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Autor:
Celso Natale
21 de Agosto de 2022
SUMÁRIO
Introdução ........................................................................................................................................... 2
1 Monopólio ...................................................................................................................................... 3
3 Monopsônio ................................................................................................................................. 26
Gabarito ............................................................................................................................................... 95
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Aula 05
INTRODUÇÃO
O monopólio puro é bem interessante. Trata-se de uma construção teórica, onde apenas uma
empresa oferta determinado bem sem simular. Na prática, não há monopólios puros no “mundo
real”, porque todo bem tem um simular, por isso dizemos que é apenas um modelo, que nos
permite compreender os principais aspectos.
Por isso, vamos chamá-lo apenas de monopólio, que é como as bancas fazem.
E a aula, novamente, será mais fácil caso você tenha levado a sério as aulas anteriores. A
tendência do curso durante as próximas páginas é esta: cada vez mais fácil, se aproveitar bem as
aulas anteriores.
Novamente, deixamos a maior parte das questões para o final, assim podemos avaliar com maior
eficácia se o conteúdo foi absorvido, sem falar que a maioria das questões aborda diversos tipos
de mercado em conjunto.
Nesta aula, veremos cobranças de concorrência perfeita com monopólio, por exemplo.
Para encerrar, não deixe de fazer nenhuma questão! Como recurso didático, deixei para
ensinar parte teoria na resolução de algumas delas.
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1 MONOPÓLIO
Já vimos uma situação extrema; a concorrência perfeita, na qual a atomicidade do mercado
garante que nenhum agente individual seja capaz de influenciar, sozinho, o preço de mercado,
e a ausência de barreiras de entrada e saída, bem como a homogeneidade dos produtos,
garante que as coisas continuem assim.
Depois desse parágrafo de revisão introdutório, você já deve imaginar que vamos direto ao outro
extremo: o monopólio.
Como estamos falando de uma situação extrema, faz-se importante destacar que se trata apenas
de uma construção teórica; assim como a concorrência perfeita, não existe monopólio puro.
A primeira característica do monopólio é que a produção é dominada por uma única firma, que
recebe o nome de monopolista. Ela consegue influenciar os preços do mercado por meio de
ações individuais.
Claro que tudo tem um limite. O monopolista não irá aumentar indefinidamente seus preços,
pois, como vimos quando aprendemos sobre a curva da demanda, a quantidade que os
consumidores dispostos a comprar de um bem qualquer dependerá de seu preço, e isso não é
diferente no monopólio.
De que o monopolista:
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É por isso que o poder do monopolista é grande, mas não é absoluto: ele pode aumentar o
preço sem ver sua demanda acabar (como ocorre para a empresa competitiva), mas isso significa
que diminuirá a demanda de seu produto.
Isso porque não importa quanto um bem seja desejado ou necessário; sua demanda diminuirá
quando o preço aumentar.
A curva de demanda do monopolista é também sua curva de receita média. Veja, por exemplo,
o caso da banca organizadora de concursos FGV (podia ser Cebraspe, FCC, Cesgranrio etc. – é
só um exemplo).
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Percebemos, pelo gráfico, que ao fixar a taxa de inscrição em R$150, a FCC atrairá 80.000
candidatos. Sua receita total será de R$12.000.000.
Como RMe=RT/q, nesse nível sua receita média será R$150; exatamente como mostrado pela
curva de demanda. Diminuindo o preço da inscrição para R$80, haverá 90.000 candidatos, de
forma que a receita total fica em R$7.200.000. Novamente, RMe=RT/q diz que a receita média
será igual a R$80.
É por isso que dizemos que a curva de demanda do monopolista é também sua curva de receita
média. E claro, RMe=p, assim como ocorre na concorrência perfeita.
O monopolista tem poder sobre a quantidade que será ofertada no mercado. Ele
pode optar por produzir mais ou menos.
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Para efeitos de prova, a equivalência das funções p=10-q e q=10-p pode ser
usada conforme a necessidade.
Ao preço de R$10, nenhuma unidade é vendida (q=10-10), e por isso a receita é zero. Ao diminuir
o preço para R$9, acontece o primeiro fato notável: na primeira unidade vendida, a receita
marginal é igual à receita total e à receita média (R$9, em nosso exemplo).
Às duas unidades, temos que a receita total passa de R$9 para R$16, com receita marginal igual
a R$7 e receita média de R$8. Apesar de começarem iguais, conforme a receita marginal começa
a cair, ela começa a “puxar” a receita média para baixo, e isso nos leva ao segundo fato notável:
a receita marginal do monopolista é inferior à receita média (preço).
Quando passamos de 5 para 6 unidades, a receita marginal passa a ser negativa, de forma que
a unidade adicional implica em redução da receita total. Eis então nosso fato: enquanto a receita
marginal é positiva, a receita total está aumentando; quando a receita marginal é negativa,
a receita total está diminuindo.
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Antes de apresentarmos a relação entre RMg e EPD, precisamos de uma equação para a receita
marginal. Vamos construí-la por meio de um exemplo. Os números foram escolhidos para
simplificar os cálculos e, assim, podermos nos concentrar no raciocínio. Se você quiser torná-los
mais realistas pode multiplicar pelo valor que lhe convir.
A FCC, ao ser hipoteticamente escolhida para organizar um concurso qualquer, estabelece a taxa
de inscrição de R$8 (preço). Nesse valor, ela terá 3 inscritos para o concurso, com receita total
de R$24. De repente, alguém tem a ideia de diminuir o preço para R$5. Sob o novo preço, o
número de inscritos aumenta para 4, resultando numa receita total de R$20.
A variação na receita total será igual à área do retângulo A, menos a área do retângulo B. Quer
ver? O retângulo A tem área igual a 5 (altura de 5 x base de 1), enquanto o retângulo B tem área
de 9 (altura de 3 x base de 3). A variação na receita total, portanto, é igual a 5-9=-4. Exatamente
como calculamos.
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Com isso, podemos substituir δRT na fórmula da RMg pela diferença entre os retângulos,
utilizando as variáveis destacadas à direita do gráfico:
∂p
RMg=p1 + q0 .
∂q
p ∂q
Agora vamos falar de elasticidade-preço da demanda. Lembremos que a EPD é igual a . .
q ∂p
Diante disso, podemos fazer algumas manipulações1:
∂p q ∂p 1
RMg = p+q = p+p ( . ) = p(1+ )
∂q p ∂q p ∂p
q . ∂q
1
RMg = p(1+ )
EPD
1
RMg = p(1- )
|EPD |
Dessa relação, podemos concluir algumas coisas interessantes. Na concorrência perfeita, onde
a elasticidade-preço da demanda é infinita, teremos o seguinte:
1
Se não compreender as manipulações, pode ir direto para a conclusão, destacada em negrito. O custo X benefício
de desenvolver a base algébrica necessária não compensa, mas é vital que você saiba a relação entre RMg e E PD;
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1
RMg=p(1- ) = p(1-0) = p.1 = p
∞
Agora vem a parte interessante. Provavelmente você lembra que a demanda elástica em relação
ao preço é aquela que tem valor superior a 1, ou seja, EPD>1 indica demanda elástica.
Vamos imputar um valor igual a 2 para vermos o que isso significa para a receita marginal:
1 1 p
RMg = p(1- ) = p ( ) =
2 2 2
Aí está: quando a demanda é elástica em relação ao preço a receita marginal é positiva. Isso
já nos dá uma dica do que acontece quando a demanda é inelástica (EPD<1), mas vamos ver o
que acontece quando EPD=0,5:
1
RMg = p (1- ) = p(1-2) = p(-1) = -p
1
2
Como o preço é sempre positivo, qualquer que seja seu valor, quando a demanda é inelástica,
teremos RMg negativa.
Como qualquer firma, o monopolista maximiza seus lucros igualando receita marginal e custo
marginal. Isso nos leva à conclusão de que o monopolista não ofertará quando a demanda for
inelástica, por dois motivos:
1º Motivo (esse é mais fácil): não existe CMg negativo. Então o monopolista não consegue
igualar RMg e CMg quando a demanda é inelástica, pois a RMg é negativa.
2º Motivo (esse precisamos desenvolver um pouco mais): A primeira coisa que você precisa se
lembrar é que a elasticidade-preço da demanda varia ao longo da curva da demanda, conforme
demonstrado no gráfico abaixo, que agrega ainda a relação que aprendemos entre RMg e E PD.
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Portanto, é como se a firma monopolista pudesse “andar” pela curva de demanda, variando sua
oferta e os preços. Ela simplesmente não atuará na parte inelástica da curva, onde a RMg é
negativa.
Nessa situação, quando a curva ainda é inelástica, é conveniente reduzir a quantidade ofertada
e aumentar o preço, obtendo assim maior receita e, consequentemente, maior lucro (já que
menor produção resulta em menores custos).
Também concluímos, pela análise do gráfico, que a curva de receita marginal é duas vezes
mais inclinada que a curva de demanda e receita média quando a demanda é linear.
