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Aula 06

Prefeitura Municipal de João Pessoa-PB


(Auditor Fiscal) Economia e Finanças
Públicas - 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Celso Natale

23 de Agosto de 2022

40181815826 - Flávio Ricardo Cirino


Celso Natale
Aula 06

SUMÁRIO

Introdução................................................................................................................................................2

1 Concorrência Imperfeita ...................................................................................................................3

2 Concorrência Monopolística ............................................................................................................4

2.1 Formas de Diferenciação ...........................................................................................................5

2.2 Equilíbrio no curto prazo............................................................................................................6

2.3 Equilíbrio no longo prazo ..........................................................................................................7

3 Oligopólio ........................................................................................................................................ 10

3.1 Modelo de Cournot (quantidade) .......................................................................................... 12

Função de reação e quantidade de equilíbrio de Cournot .......................................................... 15

3.2 Modelo de Bertrand (preço) ................................................................................................... 22

3.3 Modelo de Stackelberg (primeiro em quantidade) ............................................................. 23

Função de reação e quantidade de equilíbrio de Stackelberg.................................................... 23

3.4 Modelo de Sweezy (demanda quebrada e rigidez de preços) .......................................... 27

3.5 Cartel (conluio) ......................................................................................................................... 29

4 Análise de concentração................................................................................................................ 30

4.1 Concentração horizontal e vertical ........................................................................................ 30

4.2 Índice de Herfindahl de concentração .................................................................................. 30

Resumo .................................................................................................................................................... 32

Questões comentadas ........................................................................................................................... 33

Lista de Questões ................................................................................................................................... 78

Gabarito ................................................................................................................................................... 96

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INTRODUÇÃO
Saudações!

Aproximando-nos do final da parte de Microeconomia, acredito que você está em estágio muito
diferente de quando começamos.

Esta aula tem um aspecto derradeiro: finalizaremos aqui as estruturas de mercado.

Já estudamos as duas estruturas extremas de mercado: de um lado, o monopólio, onde um único


produtor é capaz de influenciar os preços de todo o mercado; de outro lado, a concorrência
perfeita, onde há tantas firmas que nenhuma delas tem, individualmente, qualquer poder de
mercado.

As estruturas que veremos agora estão em algum lugar entre os dois extremos daquelas que
conhecemos.

Sobre a aula, garanto-lhe que será interessantíssima. Se a concorrência perfeita e o monopólio


são inexistentes na “vida real”, a concorrência monopolística e o oligopólio estão muito presentes
no nosso cotidiano.

Claro que a dificuldade estará presente. Afinal, quando o treinamento é duro, o combate é fácil.

Não deixe de praticar muito! Apenas isso irá consolidar seu conhecimento.

E se tiver qualquer dúvida, fale comigo!

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1 CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
Perfeito é aquilo que não tem falhas.

A concorrência perfeita, que conhecemos anteriormente, é uma estrutura de mercado sem


falhas, no sentido de que esse mercado possui todas as características consideradas desejáveis
para que a concorrência ocorra de forma a gerar a máxima eficiência.

Lembra quais são essas características?

Sem
Informação
barreiras à
completa
entrada

Mercado Produto
atomizado homogêneo
Concorrência
Perfeita

Sendo assim, se uma das características estiver faltando, já era a tal “perfeição”.

Um mercado, por exemplo, onde há barreiras de entrada, ou onde há poucos vendedores. ou


onde o produto é heterogêneo, não é uma concorrência perfeita: ele será uma concorrência
imperfeita.

A concorrência imperfeita, portanto, pode assumir diversas formas, dependendo da


característica faltante que a afasta da perfeição, em direção ao monopólio.

Concorrência Concorrência Monopólios


Perfeita Imperfeita

• Produto • Falta ao menos • Só informação


homogêneo uma das completa
• Ausência de características.
barreiras
• Informação
completa
• Muitos
vendedores
• Muitos
compradores

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Portanto, a concorrência é uma estrutura intermediária, e tem subestruturas dependendo da


característica faltante.

Vamos começar a falar mais profundamente sobre elas.

