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Autor:
Celso Natale
17 de Agosto de 2022
SUMÁRIO
Introdução ..................................................................................................................................................2
1 Custos ..................................................................................................................................................3
1.1 Custos econômicos X Custos contábeis ..................................................................................3
1.2 Funções de custos: introdução .................................................................................................6
1.3 Custo fixo, custo variável e custo total .....................................................................................7
1.4 Custos médios (total, fixo e variável) ........................................................................................8
1.5 Custo Marginal ............................................................................................................................8
2 Custos no curto prazo .................................................................................................................... 12
2.1 Rendimentos marginais decrescentes e os custos marginais ............................................ 13
2.2 Curvas de custos no curto prazo ............................................................................................ 14
3 Custos no Longo Prazo .................................................................................................................. 16
3.1 Isocustos .................................................................................................................................... 16
3.2 Minimização de custos dado um nível de produção........................................................... 19
3.3 Maximização de produção dado um nível de custo............................................................ 23
4 Relação entre custos no curto e no longo prazo ........................................................................ 24
4.1 Caminho da expansão ............................................................................................................. 24
4.2 Custo total ................................................................................................................................. 26
4.3 Custo Médio ............................................................................................................................. 26
4.4 Custo Marginal ......................................................................................................................... 27
5 Economias de Escala ...................................................................................................................... 29
5.1 Índice de Economias de Escala .............................................................................................. 31
6 Economias de Escopo .................................................................................................................... 32
6.1 Curvas de Transformação ....................................................................................................... 33
7 Funções de Custo ........................................................................................................................... 34
7.1 Funções de custo lineares (1º grau) ....................................................................................... 34
7.2 Funções de custo quadráticas (2º grau) ................................................................................ 35
7.3 Funções de custo cúbicas (3º grau) ....................................................................................... 35
Questões Comentadas .......................................................................................................................... 37
Lista de Questões ................................................................................................................................... 77
Gabarito ................................................................................................................................................... 91
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Aula 03
INTRODUÇÃO
Agora vamos à segunda parte da Teoria da Firma, que consistirá na análise dos custos de
produção.
Em alguns casos, ela é tratada como uma teoria à parte: a teoria dos custos.
Procure-me no fórum se quiser discutir qualquer questão ou parte da teoria, porque acumular
dúvidas tornará cada vez mais difícil acompanhar o curso.
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Aula 03
1 CUSTOS
Assim como ocorre com o consumidor, que tem sua renda como limitadora da quantidade de
bens que pode adquirir, a empresa também não pode produzir tanto quanto desejar.
Os custos fazem com que a empresa tenha de ser eficiente do ponto de vista econômico, ou seja,
que ela produza o máximo que puder sob o menor custo possível.
É isso que veremos ao longo de toda esta aula. O primeiro passo será entender qual o conceito
de custos do ponto de vista econômico.
Mas peço, adiantadamente, que dedique atenção especial ao custo marginal e ao custo
variável. Esses costumam confundir um pouco, mas é indispensável que você os compreenda
bem.
O primeiro passo é diferenciarmos custos econômicos dos custos contábeis, ou seja, de custos
sob uma ótica mais usual.
Sei que ainda não está claro, mas um exemplo prático vai ajudar: Imagine que você tem uma
empresa funcionando em um prédio próprio. Seu contador diria que o uso do espaço não está
gerando custos para sua empresa, já que você não paga aluguel para você mesmo.
Um economista, por outro lado, faria questão de lembrar que o fato de você usar o espaço
implica em deixar de alugá-lo para outra pessoa e, por isso, deixar de receber esse aluguel.
Os custos dessas oportunidades perdidas (como receber o aluguel de alguém) recebem o nome
de... tã, tã, tã, tã... custos de oportunidade, e sempre devem ser considerados na hora de
tomada de decisões econômicas, inclusive na Teoria da Firma.
Assinale a opção que apresenta custo implícito, que não envolve desembolso.
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b) custo contábil
d) custo marginal
e) custo de oportunidade
Comentários:
Gabarito: “e”
Outra diferença entre custos econômicos e custos contábeis ficará clara no exemplo a seguir.
Imagine que adquiriu um Camaro novinho, zero km, pela quantia de R$250.000. Claro que você
adora o carro, mas venderia pelo mesmo preço que pagou após ter rodado um pouquinho com
ele, não é?
De repente, aparece um problema mecânico que a fábrica não cobre e você tem que
desembolsar R$50.000 para tê-lo novamente em perfeito funcionamento. Então aparece um
amigo querendo comprar o carro por R$250.000. E aí, vende?
Se respondeu sim, você está pensando como economista; os R$50.000 que você gastou não
agregaram valor ao veículo, e por isso devem ser ignorados.
São custos afundados, também chamados de custos irrecuperáveis. Esse tipo de custo, uma
vez incorrido, não deve ser considerado na tomada de decisões econômicas. Portanto, atenção
ao quadro:
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Aula 03
Custos Econômicos:
Suponha que uma firma alugue um escritório durante um ano por R$ 6.000,00 pagos
adiantados, compre móveis no valor de R$ 2.000,00 e faça uma pintura no escritório no valor
de R$ 500,00. Após um ano, a firma encerra definitivamente suas atividades e vende os móveis
por R$ 1.000,00. Nesse caso, qual o montante dos custos afundados (sunk costs) com os quais
a empresa se defrontou no período?
a) R$ 7.500,00
b) R$ 9.500,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 9.000,00
e) R$ 8.000,00
Comentários:
Aluguéis (R$6.000) são, por excelência, exemplos de custos afundados, assim como a pintura
realizada no imóvel de terceiro (R$500). Por fim, a parte do valor mobiliário adquirido que não
pôde ser recuperada (R$1.000) também é um custo afundado.
Portanto:
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Gabarito: “a”
Portanto, em economia nos preocupamos também com os custos implícitos, de forma que
definimos o lucro econômico como a diferença entre a receita total e os custos totais (implícitos
+ explícitos).
Todos os custos que veremos a seguir serão abordados do ponto de vista econômico, motivo
pelo qual omitiremos o termo “econômicos”, ficando apenas com “custos”.
Também utilizamos funções para demonstrar como os custos estão relacionados com outros
fatores.
Pode-se dizer que os custos de uma empresa serão determinados pela remuneração dos
fatores de produção, ou seja, o que a empresa tem de pagar para os fatores: os salários (w)
que precisa pagar para o trabalho (L) e os juros (r) que paga para o capital (K):
C = wL + rK
O total gasto com trabalho mais o total gasto com capital fornece o custo total.
C = f(q)
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O custo total (C) de uma empresa qualquer é a soma de seus custos fixos (CF) e custos
variáveis (CV). Por isso esses três estão juntos nesta parte da aula – qualquer custo que não é
fixo (CF) será, obrigatoriamente, um custo variável (CV). Logo:
C = CF + CV
Mas a banca irá exigir que você saiba diferenciar muito bem custo fixo de custo variável, e a
resposta não é exatamente aquela trazida por nossa intuição, embora possa parecer
extremamente intuitivo. Veja só:
• Custos fixos: são aqueles que não variam conforme a quantidade produzida.
• Custos variáveis: são aqueles que variam conforme a quantidade produzida.
Viu como parece óbvio? Mas não é. Novamente, o que importa é o prazo.
No curto prazo, alguma parte dos custos é fixa. No longo prazo, os custos são todos variáveis.
Isso é um reflexo dos fatores de produção que vimos, e levam ao ponto que interessa para
resolver questões de concurso: no curto prazo, capital será fixo, e trabalho será variável – essa é
a regra, se a questão não indicar algo diferente.
Outra coisa que as questões do concurso exigirão que você saiba fazer é identificar em uma
função de custo qualquer qual é o custo fixo e qual é o custo variável. Nesse caso, você se verá
diante de uma função mais ou menos assim:
C= q²+12q+1200
Fácil: os custos fixos serão aqueles que estariam lá, fosse a produção de 0, 1, 10 ou 5.000
unidades. Na função acima, CF=1.200.
Como eu disse acima, o que não é fixo é variável. Portanto, CV = 220 (resultado de 1420-1200).
Fácil, né?
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Como eu disse: não é agora que vamos complicar. O custo médio sim é bem intuitivo: trata-se
apenas dos custos que acabamos de ver, mas medidos em unidades de produto.
Isso significa que para obtermos o custo total médio (CMe), por exemplo, basta dividirmos o
custo total (C) pela quantidade produzida (q):
C CF CV
CMe= CFMe= CVMe=
q q q
Viu aí que a mesma regra se aplica para o custo fixo médio (CFMe) e para o custo variável médio
(CVMe), né?
Pronto. Hora de complicar um pouco as coisas. Adentraremos agora o conceito, talvez, menos
intuitivo e conhecido de custos: o custo marginal.
Além disso, costuma-se confundir muito custo variável médio com custo marginal. Mas eles não
são a mesma coisa! Se não ficar evidente a diferença entre eles, releia.
A essa altura é natural que você já tenha notado que o termo marginal tem tudo a ver com
mudanças em uma variável causadas pela variação de outra variável.
Por exemplo, vimos que o “produto marginal do trabalho” é a variação no “produto total” (uma
variável) que ocorre quando variamos a quantidade de trabalho (outra variável).
E lembra que eu disse que o fato de os custos poderem ser determinados em função da
quantidade ( C=f(q) ) seria importante? É agora.
O custo marginal é o aumento no custo total de produção ocasionado por uma unidade a mais
produzida. Como sabemos, o custo fixo não varia conforme a produção.