Agora que já sabemos onde a monopolista não maximiza seu lucro, é hora de vermos qual
quantidade produzida será o equilíbrio nesse tipo de mercado.
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Sejamos diretos: o monopolista maximiza seu lucro produzindo a quantidade que iguala sua
receita marginal e seu custo marginal.
Mas é claro que há muito mais nesse gráfico que devemos analisar (e que cai em provas). Para
começar, observe o que acontece quando a firma monopolista produz uma quantidade inferior
à quantidade que maximiza seu lucro, como qA abaixo, ou quando produz a quantidade superior
qB:
A área sombreada A representa o lucro perdido (ou que deixou de ganhar) ao produzir a
quantidade qA. É assim, pois cada unidade entre qA e q* acrescentaria receita superior ao custo
(RMg>CMg), ou seja, cada uma dessas unidades produzidas daria lucro.
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A área B, por sua vez, representa o prejuízo adicional (ou lucro perdido) ao produzir quantidades
superiores a q*. Nesse caso, cada unidade entre q* e qB trouxe lucro negativo, pois teve custo
superior à receita (RMg<CMg).
Como ela é importantíssima, chegaremos a ela por outro caminho, para ajudar a lembrar na hora
da prova.
Quando a empresa competitiva aumenta sua produção em uma unidade ao preço ‘p’, ela
adiciona seu preço à receita (RMg=p).
Mas calma!
No caso do monopolista, que se defronta com uma curva de demanda decrescente, precisamos
fazer um ajuste, ou seja, precisamos considerar:
∂p
[1] a redução no preço do produto necessária para aumentar a quantidade vendida ( ), e
∂q
Assim, chegamos a:
∂p
RMg=p + q .
∂q
Ou seja, a receita marginal do monopolista é igual ao preço mais um ajuste por causa da variação
no preço (∂p/∂q) que afeta todas as unidades vendidas (q).
Lembre-se de que ao multiplicarmos um termo “X” qualquer de uma equação por um termo “Y”
e, em seguida, dividirmos por “Y”, a equação não se altera. Outra forma de pensar nisso é a
seguinte: o número 1 é o elemento neutro da multiplicação. Então, multiplicar por 1 não muda
nada em qualquer termo. E acontece que qualquer valor dividido por ele mesmo é igual a 1. Por
exemplo: 1547/1547=1, 18/18=1, Y/Y=1 e, portanto, p/p=1.
p ∂p
RMg=p+ .q.
p ∂q
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q ∂p
RMg=p+p. .
p ∂q
q ∂p
RMg=p+p. .
p ∂q
p ∂q
O termo destacado é o inverso da elasticidade-preço da demanda, que é EPD = . .
q ∂p
p ∂q p ∂q 1
Portanto, se . = EPD, então q . ∂p = EPD
q ∂p
1
RMg=p+p.
EPD
p
RMg=p +
EPD
1 p
RMg=p(1+ )=p+
EPD EPD
Como o objetivo da empresa é maximizar seus lucros, ela precisará igualar RMg e CMg, e nós
podemos substituir:
p
CMg=p +
EPD
CMg
p=
1
1+
EPD
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CMg
p=
1
1–
|EPD|
Ela diz, por exemplo, que quando a EPD for infinita, como ocorre em concorrência perfeita, o
preço será igual ao custo marginal.
Por isso, quando mais elástica for a curva de demanda com a qual se depara o monopolista, ou
seja, quanto mais o monopólio for parecido com uma concorrência perfeita, menor será o preço
que o monopolista poderá cobrar para maximizar seus lucros. Faz sentido, não é?
Por outro lado, quanto mais próxima de 1 for a EPD, maior será o preço e sua diferença em
relação ao CMg.
Então, 1,0001 é elástico, mas menos elástico que 10, por exemplo.
Vamos ver, na tabela, dois exemplos. Na coluna da esquerda, temos uma situação na qual a EPD
é muito alta, enquanto na coluna da direita, ocorre o contrário (apesar de a demanda ainda ser
elástica). Em ambos os casos o CMg é igual a R$5.
EPD=100 EPD=1,1
CMg CMg
p= p=
1 1
1- 1-
|EPD| |EPD|
5 5
p= p=
1 1
1- 𝟏𝟎𝟎 1- 1,1
5 5
p= p=
0,99 0,09
p=5,05 p=55,55
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Viu só que diferença enorme? Por isso, dizemos que quanto menos elástica2 for a demanda,
maior será o poder do monopolista.
A margem que o monopolista obtém acima do custo marginal recebe o nome de mark-up, e
será rapidamente investigada por nós.
Mark-up do monopolista
Vamos manipular:
CMg
p=
1
1-
|EPD |
Na verdade, é simples, vou apenas dividir os dois lados da equação por “CMg”, assim:
p CMg
=
CMg 1
1- .CMg
|EPD |
p 1
=
CMg 1- 1
|EPD|
Cada lado na equação nos mostra a margem (mark-up) entre o preço e o custo marginal.
Desenvolvido por Abba Lerner em 1934, seu índice serve para mensurar o poder do
monopolista, e é facilmente calculado: basta dividirmos a diferença entre o preço e o custo
marginal pelo preço:
2
Note que não usamos o termo “mais inelástica” pois, por definição, a demanda inelástica é inferior a 1,
e o monopolista não atua nesse caso.
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p-CMg
ILerner =
p
Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como
acontece no mercado competitivo – o numerador será igual a zero e o índice também, indicando
ausência de poder de monopólio.
Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio.
Ao produzir a quantidade que iguala receita e custo marginais, o lucro é dado pela diferença
ente RMe e CMe, conforme demonstrado abaixo:
O lucro total, por sua vez, é dado pela multiplicação do lucro unitário pela quantidade, ou seja,
pelo retângulo cuja área é (RMe-CMe) x q*.
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As regras para interromper a produção são as mesmas que vimos: a firma monopolista deixará
de ofertar ao mercado caso o preço que maximiza seus lucros (RMg=CMg) seja inferior ao seu
custo variável médio.
No longo prazo, como todos os custos são variáveis, o monopolista abandonará o mercado
quando o preço for inferior ao custo total médio.
Para começar, vamos entender quais motivos o governo tem para intervir no mercado
monopolista.
Vamos comparar: [1] o que acontece quando uma firma monopolista oferta determinado
produto, maximizando seus lucros em seu preço de equilíbrio, com [2] o que ocorre quando o
produto é oferecido em um mercado competitivo.
Acompanhe os comentários abaixo do gráfico. Não desista antes de chegar ao final do tópico,
onde tudo estará mais detalhadamente explicado.
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Para começarmos, observe que o monopolista cobra mais (pM) e oferece menos (qM) do que o
mercado competitivo (pC e qC).
Poderíamos até pensar que ele o faz tomando para si o excedente do consumidor, mas não é
isso: toda a área sombreada A+B, de fato, representa o excedente perdido pelo consumidor por
causa da diferença entre o preço e o custo marginal no monopólio.
A área A representa a perda de excedente dos consumidores que poderiam comprar o produto
por menor preço (PC), mas agora têm de pagar mais (PM). Por isso dizemos que esse excedente
é transferido aos produtores.
A área B, por outro lado, representa os consumidores que tinham preço de reserva inferior a P M,
ou seja, são consumidores que simplesmente não irão comprar ao preço do monopolista e, por
isso, representam um excedente perdido pelo mercado; essas transações deixarão de ser
realizadas.
A área C, por fim, representa o excedente perdido pelo produtor monopolista, por deixar de
vender a quantidade QC-QM. Claro que para a firma monopolista a área A que ele “capturou” dos
consumidores mais do que compensa essa perda, mas para o mercado C é um excedente
perdido.
Resumindo:
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A conclusão é que o monopólio causa perda líquida para o mercado. É uma falha de
mercado, e por isso que o governo intervém.
2.2 Regulamentação
Para compreendermos quais soluções são mais adequadas e, consequentemente, quais são as
respostas certas às questões de prova, precisamos diferenciar monopólios naturais de
monopólios não-naturais.
MONOPÓLIOS NATURAIS
Um monopólio natural ocorre quando uma única empresa pode suprir todo o
mercado sob um custo inferior ao que duas ou mais empresas teriam. Portanto,
o monopólio natural é marcado pela presença de grandes economias de escala.
Todas têm em comum o fato de que seus elevados custos fixos implicam em
custos médios decrescentes conforme aumenta a produção, ou seja, economia
de escala.
A regulamentação para monopólios não naturais costuma ser mais simples: o governo
simplesmente impede a concentração nas mãos de um único produtor, ou determina a
dissolução desse poder de mercado caso ele já exista.
Há alguns anos, o CADE negou a fusão de Sadia com Perdigão, e de Nestlé com Garoto. Mais
tarde, com uma série de exigências do governo, as fusões foram aprovadas. Mas o importante é
saber que o governo age para evitar monopólios não-naturais.
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No caso dos monopólios naturais, por outro lado, impedir a concentração é uma solução muito
ruim, pois implicará em maiores custos e maiores preços. Então há duas respostas: estatizar ou
regulamentar.
