a empresa B, que é uma empresa
monopolista, é correto afirmar que
a) o preço para o produto produzido pela empresa A é superior ao custo marginal, tendo em
vista o comportamento da sua curva de demanda.
b) a diferença entre o preço e o custo marginal dividida pelo preço revela um indicador do
poder de monopólio da empresa B.
c) a empresa B pode elevar seus preços, sem comprometer o objetivo de maximização de lucro,
dada sua condição de monopolista.
d) a inexistência de homogeneidade do produto do mercado da empresa A é uma condição
para caracterizá-lo como competitivamente perfeito.
e) a empresa B consegue maximizar seu lucro, enquanto a empresa A não consegue tal objetivo,
tendo em vista a condição desta última de tomadora de preço.

Comentários:

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Uma empresa competitiva iguala custo marginal à receita marginal. Contudo, nesse tipo de
mercado (concorrência perfeita), a receita marginal é igual ao preço. Por isso, a alternativa “a”
não é o gabarito.

A alternativa “b” traz, por extenso, o índice de Lerner que, de fato, serve para mensurar o poder
do monopolista, e é facilmente calculado: basta dividirmos a diferença entre o preço e o custo
marginal pelo preço:

p-CMg
ILerner =
p
Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como
acontece no mercado competitivo – o numerado será igual a zero e o índice também, indicando
ausência de poder de monopólio.

Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio.

Dessa forma, a alternativa “b” é nosso gabarito.

Gabarito: “b”

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LISTA DE QUESTÕES
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior
do que um.

2. (2019/FCC/AFAP/Analista de Fomento - Economista)


Após estudos, uma consultoria determinou que o equilíbrio do mercado do bem Y encontra-se
em um ponto de baixa elasticidade- preço da demanda. Uma vez que tomem conhecimento
dessa informação, é previsível que os fornecedores com poder de mercado
a) aumentem a produção.
b) diminuam os preços.
c) aumentem os preços.
d) deixem de tomar qualquer ação.
e) melhorem a qualidade.

3. (2016/FCC/ELETROSUL/Profissional de Nível Superior - Ciências Econômicas)


Em uma situação de monopólio, a firma maximiza o seu lucro quando o custo
a) marginal é igual à receita marginal.
b) médio é igual à receita média.
c) marginal é igual à receita média.
d) total é igual à receita total.
e) médio é igual à receita total.

4. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia)


No que se refere à teoria da estrutura dos mercados de bens e de fatores de produção, julgue
o item subsecutivo.
Uma empresa em concorrência perfeita maximiza lucros quando iguala o preço de determinado
produto ao seu custo marginal. Uma empresa monopolista maximiza lucros quando sua receita
marginal é maior que o custo marginal.

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5. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado.
A fixação não linear de preços, ou seja, quando o preço da unidade produzida depende da
quantidade adquirida pelo consumidor, é uma forma de definir discriminação de preços de 3.º
grau.

6. (2017/CEBRASPE-CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional – Economia)


Com referência à teoria microeconômica da produção e às respectivas estruturas de mercado,
julgue o item subsequente.
No monopólio perfeitamente discriminador de preço, o ótimo de Pareto não pode ser
alcançado.

7. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.

Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A quantidade a ser produzida e vendida no mercado a que se refere o gráfico em questão é
igual àquela determinada pelo cruzamento das curvas D e C.

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8. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.

Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
Embora seja decrescente no trecho mostrado no gráfico em apreço, C representa a curva de
oferta do monopolista.

9. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.

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Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A característica de um monopólio natural é a existência de custos marginais baixos e custos fixos
muito altos, impedindo a entrada de concorrentes.

10. (2017/FGV/IBGE/Analista Censitário)


Uma empresa monopolista na cidade de Ericeira produz seu produto a um custo médio e
marginal constantes iguais a Cme = CMg = 10. Essa mesma empresa defronta-se com uma curva
de demanda do mercado descrita por P (Q) = 30 – Q.
O lucro desse monopolista é:
a) 75;
b) 100;
c) 500;
d) 750;
e) 1.500.

11. (2018/FGV/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)


A empresa Beta possui exclusividade na venda de certo produto. A elasticidade-preço da
demanda pelo produto é de -2 e a empresa possui custo marginal constante e igual a 7.
Para maximizar lucro, a empresa deverá vender o produto ao preço de:
a) 2;
b) 7;
c) 14;
d) 21;
e) 28.