Então o custo marginal será a variação no custo variável e, consequentemente, no custo total,
ocasionada por uma unidade a mais do produto.
∆CV ∆C
CMg= =
∆q ∆q
Por exemplo: se estou produzindo 10 unidades, a para produzir a 11ª preciso gastar R$100, o
custo marginal da 11ª unidade é de R$100.
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Ou seja, o custo marginal em uma função de custo “qn” será igual a “n.qn-1”.
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Custo Fixo (CF) Custos que não variam com o nível de produção.
Custo Variável
Custos que variam com o nível de produção.
(CV)
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(CACD/Diplomata)
Para produzir Q unidades de certo bem, uma firma arca sempre com um custo fixo (CF) de R$
100, além de um custo variável (CV) que depende da quantidade produzida, sendo
marginalmente crescente e assim definido: CV = 2 Q2.
Nessa situação hipotética, o custo médio total (CMT) da firma na produção de 10 unidades é
igual a
a) R$ 12.
b) R$ 20.
c) R$ 30.
d) R$ 50.
e) R$ 100.
Comentários:
Para descobrir o custo médio total (CMT) pedido pela questão, precisamos descobrir o custo
total (CT), o que podemos fazer somando custo fixo (CF) com custo variável (CV):
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CT = CF + CV
Colocando os valores fornecidos:
CT = 100 + 2.Q2
A quantidade (Q) produzida é de 10, portanto:
CT = 100 + 2.102
CT = 100 + 2.100
CT = 100 + 200
CT = 300
Por fim, sabemos que:
CMT = CT / Q
Então:
CMT = 300 / 10
CMT = 30
Gabarito: “c”
No curto prazo, a empresa só pode aumentar sua produção mediante a contratação de mais
mão-de-obra (trabalho), já que o capital é fixo.
Suponha então que para produzir uma fornada adicional de pães por hora, seja necessário
contratar 2 padeiros (L) que recebem R$100 por hora cada. O custo marginal, nesse caso, é de
R$200. E será sempre assim, o custo marginal é o custo unitário do trabalho extra (salário,
representado por “w”), multiplicado pela quantidade de trabalho extra necessária à produção de
uma unidade adicional:
w∆L
CMg =
∆q
Legal, né? E tem mais. Lembra-se que o Produto Marginal é definido como a variação no produto
∆q
ocorrida pelo aumento de uma unidade de trabalho (PMg = ∆L )?
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Então, se multiplicarmos os dois lados da última equação por “w”, mantemos a igualdade dos
w w∆L
termos, obtendo = . Já viu o segundo termo da equação em algum lugar? Que tal lá em
PMg ∆q
cima? Muito bem. Concluímos que:
w
CMg=
PMg
A conclusão é que, no curto prazo (um insumo variável), o custo marginal é igual ao preço do
insumo dividido por seu produto marginal. Um exemplo prático: se o trabalho custar R$15 por
hora e o PMgL for igual a 2, então o custo marginal será igual a R$7,5.
Por outro lado, se o PMgL for menor, digamos igual a 1,5, o custo marginal será R$10. É claro,
então, que quanto menor o PMg maior será o CMg.
Vimos na aula anterior que, devido à lei dos rendimentos marginais decrescentes, a partir de
determinado nível de produção, cada unidade adicional de trabalho é menos produtiva que a
anterior.
w
CMg=
PMg
Se os rendimentos marginais são decrescentes, significa que o denominador do lado direito está
diminuindo, e se ele está diminuindo, o custo marginal está aumentando.
E isso terá grandes reflexos no formato das curvas de custos que veremos a seguir.
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A tabela a seguir ajudará a compreender o comportamento das curvas de custo com um insumo
variável.
Os valores foram definidos arbitrariamente, mas respeitando todos os conceitos e definições que
vimos até agora.
Agora, vamos imputar esses números em dois gráficos, que evidenciarão o comportamento das
curvas de custo. Se você tiver memória fotográfica pode usar alguns megabytes para guardar
esses gráficos.
Caso contrário, você precisa compreender muito bem as relações entre os custos. Quer dizer,
precisa compreender se quiser acertar as questões, senão está dispensado.
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Vamos às considerações e relações mais importantes entre os custos, que podem ser vistas nos
gráficos:
▶ CT=CF+CV: A curva de custo total é o somatório das curvas de custo fixo e custo variável.
▶ Relações do Custo Marginal: A curva de custo marginal cruza as curvas de custo total
médio e de custo variável médio em seus pontos mínimos. Isso faz sentido, uma vez que
se forem adicionados valores acima de qualquer média, essa mesma média irá aumentar.
Como CMg é um valor adicionado e CMe e CVMe são médias, essa regra se aplica.
▶ Formato das Curvas em U: Com exceção da curva de Custo Fixo Médio, os demais custos
médios têm formato de “U”.
Como você pode perceber, o custo marginal é um conceito-chave, posto que seu
comportamento determina os custos médios (total e variável). Saber o comportamento desses
fatores é vital para as decisões da empresa também no longo prazo, como você verá a partir
deste ponto da aula.
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Se é possível ajustar seus insumos, então a empresa passa a poder e dever escolher as
quantidades de capital e trabalho que resultem em determinado nível de produção, ao menor
custo possível.
Suponha que você deseja produzir 100 unidades de determinado produto e pode escolher
entre: [A] utilizar 1 trabalhador operando 10 máquinas (produção intensiva em capital) ou [B] 10
trabalhadores operando 1 máquina (produção intensiva em trabalho).
Considerando que ambas opções produzem 100 unidades, a resposta é simples: deve ser
escolhida a alternativa mais barata, ou seja, aquela que gera menor custo.
3.1 Isocustos
Podemos traçar uma linha de isocusto da mesma forma que a restrição orçamentária. Digamos
que estejamos interessados nas combinações que custam R$600 à empresa (vamos chamar essa
linha de C600).
Supondo ainda que o e o capital custe R$20 e que o trabalho custe R$30 – já que a empresa,
como tomadora desses preços, não tem poder para influenciá-los – podemos marcar bem acima
dos eixos das ordenadas e abcissas, respectivamente, as quantidades máximas de capital e
trabalho que a empresa poderia empregar com o custo de R$600:
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Eis aí nossa primeira linha de isocusto. Nela fica claro que 30 unidades de capital esgotam o
custo de R$600, assim como 20 unidades de trabalho. Qualquer outro ponto sobre a linha
também custara R$600, mas contará tanto com trabalho quanto com capital.
Evidentemente, existem inúmeras linhas de isocusto, uma para cada nível de custo, mas vamos
traçar também as linhas C900 e C300, apenas para esclarecer algumas coisas:
O ponto é este: não importa quais sejam as quantidades ou o custo total, a inclinação de
uma linha de isocusto será sempre a relação entre os preços dos fatores de produção, ou
seja, -w/r.
Está em negrito simplesmente porque isso definirá o custo mínimo do produtor sob determinado
nível de produção.
Na prática, que dizer que a empresa do nosso exemplo poderia trocar 3 unidades de capital por
2 unidades de trabalho sem alterar seu custo total, pois a inclinação de suas linhas de isocusto é
igual a -3/2 (ou -1,5).
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Mas vamos desenvolver de forma um pouco mais técnica essa questão da inclinação.
Para começar, recordemos que o custo total da empresa será a soma da remuneração do
trabalho e do capital, ou seja:
C=wL+rK
Onde:
C: Custo total
w: remuneração do trabalho (salário)
L: quantidade de trabalho
r: remuneração do capital (aluguel)
K: quantidade de capital
Agora vem um pouco de matemática, se você não entender essa manipulação algébrica, não se
preocupe, prossiga na aula e deixe para a revisão.
Bem, vamos reorganizar os termos de “C=wL+rK” para obter uma equação de reta, com K no
eixo das ordenadas. Partiremos do seguinte:
C=wL+rK
Para definir “K” em função de “L”, “w”, “r” e “C”, devemos isolá-lo. Começamos trocando “wL” de
lado:
C – wL = rK
C-wL
K=
r
C w
K= - ( )L
r r
Portanto, temos uma equação de reta com inclinação “-w/r”. Guarde essa informação enquanto
prosseguimos.
Para descobrir a equação da linha de isocusto que representa R$600, ou seja, estabelecendo
C=600, e os preços dados de w=30 e r=20, teremos:
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600 30
K= - ( )L
20 20
K = 30 - 1,5L
Onde “30” é o que chamamos de intercepto vertical, onde a linha encosta no eixo das ordenadas,
ou seja, é o valor de K quando K-0.
Isso faz sentido, não é? Afinal, para o custo de 600 (Isocusto de 600), se “L=0”, então “K=30”,
exatamente como desenhamos há pouco, e a inclinação é -1,5 ao longo de toda a reta:
Se você estudou a Teoria do Consumidor já deve ter um belo palpite sobre qual é o ponto em
que a empresa irá minimizar seus custos para determinado nível de produção, bem como qual
será o ponto onde ela terá a maior produção possível para determinado custo. Vamos ver se
você acertou?
Digamos que a empresa quer produzir 100 unidades de um produto qualquer. Ou seja, o nível
dado de produção é q=100. Na aula anterior vimos que uma isoquanta mostra quais
combinações dos insumos capital e trabalho produz a mesma quantidade.
Então, digamos que a isoquanta Q100 está nos mostrando as quantidades de trabalho e capital
que, quando empregadas, produzem 100 unidades:
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Até aí estamos apenas revisando. Vamos agora traçar algumas linhas de isocusto (C1, C2 e C3):
Agora me diga: considerando que sua empresa escolheu produzir 100 unidades, qual ponto está
demonstrando a combinação de K e L que resultará no menor custo possível para esse nível? A,
B ou C?