2 CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
▶ INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

A concorrência monopolística é parecida com a concorrência perfeita, mas os produtos


ofertados pelos vários produtores possuem diferenciação.

Sendo assim, a concorrência monopolística (ou “concorrência monopolista”, como aparece com
menor frequência), é assim:

Sem
Informação
barreiras à
completa
entrada

Mercado Produto
atomizado homogêneo
Concorrência
Imperfeita

Isso significa que cada empresa vende uma marca - cuja qualidade, aparência ou percepção do
consumidor é diferenciada - e com isso detém certo poder de mercado. Na verdade, essa é a
única forma de uma empresa nesse tipo de estrutura conseguir algum poder de mercado.

Se os consumidores considerassem os produtos idênticos (homogêneos), estaríamos diante de


uma concorrência perfeita, que é marcada pela existência de muitos produtos que, se não
idênticos, possuem substitutos próximos.

Se, por outro lado, o produto ofertado pela empresa fosse único, sem substitutos, seria um
monopólio puro – pelo menos no curto prazo, diante da ausência de barreiras.

Então, a concorrência monopolística guarda certa relação com essas duas estruturas.

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Essa é provavelmente a estrutura mais comum e mais difícil de ser analisada em um modelo, pois
estes trabalham com simplificações que não aderem aos detalhes típicos da concorrência
monopolística.

Contudo, é possível descrever suas principais características:

I. As empresas ofertam produtos diferenciados (heterogêneos), substitutos próximos


entre si. Ou seja, a elasticidade-preço cruzada da demanda é alta, mas não infinita, já que
não são substitutos perfeitos. Se assim não fosse, seria uma concorrência perfeita.
II. Não há barreiras relevantes. As empresas podem entrar e sair conforme a atratividade
do mercado. Se assim não fosse, haveria um oligopólio, ou monopólio, a depender do
número de empresas estabelecidas.

Vamos ver as principais formas de diferenciar o produto.

2.1 Formas de Diferenciação

Diferenciar seu produto é algo que as firmas fazem com o objetivo de convencer o consumidor
a pagar mais por ele do que pagaria por um produto simular da concorrência.

Claro que cobrar mais pelo produto é apenas um meio para a real finalidade: lucro.

Costuma-se separar em três as formas de diferenciação normalmente adotadas pelas empresas.

 POR TIPO: é o caso de categorias diferentes de um mesmo produto. Como comida


(japonesa, pizza, hambúrguer) ou livros (mistério, romance, didático). A intenção do
produtor é capturar os consumidores que têm preferências por um tipo específico de bem
e, assim, pode cobrar um pouco mais por isso.
 POR LUGAR: o produto é diferenciado pela sua localização que, por gerar comodidade
aos consumidores, permite cobrar um sobrepreço. Exemplos: papelarias em frente às
escolas, postos dentro da cidade, farmácias em hospitais, etc.
 POR QUALIDADE: Aqui é bem simples; os produtos de maior qualidade são vendidos
por maiores preços, os de qualidade inferior são vendidos mais baratos.

Também é possível combinar as formas, é claro, já que além de seus gostos peculiares (tipo) os
consumidores em geral apreciam comodidade (lugar) e qualidade.

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2.2 Equilíbrio no curto prazo

A firma que opera em concorrência monopolística tem poder de monopólio. Afinal, ao


diferenciar seu produto ela consegue influenciar seu preço, não é?

Então, esse poder de mercado se traduz no fato de que, por ter um produto diferenciado, ela
pode aumentar seu preço, e ver a quantidade demandada apenas diminuir, ou vice-versa; ela
pode “brincar” na curva de demanda.

Ou seja, ela não se depara com uma curva infinitamente elástica, como a empresa competitiva.

A curva de demanda da firma monopolisticamente competitiva é decrescente, como no


monopólio.

Dessa forma, ela consegue obter lucro econômico (real) no curto prazo, representado pelo
retângulo cuja altura é a diferença entre preço e custo médio, e a largura é a quantidade que
iguala receita marginal e custo marginal.