A estatização, ou seja, quando o governo decide operar os monopólios naturais por meio de
empresas públicas, traz problemas políticos e administrativos que (ainda bem) não são cobrados
em provas de economia, como lobbies, ineficiência e corrupção.
Já a regulamentação é assunto nosso, e ela pode ser de diversos tipos. Contudo, a principal dela
e aquela na qual nos concentraremos agora é a fixação do preço máximo que o monopolista
pode cobrar.
Como você percebeu, o monopólio causa peso morto e ainda captura excedente do
consumidor. Sendo assim, ele se afasta da concorrência perfeita, onde os excedentes são
divididos de forma menos concentrada.
Portanto, o governo pode “forçar” o monopólio ao equilíbrio da firma competitiva onde o preço
é igual ao custo marginal (p=CMg), determinando como preço máximo que pode ser cobrado
pelo monopolista seu próprio custo marginal.
Perceba que PM e QM são preço e quantidade de equilíbrio do monopolista, então é o que ele
faria sem regulamentação.
Ao determinar que o preço máximo é o custo marginal, o governo força o monopólio para o
preço PC (que é igual ao custo marginal), e para a quantidade QC.
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Perceba que além de proporcionar mais bens transacionados e, melhor ainda, mais baratos,
essa solução elimina o peso morto!
Ótimo, né!?
Nesse caso, você deve ter notado que o monopolista ainda terá lucro extraordinário, porque o
preço está acima do custo médio. Mas nem sempre vai ser assim...
Por isso, dizemos que p=CMg é a solução ideal, ou melhor opção, mas ela nem sempre será
possível, porque em alguns casos, ao igualar preço e custo marginal, o monopolista acaba
arcando com um custo médio superior ao seu preço. Sabe onde isso sempre ocorre? No
monopólio natural...
O que vou mostrar agora é por qual motivo a melhor solução para o monopólio natural é
determinar como preço máximo aquele que iguala o custo médio do monopolista.
Veja só, no gráfico a seguir, a comparação entre a fixação de três preços: o preço pM que
maximiza o lucro do monopolista; o preço competitivo pC, igual ao custo marginal; e o preço
regulamentado pR, igual ao custo médio do monopolista. Após o gráfico, analisaremos cada uma
das situações.
Ah! Perceba que o gráfico representa um monopólio natural: a curva de custo médio é
decrescente: há economia de escala.
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Caso o governo limitasse o preço ao custo marginal, isso significaria PC, e o monopolista teria
prejuízos, já que, ao contrário do que ocorre em concorrência perfeita, sua receita média é
decrescente, e é inferior ao custo médio em QC.
Também ao contrário do que vimos no monopólio “não natural”, o custo médio (CMe) é sempre
decrescente, e, portanto, superior ao custo marginal (CMg). Sendo assim, igualar o preço ao
custo marginal é uma forma de garantir que o preço será inferior ao custo médio, e garantir que
o monopolista terá prejuízos.
Portanto, essa regulamentação faria com que o monopolista natural deixasse de servir o
mercado, tornando as coisas ainda piores.
Para evitar que isso acontecesse, o governo poderia fixar o preço em PC e fornecer um subsídio
no valor da área sombreada, ou seja, o governo cobriria o prejuízo do monopólio para que ele
continuasse ofertando a maior quantidade possível ao maior preço possível.
Essa opção seria a melhor possível nessas condições, pois o subsídio garantiria a eficiência do
monopólio. Contudo, para saber quanto pagar à firma monopolista, o Governo precisaria ter
acesso às curvas de custo, o que raramente é verdade. Por isso, apesar de ser a opção
teoricamente mais eficiente, esta não é considerada uma solução prática.
Por fim, temos a situação na qual o governo fixação do preço no ponto de contato entre as curvas
de demanda e de custo médio, ao preço PR. Dessa forma, o monopolista obtém lucro econômico
zero – remunerando seus fatores de produção aos preços de mercado, incluindo seus
proprietários – cobrando mais e ofertando menos do que no mercado competitivo. Mas essa
regulamentação é muito mais prática.
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Por isso, apesar de não ser a solução mais eficiente, essa é considerada a melhor solução. E é ela
que você vai marcar como correta quando aparecer na prova.
Até agora temos trabalhado com a hipótese de que o monopolista vende todas as unidades pelo
mesmo preço.
Contudo, o monopolista tem a possibilidade de vender o mesmo produto por diferentes preços.
A isso, dá-se o nome de discriminação de preços.
Antes de vermos os tipos de discriminação de preços e a forma como elas são cobradas em
prova, cabe fazermos um esclarecimento: discriminar preços é vender o mesmo produto a
preços diferentes, mesmo que cada unidade tenha o mesmo custo.
Isso exclui da discriminação de preços a cobrança de um valor extra, por exemplo, para enviar o
produto a uma região distante, posto que são os custos adicionais de transportes que implicam
no aumento do preço.
Consiste em cobrar o preço máximo que cada consumidor está disposto a pagar. Por exemplo:
digamos que a demanda do monopolista é dada pela função p=10-2q.
Com isso, o monopolista discriminador de preços pode cobrar R$8 pela primeira unidade (8=10-
2.1). A segunda será vendida por R$6, a terceira por R$4 e a quarta por R$2. Dessa forma, sua
receita total será de R$20.
Se não discriminasse seus preços, caso quisesse vender 4 unidades teria de cobrar R$2 por cada
uma delas, obtendo receita total R$8.
O consumidor que está disposto a pagar R$8 poderia ter pagado R$2, mas acaba perdendo R$6
de excedente pela discriminação de preços.
Dessa forma, o excedente do consumidor passa a ser nulo, e a discriminação de preços perfeita
consiste na captura de todo o excedente do consumidor pelo monopolista.
Outro fato interessante é que a receita marginal do monopolista discriminador de primeiro grau
é que sua curva de receita marginal é igual à curva demanda. Portanto, essa firma produz a
quantidade para a qual preço, receita marginal e custo marginal são iguais!
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É normal ficar confuso nesse ponto; afinal, o monopolista não produz menos e cobra mais para
aumentar seus lucros? Normalmente, sim.
Sua receita total é demonstrada pelas áreas A+B+C, e seu lucro é A+B. Bom para ele.
Este tipo é bem simples. Consiste em cobrar preços diferentes dependendo da quantidade
adquirida pelo consumidor. Os exemplos são vastos: compre 4 pague 3, desconto na 5ª
unidade, programa de fidelidade.
Contudo, a discriminação pode ocorrer de forma inversa, cobrando valores maiores para
maiores quantidades, como ocorre com energia elétrica e água, especialmente em momentos
de racionamento.
A discriminação de segundo grau costuma ser cobrada apenas conceitualmente, ou seja, basta
saber do que se trata, sem necessidade de qualquer tipo de cálculo.
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Também podemos definir como a venda de bens por preços diferentes para diferentes
consumidores, independentemente da quantidade. Há diversos exemplos, como descontos
para aposentados e estudantes.
A discriminação de preços de terceiro grau assume diversas formas, mas algumas merecem
destaque. Ela pode ser ainda feita de forma intertemporal, quando a empresa cobra um valor
mais alto no começo, vende para quem não está disposto a esperar (pessoas com preço de
reserva mais alto), e depois diminui os preços para atingir os demais consumidores.
Há também empresas que discriminam preços praticando preços de pico, ou seja, cobram mais
caro em momentos de maior demanda. Um exemplo são as passagens aéreas segunda-feira pela
manhã e sexta-feira à noite. Os hotéis em alta temporada são outro exemplo, ainda melhor.
Para terminar, as tarifas em duas partes (ou tarifas compartilhadas, como algumas bancas
gostam de chamar), são uma forma de discriminação na qual é cobrada uma taxa de entrada e
outra taxa pelo tempo ou quantidade de utilização.
Uma curva de oferta existe para mostrar as quantidades ofertadas sob cada nível de preços. Isso
fez sentido no mercado competitivo, onde somávamos as curvas de oferta individuais para obter
a curva de oferta do mercado.
No monopólio discriminador de preços, isso não faz sentido. O motivo para isso é o seguinte: o
monopolista não tem uma correspondência entre determinada quantidade e determinado nível
de preços, como faria uma curva de oferta.
3 MONOPSÔNIO
O monopsônio é muito menos cobrado em provas de concurso do que o monopólio – muito
mesmo, talvez umas 50 vezes. Por isso, nossa abordagem será menos aprofundada.
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Só não podemos deixar de falar sobre o assunto para você não ter uma desagradável surpresa
na prova, não é?
Tenha em mente que o consumidor maximiza sua utilidade consumindo a quantidade que iguala
sua utilidade marginal e sua despesa marginal.