Sei que você acertou (Ponto C). Deixe-me apenas destacar os motivos:
▶ A seria uma escolha ruim porque iria gerar uma quantidade inferior a 100 unidades. Este
ponto está localizado em uma isoquanta inferior a q100, e nem precisamos desenhar essa
isoquanta para saber disso;
▶ B, por sua vez, até iria gerar a quantidade exata que sua empresa quer (100 unidades),
pois é um ponto sobre a isoquanta q100. Mas para tanto, geraria um custo de C3, pois está
sobre essa linha de isocusto.
▶ C, assim como B, gera 100 unidades, mas o faz com um custo menor.
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Será que existe algum ponto que também gera 100 unidades, mas que esteja sobre uma linha
de isocusto menor do que C2? A resposta é não! Como as linhas de isocusto são paralelas,
qualquer custo menos significará uma linha abaixo de C2 e que, portanto, não tangencia q100.
O ponto de tangência entre a isoquanta e a linha de isocustos exige que ambas tenham a mesma
inclinação. Portanto, a condição de minimização de custos, dado determinado nível de
produção, exige que todas as igualdades do quadro abaixo sejam verdadeiras. E aqui está um
ponto muito importante desta aula:
PMgL w
Vamos nos concentrar na igualdade = , ela diz algo interessante.
PMgK r
PMgL PMgk
=
w r
Essa importante igualdade estabelece que, no ponto minimizador dos custos para determinado
nível de produção, o produto marginal de cada unidade monetária adicional de trabalho deve
ser igual ao produto marginal de cada real a mais gasto com capital.
Faz sentido, porque se gastar um real a mais com trabalho resultasse em mais produção do que
gastar um real a mais com capital, então reduziríamos o capital e aumentaríamos o trabalho e,
portanto, não estaríamos em uma condição de custo mínimo, certo?
As isoquantas podem assumir formatos diferentes daquele formato convexo com o qual estamos
acostumados em dois casos: quando os insumos são substitutos perfeitos, ou quando os insumos
são complementares perfeitos.
Primeiro o caso dos substitutos perfeitos, cujas isoquantas são caracterizas pela linearidade.
No exemplo a seguir, temos insumos substitutos na produção na razão de 1 para 2, ou seja, pode-
se obter a mesma quantidade de produto utilizando 2 unidades de trabalho (insumo 1), ou 1
unidade de capital (insumo 2). Por isso, as isoquantas terão a TMST constante de -1/2.
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Além disso, vamos supor que os dois insumos custam a mesma coisa, definindo linhas de
isocusto com inclinação -1.
Agora, tenha em mente que a empresa deseja minimizar seus custos para o nível de produção
representado pela isoquanta “qX”. Você acha que ela deve escolher o ponto “a” ou o ponto “b”?
A escolha que minimiza os custos é aquela que corresponde à linha de isocusto mais baixa. Nesse
caso, o ponto A é melhor, pois a linha C2 é inferior à linha C3, embora ambas representem
quantidades de trabalho e capital que produzem qX.
Daí, temos duas conclusões importantes acerca da escolha com insumos substitutos perfeitos:
▶ A empresa produzirá apenas com o insumo mais produtivo por unidade monetária. No
exemplo, como ambos custam a mesma coisa, e o capital é duas vezes mais produtivo, a
empresa produzirá apenas com capital.
▶ Em consequência da conclusão anterior, teremos a chamada solução de canto, e não
valerá a igualdade “TMST = w/r”.
Só não é mais diferente do que o caso dos complementares perfeitos. Por lá, ninguém liga para
os preços relativos, como você verá agora.
No exemplo a seguir, perceba que o insumo capital é muito mais caro do que o trabalho.
Contudo, isso não importa, pois a empresa, se desejar produzir “qX”, escolherá a linha que
tangencie as quantidades mínimas necessárias (o ângulo reto, ou “cotovelo”, da isoquanta),
independentemente dos preços:
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Portanto, além de não termos validada a igualdade entre as inclinações de isocusto e isoquanta,
a escolha da empresa não depende dos preços relativos dos bens.
Maximizar a produção para determinado nível de custo funciona da mesma forma que a
minimização de custos dado um nível de produção, sendo válidas todas aquelas igualdades e
conclusões que tivemos no tópico anterior.
A única diferença é que, dessa vez, partiremos de uma linha de isocusto (C) e alcançaremos a
isoquanta mais alta possível, ou seja, aquela que a tangencie (QY):
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Nos tópicos anteriores desta aula, vimos que a empresa tem suas melhores alternativas de
produção no ponto de tangencia entre as isoquantas e a linha de isocusto no longo prazo.
Por isso, quando a empresa decide aumentar a produção, é como se ela atingisse isoquantas e
linhas de isocusto cada vez mais altas, como na figura abaixo:
Dessa forma, quando no longo prazo, caso a empresa deseje passar a produzir a quantidade
correspondente à isoquanta q2, ela vai de A e B, passando também a incorrer em um custo
maior, indicado pela linha de isocusto cII. Ela o faz de forma eficiente, ou seja, minimizando seus
custos para o nível de produção desejada.
Por isso, a linha diagonal traçada no gráfico é chamada de caminho de expansão de longo
prazo. Ela também evidencia o custo total de longo prazo. No curto prazo, as coisas funcionam
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de maneira diferente. Como a empresa o capital fica fixo, a empresa só pode aumentar a
produção mediante aumento do trabalho. Por isso, o caminho da expansão no curto prazo é um
pouco diferente...
...e por isso a empresa não consegue ser eficiente. Perceba que, como ela não pode variar seu
nível de capital, ela não tem como ir ao ponto B (eficiente), tendo de intensificar o trabalho até o
ponto C, onde o custo é superior (CIII>CII).
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A curva de custo total de longo prazo, que pode ser extraída do caminho de expansão de longo
prazo, consiste nos pontos que minimizam os custos para cada quantidade produzida, de forma
que pode ser representada como a curva CLP (custo de longo prazo):
Imagine que a empresa esteja produzindo, atualmente a quantidade indicada por qe. Por ser um
ponto sobre a curva de custo de longo prazo, sabemos tratar-se de uma minimização de custos
para esse nível de produção.
Quando no curto prazo, qualquer quantidade diferente de ‘qe’, implicará em custos não
otimizados, ou seja, a emprese se “descolará” da curva de custo de longo prazo, como em qf,
onde seu custo é maior do que poderia ser.
É por isso que dizemos que o longo prazo é composto de diversos curtos prazos. Aqui
demonstramos apenas 3 curvas de curto prazo, mas são inúmeras sobrepondo-se e
tangenciando a curva de longo prazo, sendo superiores em valor em todos os demais pontos
(que não os pontos de tangência).
O raciocínio anterior aplica-se também ao custo médio. Entretanto, torna-se necessário fazermos
um pequeno ajuste a fim de tornar nosso modelo mais realista, da forma como é cobrado nas
questões de concurso.
A linha de custo total reta, como foi apresentada anteriormente, é coerente com a hipótese de
rendimentos constantes de escala. Contudo, como vimos na parte de produção, o mais comum
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Portanto, a curva de custo médio de longo prazo envolve as curvas de custo médio de curto
prazo, tangenciando-as em seus pontos de eficiência no que diz respeito a produzir determinado
nível sob o menor custo possível.
Deixamos a relação entre os custos de marginais de curto e longo prazo por último pois ela
guarda relação com todas que vimos até agora.
O primeiro fato que precisamos relembrar é o seguinte: o custo marginal é a variação no custo
total quando a produção aumenta em uma unidade. Portanto, ele determinará a inclinação da
curva de custo total.
Legal... e agora já sabemos que a inclinação dos custos totais de curto e de longo prazo são
iguais, no ponto de minimização de custos (que chamaremos de q*). E qual a única forma de
termos inclinações de custos totais iguais? Isso mesmo, os custos marginais, de curto e de
longo prazo, devem ser iguais. No gráfico, fica assim:
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Há, ainda, outros fatos interessantes. Além das relações que já aprendemos, como o fato de as
curvas de custo marginal cruzarem as curvas de custo médio em seus pontos mínimos, observa-
se que para qualquer quantidade abaixo de q*, o custo marginal de curto prazo é inferior ao
custo marginal de longo prazo. Portanto, quantidades abaixo de q* implicam numa curva de
custo marginal de longo prazo mais elevada que a curva marginal de curto prazo.
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5 ECONOMIAS DE ESCALA
Como vimos nas curvas de custo médio, conforme aumenta o produto, o custo por produto
diminui, inicialmente. Isso ocorre por diversos motivos, muitos deles intuitivos, como a
especialização dos funcionários nas tarefas em que eles se saem melhor e o maior poder de
barganha junto aos fornecedores advindos da escala.
Contudo, em determinado nível de produção, os custos médios passam a subir. Essa hipótese é
compatível com escassez relativa de insumos em escalas muito grandes, bem como dificuldades
em encontrar funcionários eficientes.
Esses dois momentos são marcados por economias e deseconomias de escala. Façamos uma
definição técnica, do tipo que cai em prova, para depois identificar as duas situações
graficamente.
==275324==
As economias de escala podem ser medidas pela elasticidade dos custos, ou seja, pela variação
nos custos que ocorrem mediante variação nas quantidades produzidas.