Portanto, no curto prazo, a empresa monopolisticamente competitiva funciona como um


monopólio, obtendo lucro positivo. Mas no longo prazo as coisas mudam...

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2.3 Equilíbrio no longo prazo

No longo prazo, os lucros excepcionais da firma monopolisticamente competitiva atraem novos


concorrentes, pois não há barreiras de entrada nesse mercado, sendo essa a semelhança com
a concorrência perfeita e a diferença em relação ao monopólio.

Cada nova firma ofertará um bem substituto próximo, “mordendo um pedaço” da demanda.

Dessa forma, deslocará para dentro a curva de demanda de todas as firmas individuais,
reduzindo os lucros extraordinários.

Isso acontecerá até que a curva de demanda individual tangencie a curva de custo médio,
pois nesse ponto as firmas não estarão mais percebendo lucro e, portanto, não haverá novas
entrantes. Esse é o equilíbrio do mercado em concorrência monopolística. Veja nos gráficos.

Inicialmente, o equilíbrio de curto prazo:

Então, conforme entram novas empresas, a curva de receita média e preço RMe(p) vai descendo
até tangenciar a curva de custo médio CMe:

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Note, contudo, que o preço de equilíbrio de longo prazo da concorrência monopolística é


superior ao custo marginal e, portanto, essa estrutura é ineficiente. Vamos falar mais sobre isso
agora mesmo.

Você sabe que a concorrência perfeita é uma estrutura eficiente, não é? Isso porque na
concorrência perfeita, todas as transações que poderiam ocorrer, ocorrem efetivamente, e assim
tanto produtor quanto consumidor maximizam seus excedentes, e o excedente total do mercado
é máximo.

Portanto, quero que você compare o equilíbrio de longo prazo da concorrência monopolística
com a concorrência perfeita:

Em primeiro lugar, perceba que a firma monopolisticamente competitiva não minimiza seu custo
médio (como ocorre na concorrência perfeita), indicando que ela poderia estar produzindo mais

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por menos, ou seja, as firmas monopolisticamente competitivas operam com capacidade


ociosa.

Além disso, na concorrência perfeita ocorrem mais transações (qCP>qCM), de forma que todos
os excedentes que poderiam ser proporcionados com as transações entre q CM e qCp
simplesmente não ocorrem, de forma que podemos medir o peso morto (PM) pela área
sombreada abaixo:

Portanto, a área PM representa a perda de excedente e mensura a ineficiência da concorrência


monopolística.

Por fim, a firma mantém seu poder de monopólio mesmo no longo prazo, embora tenha lucro
econômico zero.

Faremos, ao final da aula, questões sobre concorrência monopolística.

Agora vamos àquela que considero a estrutura mais interessante.

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3 OLIGOPÓLIO
▲ INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA

O oligopólio é minha estrutura de mercado favorita.

Além de serem mais presentes em nosso dia-a-dia, os oligopólios tomam decisões muito mais
complexas que as empresas competitivas, que são tomadoras de preços, e que os monopólios,
que tomam suas decisões levando em conta a curva de demanda e seus custos.

Você já vai entender.

O oligopólio tem por característica a existência de poucas empresas dominando o mercado.

Nos oligopólios, as empresas têm alguma concorrência entre si, mas não são tomadoras de
preços, pois detêm algum poder de mercado.

Alguns exemplos: Azul, Gol e Latam na aviação civil; Vivo, Tim, Claro e Oi na telefonia; Coca-Cola
Company e Pepsico em refrigerantes; Carrefour, Extra e Wal-Mart em hipermercados; Mercearia
do Zé e Mercadinho do João na pequena cidade de 2.000 habitantes.

Note que um oligopólio pode ter várias empresas, mas apenas algumas delas dominarão grande
parte do mercado.

Eles também surgem pela existência de barreiras de entrada. Desde economias de escala que
podem tornar o mercado proibitivo para novas empresas, até patentes ou concessões do Estado.

Além disso, oligopolistas também podem adotar ações estratégicas – consideradas barreiras de
entrada não naturais – para desestimular a entrada de determinada empresa, como a política de
preços-limite, que consiste em praticar os maiores preços que as firmas podem estabelecer sem
atrair a entrada de novos concorrentes.