O consumidor competitivo depara-se com uma curva de despesa marginal constante, pois cada
unidade adquirida do produto tem, para ele, o mesmo preço, já que ele não consegue influenciar
o preço de mercado. Também por isso sua despesa média é constante e igual ao preço e à
receita marginal. Portanto, o preço de equilíbrio (pC) e a quantidade de equilíbrio (qC) o equilíbrio
do consumidor competitivo é o seguinte:
Já para o monopsonista é diferente: ele irá se deparar com uma curva de oferta crescente,
indicando que sua demanda individual é suficiente para pressionar os preços, caso queira
consumir maior quantidade.
Isso significa que sua despesa marginal é crescente, bem como sua despesa média. A relação
entre a inclinação de suas curvas é a mesma do monopólio: DMg é duas vezes mais inclinada
que DMe. Portanto, o monopsonista maximiza sua utilidade em:
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Concluímos, assim, que o monopsonista consome menor quantidade, sob menor preço. Com
isso concluímos esta aula, e vamos à bateria de questões!
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior
do que um.
Comentários:
O monopolista não atuará na parte inelástica da demanda, pois qualquer redução no preço
significará receita marginal negativa.
Recapitulando:
Como o preço é sempre positivo, qualquer que seja seu valor, quando a demanda é inelástica,
teremos RMg negativa. Isso porque o efeito do aumento na quantidade demandada é
superado pelo efeito na queda do preço.
E não existe CMg negativo. Então o monopolista não consegue igualar RMg e CMg quando a
demanda é inelástica, pois a RMg é negativa.
Como qualquer firma, o monopolista maximiza seus lucros igualando receita marginal e custo
marginal. Isso nos leva à conclusão de que o monopolista não ofertará quando a demanda for
inelástica.
Quanto ao mark-up, temos por definição que ele é “p/Cmg”. Como o monopolista nunca atuará
onde Cmg > p, temos que ele será maior do que 1.
Gabarito: Certo
Comentários:
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Nesta aula, vimos que o monopolista não atuará na parte inelástica da curva de demanda, uma
vez que nesse trecho mesmo aumentando seu preço a quantidade diminuirá em menor
proporção e, portanto, ele obterá maior lucro.
Portanto, concluímos que ele aumentará o preço e reduzirá a produção (por isso, as alternativas
“a”, “b” e “d” estão erradas).
Gabarito: “c”
Comentários:
É a regra de maximização de lucro válida para qualquer estrutura de mercado, inclusive para o
monopólio: RMg = CMg.
Se o custo médio for igual à receita média, teremos o lucro zero, algo que ocorre no longo prazo
da concorrência perfeita, mas não no monopólio. Esse é o erro da alternativa “b”. E o mesmo
raciocínio invalida a alternativa “d”.
Na alternativa “c” também temos uma situação competitiva que não é válida para o monopólio,
uma vez que o monopolista se depara com uma curva de demanda negativamente inclinada e,
portanto, RMe é diferente de RMg e, por isso, não é igualada ao CMg.
Por fim, ter um custo médio igual à receita total é bastante estranho. Significa que produzir duas
unidades já dá prejuízo, e não há qualquer suporte para essa situação na teoria econômica.
Gabarito: “a”
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Comentários:
A questão começou bem e correta ao dizer que empresas em concorrência perfeita igualam
preço e custo marginal ao maximizar seus lucros.
A verdade é que elas igualam custo marginal e receita marginal, como todas as empresas.
Contudo, receita marginal em concorrência perfeita é igual ao preço, então está correto.
Gabarito: Errado
5. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado.
A fixação não linear de preços, ou seja, quando o preço da unidade produzida depende da
quantidade adquirida pelo consumidor, é uma forma de definir discriminação de preços de 3.º
grau.
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
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Um ótimo de Pareto é definido como a situação na qual não é possível melhorar a situação de
uma parte sem piorar a situação de outra parte.
Gabarito: Errado
7. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A quantidade a ser produzida e vendida no mercado a que se refere o gráfico em questão é
igual àquela determinada pelo cruzamento das curvas D e C.
Comentários:
Vamos comparar o gráfico da questão com nosso gráfico que mostra a maximização do lucro do
monopolista:
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Repare que a questão forneceu a curva de demanda, que é a mesma de receita média, mas não
forneceu a curva de receita marginal.
A curva de receita marginal estaria abaixo da curva de receita média, com o dobro de sua
inclinação, e, portanto, a afirmação da questão de que o cruzamento das curvas D e C forneceria
a quantidade a ser produzida por um maximizador de lucro não pode ser verdadeira.
Gabarito: Errado
8. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.
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Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
Embora seja decrescente no trecho mostrado no gráfico em apreço, C representa a curva de
oferta do monopolista.
Comentários:
Tem um jeito muito simples de acertar questões desse tipo, que é se lembrando que o
monopolista discriminador de preços não tem curva de oferta.
“Mas a questão não disse se é discriminador ou não, professor!”. Pois é. Exatamente por isso.
Acontece que a discriminação de preços é a regra, e, portanto, a questão não poderia estar certa,
de qualquer forma.
Gabarito: Errado
9. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.
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Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A característica de um monopólio natural é a existência de custos marginais baixos e custos fixos
muito altos, impedindo a entrada de concorrentes.
Comentários:
De fato, os monopólios naturais surgem de peculiaridade de bens com altos custos fixos e
economias de escala, o que inviabiliza sua produção por mais de uma empresa.
Gabarito: Certo
Comentários:
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Então, vamos!
Receita total é igual preço X quantidade, correto? Já temos a função de preço, então a
multiplicaremos pela quantidade:
RT = (30 – Q) x Q
RT = 30Q – Q2
A função de receita marginal é a derivada da função de receita total. Então, derivemos:
RMg = 30 – 2Q
Sabendo que CMg = RMg, e que CMg = 10 (está no enunciado), podemos descobrir Q:
30 – 2Q = 10
2Q = 20
Q = 10
Sendo assim, podemos descobrir o preço:
P = 30 – Q
P = 30 – 10
P = 20
E a Receita Total:
RT = P.Q
RT = 20 x 10
RT = 200
E o Custo Total:
CT = CMe x Q
CT = 10 x 10
CT = 100
Para concluir, o lucro:
Lucro = RT – CT
Lucro = 200 – 100
Lucro = 100
Claro que há outras formas de chegarmos nesse resultado, especialmente se você compreendeu
bem as relações entre as variáveis.
Gabarito: “b”
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a) 2;
b) 7;
c) 14;
d) 21;
e) 28.
Comentários:
Como temos o custo marginal (7) e a EPD (-2), podemos usar a seguinte fórmula para descobrir
o preço:
CMg
p=
1
1-
|EPD |
7
p=
1
1-
| − 𝟐|
7
p=
1
1- 𝟐
7
p=
1
𝟐
p=14
Gabarito: “c”
12. (2018/CESGRANRIO/PETROBRAS/Economista)
A função-demanda inversa de uma firma monopolista foi estimada pela seguinte equação: p (q)
= 190 – 2q, em que p é o preço unitário, e q, a quantidade produzida.
Supondo-se que essa firma opere com um custo marginal constante de R$ 10,00, seu lucro será
maximizado quando a quantidade produzida (q) e o preço unitário (p) forem, respectivamente:
a) 45 e R$ 100,00
b) 50 e R$ 150,00
c) 25 e R$ 120,00
d) 30 e R$ 180,00
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e) 40 e R$ 110,00
Comentários:
RT = p.q
RT = (190 – 2q) . q
RT = 190q - 2q2
Com isso, podemos derivar a receita total para chegar à receita marginal:
RMg = 190 – 4q
RMg = CMg
190 – 4q = 10
180 = 4q
q = 180/4
q = 45
Já temos nossa resposta (alternativa “a”), mas podemos encontrar o preço unitário também, para
garantir.
p = 190 – 2q
p = 190 – 2 x 45
p = 190 – 90
p = 100
Gabarito: “a”
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Comentários:
O próprio poder do monopolista é medido como a diferença entre o preço e o custo marginal,
de forma que a alternativa “d” está correta.
As demais alternativas estão fora do escopo deste assunto, com exceção da alternativa “e”, cujo
erro não está em afirmar a inexistência dos monopólios naturais puros, que de fato são uma
construção teórica, mas sim em defini-los como aqueles permitidos por lei. Não tem nada a ver.
Gabarito: “d”
14. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Uma das marcas que distingue uma empresa que opera em um mercado perfeitamente
competitivo de outra empresa monopolista é que, diferentemente da primeira, a empresa
monopolista
a) produz bens homogêneos.
b) aufere lucros econômicos normais no curto prazo.
c) consegue fixar preços por unidade vendida acima do custo marginal de produção.
d) maximiza lucros igualando a receita marginal ao custo marginal de produção.
e) não consegue barrar a entrada de competidores potenciais
Comentários:
Os lucros econômicos normais no curto prazo podem ocorrer em ambos, de forma que a
alternativa “b” não traz um elemento que diferencia monopólio de concorrência perfeita.
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O mesmo pode ser dito sobre a condição de igualdade entre receita marginal e custo marginal:
ela ocorre nas duas estruturas de mercado. A alternativa “d” está errada.