É mais ou menos como vemos em elasticidades: basta dividirmos a variação percentual no custo
total pela variação percentual da quantidade:
∆C
EC= C
∆q
q
∆C ∆C C ∆C.C ∆C
.
C = C ∆q C.∆q ∆q
= =
∆q ∆q C ∆q.C C
. q
q q ∆q q.∆q
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Concluímos que:
∆C
∆q
EC=
C
q
E aí, achou alguns termos familiares? Olhe de novo:
Se o CMg for maior que o CMe, então EC será maior do que 1, indicando custo elásticos em
relação à quantidade produzida. Isso é coerente com a relação entre CMg e CMe que
examinamos: quanto o CMg é maior que CMe, este está aumentando em ritmo superior à
produção.
Voltando rapidamente às curvas de CMe. As de curto prazo têm formato de “U”, pois começam
mais altas e diminuem na medida em que os custos fixos são diluídos por maiores quantidades,
atingem o mínimo quando cruza a curva de custo marginal, e começa a subir por causa da lei
dos rendimentos marginais decrescentes.
Mas, no longo prazo, é possível evitar que a empresa chegue na parte crescente da curva,
aumentando o capital! Para ilustrar como isso acontece, veja as curvas do CTMeCP (Custo total
médio no curto prazo) de três possibilidades: produzir com uma máquina, produzir com duas
máquinas ou produzir com três máquinas. Vamos destacar os trechos de economias e
deseconomias de escala.
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Hora de explicar. O que o gráfico nos mostra é que os resultados de curto prazo (CP) e de longo
prazo (LP) estão relacionados. É como se o longo prazo fosse composto de vários curtos prazos
(três, no nosso exemplo).
Se a empresa estiver usando uma máquina (CTMeCP1), quando atingir 20 unidades, ao custo
total médio de 120, se ela quiser que o custo total médio não comece a aumentar, ela deverá
aumentar o capital e, dessa forma, passar para a curva de longo prazo (CTMeLP).
IES=1-EC
ou
CMg
IES=1-
CMe
Vou resumir a relação entre IES, Ec, CMg, CMe e Economias de Escala a seguir:
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6 ECONOMIAS DE ESCOPO
Até agora temos falado de produzir um único produto.
Contudo, muitas empresas optam por produzir produtos diferentes, e isso tem tudo a ver com
economia de escopo.
As semelhanças nos processos produtivos podem envolver tanto o maior aproveitamento dos
fatores de produção ou até mesmo a própria geração de insumos durante a produção de um
dos produtos.
Os exemplos são muitos: a Apple produz celulares, tablets e computadores, a BR Foods produz
carnes nobres e salsichas, o Banco do Brasil produz crédito e consórcios.
Mas apenas produzir dois bens não significa operar com economias de escopo. Para ser bastante
preciso, economias de escopo estão presentes quando uma única empresa produz maiores
quantidades de dois bens do que duas empresas (separadas) produzem, utilizando as
mesmas quantidades de insumos.
É o caso de um banco múltiplo com 100 funcionários (vamos ignorar o capital, neste exemplo)
que consegue vender 200 aplicações em fundos e realizar 300 operações de crédito, enquanto
um banco de investimento com 50 funcionários vende 180 aplicações em fundos e um banco
comercial com outros 50 funcionários realiza 250 operações de crédito.
Faz sentido, já que o banco múltiplo pode aproveitar melhor o tempo de seus colaboradores
(que não ficam ociosos) e sua carteira de clientes (que é atendida em mais de uma de suas
necessidades).
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As curvas de transformação são a representação gráfica das quantidades de dois produtos que
podem ser produzidos, mantendo-se fixas as quantidades de insumos ao longo de uma mesma
curva.
Veja o exemplo abaixo de três curvas de transformação, cada uma ilustrando uma situação
diferente em relação às economias de escopo:
Cada uma das curvas pertence a uma empresa diferente, que tem produtos diferentes, mas o
que quero que você note é o formato delas. Todas têm formato descendente, pois para
produzir uma unidade a mais de um produto sempre é preciso abrir mão de alguma quantidade
de outro.
A curva TA, côncava, é típica de uma empresa sob economias de escopo. Para ela, produzir
quantidades equilibradas dos dois produtos é um bom negócio.
A empresa dona da curva TB, convexa, apresenta deseconomias de escopo e, para ela,
aparentemente, é melhor negócio especializar-se na produção de um único produto.
TC, linear, evidencia que nem economias nem deseconomias de escopo estão ocorrendo; tanto
faz produzir o bem 1 ou o bem 2, sob o ponto de vista da utilização dos fatores e as quantidades
produzidas.
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7 FUNÇÕES DE CUSTO
Ao longo desta aula, abordamos funções de custo – explicitamente no tópico específico, e
implicitamente ao longo de toda aula.
Agora vamos avançar um pouco; apenas o suficiente para que toda esta aula faça sentido e para
que você possa resolver as questões mais difíceis que possam aparecer sobre o assunto.
As funções de custo mais simples – e, infelizmente, menos realistas – são funções lineares, do
tipo C=CF+βq, onde β é um número qualquer.
Lembra como calculamos o custo marginal partindo da função de custo? Se não lembra dá um
pulo no tópico “Custo Marginal” e depois volta aqui.
Numa função linear como essa, o Custo Marginal será simplesmente igual a β e, portanto, será
constante, como uma linha reta horizontal. O custo variável, por sua vez, será uma linha reta
ascendente... nada parecido com o que vimos até aqui.
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Estas têm um formato mais ou mesmo assim: C=CF+βq+γq2. Isso significa que CMg=β+2γq.
No caso da função anterior, não faria sentido termos β negativo, já que isso seria o mesmo que
dizer que sempre que aumentasse a produção, diminuiriam os custos.
No caso da função quadrática é diferente, e se γ (letra grega gama) for positivo, os custos
marginais serão crescentes com a produção, e vice-versa.
Note, entretanto, que quando a função de custo é quadrática, a curva de custo marginal é linear.
Ainda não chegamos lá.
Chegamos ao último assunto da aula. Será um pouco mais pesado para quem, assim como eu,
não é de exatas.
C=α+βq+γq2+δq3
Nesse caso, vale a pena manipularmos a função de custo para obter as demais medidas de custo,
pois se o fizermos para a função quadrática, estaremos aptos a fazer para qualquer função que
possa aparecer.
Custo fixo
Em outras palavras, é a parte da função que não está multiplicando, dividindo, racionalizando ou
elevando “q“, nem sofrendo dele qualquer uma dessas operações.
Custo variável
Mais fácil. Tudo que não for custo fixo na função, é custo variável.
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O CVMe nada mais é do que o custo variável por unidade produzida. Portanto, basta dividirmos
a equação que acabamos de descobrir por “q”. Fica assim:
CVMe=CV/q
βq+γq2+δq³
CVMe=
q
CVMe=β+γq+δq2
Custo Marginal
Esta função é importante, e por isso repetirei: a função de custo marginal é a derivada da
função de custo.
Então, derivá-la-emos:
1. α+βq+γq2+δq³
2. αq0+βq1+γq2+δq³ (revelando os termos “ocultos”)
3. 0.αq0+1βq1+2γq2+3δq³ (descendo “cópia” dos expoentes para multiplicar)
4. 0.αq-1+1βq0+2γq1+3δq2 (subtraindo 1 dos expoentes originais)
5. 0.αq-1+1β1+2γq+3δq2 (resolvendo as potências)
6. β+2γq+3δq2 (resolvendo as multiplicações)
E digo mais: são essas funções de CVMe e CMg que nos permitem construir curvas em formato
de “U”, como são cobradas em provas. Muito bem! Chegou a hora de praticarmos.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)
Um indivíduo resolve abrir uma pequena empresa, para isso, demite-se do trabalho no qual
ganhava um salário de R$ 2.000,00 e utiliza um imóvel que já possuía e pelo qual recebia um
aluguel de R$ 1.000,00. No primeiro ano de funcionamento da empresa, obteve receitas de R$
40.000,00 e os custos totalizaram R$ 10.000,00. Diante dessas informações e desconsiderando
o 13º salário, ele obteve, nesse primeiro ano, um
a) lucro econômico de R$ 6.000,00.
b) prejuízo econômico de R$ 12.000,00.
c) prejuízo econômico de R$ 6.000,00.
d) lucro econômico de R$ 18.000,00.
e) lucro econômico de R$ 30.000,00.
Comentários:
Lembre-se que:
Portanto, temos o seguinte (não esqueça de multiplicar o salário e o aluguel por 12, para saber
seus valores anuais):
Custos implícitos = 2000x12+1000x12=36000 aqui entra o custo de oportunidade (salário e aluguel que recebia)
Gabarito: “c”
2. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Economista Júnior)
A Figura abaixo mostra a curva de custo total médio de certa empresa, como função do nível
de produção q.
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Se a empresa estiver produzindo em um nível maior do que q*, diz-se que está num ponto com
a) economias de escala
b) deseconomias de escala
c) economias de escopo
d) capacidade ociosa
e) custo médio mínimo
Comentários:
Aqui, para qualquer nível de produção acima de q*, o custo médio apenas sobe.
Dessa forma, dobrar a produção, por exemplo, mais do que duplicaria os custos.
Gabarito: “b”
3. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Em relação à teoria da firma, julgue o item subsequente.
Quando a curva de custo marginal for crescente, as curvas de custo médio total e custo médio
variável serão crescentes.
Comentários:
Quando a curva de custo médio total e a curva de custo médio variável são crescentes, é sinal de
que a curva de custo marginal já as cruzou enquanto subia e, portanto, também é crescente.