12. (2018/CESGRANRIO/PETROBRAS/Economista)
A função-demanda inversa de uma firma monopolista foi estimada pela seguinte equação: p (q)
= 190 – 2q, em que p é o preço unitário, e q, a quantidade produzida.
Supondo-se que essa firma opere com um custo marginal constante de R$ 10,00, seu lucro será
maximizado quando a quantidade produzida (q) e o preço unitário (p) forem, respectivamente:
a) 45 e R$ 100,00
b) 50 e R$ 150,00
c) 25 e R$ 120,00

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d) 30 e R$ 180,00
e) 40 e R$ 110,00

13. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização)


Em relação às estruturas de mercado, é correto afirmar que
a) no oligopólio, há um grande número de pequenas empresas oferecendo produtos
heterogêneos.
b) na concorrência monopolista, há um pequeno número de grandes empresas que oferecem
produtos homogêneos.
c) na concorrência perfeita, o equilíbrio da firma se dá quando o preço de mercado é igual ao
custo marginal da enésima unidade, e o médio está decrescendo.
d) a maximização de lucros de uma empresa monopolista é alcançada em um ponto da curva
de demanda em que o preço é maior que o custo marginal.
e) não existem monopólios naturais puros, apenas aqueles que são permitidos pela legislação
do país em que estão sediados.

14. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Uma das marcas que distingue uma empresa que opera em um mercado perfeitamente
competitivo de outra empresa monopolista é que, diferentemente da primeira, a empresa
monopolista
a) produz bens homogêneos.
b) aufere lucros econômicos normais no curto prazo.
c) consegue fixar preços por unidade vendida acima do custo marginal de produção.
d) maximiza lucros igualando a receita marginal ao custo marginal de produção.
e) não consegue barrar a entrada de competidores potenciais

15. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização)


O poder de monopólio de uma empresa
a) é maior quanto menor for a elasticidade da demanda de seu produto.
b) é uma função decrescente da diferença entre o preço que pratica no mercado e seu custo
marginal.
c) é tanto maior quanto maior o número de substitutos próximos de seus produtos.
d) é sempre crescente, já que o monopolista pode cobrar preços cada vez mais altos para
maximizar seus lucros.

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e) independe de seu grau de integração vertical.

16. (2013/VUNESP/MPE ES/Agente Técnico - Economista)


Para a mensuração do poder de monopólio de uma empresa, sugere-se a utilização do Índice
de Lerner (diferença entre o preço de mercado e o custo marginal dividida pelo preço de
mercado). A partir desta definição, pode-se dizer que:
a) quanto maior o valor do índice, maior o poder de mercado.
b) se o valor do índice for nulo, teríamos situação de monopólio puro.
c) se o valor do índice for superior à unidade, teríamos situação de monopólio puro.
d) quanto menor o valor do índice, maior o poder de mercado.
e) quanto maior o valor do índice, supõe-se maior concorrência no mercado.

17. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Um produto torna-se mais valioso para seus usuários se houver um aumento do número de
usuários. Assim, a demanda pelo produto, por parte de qualquer pessoa, depende do número
total de usuários.
Essa é uma situação que acontece quando há
a) venda conjunta
b) deseconomias de escala
c) economias de escala
d) externalidades de rede
e) substituição entre os usuários

18. (2018/FCC/CLDF/Consultor Legislativo - Regulação Econômica)


A estrutura de mercado em monopólio pode ser caracterizada por apresentar
a) duas empresas que oferecem produtos substitutos perfeitos entre si.
b) associação ou acordo de várias empresas com o objetivo de controlar o mercado.
c) fortes barreiras que impedem o surgimento de competidores.
d) controle acionário de outras empresas que atuam no mesmo ramo de atividade.
e) capacidade de balizar o preço do produto para seus concorrentes.

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19. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio,
julgue (C ou E) o item que se segue.
O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio
natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato
de concessão.

20. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado.
Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no
funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do
mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.

21. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo – Economia)


Assinale a opção que apresenta uma característica da prática de discriminação de preço de 1º
grau.
a) O desconto por quantidade, em que o consumidor leva x unidades e paga por x-y unidades,
em que y < x.
b) O fato de o vendedor conhecer o preço máximo que cada consumidor está disposto a pagar
pelo bem.
c) A empresa oferece descontos para grupos com menor demanda, como estudantes e idosos.
d) A fixação de um preço fixo de entrada e de outro, variável, por quantidade consumida.
e) A diferenciação dos produtos, para separar os consumidores de acordo com seus respectivos
perfis.