Estou falando bastantes coisas, né? Mas não se preocupe; tem um resumo logo adiante. Permita-
nos continuar...

Os oligopolistas, portanto, precisam se preocupar não apenas com suas curvas de custos e
demanda, mas também com as decisões de seus concorrentes atuais. Essas decisões
complexas decorrem do fato de que a existência de poucos concorrentes significa que cada ação
pode ter uma [forte] reação, que deve ser considerada pela firma oligopolista.

Por fim, no oligopólio, os produtos podem ou não ser diferenciados. Daqui em diante, iremos
considerar que os produtos são homogêneos (não diferenciados), pois essa simplificação é
suficiente e necessária ao desenvolvimento da aula e à resolução das questões de concurso.

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CARACTERÍSTICA DO MERCADO OLIGOPOLISTA

Poucas firmas dominam a produção;


Ações estratégicas; devem considerar a reação dos concorrentes;
Os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados;
Há barreiras de entrada relevantes;
barreiras naturais: economias de escala, diferenciais tecnológicos,
patentes, etc.
barreiras não naturais: estratégias e políticas de prevenção à entrada.

A forma como os oligopolistas interagem suas estratégias define o modelo de oligopólio. Nesta
aula, veremos os seguintes modelos:

Modelo de Cournot
Modelo de Bertrand
Modelo de Stackelberg
Modelo de Sweezy
Cartel
Entramos naquela que é, provavelmente, a parte mais difícil de nossas aulas de Microeconomia.
Além de utilizarmos conceitos aprendidos desde a primeira aula, não é simples aprender todos
os modelos e seus significados.

Mas tenho uma dica: abordaremos os modelos começando pelos mais importantes, ou seja,
aqueles mais cobrados em provas.

Então, dê atenção especial aos modelos de Cournot ( ), Bertrand ( ), Cartel ( )e


Stackelberg ( ). O modelo de Sweezy será abordado para que sua preparação seja completa,
mas é bem menos cobrado que os demais.

Uma observação adicional: nos modelos a seguir adotaremos uma forma simplificada de
oligopólio: o duopólio. Nesse mercado, há apenas duas empresas competindo, de forma que

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cada uma delas toma suas decisões levando em consideração as reações de seu único
concorrente.

As conclusões encontradas se aplicarão aos demais oligopólios.

Além disso, a cobrança das bancas não exige nada mais do que isso.

3.1 Modelo de Cournot (quantidade)

Proposto no século XIX por Augustin Cournot, esse modelo supõe (premissas, portanto) que as
firmas duopolistas:

 Produzem produtos homogêneos;


 Decidem a quantidade produzida simultaneamente;
 Consideram a produção de seu concorrente fixa.
Portanto, a empresa A decidirá quanto produzir de acordo com o que ela acredita que a
empresa B produzirá, e vice-versa. Ela fará isso porque sabe que os duopolistas têm de dividir a
demanda do mercado entre si.

A palavra-chave para do modelo de Cournot é QUANTIDADE.

Então, permita-me um pequeno mnemônico que vai te ajudar a dominar e relembrar dessa aula
inteira, vai ser aquele gatilho para o restante se organizar:

Cournot = Countidade
Vamos ao esclarecedor exemplo.

Digamos que o mercado de sal é dominado pelas empresas Sal Cisne e Sal Lebre,
especialmente escolhidas por produzirem um bem homogêneo, apesar de estarmos ignorando
o fato de que existem outras produtoras de sal.

Suponha que, por um motivo qualquer, a Cisne acredite que a Lebre nada produzirá.

Se esse for o caso, a Cisne sabe que a demanda do mercado será todinha sua; sua curva de
demanda será a curva de demanda do mercado. Vamos considerar, para simplificar, que seu
custo marginal é constante.

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No exemplo acima, a quantidade produzida pela Cisne será de 100 (cem mil toneladas, se
preferir). Simplesmente porque ela estará agindo como monopolista.