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Contudo, a questão inverteu as coisas. A curva de custo marginal pode ser crescente, mas se ela
ainda não cruzou a curva de custo médio, então custo médio ainda é decrescente. Quanto
mesmo vale uma imagem?
Perceba que desde a 4ª unidade o CMG é crescente. Contudo, CVMe e CTMe só são crescentes,
respectivamente, após a 7ª e a 8ª unidade, que é quando são trespassados pela curva de custo
marginal.
Gabarito: Errado
Comentários:
É como se o custo marginal “puxasse” o custo médio. Quando o custo marginal é maior que o
custo médio, significa que ambos estão aumentando.
Gabarito: “d”
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5. (2019/FGV/DPE RJ/Economia)
A figura abaixo ilustra algumas isoquantas de uma determinada função de produção de uma
firma. A isoquanta Q = 20 representa as combinações dos insumos capital e trabalho
necessárias à produção de 20 unidades do produto.
Comentários:
A primeira coisa a ser feita é avaliar o que acontece com a produção quando dobra a quantidade
de insumos utilizada.
A resposta está na isoquanta Q=35. Ora, se ao dobrar os insumos obtivemos menos do que o
dobro de produção, estamos diante de deseconomias de escala e custo médio crescente!
A resposta está nas curvas (concentre-se apenas nas de longo prazo, já que estamos variando os
dois insumos):
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E então, quando o custo médio é crescente? Pois é: quando ele é menor do que o custo marginal.
Portanto, temos nossa conclusão: como o custo médio é crescente (deseconomias de escala), o
custo marginal só pode ser maior do que o custo médio.
Gabarito: “b”
6. (2015/FCC/TCE-AM - Auditor)
Instrução: Para responder à questão, considere a tabela, a seguir, que apresenta o custo total e
a receita total de uma firma competitiva:
Quantidade (em unidades) Receita Total Custo Total
1 R$ 90,00 R$ 10,00
2 R$ 170,00 R$ 30,00
3 R$ 240,00 R$ 60,00
4 R$ 300,00 R$ 100,00
5 R$ 350,00 R$ 150,00
6 R$ 390,00 R$ 210,00
7 R$ 420,00 R$ 280,00
O custo marginal de produzir a sexta unidade será de
a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.
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Comentários:
Se ao produzir a 6ª unidade o custo passou de R$150 para R$210, e o custo marginal é definido
como o aumento no custo de produzir uma unidade adicional, o custo marginal da 6ª unidade
foi de R$60. Simples assim.
Gabarito: “d”
7. (2014/IDECAN/SEP PR/Contador)
A estrutura de custos de uma empresa depende de um componente fixo e variável. Assim, os
custos médios são a soma dos custos fixos e variáveis médios. Nesse sentido, o custo variável
médio mínimo pode ser obtido
a) na área calculada abaixo da curva de custo marginal.
b) no mesmo ponto no qual o custo fixo médio atinge o seu menor valor.
c) no ponto em que o custo marginal intercepta a curva de custo total médio.
d) quando a variação de custo variável médio passa de negativa para nula, quando uma unidade
adicional é produzida.
e) como a soma do custo de produzir cada unidade adicional de um bem e multiplicando essa
soma pela quantidade produzida.
Comentários:
A questão nem exige raciocínio econômico, nem mesmo que seja estabelecida a relação entre
as curvas de custo. Basta observar que a alternativa “d” (nosso gabarito) é válida como descrição
de qualquer ponto mínimo: ele ocorre no ponto em que algo para de diminuir. Isso também está
de acordo com o que vimos sobre as curvas de custo em forma de “U”, como é o caso do custo
variável médio:
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A área abaixo da curva de custo marginal informa o custo variável total, uma vez que o custo
marginal é o custo de produzir uma unidade adicional, e por isso a alternativa “a” está errada.
O custo fixo médio não tem ponto mínimo. Como ele é um valor fixo cada vez mais diluído
conforme aumenta a produção, ele diminui indefinidamente enquanto a produção aumenta.
Esse é o erro da alternativa “b”.
A alternativa “c” está errada porque no ponto em que o custo marginal intercepta a curva de
custo total médio, é o custo total médio que é mínimo, e não o custo variável médio! Pense na
curva de custo marginal como um imã que atrai os custos médios em sua direção.
A soma do custo de produzir cada unidade adicional, ou seja, a soma do custo marginal, é o
custo variável total. Só nisso a alternativa “d” já está errada. Multiplicar essa soma pela quantidade
não tem nenhum significado.
Gabarito: “d”
Comentários:
E não faltam questões – como a alternativa “b” – repetindo o fato de que “a curva de custo
marginal intercepta a curva de custo variável médio no ponto de mínimo desta”.
a) a diferença entre o custo variável médio e o custo total médio tende a diminuir sempre que a
firma reduz a produção.
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A diferença entre CVMe e CTMe tende a diminuir quando a firma aumenta a produção, por causa
do custo fixo.
c) os custos variáveis médios são estritamente crescentes à medida que a produção da firma
aumenta.
Os custos variáveis médios são decrescentes enquanto são superiores ao custo marginal.
São os custos fixos que são constantes. Os custos marginais podem ser fixos em alguns casos
muito específicos, quando os rendimentos marginais são constantes, mas é uma situação
excepcional.
e) os custos fixos médios são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.
Os custos fixos médios são decrescentes em relação à produção. Afinal, são definidos como
‘CF/q’, e ‘CF’ é constante enquanto ‘q’ aumenta.
Gabarito: “b”
Comentários:
A maior parte das informações dessa questão são desnecessárias para a resolução, uma vez que
basta derivarmos a função de custo total.
Como já mostrei os procedimentos algumas vezes ao longo desta aula, serei mais direto na
derivação desta vez:
CT = 13800 + 250.Q1
CMG = 1.250.Q0
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CMG = 1.250.1
CMG = 250
Gabarito: “c”
Comentários:
√𝐾𝐿
É o mesmo que
√𝐾√𝐿
𝐾 1/2 𝐿1/2
Portanto, sabemos, por causa dos expoentes, que, ao otimizar a produção, a empresa irá utilizar
metade do seu orçamento para cada insumo, em outras palavras, metade do custo total será
gasto com trabalho, e a outra metade com capital.
Sendo assim, temos também que o custo total terá a seguinte função:
CT = w.L + r.K
Sendo que
w.L = r.K
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Aula 03
1.L =4.K
L = 4K
𝑌 = √𝐾𝐿
𝑌 = √𝐾. 4𝐾
𝑌 = √4𝐾 2
𝑌 = 2𝐾
Agora, como a questão quer saber o custo mínimo para produzir 6 unidades, Y deve ser 6:
6 = 2𝐾
Resolvendo:
6
=𝐾
2
K=3
E como L=4K:
L=4K
L=4.3
L=12
• Quantidade de K: 3
• Remuneração de K: 4
• Quantidade de L: 12
• Remuneração de L: 1
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Aula 03
CT = wL + rK
CT = 1.12 + 3.4
CT= 12 + 12
CT = 24
Gabarito: “b”
Comentários:
A curva de custo médio é interceptada pela curva de custo marginal em seu ponto de máximo
mínimo; isso ocorre porque a curva de custo marginal está em sua parte ascendente.
Gabarito: Errado
Comentários:
Sim! O custo fixo médio começa alto para pequenas quantidades, e gradativamente vai
diminuindo para cada unidade adicional.
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Aula 03
A terceira, 333.
Viu como diminui bruscamente no começo e depois diminui mais lentamente? É isso que
determina a hipérbole.
Gabarito: Certo
Comentários:
Sempre que o custo marginal for superior ao custo variável médio, este será crescente. Por isso,
a alternativa “d” é nosso gabarito.
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Aula 03
Gabarito: “d”
Comentários:
Essa questão é mais simples do que parece... vai por mim, mas requer atenção. Aliás, isso vale
para a maioria das questões das grandes bancas, que são muito criativas, mas, quase sempre,
basta prestar atenção que a resolução não é muito complicada.
Vou direto ao gabarito, porque as demais alternativas se referem ao conteúdo da aula anterior.
Note que a função de custo é (w+r)y2. Isso quer dizer que C=(w+r)y2. Agora vou mostrar como
descobrir a função de produção partindo da função de custo. Na verdade, a função de produção
está implícita aí, e tudo que precisamos fazer é manipular a igualdade para obtermos uma função
para “y”, que é a própria produção.
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Aula 03
Primeiro passamos (w+r) ao outro lado ou, para ser mais técnico,
C=(w+r)y2
dividimos os dois lados da equação por (w+r)...
C Agora, colocamos raiz dos dois lados, para anular a potência e termos “y”
=y2 sozinho...
w+r
Aí está nossa função de produção!
C
√ =y
w+r
E considere que:
1
C C 2
√ =( )
w+r w+r
Lembra como fazemos para obter o grau da função? É só localizar o maior expoente dela.
Mas você precisa se lembrar que raiz quadrada é o mesmo que potência de ½. Como esse é
nosso único expoente, podemos marcar a alternativa “d”.
Gabarito: “d”
Comentários:
Veja, a relação que você deve repetir como um mantra está perfeitamente reproduzida na
alternativa “e”, que é nosso gabarito. Mas é interessante desvelar o erro das demais alternativas.
Começando pela alternativa “a”, cabe corrigir que uma isoquanta é o lugar geométrico das
combinações dos fatores de produção possível dado um nível de produção. Diferente do que
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Aula 03
está escrito ali, não é? Embora seja um bom jogo de palavras para pegar seus concorrentes
incautos..., mas não você!