22. (2018/FGV/ALERO/Consultor Legislativo - Assessoramento em Orçamentos)


Considere o mercado de um produto vendido por uma empresa monopolista. Assinale a opção
que apresenta a propriedade que esse mercado não apresentará.
a) A empresa sempre opera na parte elástica da curva de demanda.
b) O markup da empresa é maior do que um.
c) Se a elasticidade preço da demanda é constante, então o markup é constante.
d) O nível de produção que maximiza o lucro é aquele no qual o custo marginal iguala a
demanda.
e) O nível produzido pela empresa é menor do que no caso de concorrência perfeita.

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23. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Em alguns serviços de utilidade pública, como transporte metroviário e eletricidade, as escalas
mínimas eficientes de oferta dos serviços são tão elevadas, em relação ao tamanho da demanda
potencial, que o setor só consegue minimizar os custos unitários se for operado por uma única
empresa fornecedora.
Esse caso ilustra uma situação típica de
a) oligopólio
b) monopólio natural
c) monopólio puro
d) concorrência perfeita
e) concorrência monopolística

24. (2016/ESAF/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


Tome o caso de uma empresa que opera dentro de uma estrutura de um mercado monopolista.
Nesse caso,
a) a empresa poderá escolher o preço do bem que produz e a quantidade vendida.
b) o preço praticado pelo monopolista é maior do que o preço praticado dentro de uma
estrutura de mercado perfeitamente competitivo.
c) o monopólio sempre gera lucro econômico positivo.
d) o equilíbrio do monopolista ocorrerá quando o preço do bem for equivalente ao custo
marginal (condição de primeira ordem para a maximização do lucro total).
e) a existência de lucro econômico positivo permite ao monopolista operar mesmo quando a
receita marginal for negativa.

25. (2013/CETRO/Anvisa/Analista)
O índice de Lerner de poder de monopólio é a medida calculada como o excesso do
a) custo marginal sobre o preço como uma fração do preço.
b) preço sobre o custo marginal como uma fração do custo.
c) preço sobre o lucro marginal como uma fração do preço.
d) custo sobre o preço marginal como uma fração do preço.
e) preço sobre o custo marginal como uma fração do preço.

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26. (2013/ESAF/STN/Analista de Finanças e Controle)


Assinale a opção a seguir que representa a relação entre custo marginal, receita marginal e
preços de uma firma que opera como monopolista.
a) A firma obtém o máximo de lucro quando a receita marginal é igual ao preço.
b) A firma obtém o máximo de lucro quando o custo marginal é igual ao preço.
c) A firma obtém o máximo de lucro quando o custo marginal é igual à receita marginal.
d) A receita marginal é igual ao preço, pois a firma toma preços como dados.
e) A receita marginal é igual ao custo marginal, não importando a quantidade produzida.

27. (2006/ESAF/IRB BRASIL/Analista)


São hipóteses básicas da teoria convencional do monopólio, exceto:
a) o monopolista crê que a sua política de preços no presente irá afetar a curva de demanda no
futuro e inclui esta crença em suas estratégias de lucro.
b) o monopolista possui perfeito conhecimento da sua curva de custos.
c) o monopolista possui perfeito conhecimento da curva de procura do mercado.
d) o monopolista deseja maximizar lucro.
e) é condição necessária para a caracterização de um monopólio a existência de uma única
empresa suprindo o produto.

28. (2004/ESAF/IBR Brasil/Analista)


Considere a afirmação a seguir (adaptada do livro "Microeconomia" de C. E. Ferguson, 4ª
edição, Editora Forense Universitária, página 330):
"Um monopolista, ou qualquer outro produtor, maximizará o lucro ou minimizará a perda
através da produção e comercialização daquele produto para o qual o custo___________ iguala-
se à receita _____________. A existência do lucro ou prejuízo dependerá da relação entre
____________ e ______________." As seguintes expressões, respectivamente, completam
corretamente o conceito acima:
a) marginal / média / receita total / custo total
b) marginal / marginal / preço / custo total
c) marginal / marginal / preço / custo marginal
d) médio / marginal / preço / custo médio
e) marginal / marginal / preço / custo médio