Contudo, caso a Cisne acredite que a Lebre produzirá 100, isso significa que a curva de demanda
da Cisne será deslocada 100 unidades para a esquerda, representando a divisão do mercado
entre os duopolistas. Façamos as modificações no gráfico abaixo:

Aí está: agora, a Cisne maximizará seu lucro produzindo 50 unidades.

Por fim, digamos que a Sal Cisne acredite que a Sal Lebre produzirá 200 unidades. Isso significa
mais um deslocamento de 100 unidades para a esquerda (em relação ao último gráfico).

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Opa! A crença de que a Lebre produzirá 200 unidades leva a Cisne a curvas de demanda e de
receita marginal que interceptam a curva de custo marginal no eixo vertical. Isso significa que a
Cisne não produzirá nada.

Mas eu disse que elas definem simultaneamente, não foi? Então, vamos ver como fica quando
levamos em conta as decisões que a Lebre fará baseadas no que ela pensa que a Cisne fará.

Essas três suposições nos levam a conclusão de que a quantidade que maximiza os lucros do
oligopolista é função decrescente da quantidade que ele acredita que seus concorrentes
produzirão. Isso é chamado de curva de reação. Elas nos mostram qual quantidade cada
empresa produzirá, levando em conta a quantidade que ela acredita que seu concorrente
produzirá.

Já conhecemos a curva de reação da Cisne – que pudemos extrair das três suposições que
fizemos – e agora iremos arbitrar alguns valores para desenhar a curva da reação da Lebre. Dessa
forma, temos o gráfico abaixo:

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O equilíbrio do duopólio de Cournot se dará, então, no ponto de intersecção entre as curvas de


reação – com 150 unidades, em nosso exemplo. Essa situação, portanto, é um Equilíbrio Nash,
ou seja, cada firma está fazendo o melhor que pode diante do que está fazendo seu concorrente.

EQUILÍBRIO DE NASH

Conceito desenvolvido no âmbito da Teoria dos Jogos por John Nash e


relacionado com a tomada de decisões de dois jogadores (empresas).

Dizemos que uma situação está em equilíbrio de Nash quando cada jogador
está fazendo a melhor escolha possível dada a escolha do outro jogador.

No nosso exemplo, quando a empresa 2 produz 75 unidades o melhor que a


empresa 1 tem a fazer é produzir 75 unidades, e quando a empresa 1 produz 75
unidades o melhor que a empresa 2 tem a fazer é produzir 75 unidades.

Por isso a situação é um equilíbrio de Nash: não há incentivo para nenhuma das
empresas mudar sua decisão.

Contudo, o oligopólio de Cournot não se move em direção ao equilíbrio. Em outras palavras,


caso uma das empresas esteja produzindo uma quantidade diferente da quantidade de
equilíbrio, nada garante que ele virá a ocorrer, devido à hipótese de quantidade fixas, da qual
falamos no início.

Concluímos, então, que o modelo só faz sentido para firmas que já estejam em equilíbrio.

Função de reação e quantidade de equilíbrio de Cournot


▼ INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA

O que faremos agora é um exercício algébrico para determinar preço (para as duas empresas) e
quantidade de equilíbrio em um duopólio de Cournot.

Essa “parte matemática” do oligopólio é rara de ser cobrada. Cerca de 1 a cada


10 questões sobre oligopólio exigem algum tipo de tratamento matemático, e
oligopólio já não é dos assuntos mais frequentes.

Portanto, leve essa parte da aula como aquele diferencial, e não como algo
crítico. Sendo prático: não fique emperrado aqui! Se não entender, continue.
Depois tente de novo na revisão, mas sem obsessão...

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Além disso, como de costume, serei bastante detalhista, porque prefiro presumir
que você ou não sabe ou não lembra algumas regras de álgebra, então se
domina essa parte matemática pode pular os parágrafos entre cada equação, ok?
Talvez até queira ir para o final desta parte da aula.

Vamos lá!