A alternativa “b” é contraditória. Se o fator é fixo, como ele pode possuir rendimentos crescentes
de escala? Aliás, sempre que ler “escala”, pense em longo prazo, com todos os fatores variáveis.
“c” está errada porque o que define a queda nos custos fixos unitários é o nível de produção.
Não muda nada estar no curto ou no longo prazo; se não estiver produzindo nada, terá custos
fixos unitários altos.
Por fim, a alternativa “d” está errada porque a alternativa “e” está certa. O CVMe só começa a
aumentar quando ele é alcançado e ultrapassado pelo CMg. Por isso, mesmo se o CMg começar
a crescer, enquanto ele permanecer abaixo do CVMe, este ainda estará diminuindo.
Gabarito: “e”
Comentários:
Questão que cobra diversos conceitos vistos até aqui. Vale como revisão.
Para começar, a afirmação I está correta. A melhor cesta para o consumidor está no ponto onde
a curva de indiferença tangencia a reta de restrição orçamentária, fato que tem por requisito que
suas inclinações sejam idênticas. Vale lembrar que esse é o caso geral, havendo as soluções de
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Aula 03
canto que ocorrem quando os bens são substitutos perfeitos. Com isso já eliminamos as
alternativas “d” e “e”.
A afirmação II está errada. Estaria correta se trocássemos “isocustos” por “isoquantas”. Mas não
tem como você confundir, sabendo o significado desses nomes, não é? As alternativas B e C
também devem ser descartadas, e já podemos marcar o gabarito. Mas vamos adiante para
confirmar nossa opção.
A afirmação III está correta. Podemos dizer que o consumidor fica tão mais pobre quando
aumenta o preço do bem de Giffen (efeito renda), que ele precisa deixar de consumir os outros
bens para consumir mais bens de Giffen. Portanto, o efeito renda supera o efeito substituição,
em valores absolutos.
Gabarito: “a”
Comentários:
Questão conceitual. O curto prazo, de fato, é o período no qual pelo menos um dos fatores de
produção é fixo (pode ser, inclusive, que todos o sejam), invalidando as alternativas “a”, c” e “d”.
A segunda parte é que no longo prazo todos os fatores são variáveis, e a empresa pode alterar
suas quantidades livremente, deixando-nos apenas a letra “e” como possível gabarito.
Gabarito: “e”
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Aula 03
Comentários:
Isso faz sentido, uma vez que significa que cada unidade adicional do insumo está produzindo
mais do que a anterior. Como o custo marginal é o custo de produzir uma unidade adicional, a
relação inversa fica mais clara.
Gabarito: “b”
Comentários:
Funções de produção do tipo Leontief são aquelas dos insumos perfeitamente complementares,
também conhecidos como proporções fixas.
Suas isoquantas em forma de “L” garantem que as empresas precisaram sempre de determinada
proporção entre eles para produzir, independentemente de seus preços.
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Aula 03
Gabarito: Certo
20. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
O valor monetário do custo total de produção (CT) de uma empresa, em determinado período,
é dado pela expressão CT = 10 + q + 0.1q2, onde q é a quantidade produzida no período, e os
parâmetros numéricos estão expressos nas unidades adequadas.
Se q = 10, o valor do custo
a) variável será 5.
b) total de produção será 20.
c) total médio será 3 por unidade produzida.
d) marginal será 7 por unidade produzida.
e) fixo será 20.
Comentários:
a) variável será 5.
Errado. O CV é q+0,1q2, ou seja, a parte do custo que varia conforme a quantidade produzida.
Com q=10, teríamos CV=10+0,1x102=20.
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Aula 03
Errado. Custo fixo é a parte da função que não varia de acordo com a quantidade produzida. Ou
seja, CF=10.
Gabarito: “c”
Comentários:
Mais uma questão mais simples do que parece. Na verdade, muito mais simples! Antes de sair
utilizando toda a teoria que aprendemos aqui, inclusive derivadas (algo que faremos também),
observe que podemos simplesmente calcular os custos gerados em cada alternativa.
a) x1=400 e x2=16
400.4+16.16=1.856
b) x1=256 e x2=25
256.4+25.16=1.424
c) x1=100 e x2=64
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Aula 03
100.4+64.16=1.424
d) x1=16 e x2=400
16.4+400.16=6.464
e) x1=160 e x2=40
160.4+40.16=1.280
Precisamos ainda saber se a quantidade produzida é aquela pedida na questão (80 unidades).
Dessa vez, vamos colocar as quantidades x1=160 e x2=40 na função de produção para ver no que
dá:
A função Cobb-Douglas nos informa, por seus expoentes, qual será o montante gasto com cada
insumo no nível ótimo de produção.
No caso da função q = x10,5x20,5, como os expoentes são iguais, sabemos que o mesmo montante
será gasto com cada um deles. Também sabemos que o insumo x2 custa 4 vezes mais que o
insumo x1, e a única forma de gastarmos o mesmo montante com cada um deles, é se utilizarmos
uma quantidade 4 vezes menor do insumo x2. Portanto, podemos concluir que:
x1 = 4x2
Isso nos permitirá resolver a função de produção para 80 unidades, pois teremos apenas uma
variável:
q = x10,5x20,5
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Aula 03
X2=40
Bem, já temos nosso gabarito, pois apenas a alternativa “e” prevê x2=40.
Mas você pode certificar-se de que está correto inserindo na função de produção:
q = x10,5x20,5
80 = x10,5 . 40 0,5
6400 = 40x1
X1 = 6400 / 40
X1 = 160
Gabarito: “e”
Comentários:
Eis aqui uma definição perfeita de isoquanta. Não confundiu com “isocusto” só porque coloquei
nesta aula, não é?
Gabarito: Certo
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Aula 03
Comentários:
Basta saber o conceito de economia de escala para resolver esta questão: há economia de escala
quando o custo médio de produção é decrescente.
Gabarito: “e”
Comentários:
Essa questão envolve cálculo diferencial, mas podemos resolver com tranquilidade sem
precisar complicar as coisas. Você já tem bem gravado nessa cabeça que o CMe é mínimo
quando sua curva é cruzada pela curva do CMg, e isso ocorre quando CMg=CMe.
CMg: é a derivada da função de custo variável. O próprio enunciado descreve g’(q) como a
derivada de g(q) que, por sua vez, é chamado de função de custo variável. Logo, CMg=g’(q).
CMe: é o custo total dividido pela quantidade produzida. No nosso caso, C é a função de custo
total, então CMe=C/q.
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Nossa conclusão é que g’(q) – (C/q) tem de ser igual a zero. Há apenas uma alternativa na qual
essa relação está implícita e é possível.
Observe que nossa relação está estabelecida na parte destacada, mas acontece que ela não
poderá ser igual a zero.
Se fosse (igual a zero), ao multiplicar “(1/q)” o resultado seria zero... Epa, exatamente como
acontece na alternativa “b”!
Gabarito: “b”
Comentários:
Isso está errado, e explicar o porquê disso seria como explicar por que de a Terra não ser
quadrada. Simplesmente não é verdade.
Mas, de qualquer forma, temos um belo gancho para revisarmos as condições de minimização
de custos:
Gabarito: Errado
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Comentários:
Até ficaria certo reescrevendo assim: “A curva de custo marginal médio de longo prazo é a
envoltória inferior das curvas de custo marginal médio de curto prazo.”
Gabarito: Errado
Comentários:
No início da produção, os custos fixos são diluídos em pequenas quantidades de produto e assim
os custos médios são altos. À medida do aumento da produção, há mais unidades para diluírem
os custos totais e, assim, o custo médio diminui.
C
Se CMe= , o aumento do denominador “q” irá reduzir o resultado da equação.
q
Gabarito: “b”
28. (2012/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na análise das estruturas de mercado, crucial para o entendimento da formação dos
preços nos diferentes setores da economia, julgue (C ou E) o item subsequente.
Alegar que as escolas públicas brasileiras, por serem muito pequenas, apresentam custos
médios elevados é um raciocínio consistente com a existência de economias de escala na
produção do ensino público.
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Comentários:
Questão um pouco problemática, pois apenas custos médios elevados não caracterizam
economia de escala: é preciso apenas que os custos médios sejam decrescentes, não
importando se são pequenos ou grandes em termos absolutos.
Entretanto, custos médios elevados em relação ao custo fixo são uma forma válida de descrever
economias de escala, e acredito que isso foi o que a banca quis dizer ao deixar esse gabarito
“certo”.
Algo que também pode confundir, é o fato e descrever as escolas públicas brasileiras como
pequenas e falar que há economias de escala na produção de ensino público, sendo que
sabemos que economias de escala têm a ver com o tamanho da “planta”. Mas note que a questão
não diz que as escolas pequenas estão se deparando com economias de escala, e pelo contrário
indica que é exatamente por serem pequenas demais que não observam economias de escala.
Gabarito: Certo
Comentários:
Aqui, basta saber obter o CMg e o CVMe a partir da função de custo total. Considerando a
recorrência de questões desse tipo, você ainda tem alguma dúvida de que isso é importante?
Bem, o Custo Variável é a parte da função de custo que varia conforme muda a quantidade
produzida. O enunciado chama “y” de quantidade produzida, então identificamos quais
elementos da função dependem de “y”: 2y²+8y.
O Custo Variável Médio (CVMe) é o Custo Variável (CV) dividido pela quantidade produzida
(“y”, nesse caso):
2y²+8y
CVMe= =2y+8
y
Com isso já poderíamos marcar a alternativa “D”, mas vamos ver o CMg, só para ter certeza.