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29. (2013/FCC/DPE-RS/Analista Economia)


Barreiras à entrada de novos concorrentes em um dado ramo de atividade são bastante comuns
em mercados ditos concentrados. Um tipo de barreira à entrada é a
a) quebra de uma patente tecnológica.
b) deseconomia de escala.
c) expiração de um direito autoral.
d) extinção da necessidade de cessão de licenças de funcionamento.
e) adoção de um regime de concessão estatal

30. (2008/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Um setor é um monopólio natural. Para garantir o maior bem-estar para o consumidor assinale
o que o órgão regulador deve fazer.
a) Quebrar esse monopólio e estimular a concorrência.
b) Determinar que o preço cobrado seja igual ao custo marginal.
c) Determinar que o preço seja igual ao custo médio.
d) Não há nada que o governo possa fazer para melhorar o consumidor, visto que é um
monopólio natural (retornos crescentes de escala).
e) Determinar que o preço seja aquele em que a curva de oferta intercepte a curva de demanda.

31. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Analista Administrativo)


Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo
item.
O monopsônio é caracterizado pelo mercado comprador quando há apenas uma empresa
compradora de certo bem ou serviço, que define o preço.

32. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE SC/Auditor Fiscal de Controle Externo - Economia)


A respeito de aspectos da teoria do consumidor, produtividades média e marginal e estruturas
de mercado, julgue o item seguinte.
Empresa monopsonista que seja a única compradora de determinada matéria-prima em um
mercado de muitos fornecedores deve pagar um valor maior pela matéria-prima caso queira
estimular os fornecedores a aumentar a produção.

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33. (2015/ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento)


Em relação ao monopólio, é correto afirmar que:
a) no longo prazo, uma empresa monopolista passa a fazer parte de um modelo de
concorrência monopolística.
b) o preço do monopolista independe da elasticidade preço da demanda.
c) um monopolista maximiza o seu lucro produzindo uma quantidade em que o custo marginal
é igual à receita marginal.
d) um monopolista maximizará lucro produzindo aquele produto em que o preço é igual ao
custo marginal.
e) para o monopolista, a curva de demanda é sempre infinitamente elástica em relação ao
preço.

34. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
A Figura abaixo mostra a curva de demanda pelo bem X (segmento de reta tracejado). Esse
bem é produzido e vendido monopolisticamente por certa empresa maximizadora de lucros,
cujo custo marginal é constante e positivo.

Nessa situação, conclui-se que o(a)


a) preço de X é menor que R$ 3,00 por unidade.
b) lucro do monopolista é R$ 9,00 por mês.
c) lucro do monopolista é nulo.
d) receita total do monopolista é menor que R$ 9,00 por mês.
e) quantidade produzida de X é maior que 3 unidades por mês.

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35. (2012/CEBRASPE-CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo)


Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir.
Se a curva de demanda da empresa for elástica, o markup será pequeno, e essa empresa terá
pouco poder de monopólio.

36. (2006/ESAF/Aneel/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia)


Suponha que um monopolista se defronta com uma curva de demanda q=80−p, onde p é o
preço do bem e q a quantidade do bem. Sua função custo total é c=10q. Pode-se afirmar que
o preço que maximiza o lucro do monopolista é
a) 10.
b) 35.
c) 45.
d) 80.
e) 30.

37. (2008/FCC/TCE SP/Auditor do Tribunal de Contas do Estado)


Considere as proposições a seguir.
I. A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de concorrência perfeita é
dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio acima do ponto de cruzamento
desta com a curva de custo marginal.
II. A empresa monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade para a qual o preço
do bem e o custo marginal da produção sejam iguais.
III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida.
IV. O monopólio é uma estrutura de mercado menos eficiente do que a concorrência perfeita,
porque no equilíbrio do monopólio o preço é maior que o custo marginal.
V. A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado em que há um grande número de
pequenas empresas que fabricam produtos diferenciados.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e V.
e) IV e V.

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38. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considere as condições de equilíbrio de mercados em concorrência perfeita, de um lado, e, de
outro, de mercados sujeitos ao monopólio. Considere, também, que, em ambas as condições,
os produtores visem ao lucro (L), que resulta da maximização do excedente da receita total (RT)
em relação ao custo total da produção (CT). Considere, ainda, que, ao maximizar o lucro, os
produtores levem em consideração, entre outras variáveis, o preço (P), a quantidade produzida
(Q), a receita marginal (RMg) e o custo marginal (CMg). Com base nessas considerações, julgue
(C ou E) o item que se segue.
Em ambas as condições citadas, os preços equivalem ao custo marginal.