Por fim, a alternativa “e” está errada porque o monopólio tem por característica a existência de
barreiras de entrada, sendo a empresa que opera em mercado competitivo quem “não consegue
barrar a entrada de competidores potenciais”,
Gabarito: “c”
Comentários:
CMg
p=
1
1-
|EPD |
A equação acima nos mostra que quando a EPD for infinita, como ocorre em concorrência perfeita,
o preço será igual ao custo marginal.
Por isso, quando mais elástica for a curva de demanda com a qual se depara o monopolista, ou
seja, quanto mais o monopólio for parecido com uma concorrência perfeita, menor será o preço
que o monopolista poderá cobrar para maximizar seus lucros.
Por outro lado, quanto mais próxima de 1 for a EPD, maior será o preço e sua diferença em
relação ao CMg.
Isso faz sentido, não é? Se o consumidor é muito sensível (elástico) às mudanças de preços, o
monopolista não vai ser muito poderoso.
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O erro da alternativa “b” está em considerar que quanto maior o markup (p-CMg), menor o poder
do monopolista, quando sabemos que é justamente o contrário! O poder de monopólio é função
crescente, ou seja, está positivamente relacionado com a distância entre o preço e o custo
marginal.
Em “c”, temos uma visão equivocada. Na verdade, quanto menos substitutos existem para um
bem, menor será sua elasticidade. O que você acha que tem a demanda mais sensível às
mudanças de preços: um remédio patenteado que cura a calvície ou uma marca de arroz Tio
João? Certamente a marca de arroz é mais elástica, porque existe o Tio João, o Tio Juca, o Primo
Joca, além de substitutos próximos como macarrão, tapioca etc. Já o remédio, que não possui
muitos substitutos, terá uma demanda bem inelástica.
Na alternativa “d”, há uma verdade: o monopolista pode mesmo cobrar preços cada vez mais
altos, mas a mentira é que ele verá seu poder aumentar com isso. O que ocorrerá é que, a partir
de determinado preço, a quantidade que ele vende diminui tanto, a ponto de cair a receita, que
não vale a pena continuar aumentando.
Gabarito: “a”
Comentários:
Vamos relembrar?
O índice de Lerner serve para mensurar o poder do monopolista, e é facilmente calculado: basta
dividirmos a diferença entre o preço e o custo marginal pelo preço:
p-CMg
ILerner =
p
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Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como
acontece no mercado competitivo – o numerado será igual a zero e o índice também, indicando
ausência de poder de monopólio.
Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio.
Com isso, podemos concluir que quanto maior a diferença entre preço e custo marginal, maior
será o índice (ainda que nunca supere o valor 1), e maior será o poder de monopólio, tornando
a alternativa “a” nosso gabarito, ao mesmo tempo em que contraria as alternativas “d” e “e”.
O índice será nulo quando preço e custo marginal forem iguais, e isso só nos leva à conclusão
de que não há poder de monopólio, por isso a alternativa “b” está errada.
O índice nunca será superior à unidade. É uma impossibilidade matemática, ao usarmos “p” no
numerador e no denominador, ao mesmo tempo em que subtraímos um valor positivo (o custo
marginal) do numerador. Por isso, a alternativa “c” também está errada.
Gabarito: “a”
17. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Um produto torna-se mais valioso para seus usuários se houver um aumento do número de
usuários. Assim, a demanda pelo produto, por parte de qualquer pessoa, depende do número
total de usuários.
Essa é uma situação que acontece quando há
a) venda conjunta
b) deseconomias de escala
c) economias de escala
d) externalidades de rede
e) substituição entre os usuários
Comentários:
O enunciado descreve, com perfeição, as externalidades de rede. Então, sem mais delongas,
pode marcar a “d”.
Apenas para relembrar: externalidades de rede significam que a empresa tem um grande
número de consumidores, e esse fato gera valor para cada consumidor individual. Em outras
palavras, quanto mais clientes, mais atrativo é o produto.
Um bom exemplo é o Facebook: não faria sentido entrar na rede se nenhum de seus contatos
(ou “contatinhos”? =x) estivesse lá, mas como há milhões de usuários, é interessante para o
consumidor participar. Isso dificulta as coisas para uma nova rede social entrar no mercado.
Gabarito: “d”
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Comentários:
As demais alternativas fogem ao escopo desta aula, mas falarei rapidamente sobre elas.
Em “b”, temos um cartel, que não é um monopólio, embora possa funcionar como um.
Gabarito: “c”
19. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio,
julgue (C ou E) o item que se segue.
O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio
natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato
de concessão.
Comentários:
Gabarito: Errado
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20. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado.
Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no
funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do
mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.
Comentários:
Essa afirmação contraria a lógica. Se o consumidor for muito reativo a variações no preço, o
monopolista não poderá aumentar muito seus preços.
Essa conclusão também está implícita no markup do monopolista, que será menor quanto maior
for a elasticidade-preço da demanda:
p 1
=
CMg 1- 1
|EPD|
E se ainda precisa de algo mais, veja as curvas a seguir e compare a distância entre preço e custo
marginal entre cada uma delas:
Gabarito: Errado
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c) A empresa oferece descontos para grupos com menor demanda, como estudantes e idosos.
d) A fixação de um preço fixo de entrada e de outro, variável, por quantidade consumida.
e) A diferenciação dos produtos, para separar os consumidores de acordo com seus respectivos
perfis.
Comentários:
Significa que a firma é capaz de cobrar de cada consumidor o preço máximo que ele está
disposto a pagar.
Gabarito: “b”
Comentários:
O nível de produção é sempre aquele no qual o custo marginal iguala a receita marginal.
Gabarito: “d”
23. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Em alguns serviços de utilidade pública, como transporte metroviário e eletricidade, as escalas
mínimas eficientes de oferta dos serviços são tão elevadas, em relação ao tamanho da demanda
potencial, que o setor só consegue minimizar os custos unitários se for operado por uma única
empresa fornecedora.
Esse caso ilustra uma situação típica de
a) oligopólio
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b) monopólio natural
c) monopólio puro
d) concorrência perfeita
e) concorrência monopolística
Comentários:
Fique então com essa bela revisão do conceito de monopólio natural, definidos como aqueles
mercados nos quais “as escalas mínimas eficientes de oferta dos serviços são tão elevadas, em
relação ao tamanho da demanda potencial, que o setor só consegue minimizar os custos
unitários se for operado por uma única empresa fornecedora”.
As demais alternativas trazem conceitos que fogem ao escopo desta aula, sendo oportunamente
estudados.
Gabarito: “b”
Comentários:
O monopolista não pode escolher o preço e a quantidade vendida. Ele escolhe um, ou outro,
pois se depara com uma curva de demanda descendente, que implica em menores quantidades
vendidas para maiores preços, e vice-versa. Portanto A está errada.
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Algumas vezes, costumamos analisar cada uma das alternativas durante as aulas, mas o
fazemos para fins didáticos. Na hora da prova, você precisa ter segurança suficiente para
não ficar perdendo tempo depois de localizar a alternativa certa, especialmente nas
questões mais fáceis; se ficar analisando-as, não vai ter tempo para as mais difíceis.
Dizer que o monopólio sempre dá lucro econômico não é verdade. Se o produto não tiver
demanda, pouco importa quantas empresas o estão ofertando. C está errada.
Por fim, temos E. Quando a receita marginal é negativa, significa que cada unidade adicional
produzida está trazendo prejuízo. Como a maximização de lucro é uma hipótese básica da teoria
do monopólio, sabemos que a alternativa está errada.
Gabarito: “b”
25. (2013/CETRO/Anvisa/Analista)
O índice de Lerner de poder de monopólio é a medida calculada como o excesso do
a) custo marginal sobre o preço como uma fração do preço.
b) preço sobre o custo marginal como uma fração do custo.
c) preço sobre o lucro marginal como uma fração do preço.
d) custo sobre o preço marginal como uma fração do preço.
e) preço sobre o custo marginal como uma fração do preço.
Comentários:
Questão puramente conceitual. Até ajuda a lembrar como o incide de Lerner é calculado.
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p-CMg
ILerner =
p
Gabarito: “e”
Comentários:
Lembre-se sempre que, qualquer empresa, em qualquer tipo de mercado, maximiza seu lucro
igualando custo marginal e receita marginal. Com a firma monopolista não é diferente.
Gabarito: “c”
Comentários:
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Gabarito: “a”
Comentários:
Já resolvemos essa questão. Trouxe-a de novo para que você pudesse contemplar a resolução,
agora compreendendo por que isso também se verifica no monopólio.
Gabarito: “e”
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Comentários:
Quebra de patente (A), expiração de direito autoral (C) e extinção de necessidade de licença de
funcionamento (D) representam quedas de barreiras à entrada, e por isso essas alternativas não
podem ser nosso gabarito.
Além disso, é a presença de economias de escala que representam barreiras à entrada de novos
competidores, e não deseconomias, como afirmado em B.