Fazemos isso obtendo a derivada da função de custo:
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Aula 03
CMg=2.2y2-1+1.8y1-1+0.10y0-1
CMg=2.2y1+1.8y0+0.10y-1
CMg=2.2y+1.8.1+0.10.y-1
CMg=4y+8
Com isso, resta provado que D é nosso gabarito (ou que erramos duas vezes chegando ao valore
exatos da alternativa, o que é tão improvável que podemos marcar com segurança).
Gabarito: “d”
30. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Engenheiro)
Um processo de produção apresenta economias de escala se, ao aumentar a produção, o(s)
a) lucro da empresa aumentar.
b) custos marginais aumentarem.
c) custos totais diminuírem.
d) custos médios diminuírem.
e) custos fixos diminuírem.
Comentários:
Basta saber o conceito de economia crescente de escala. Você já sabe que existem apenas três
situações: economia crescente de escala (economia de escala), retorno constante de escala e
economia decrescente de escala (deseconomia de escala).
O nome pode variar, mas a definição é a mesma: a economia de escala é a situação na qual, ao
aumentar a produção, a empresa diminui seu custo médio.
Gabarito: “d”
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Comentários:
Não soa nada romântico, mas gastos com P&D, capacitação e publicidade da marca são
exemplos de custos irrecuperáveis/afundados/sunk-costs.
Note que o fato de serem exemplos não significa que todos eles são custos irrecuperáveis, mas
apenas que a maioria deles é e, para essa maioria, os gastos não podem ser revertidos
facilmente, como seria na venda de um bem ou produto qualquer.
Gabarito: Certo
Comentários:
O curto prazo é definido como o período em que pelo menos um dos fatores é fixo, enquanto
no longo prazo todos eles são variáveis.
Gabarito: “b”
33. (2016/FCC/ALMS/Economista)
No curto prazo, os custos que emergem de recursos invariáveis e os custos de insumos que
podem variar com a quantidade produzida são denominados, respectivamente,
a) custo de oportunidade e custos variáveis.
b) custos explícitos e custos implícitos.
c) custos fixos e custos variáveis.
d) custos fixos e custo de oportunidade.
e) custos variáveis e custos fixos.
Comentários:
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Gabarito: “c”
Comentários:
A banca queria dizer custo “médio” de produção, e não custo “mínimo”. Afinal, o custo mínimo
é mínimo quando a produção é zero, pois assim apenas o custo fixo existe.
Contudo, ela não foi anulada, apenas reforçando que você precisa saber o que a questão quis
dizer.
E com frequência elas querem essa relação entre custo médio e custo marginal.
Gabarito: Certo
a) 97.
b) 80.
c) 120.
d) 163.
e) 145.
Comentários:
Temos a função de custo total. Ao derivar, obteremos a função de custo marginal (CT’=CMg):
CT=2Q3−3Q2−12
CT’=3.2.Q3-1—2.3Q2-1
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CT’=6Q2 — 6Q
CT’=6.52 — 6.5
CT’=6.25 — 30
CT’=150 — 30
CT’=120
Gabarito: “c”
Comentários:
O custo médio é mínimo quando ele é igual ao custo marginal. Portanto, nosso trabalho aqui
será obter e igualar as funções de Cmg e Cme da fábrica I.
Como temos sua função de custo total, derivamos para obter custo marginal e dividimos pela
quantidade (y) para obter o custo médio:
Cme = (y 2 + 2y + 4) / y
Cme = y + 2 + 4/y
Cmg = (y 2 + 2y + 4) ‘
Cmg = 2y + 2
Agora, igualando-os:
Cme = Cmg
y + 2 + 4/y = 2y + 2
y + 4/y = 2y
4/y = y
4=y2
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y=2
Essa aí é a quantidade que minimiza o custo médio, mas ainda não sabemos qual é o custo médio
mínimo. Para isso, vamos inserir esse valor na função de custo médio:
Cme = y + 2 + 4/y
Cme = 2 + 2 + 4/2
Cme = 2 + 2 + 2
Cme = 6
Gabarito: Certo
Comentários:
Por definição, os custos variáveis são aqueles que dependem da quantidade produzida.
Por isso, quando a quantidade é zero, os custos variáveis também serão nulos.
Gabarito: “d”
38. (2016/AOCP/JF/Economista)
Sobre a relação existente entre as curvas de custo variável médio (CVMe), custo total médio
(CTMe) e custo marginal (CMg) das empresas no curto prazo, assinale a alternativa correta.
a) O CVMe e o CTMe eleva-se à medida que a produção aumenta.
b) O CVMe mínimo ocorre em um nível de produção mais elevado que o CTMe mínimo.
c) A curva de CMg passa sobre o ponto mínimo tanto da curva de CVMe quanto da curva de
CTMe.
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Comentários:
A questão trata exclusivamente das interpretações e relações a respeito das curvas de custos no
curto prazo:
Gabarito: “c”
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II - Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala ou economias de escala quando, para
se dobrar a quantidade produzida, é necessário mais do que dobrar o custo da produção.
III - As curvas de isocusto descrevem possíveis combinações de insumos de produção que
custam o mesmo montante para a empresa.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.
Comentários:
A afirmativa I está correta. O longo prazo é caracterizado como o período no qual todos os
insumos são considerados variáveis, e a curva de custo médio de longo prazo mede o
comportamento desse custo conforme varia a produção.
A afirmativa II, por outro lado, está errada. Se uma empresa tem retornos crescentes de escala,
para dobrar a quantidade, é necessário menos do que o dobro dos custos.
Por fim, a afirmativa III, trata corretamente as curvas de isocusto, que demonstram as diferentes
combinações entre os insumos que possuem o mesmo (iso) custo.
Gabarito: “c”
Comentários:
A alternativa “A” está errada. Retornos decrescentes de escala implicam em curva de custo médio
de longo prazo crescentes. Afinal, os custos serão crescentes.
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A alternativa B tem uma pegadinha gramatical. O termo “desta” é usado para se referir ao termo
mais próximo. Portanto, a alternativa está afirmando que a curva de custo marginal cruza a curva
de custo médio no ponto mínimo da curva de custo marginal. Sabemos que é o contrário, certo?
Alternativa errada.
A alternativa C está correta, trazendo uma conclusão na qual podemos chegar a partir do que
aprendemos sobre a curva de custo médio de longo prazo ser envoltória inferior das curvas de
custo médio de curto prazo:
Note que no trecho onde os retornos são constantes, a curva de custo médio de longo prazo é
horizontal e, portanto, as curvas de custo prazo só a podem tangenciar em seus pontos mínimos.
A alternativa D está errada pelo mesmo motivo que 1 mais 1 não é 7. Ou melhor, a relação
estabelecida na alternativa não tem lógica.
Por fim, a alternativa E está errada pois as isoquantas de complementares perfeitos têm formato
de “L”, e sua TMST é zero ou infinita, e nunca igual ao preço dos fatores.
Gabarito: “c”
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Comentários:
A única confusão que pode haver aqui é entre as alternativas “a” e “b”, mas ela se desfaz se você
lembrar que “escala” tem a ver com tamanho da produção, ou seja, capital e trabalho. Somente
no longo prazo é possível alterar a escala. Resumindo: falou em “escala”, falou em “longo prazo”.
Gabarito: “a”
a) d)
b) e)
c)
Comentários:
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Gabarito: “c”
Comentários:
CTMe = CT / q
Já sabemos que q=10, mas não temos o CT. Tentaremos chegar nele de outra forma, então.
Sabemos que:
CT = CF + CV
CV = 2.102
CV = 2.100
CV = 200
Então:
E, por fim
CTMe = CT / q
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CTMe = 300 / 10
CTMe = 30
Gabarito: “b”
Comentários:
Lembre-se de que custo total médio (CTMe) é o custo total (CT) dividido pela quantidade (Y), ou
seja:
CTMe = CT / Y
Para começar, observe que é uma função de produção do tipo Cobb-Douglas, e, portanto,
sabemos, pelos expoentes, que a empresa vai gastar metade de seus recursos com K e a outra
metade com L.
Como ela utilizará 2 unidades de K e cada unidade custa R$1, o total gasto com K será R$2.
E se R$2 serão gastos também com L, que custa R$4, a conclusão é que será utilizada ½ unidade
de L.
Y=K1/2 .L1/2
A função de produção pode ser reescrita assim (podemos multiplicar números que têm o mesmo
expoente diretamente:
1/2
Y=(K.L)
Que é a mesma coisa que (elevar à metade é a mesma coisa que tirar a raiz quadrada):
Y=√K.L
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1
Y=√2.
2
E resolvendo:
Y=√1
Y=1
Pronto, já temos a produção. Agora, precisamos do custo total, que nada mais é que o total gasto
com os insumos:
CT=K.r+L.w
1
CT=2.1+ .4
2
CT=2+2 (e isso faz sentido: cada insumo fica com metade do total gasto)
CT=4
Por fim:
CT
CTMe=
Y
4
CTMe=
1
CTMe=4
Gabarito: Errado
45. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPOG/Economista)
A função de produção de uma firma é expressa por Y=5K1/3×L2/3, em que Y é a quantidade
produzida do bem homogêneo, K é o estoque de capital e L é a quantidade de trabalho.
Supondo que a firma opere em um mercado em que os preços do insumo capital e do insumo
trabalho, em unidades monetárias, sejam r = 2 e w = 4 respectivamente, julgue o item seguinte
a respeito desse mercado.
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Essa é difícil!