39. (2014/CEBRASPE-CESPE/ANTAQ/Especialista em Regulação)


No que diz respeito às estruturas de mercado, à dinâmica de determinação de preços e lucros
e à competitividade e estratégia empresarial, julgue o item que se segue.
A ineficiência do mercado de concorrência imperfeita pode ser medida pela distância entre o
preço de mercado e o custo marginal do bem. Quanto menor for essa distância, menos eficiente
será o mercado de concorrência imperfeita.

40. (2008/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


A respeito das empresas monopolistas, é correto afirmar que:
a) a firma monopolista maximiza o seu lucro igualando o custo marginal com a receita marginal.
b) a empresa monopolista escolhe o preço do produto de forma que o preço seja igual ao custo
médio.
c) a curva de receita marginal está acima da curva de demanda.
d) a maximização do lucro por parte das empresas monopolistas maximiza o bem-estar da
sociedade devido aos maiores lucros gerados.
e) do ponto de vista do bem-estar total da economia, a discriminação de preços eleva o
excedente do monopolista, mas reduz a eficiência medida pelo excedente total (consumidor +
produtor).

41. (2007/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Uma empresa monopolista é capaz de escolher o preço de seu produto. Para que seu lucro seja
maximizado, a empresa monopolista deve escolher um preço que exceda seu custo marginal
de produção. A diferença entre o preço escolhido e o custo marginal chama-se mark-up. Pode-
se afirmar que o mark-up da firma monopolista será tão maior quanto:
a) maior for a elasticidade-preço da demanda.
b) menor for a elasticidade-preço da demanda.

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c) maior for a elasticidade-renda da demanda.


d) menor for a elasticidade-preço da oferta.
e) menor for a elasticidade-preço cruzada da demanda.

42. (2006/CEBRASPE-CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo)


Em relação às curvas de demanda e de oferta, julgue o item a seguir.
A curva de oferta do monopolista é perfeitamente inelástica.

43. (2012/VUNESP/SEFAZ SP/Agente Fiscal de Rendas) ==275324==

Com relação à curva da demanda dirigida à firma monopolista, pode-se afirmar que
a) Terá sempre a mesma forma da curva da demanda dirigida a uma firma em concorrência
perfeita.
b) Será positivamente inclinada em função do grau de monopólio.
c) Será negativamente inclinada, se assim o for a demanda do mercado.
d) Poderá ser mais inclinada do que a demanda do mercado.
e) Será relativamente menos inclinada do que a demanda de mercado.

44. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo.
Nos mercados monopolistas, a receita marginal excede o preço do produto em virtude de a
curva de demanda ser negativamente inclinada.

45. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo.
No setor de transportes públicos de massa, como o metrô, a existência de custos fixos elevados
requer que esses custos sejam partilhados entre muitos produtores e, portanto, estimula a
competição nesse setor.

46. (2002/CEBRASPE-CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


Em relação à estrutura de mercados monopolistas e oligopolistas, julgue o item abaixo.

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O fato de as companhias aéreas reduzirem o preço das passagens quando da compra


antecipada constitui exemplo de discriminação de preço, porque a demanda desses viajantes
é mais inelástica em relação ao preço.

47. (2004/CEBRASPE-CESPE/POLÍCIA FEDERAL/Escrivão)


Considerando que a análise microeconômica se refere ao comportamento individual dos
agentes econômicos, julgue o item a seguir.
Caso um setor estratégico da economia que produz um bem comercializável encontre-se
dominado por um produtor monopolista, a abertura internacional desse mercado poderá trazer
grandes ganhos de produtividade e, consequentemente, maior eficiência alocativa para o
conjunto da economia.

48. (2010/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ ES/Consultor do Executivo)


A microeconomia constitui uma importante ferramenta para analisar o comportamento dos
agentes econômicos individuais.
Acerca desse assunto, julgue o item.
Os descontos dados pelas empresas de turismo para pessoas de terceira idade que viajam na
baixa estação são consistentes com o comportamento de um monopolista discriminador de
preços.