Isso nos deixa com a alternativa E. Regimes de concessão estatal consistem na celebração de um
contrato do governo com uma empresa, para que esta preste algum serviço público. Mediante
o cumprimento de uma série de exigência, a empresa concessionária tem, em alguns casos, a
proteção legal contra novos concorrentes.
Gabarito: “e”
Comentário:
Determinar que o preço seja igual ao custo médio significa impor lucros normais (e não
extraordinários) ao monopolista.
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Gabarito: “c”
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
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Por mais poderoso que seja o monopsonista, ele não pode obrigar os produtores a aumentar
sua produção. Isso só pode ser feito caso esteja disposto a pagar mais.
Também por isso a curva de oferta com a qual se depara o consumidor monopsonista é
ascendente.
Gabarito: Certo
Comentários:
O monopólio irá persistir enquanto persistirem as barreiras de entrada que o caracterizam, por
isso A está errada.
A condição de maximização de lucros é que custo marginal e receita marginal sejam iguais, seja
qual for a estrutura de mercado. E por isso C está correta.
Gabarito: “c”
34. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
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A Figura abaixo mostra a curva de demanda pelo bem X (segmento de reta tracejado). Esse
bem é produzido e vendido monopolisticamente por certa empresa maximizadora de lucros,
cujo custo marginal é constante e positivo.
Comentários:
Esta questão exige bastante raciocínio e conhecimento sobre a estrutura de mercado monopólio.
Só de olhar, já sabemos que o monopolista não irá atuar no trecho inelástico da curva, ou seja,
ele irá atuar somente abaixo de 3 unidades e acima de R$3,00. Isso já elimina de forma óbvia as
alternativas “a” e “e”.
A alternativa B só seria possível caso o monopolista não tivesse nenhum custo. Isso é impossível,
já que o enunciado afirma que o custo marginal é constante e positivo.
Em D, temos uma hipótese bastante simples: de que a quantidade de equilíbrio será inferior a 3
unidades. Já sabemos que não será superior, já que isso implicaria no trecho inelástico da curva
da demanda, então precisamos apenas concluir que não será exatamente 3 unidades.
O gráfico abaixo deixa claro que isso só seria possível caso o CMg fosse nulo, o que sabemos
não é verdade, pois assim o enunciado declara:
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Portanto, a curva de custo marginal irá interceptar a curva de receita marginal em uma
quantidade inferior a 3 unidades, o que inviabiliza qualquer receita total superior a 9. A
alternativa D é nosso gabarito.
Gabarito: “d”
Comentários:
Questão correta! A maior sensibilidade do consumidor em relação aos preços implica em menor
poder para a firma monopolista.
Gabarito: Certo
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e) 30.
Comentários:
Assim como o custo marginal é a primeira derivada do custo total, a receita marginal é a primeira
derivada da receita total. Como já temos a função de custo total (C=10q), fica fácil concluirmos
que CMg=10.
Agora, precisamos descobrir a função de receita total para, a partir dela, chegarmos à receita
marginal.
RT=(80-q).q
RT=80q-q2
RMg=80-2q
Como receita marginal e custo marginal devem ser iguais na quantidade que maximiza os lucros:
RMg=CMg
80-2q=10
q=35
p=80-q
p=80-35
p=45
Gabarito: “c”
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II. A empresa monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade para a qual o preço
do bem e o custo marginal da produção sejam iguais.
III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida.
IV. O monopólio é uma estrutura de mercado menos eficiente do que a concorrência perfeita,
porque no equilíbrio do monopólio o preço é maior que o custo marginal.
V. A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado em que há um grande número de
pequenas empresas que fabricam produtos diferenciados.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e V.
e) IV e V.
Comentários:
Este tipo de questão deve ser feito com tática. Observe que todas as alternativas, exceto “e”,
afirmam que II está correta. Podemos começar por ela e se concluirmos que está incorreta, já
podemos marcar “e” como gabarito. Algumas vezes, ainda assim, podemos ficar inseguros, é
normal. Mas não é o caso aqui.
Isso torna I e III também falsas. Vejamos os motivos (vistos em aula anterior):
III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida seja inferior ao custo variável médio.
Quanto às afirmativas verdadeiras, note que IV está de acordo com aquilo que vimos sobre o
equilíbrio do monopólio e o peso morto causado.
A afirmativa V foge ao escopo desta aula. Ainda não vimos concorrência monopolística.
Gabarito: “e”
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38. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considere as condições de equilíbrio de mercados em concorrência perfeita, de um lado, e, de
outro, de mercados sujeitos ao monopólio. Considere, também, que, em ambas as condições,
os produtores visem ao lucro (L), que resulta da maximização do excedente da receita total (RT)
em relação ao custo total da produção (CT). Considere, ainda, que, ao maximizar o lucro, os
produtores levem em consideração, entre outras variáveis, o preço (P), a quantidade produzida
(Q), a receita marginal (RMg) e o custo marginal (CMg). Com base nessas considerações, julgue
(C ou E) o item que se segue.
Em ambas as condições citadas, os preços equivalem ao custo marginal.
Comentários:
Perceba como é recorrente em provas esse negócio de igualar custo marginal e receita marginal.
Como sabemos, essa é a condição de maximização dos lucros da firma, qualquer que seja a
estrutura de seu mercado.
Contudo, a questão fala que em ambos os casos o preço será igual ao custo marginal. Isso só é
verdade na concorrência perfeita, enquanto no monopólio o preço é superior ao custo marginal.
Gabarito: Errado
Comentários:
A questão estaria correta se fizéssemos a seguinte alteração: “...Quanto menor for essa distância,
menos mais eficiente será o mercado.”
Gabarito: Errado
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b) a empresa monopolista escolhe o preço do produto de forma que o preço seja igual ao custo
médio.
c) a curva de receita marginal está acima da curva de demanda.
d) a maximização do lucro por parte das empresas monopolistas maximiza o bem-estar da
sociedade devido aos maiores lucros gerados.
e) do ponto de vista do bem-estar total da economia, a discriminação de preços eleva o
excedente do monopolista, mas reduz a eficiência medida pelo excedente total (consumidor +
produtor).
Comentários:
A essa altura, espero que esteja claro que a alternativa “a” está correta. A condição de
maximização de lucro CMg=RMg é válida para qualquer firma, em qualquer estrutura de
mercado.
O que talvez não esteja claro é o motivo de as demais alternativas não estarem corretas. Vamos
aos comentários.
b) a empresa monopolista escolhe o preço do produto de forma que o preço seja igual ao custo
médio.
Bem, se fosse assim, o monopolista não teria lucro econômico. A situação é compatível com o
equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita, mas não com o monopólio.
É o contrário! A curva de demanda (que também é a curva de receita média) fica acima da curva
de receita marginal, tendo a metade da inclinação desta. Afinal, é a receita marginal que “puxa”
a receita média para baixo.
Só se for o bem-estar do monopolista, que em regra causa peso morto (ineficiência) ao mercado.
Gabarito: “a”
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Comentários:
O mark-up será maior quanto menor for a elasticidade-preço da demanda, ou seja, quando os
consumidores são menos sensíveis às mudanças de preço, o monopolista tem maior poder para
fixar o preço acima de seu custo marginal.
1
Mark-up= 1
1-|E
PD |
Dessa forma, quanto menor for o valor de E PD, maior será o mark-up do monopolista e, assim,
maior será a diferença entre preço e custo marginal.
Gabarito: “b”
Comentários:
Gabarito: Errado
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a) Terá sempre a mesma forma da curva da demanda dirigida a uma firma em concorrência
perfeita.
b) Será positivamente inclinada em função do grau de monopólio.
c) Será negativamente inclinada, se assim o for a demanda do mercado.
d) Poderá ser mais inclinada do que a demanda do mercado.
e) Será relativamente menos inclinada do que a demanda de mercado.
Comentários:
Basta lembrarmos que o monopolista é o mercado. Naturalmente sua curva de demanda será
igual a curva de demanda do mercado. Se a curva de demanda de mercado for decrescente–
como costuma ser –, assim será a curva de demanda com a qual se depara o monopólio.
Gabarito: “c”
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Veja só esta questão que caiu em um dos concursos mais difíceis do país. Ela inverte as coisas;
na realidade, a existência de custos fixos elevados requer que uma única firma opere no setor,
caracterizando o monopólio natural.
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Caso mais empresas operassem, cada uma delas teria de arcar, individualmente, com os
elevados custos, e ainda por cima dividindo as receitas.
Gabarito: Errado
Comentários:
Os viajantes que compram antecipadamente são mais elásticos, ou seja, como podem se
planejar com mais calma, reagem com maior rejeição a preços mais altos.
Gabarito: Errado
Comentários:
Basicamente qualquer coisa que torne um mercado monopolista mais competitivo poderá
diminuir sua ineficiência.