Para descobrir o preço de equilíbrio, precisamos igualar receita marginal e custo marginal.
A função de produção do tipo Cobb-Douglas releva qual será a proporção de cada insumo no
custo total.
Nesse caso, sabemos que 1/3 do custo será realizado com capital (K), enquanto os outros 2/3
serão gastos com trabalho.
Se o produtor gasta o dobro com trabalho, e o trabalho custa o dobro do capital, só podemos
concluir que ele utiliza a mesma quantidade de trabalho e de capital, ou seja: K=L.
CT = w.L + r.K
CT = 4.L + 2.K
E sabendo que a empresa vai gastar o dobro com o trabalho, então a parte do custo total do
trabalho (4L) tem que ser duas vezes maior que a parte do capital (2K). Em outras palavras, para
a parte do capital ficar igual a parte do trabalho, precisa multiplicar a parte do capital por 2:
4.L = 2.(2.K)
4L = 4K
L=K
CT = r.K+w.L
CT = 2K + 4L
CT = 2K + 4K
CT = 6K
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CMg = 6
Y=5K1/3×L2/3
Y=5K1/3×K2/3
Seguindo a regra de multiplicação de potências com mesma base, mantemos a base (K) e
somamos os exponentes (2/3 + 1/3 = 3/3 = 1):
Y=5.K
Partindo dessa função de produção, podemos chegar à receita total multiplicando pelo preço:
RT=Y.p
RT=5.K.p
RMg=5p
RMg=CMg
5p=6
p=6/5
p=1,2
Gabarito: Certo
Comentários:
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A curva de custo médio de longo prazo tangencia as curvas de custo médio curto prazo.
Contudo, isso não significa necessariamente que ela passe pelos pontos de mínimo de todas
essas curvas. Essa situação só ocorre no ponto mínimo da curva de custo médio de longo prazo
(é a única situação em que os mínimos de longo e curto prazo se encontram). É o ponto O da
figura abaixo:
Gabarito: Errado
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LISTA DE QUESTÕES
1. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)
Um indivíduo resolve abrir uma pequena empresa, para isso, demite-se do trabalho no qual
ganhava um salário de R$ 2.000,00 e utiliza um imóvel que já possuía e pelo qual recebia um
aluguel de R$ 1.000,00. No primeiro ano de funcionamento da empresa, obteve receitas de R$
40.000,00 e os custos totalizaram R$ 10.000,00. Diante dessas informações e desconsiderando
o 13º salário, ele obteve, nesse primeiro ano, um
a) lucro econômico de R$ 6.000,00.
b) prejuízo econômico de R$ 12.000,00.
c) prejuízo econômico de R$ 6.000,00.
d) lucro econômico de R$ 18.000,00.
e) lucro econômico de R$ 30.000,00.
2. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Economista Júnior)
A Figura abaixo mostra a curva de custo total médio de certa empresa, como função do nível
de produção q.
Se a empresa estiver produzindo em um nível maior do que q*, diz-se que está num ponto com
a) economias de escala
b) deseconomias de escala
c) economias de escopo
d) capacidade ociosa
e) custo médio mínimo
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3. (2018/CEBRASPE-CESPE/FUB/Economista)
Em relação à teoria da firma, julgue o item subsequente.
Quando a curva de custo marginal for crescente, as curvas de custo médio total e custo médio
variável serão crescentes.
5. (2019/FGV/DPE RJ/Economia)
A figura abaixo ilustra algumas isoquantas de uma determinada função de produção de uma
firma. A isoquanta Q = 20 representa as combinações dos insumos capital e trabalho
necessárias à produção de 20 unidades do produto.
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6. (2015/FCC/TCE-AM - Auditor)
Instrução: Para responder à questão, considere a tabela, a seguir, que apresenta o custo total e
a receita total de uma firma competitiva:
Quantidade (em unidades) Receita Total Custo Total
1 R$ 90,00 R$ 10,00
2 R$ 170,00 R$ 30,00
3 R$ 240,00 R$ 60,00
4 R$ 300,00 R$ 100,00
5 R$ 350,00 R$ 150,00
6 R$ 390,00 R$ 210,00
7 R$ 420,00 R$ 280,00
O custo marginal de produzir a sexta unidade será de
a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.
7. (2014/IDECAN/SEP PR/Contador)
A estrutura de custos de uma empresa depende de um componente fixo e variável. Assim, os
custos médios são a soma dos custos fixos e variáveis médios. Nesse sentido, o custo variável
médio mínimo pode ser obtido
a) na área calculada abaixo da curva de custo marginal.
b) no mesmo ponto no qual o custo fixo médio atinge o seu menor valor.
c) no ponto em que o custo marginal intercepta a curva de custo total médio.
d) quando a variação de custo variável médio passa de negativa para nula, quando uma unidade
adicional é produzida.
e) como a soma do custo de produzir cada unidade adicional de um bem e multiplicando essa
soma pela quantidade produzida.
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b) a curva de custo marginal intercepta a curva de custo variável médio no ponto de mínimo
desta.
c) os custos variáveis médios são estritamente crescentes à medida que a produção da firma
aumenta.
d) os custos marginais são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.
e) os custos fixos médios são constantes em relação à quantidade produzida pela firma.
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20. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
O valor monetário do custo total de produção (CT) de uma empresa, em determinado período,
é dado pela expressão CT = 10 + q + 0.1q2, onde q é a quantidade produzida no período, e os
parâmetros numéricos estão expressos nas unidades adequadas.
Se q = 10, o valor do custo
a) variável será 5.
b) total de produção será 20.
c) total médio será 3 por unidade produzida.
d) marginal será 7 por unidade produzida.
e) fixo será 20.
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custa R$ 16,00 por unidade. Suponha que a firma deseja escolher as quantidades que vai usar
de cada insumo de modo a produzir 80 unidades do produto ao menor custo possível.
Assinale a opção a seguir que indica quanto a firma deve escolher de cada insumo.
a) x1=400 e x2=16
b) x1=256 e x2=25
c) x1=100 e x2=64
d) x1=16 e x2=400
e) x1=160 e x2=40
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c) (1/q)+[g' (q) - C] = 0
d) (1/q).[g' (q) - C] = 0
e) g'(q)/q = 0
28. (2012/CEBRASPE-CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na análise das estruturas de mercado, crucial para o entendimento da formação dos
preços nos diferentes setores da economia, julgue (C ou E) o item subsequente.
Alegar que as escolas públicas brasileiras, por serem muito pequenas, apresentam custos
médios elevados é um raciocínio consistente com a existência de economias de escala na
produção do ensino público.
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30. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Engenheiro)
Um processo de produção apresenta economias de escala se, ao aumentar a produção, o(s)
a) lucro da empresa aumentar.
b) custos marginais aumentarem.
c) custos totais diminuírem.
d) custos médios diminuírem.
e) custos fixos diminuírem.
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33. (2016/FCC/ALMS/Economista)
No curto prazo, os custos que emergem de recursos invariáveis e os custos de insumos que
podem variar com a quantidade produzida são denominados, respectivamente,
a) custo de oportunidade e custos variáveis.
b) custos explícitos e custos implícitos.
c) custos fixos e custos variáveis.
d) custos fixos e custo de oportunidade.
e) custos variáveis e custos fixos.
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c) implícitos.
d) variáveis.
e) de oportunidade.
38. (2016/AOCP/JF/Economista)
Sobre a relação existente entre as curvas de custo variável médio (CVMe), custo total médio
(CTMe) e custo marginal (CMg) das empresas no curto prazo, assinale a alternativa correta.
a) O CVMe e o CTMe eleva-se à medida que a produção aumenta.
b) O CVMe mínimo ocorre em um nível de produção mais elevado que o CTMe mínimo.
c) A curva de CMg passa sobre o ponto mínimo tanto da curva de CVMe quanto da curva de
CTMe.
d) Se o CVMe é decrescente, então o CMg é maior que o CVMe.
e) A área abaixo da curva de CMg até q unidades de produção fornece o CTMe de se produzir
q unidades de produto.
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b) a curva de custo médio cruza a curva de custo marginal no ponto de mínimo desta.
c) todas as curvas de custo médio de curto prazo tocam a curva de custo médio de longo prazo
no ponto de mínimo das primeiras, se houver retorno constante de escala.
d) a área abaixo da curva de custo fixo média é igual ao total do custo variável.
e) no problema de minimização de custos, a taxa marginal de substituição técnica deve ser igual
aos preços dos insumos no caso de tecnologia de complementos perfeitos.
a) b)
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c) e)
d)
45. (2015/CEBRASPE-CESPE/MPOG/Economista)
A função de produção de uma firma é expressa por Y=5K1/3×L2/3, em que Y é a quantidade
produzida do bem homogêneo, K é o estoque de capital e L é a quantidade de trabalho.
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Supondo que a firma opere em um mercado em que os preços do insumo capital e do insumo
trabalho, em unidades monetárias, sejam r = 2 e w = 4 respectivamente, julgue o item seguinte
a respeito desse mercado.
O preço de equilíbrio desse mercado é igual a 1,2 unidade monetária.
GABARITO
1. C 17. E 33. C
2. B 18. B 34. C
3. E 19. C 35. C
4. D 20. C 36. C
5. B 21. E 37. D
6. D 22. C 38. C
7. D 23. E 39. C
8. B 24. B 40. C
9. B 25. E 41. A
10. C 26. E 42. C
11. E 27. B 43. B
12. C 28. C 44. E
13. D 29. D 45. C
14. D 30. D 46. E
15. E 31. C
16. A 32. B
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