49. (2010/CEBRASPE-CESPE/SEFAZ ES/Consultor do Executivo)


Julgue o item que se segue, relativo à teoria dos jogos e dos mercados imperfeitos.
Um monopolista, ao escolher operar onde a curva de demanda é inelástica, não estará
maximizando seu lucro.

50. (2008/ESAF/STN/Analista de Finanças e Controle Econômico-Financeira)


Uma empresa é capaz de produzir numa quantidade mensal y de seu único produto a um custo
total mínimo dado pela expressão C(y) = y2 na qual C(y) é o custo de produção em R$/ mês.
Nessas condições, pode-se afirmar que:
a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, ela deverá produzir 5 unidades mensais.
b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, seu lucro será de R$ 20,00 mensais.

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c) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá produzir 2,5 unidades ao mês.
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p é o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá obter um lucro de R$ 20,00
mensais.
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há nível de produção que maximize seu lucro
caso ela seja uma empresa tomadora de preços.

51. (2010/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Economia)


Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir.
Uma empresa monopolista que discrimina preços de acordo com a quantidade consumida da
mesma mercadoria/serviço pratica discriminação perfeita de preço de primeiro grau.

52. (2010/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Economia)


Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir.
Caso a elasticidade da demanda seja grande, é correto afirmar que o poder de monopólio da
empresa será pequeno.

53. (2007/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
A empresa monopolista, para maximizar seu lucro, produz uma quantidade tal que
a) maximiza a receita total.
b) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de produção.
c) maximiza o preço que cobra.
d) minimiza o custo médio.
e) equaliza a receita marginal e o custo marginal de produção.

54. (2010/CESGRANRIO/TCE RO/Economia)


Uma empresa atuando num certo mercado é monopolista. A esse respeito, marque a afirmação
correta.
a) A empresa, ao maximizar seu lucro, equalizará a receita marginal com o custo marginal.
b) A empresa vai estabelecer um nível de preço tal que o preço seja igual ao custo marginal.

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c) A curva de oferta por parte da empresa é elástica.


d) O preço praticado pela empresa será inferior ao custo marginal.
e) O preço cobrado pela empresa será o mais alto possível.

55. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Uma empresa maximiza lucros e é monopolista na produção e venda de certo bem. Pode
diferenciar seus preços entre dois mercados separados, I e II. As equações das demandas,
nesses mercados, são:
Mercado I → QI = 100 PI-2
Mercado II → QII = 100 PII-4
onde QI, QII, PI, e PII são as quantidades demandadas e os respectivos preços em cada
mercado. O custo marginal de produção é constante e igual a R$ 1,00 por unidade.
Nessas condições, em equilíbrio, o monopolista discriminador
a) cobrará um preço maior no mercado I.
b) venderá seu produto apenas no mercado mais inelástico.
c) equalizará as receitas totais obtidas em cada mercado.
d) equalizará as quantidades vendidas em cada mercado.
e) obterá uma receita marginal maior no mercado I.

56. (2014/CESGRANRIO/PETROBRÁS – Vendas)


Um idoso e sua neta vão a um shopping e vivenciam as situações a seguir.
Eles resolvem ir ao cinema e verificam que o preço do ingresso é metade do preço normal para
eles. Após o filme, eles vão a uma lanchonete e verificam que, na compra de um sanduíche e
um refrigerante, ganham outro sanduíche.
Por fim, após o lanche, eles se dirigem para pagar o estacionamento e verificam que o preço é
composto de duas partes: uma parte fixa, que independe do tempo permanecido, e uma parte
variável cobrada por hora que permaneceram no local.
O valor do ingresso, a oferta do sanduíche e a composição do preço do estacionamento são,
respectivamente, estratégias de vendas denominadas
a) discriminação de terceiro grau; discriminação de segundo grau; tarifas compartilhadas
b) discriminação de segundo grau; discriminação de terceiro grau; tarifas compartilhadas
c) tarifas compartilhadas; discriminação de terceiro grau; discriminação de segundo grau
d) tarifas compartilhadas; discriminação de segundo grau; discriminação de primeiro grau
e) discriminação de terceiro grau; discriminação de primeiro grau; tarifas compartilhadas

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57. (2016/ESAF/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


O governo, optando pela concessão de serviços de um único aeroporto em uma dada região,
caso busque eliminar a ineficiência desse monopólio, deveria
a) fixar os preços dos serviços no ponto em que a função demanda intercepta a função custo
marginal.
b) fixar os preços dos serviços no ponto em que a função demanda intercepta a função receita
marginal.
c) permitir que o mercado atue sem intervenção.
d) observar o comportamento da função oferta de outros mercados monopolistas.
e) deixar que o monopolista escolha a quantidade produzida e que os consumidores escolham
quanto pagarão pelos serviços.

58. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPU/Analista - Perícia Economia)


Acerca da determinação de preços e poder de mercado, julgue o item a seguir.
Toda empresa que apresenta custo médio e custo marginal decrescentes para toda a sua
produção é considerada um monopólio natural.

59. (2013/CEBRASPE-CESPE/TCE RO/Auditor de Controle Externo)


Normalmente o Estado intervém na economia quando os mercados são imperfeitos, quando
existem externalidades ou quando é preciso oferecer bens públicos à população. Julgue o
próximo item, que versam sobre o Estado regulador e suas políticas econômicas.
Uma forma correta de regulação de preços de monopólios naturais é estabelecer seus preços
nos níveis dos custos marginais.

60. (2013/FCC/DPE RS/Analista)


Um monopólio natural ou técnico, à medida que amplia a sua escala de operações no longo
prazo, apresenta
a) custos médios decrescentes.
b) deseconomias de escala.
c) custo marginal igual ao custo médio.
d) retornos constantes de escala.
e) produtividade dos fatores de produção variáveis decrescentes.

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61. (2018/UFG/SANEAGO/Analista – Economista)


Uma firma, maximizadora de lucro e monopolista, vende um bem X. A figura abaixo demonstra
a demanda (D), a receita marginal (Rmg) e a curva de custo marginal (CMg) do bem X.

A firma deverá cobrar, pelo bem X, um preço igual a


a) P1
b) P2
c) P3
d) P4

62. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


Acerca da estrutura de mercado, julgue o item que se segue.
Como a demanda do monopolista é a própria demanda de mercado, o monopolista pode atuar
conjuntamente sobre o preço e sobre a quantidade.

63. (2019/FGV/DPE RJ/Economista)


Uma firma monopolista maximizadora de lucro escolhe um nível de produção associado a uma
elasticidade preço da demanda igual a -3.
Se seu custo total é dado por C(Q)=10Q, infere-se que o preço escolhido por essa firma
monopolista é de:
a) 57 unidades monetárias;
b) 42 unidades monetárias;
c) 30 unidades monetárias;
d) 21 unidades monetárias;
e) 15 unidades monetárias.

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64. (2012/CEBRASPE-CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil)


Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue o próximo
item.
A curva de oferta do monopolista é formada a partir de sua capacidade de influenciar o preço
de mercado do bem.

65. (2017/FCC/PROCON MA/Fiscal de Defesa do Consumidor)


Comparando a empresa A, que é perfeitamente competitiva, e a empresa B, que é uma empresa
monopolista, é correto afirmar que
a) o preço para o produto produzido pela empresa A é superior ao custo marginal, tendo em
vista o comportamento da sua curva de demanda.
b) a diferença entre o preço e o custo marginal dividida pelo preço revela um indicador do
poder de monopólio da empresa B.
c) a empresa B pode elevar seus preços, sem comprometer o objetivo de maximização de lucro,
dada sua condição de monopolista.
d) a inexistência de homogeneidade do produto do mercado da empresa A é uma condição
para caracterizá-lo como competitivamente perfeito.
e) a empresa B consegue maximizar seu lucro, enquanto a empresa A não consegue tal objetivo,
tendo em vista a condição desta última de tomadora de preço.

GABARITO
1. C 15. A 29. E 43. C 57. A
2. C 16. A 30. C 44. E 58. C
3. A 17. D 31. C 45. E 59. E
4. E 18. C 32. C 46. E 60. A
5. E 19. E 33. C 47. C 61. B
6. E 20. E 34. D 48. C 62. E
7. E 21. B 35. C 49. C 63. E
8. E 22. D 36. C 50. A 64. E
9. C 23. B 37. E 51. E 65. B
10. B 24. B 38. E 52. C
11. C 25. E 39. E 53. E
12. A 26. C 40. A 54. A
13. D 27. A 41. B 55. A
14. C 28. E 42. E 56. A

Prefeitura Municipal de João Pessoa-PB (Auditor Fiscal) Economia e Finanças Públicas - 2022 (Pré-Edital)
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- Flávio Ricardo Cirino

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