Note que a questão foi bastante conservadora ao utilizar o termo “poderá”. Caso fosse mais
restritiva, afirmando que ocorrerá “com certeza” maior eficiência alocativa, a questão estaria
errada, já que isso dependerá da relação entre os preços domésticos e internacionais. Mas esse
assunto não nos interessa, o importante é você saber que tornar um monopólio mais competitivo
é uma forma de aumentar a eficiência do mercado.
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Gabarito: Certo
Comentários:
Sim, de fato descontos são formas de discriminação de preços. Podemos ser ainda mais
específicos: são discriminações de terceiro. Contudo, a questão não pediu esse aprofundando,
o que é uma pena... afinal, questões fáceis favorecem quem não se preparou, o que não é seu
caso.
Gabarito: Certo
Comentários:
Correto. Afinal, se a curva de demanda é inelástica, significa que diminuir a quantidade ofertada
e aumentar o preço é uma ideia lucrativa, já que resultará em aumento da receita e redução do
custo.
Ou seja, enquanto ele pode diminuir a quantidade e aumentar o lucro, ele não estará
maximizando seu lucro. Ele só estará maximizando quando esgotar essa possibilidade, e isso só
ocorrerá quando não estiver mais na parte inelástica da curva.
Gabarito: Certo
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a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, ela deverá produzir 5 unidades mensais.
b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, seu lucro será de R$ 20,00 mensais.
c) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá produzir 2,5 unidades ao mês.
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p é o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá obter um lucro de R$ 20,00
mensais.
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há nível de produção que maximize seu lucro
caso ela seja uma empresa tomadora de preços.
Comentários:
a) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, ela deverá produzir 5 unidades mensais.
Toda empresa maximiza seu lucro ao igualar receita marginal e custo marginal. Como ela
é tomadora de preços, significa que receita marginal sempre será igual ao preço de mercado.
Podemos, então, obter a função de custo marginal a partir da função de custos dada pelo
enunciado: CMg=2y.
A alternativa fala em preço, ou seja, em RMg=10. Nesse caso, a quantidade que maximiza
o lucro será aquela que iguala CMg e RMg:
CMg=RMg
2y=10
y=10/2
y=5
Que ótimo, já temos nosso gabarito! Mas é claro, vamos ver as alternativas (mas lembre-
se de não perder tempo na prova).
b) caso a empresa seja tomadora de preço e o preço de seu produto seja de R$ 10,00 por
unidade, seu lucro será de R$ 20,00 mensais.
π=RT-CT
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π=(p.q)-CT
π=(10.5)-52
π=50-25
π=25
c) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá produzir 2,5 unidades ao mês.
π=RT-CT
π=RMe.y-CT
π=y(20-y)-y2
π=20y-y2-y2
π=20y-2y2
Temos nossa função de lucro acima. Para maximizá-lo, basta derivarmos e igualarmos a
zero:
π=20-4y
20-4y=0
y=5
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p é o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá obter um lucro de R$ 20,00
mensais.
π=RT-CT
π=p.q-CT
π=p.y-y2
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π=p.5-52
π=5p-25
Opa! precisamos saber o preço, mas a alternativa já nos deu q = 20 – p, portanto, p=15.
π=5.15-25
π=75-25
π=50
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há nível de produção que maximize seu lucro
caso ela seja uma empresa tomadora de preços.
Gabarito: “a”
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Perfeito. O poder de monopólio, mensurado pelo índice de Lerner, será menor quanto maior for
a elasticidade-preço da demanda. Consumidores muito sensíveis às mudanças de preços não
permitem que o monopolista fixe preços muito altos.
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Gabarito: Certo
53. (2007/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
A empresa monopolista, para maximizar seu lucro, produz uma quantidade tal que
a) maximiza a receita total.
b) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de produção.
c) maximiza o preço que cobra.
d) minimiza o custo médio.
e) equaliza a receita marginal e o custo marginal de produção.
Comentários:
O monopolista produzirá a quantidade na qual sua receita marginal e seu custo marginal se
igualam, portanto “E” é nosso gabarito.
A alternativa “C” pode parecer tentadora, mas observe que de nada adianta cobrar o maior preço
possível, se o custo estiver também muito alto. O mesmo pode ser dito da alternativa “A”. A
alternativa “B”, por fim, ignora a quantidade produzida.
Gabarito: “e”
Comentários:
Gabarito: “a”
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55. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Uma empresa maximiza lucros e é monopolista na produção e venda de certo bem. Pode
diferenciar seus preços entre dois mercados separados, I e II. As equações das demandas,
nesses mercados, são:
Mercado I → QI = 100 PI-2
Mercado II → QII = 100 PII-4
onde QI, QII, PI, e PII são as quantidades demandadas e os respectivos preços em cada
mercado. O custo marginal de produção é constante e igual a R$ 1,00 por unidade.
Nessas condições, em equilíbrio, o monopolista discriminador
a) cobrará um preço maior no mercado I.
b) venderá seu produto apenas no mercado mais inelástico.
c) equalizará as receitas totais obtidas em cada mercado.
d) equalizará as quantidades vendidas em cada mercado.
e) obterá uma receita marginal maior no mercado I.
Comentários:
Eu poderia usar várias páginas para provar a você a resposta certa. Mas dá para fazer em poucas
linhas, usando uma lógica bem básica.
Agora, a resposta longa, que vai exigir bastante álgebra e uma pitada de cálculo diferencial.
Precisamos da receita marginal para igualar ao custo marginal fornecido (R$1). Para isso,
precisamos da receita total, que é igual a preço vezes quantidade (RT=pq).
QI = 100 PI-2
Que é o mesmo que3:
QI = 100 / PI2
Vou definir em função do preço, para não precisar diferenciar uma equação em função racional:
PI2 = 100 / QI
3
O expoente negativo equivale a tornar o número denominador de 1 com o expoente positivo, ou seja,
x-5, por exemplo, é o mesmo que 1/x5.
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Para me livrar do expoente do preço, preciso tirar a raiz dos dois lados da equação:
100
√P2I =√
QI
Resolvendo:
10
PI =
√QI
10
PI =
𝑄𝐼 1/2
E o mesmo que:
PI = 10.QI-1/2
RT = QI . PI
RT = QI .10.QI-1/2
Podemos multiplicar QI por QI-1/2, lembrando que quando as bases são iguais, soma-se os
expoentes, e o expoente de “QI” é “1”:
RT = 10.QI1/2
RMg = 5.QI-1/2
RMg = CMg
5.QI-1/2 = 1
5 = 1 / QI-1/2
Lembrando que o expoente negativo é equivalente ao inverso da razão com expoente positivo,
ou seja:
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5 = QI1/2
25 = QI
PI2 = 100 / QI
PI2 = 100 / 25
PI2 = 4
PI = 2
QII ≈ 31
PII ≈ 1,33
Mas esse é o tipo de questão que se você acertar fazendo todos esses cálculos, tendo todo esse
trabalho, você já errou, porque perdeu um tempo precioso. Mostrei apenas para fins didáticos.
Gabarito: “a”
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Comentários:
A prática de preços diferenciados para idosos e crianças é uma forma de incentivar esses grupos,
menos propensos, a frequentar o cinema. Cobrar preços diferentes de grupos diferentes é uma
discriminação de terceiro grau. Podemos eliminar as alternativas B, C e D.
Para concluir, o estacionamento é cobrado por meio de uma tarifa em duas partes (uma fixa,
outra variável conforme a utilização). O Cesgranrio chama de tarifa compartilhada, o que dá na
mesma.
Gabarito: “a”
Comentários:
Essa questão é perigosa. Por isso sempre desenvolvo os raciocínios de forma que você os
compreenda, e não apenas decore, com mnemônicos ou coisas do tipo.
Cabe ressaltar que essa solução seria inviável em caso de monopólio natural, mas a questão não
fala em nada disso.
Gabarito: “a”
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Comentários:
Apesar de parecer excessivamente exclusiva, essa definição está correta. Lembre-se dela.
Gabarito: Certo
Comentários:
Igualar os é preços aos custos marginais, para o monopolista natural, é prejuízo na certa, já que
os custos marginais são inferiores aos custos médios em todo o horizonte relevante de produção.
Ao aplicar essa regulação, o governo causaria a saída do monopolista natural do mercado.
A solução mais aceita (pelas bancas, inclusive) é igualar o preço ao custo médio.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: “a”
Comentários:
No gráfico, o ponto de intersecção entre essas duas curvas indica que há dois preços possíveis:
P2 e P4. Contudo, é P2 que implica no maior preço e, portanto, no maior lucro.
Gabarito: “b”
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Comentários:
Em outras palavras, ele não pode determinar os dois (preço e quantidade) simultaneamente,
como afirmado na questão.
Gabarito: Errado
Comentários:
Para resolver essa, precisamos descobrir o preço, então vamos usar a fórmula:
CMg
p=
1
1-
|EPD |
Nos foi fornecida a EPD, então só precisamos obter o custo marginal, o que podemos fazer ao
derivar a função de custo total:
C(Q)=10Q
C(Q)’=CMg
CMg=10
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10
p=
1
1- 3
10 3 30
p= =10. = =15
2 2 2
3
Gabarito: “e”
Comentários:
O monopolista não tem curva de oferta, não importa o quanto as bancas insistam nisso; marque
errado!
Gabarito: Errado
Comentários:
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Uma empresa competitiva iguala custo marginal à receita marginal. Contudo, nesse tipo de
mercado (concorrência perfeita), a receita marginal é igual ao preço. Por isso, a alternativa “a”
não é o gabarito.
A alternativa “b” traz, por extenso, o índice de Lerner que, de fato, serve para mensurar o poder
do monopolista, e é facilmente calculado: basta dividirmos a diferença entre o preço e o custo
marginal pelo preço:
p-CMg
ILerner =
p
Ele sempre assumirá valores entre 0 e 1. Quando o preço for igual ao custo marginal – como
acontece no mercado competitivo – o numerado será igual a zero e o índice também, indicando
ausência de poder de monopólio.
Quanto maior for o preço, mais próximos serão o numerador e o denominador, levando o índice
a um valor próximo a 1, e indicando grande poder de monopólio.
Gabarito: “b”
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LISTA DE QUESTÕES
1. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Um monopolista maximiza o lucro na parte elástica da demanda, operando com markup maior
do que um.
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5. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Julgue o próximo item, relativo às diferentes estruturas de mercado.
A fixação não linear de preços, ou seja, quando o preço da unidade produzida depende da
quantidade adquirida pelo consumidor, é uma forma de definir discriminação de preços de 3.º
grau.
7. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A quantidade a ser produzida e vendida no mercado a que se refere o gráfico em questão é
igual àquela determinada pelo cruzamento das curvas D e C.
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8. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.
Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
Embora seja decrescente no trecho mostrado no gráfico em apreço, C representa a curva de
oferta do monopolista.
9. (2017/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com relação a um produto de um mercado que está sob a situação de monopólio natural, o
gráfico a seguir mostra: a curva de demanda, D, que corresponde ao preço de venda, p, para
cada quantidade, Q, demandada pelo mercado, e a curva de custo marginal, C, que
corresponde ao custo marginal, CMg, quando a produção atinge Q unidades. Nesse gráfico,
CMg e p estão medidos na mesma escala do eixo vertical.
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Tendo como referência as informações e o gráfico apresentados, bem como conceitos a eles
pertinentes, julgue o item que se segue.
A característica de um monopólio natural é a existência de custos marginais baixos e custos fixos
muito altos, impedindo a entrada de concorrentes.
12. (2018/CESGRANRIO/PETROBRAS/Economista)
A função-demanda inversa de uma firma monopolista foi estimada pela seguinte equação: p (q)
= 190 – 2q, em que p é o preço unitário, e q, a quantidade produzida.
Supondo-se que essa firma opere com um custo marginal constante de R$ 10,00, seu lucro será
maximizado quando a quantidade produzida (q) e o preço unitário (p) forem, respectivamente:
a) 45 e R$ 100,00
b) 50 e R$ 150,00
c) 25 e R$ 120,00
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d) 30 e R$ 180,00
e) 40 e R$ 110,00
14. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Uma das marcas que distingue uma empresa que opera em um mercado perfeitamente
competitivo de outra empresa monopolista é que, diferentemente da primeira, a empresa
monopolista
a) produz bens homogêneos.
b) aufere lucros econômicos normais no curto prazo.
c) consegue fixar preços por unidade vendida acima do custo marginal de produção.
d) maximiza lucros igualando a receita marginal ao custo marginal de produção.
e) não consegue barrar a entrada de competidores potenciais
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17. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Um produto torna-se mais valioso para seus usuários se houver um aumento do número de
usuários. Assim, a demanda pelo produto, por parte de qualquer pessoa, depende do número
total de usuários.
Essa é uma situação que acontece quando há
a) venda conjunta
b) deseconomias de escala
c) economias de escala
d) externalidades de rede
e) substituição entre os usuários
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19. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
A partir dos conceitos e das teorias usuais de concorrência perfeita, monopólio e oligopólio,
julgue (C ou E) o item que se segue.
O serviço de fornecimento de água e saneamento em uma cidade não constitui monopólio
natural, uma vez que a atuação exclusiva da empresa em sua área é definida por lei ou contrato
de concessão.
20. (2018/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Uma das principais preocupações da análise econômica é com a precificação no mercado.
Muitas vezes, ela ocorre de maneira ineficiente e isso acarreta importantes consequências no
funcionamento da economia. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.
De acordo com a regra de mark-up, quanto mais preço-elástica for a curva de demanda do
mercado, maior será o poder de mercado do monopolista.
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23. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista)
Em alguns serviços de utilidade pública, como transporte metroviário e eletricidade, as escalas
mínimas eficientes de oferta dos serviços são tão elevadas, em relação ao tamanho da demanda
potencial, que o setor só consegue minimizar os custos unitários se for operado por uma única
empresa fornecedora.
Esse caso ilustra uma situação típica de
a) oligopólio
b) monopólio natural
c) monopólio puro
d) concorrência perfeita
e) concorrência monopolística
25. (2013/CETRO/Anvisa/Analista)
O índice de Lerner de poder de monopólio é a medida calculada como o excesso do
a) custo marginal sobre o preço como uma fração do preço.
b) preço sobre o custo marginal como uma fração do custo.
c) preço sobre o lucro marginal como uma fração do preço.
d) custo sobre o preço marginal como uma fração do preço.
e) preço sobre o custo marginal como uma fração do preço.
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34. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
A Figura abaixo mostra a curva de demanda pelo bem X (segmento de reta tracejado). Esse
bem é produzido e vendido monopolisticamente por certa empresa maximizadora de lucros,
cujo custo marginal é constante e positivo.
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38. (2009/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Considere as condições de equilíbrio de mercados em concorrência perfeita, de um lado, e, de
outro, de mercados sujeitos ao monopólio. Considere, também, que, em ambas as condições,
os produtores visem ao lucro (L), que resulta da maximização do excedente da receita total (RT)
em relação ao custo total da produção (CT). Considere, ainda, que, ao maximizar o lucro, os
produtores levem em consideração, entre outras variáveis, o preço (P), a quantidade produzida
(Q), a receita marginal (RMg) e o custo marginal (CMg). Com base nessas considerações, julgue
(C ou E) o item que se segue.
Em ambas as condições citadas, os preços equivalem ao custo marginal.
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Com relação à curva da demanda dirigida à firma monopolista, pode-se afirmar que
a) Terá sempre a mesma forma da curva da demanda dirigida a uma firma em concorrência
perfeita.
b) Será positivamente inclinada em função do grau de monopólio.
c) Será negativamente inclinada, se assim o for a demanda do mercado.
d) Poderá ser mais inclinada do que a demanda do mercado.
e) Será relativamente menos inclinada do que a demanda de mercado.
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c) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá produzir 2,5 unidades ao mês.
d) caso se trate de uma empresa monopolista e a função de demanda de seu produto seja dada
pela expressão q = 20 - p , na qual q é a quantidade demandada em unidades ao mês e p é o
preço do produto em R$ por unidades, então a empresa deverá obter um lucro de R$ 20,00
mensais.
e) a função de custo dessa empresa é tal que não há nível de produção que maximize seu lucro
caso ela seja uma empresa tomadora de preços.
53. (2007/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
A empresa monopolista, para maximizar seu lucro, produz uma quantidade tal que
a) maximiza a receita total.
b) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de produção.
c) maximiza o preço que cobra.
d) minimiza o custo médio.
e) equaliza a receita marginal e o custo marginal de produção.
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55. (2012/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Economia)
Uma empresa maximiza lucros e é monopolista na produção e venda de certo bem. Pode
diferenciar seus preços entre dois mercados separados, I e II. As equações das demandas,
nesses mercados, são:
Mercado I → QI = 100 PI-2
Mercado II → QII = 100 PII-4
onde QI, QII, PI, e PII são as quantidades demandadas e os respectivos preços em cada
mercado. O custo marginal de produção é constante e igual a R$ 1,00 por unidade.
Nessas condições, em equilíbrio, o monopolista discriminador
a) cobrará um preço maior no mercado I.
b) venderá seu produto apenas no mercado mais inelástico.
c) equalizará as receitas totais obtidas em cada mercado.
d) equalizará as quantidades vendidas em cada mercado.
e) obterá uma receita marginal maior no mercado I.
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GABARITO
1. C 15. A 29. E 43. C 57. A
2. C 16. A 30. C 44. E 58. C
3. A 17. D 31. C 45. E 59. E
4. E 18. C 32. C 46. E 60. A
5. E 19. E 33. C 47. C 61. B
6. E 20. E 34. D 48. C 62. E
7. E 21. B 35. C 49. C 63. E
8. E 22. D 36. C 50. A 64. E
9. C 23. B 37. E 51. E 65. B
10. B 24. B 38. E 52. C
11. C 25. E 39. E 53. E
12. A 26. C 40. A 54. A
13. D 27. A 41. B 55. A
14. C 28. E 42. E 56. A
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