Digamos que os duopolistas 1 e 2 se defrontem com a seguinte curva de demanda inversa de


mercado:

p=90-q

Onde q é a quantidade total do mercado, resultante da soma da quantidade produzida pela


empresa 1 (q1) com a quantidade produzida pela empresa 2 (q). Então, como “q=q1+q2”:

p=90–(q1+q2)

Dessa forma, a receita total da firma 1 será igual ao preço de mercado multiplicado por sua
quantidade:

RT1=p.q1

Substituindo “p” por “90-q”:

RT1=q1.(90-q1-q2)

RT1=90q1-q12-q1.q2

Como descobrimos a função de receita total, podemos derivá-la para descobrir a receita
marginal da firma 1:

RMg1=90-2q1-q2

Agora, digamos que ambas têm custo marginal constante e nulo:

CMg1=CMg2=0

Igualando RMg1 ao CMg, que é igual a zero, chegamos a:

RMg1=CMg

90-2q1-q2=0

Agora, isolando q1 obtemos a curva de reação da firma 1, ou seja, a quantidade que a firma 1
produzirá em função do que a firma 2 produz:

90-2q1-q2=0 ...somamos 2q1 dos dois lados...

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90-q2=2q1 ...dividimos os dois lados por 2...

90-q2
q1 =
2
q2
q1 =45-
2

Muito bem! Essa é a curva de reação da firma 1.

Se ela acreditar, por exemplo, que a firma 2 produzirá 50 unidades, a firma 1 produzirá 20
unidades. Se acreditar que sua concorrente produzirá 10 unidades, produzirá 40 unidades. E
assim por diante.

Como as firmas são idênticas, a firma 2 terá a seguinte curva de reação:

q1
q2 =45-
2

Para descobrirmos a quantidade de equilíbrio, vamos substituir q 2 pelo lado direito da equação
acima, na curva de reação da firma 1:

q1
(45- )
q1 =45- 2
2

Vamos resolver:

q
(45 - 1 )
q1 = 45 - 2
...multiplicamos tudo por 2...
2
q1
2q1 =90-(45- ) ...tiramos os parênteses (atenção ao jogo de sinais)...
2

q1
2q1 =90-45+ ...multiplicamos tudo por 2, de novo...
2

4q1 =180-90+q1 ...subtraímos q1 dos dois lados...

3q1 =180-90 ...resolvemos a subtração...

3q1 =90 ...por fim, dividimos os dois lados por 3...

q1 = 30

Se 30 é a quantidade produzida pela empresa 1, e ambas produzirão a mesma quantidade


(afinal, são idênticas), a quantidade de equilíbrio deste oligopólio de Cournot será 60 unidades.

Ah sim! O preço de equilíbrio será p=90-q, ou seja, p=30. Terminamos.

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Eu comecei com um exemplo prático, fornecendo a função de demanda e definindo com custo
marginal como nulo. Assim é menos difícil começar, né?

Mas agora convém definirmos de forma mais genérica uma equação que nos permita identificar,
de forma mais geral, preço e quantidade de equilíbrio no modelo de Cournot.

PREÇO E QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO NO MODELO DE COURNOT

Em primeiro lugar, vamos definir uma função de demanda inversa genérica, deste jeito:

p = a – b.q

Onde “p” é o preço, “q” é a quantidade, e “a” e “b” são dois valores quaisquer (para ser mais
preciso, “a” é o intercepto vertical da curva de demanda, enquanto “b” é o coeficiente angular
(a inclinação da curva).

Até aí tudo bem? Vamos prosseguir...

Como vamos supor que existem apenas duas empresas (empresa 1 e empresa 2), teremos
novamente “q=q1+q2”, e dessa forma nossa função de demanda genérica se torna:

p = a – b.(q1+q2)

Muito bem! Agora vamos olhar as coisas do ponto de vista da empresa 1. A receita total (RT)
de qualquer empresa é o preço multiplicado pela quantidade que ela produz, certo? Sendo
assim, para a empresa 1, teremos:

RT1 = p . q1

E trocando “p” pela função que definimos:

RT1 = [ a – b.(q1+q2) ]. q1

Começamos resolvendo os parênteses, aplicando a distributiva em “b”:

RT1 = [ a – b.q1 – b.q2 ]. q1

E agora os colchetes, aplicando a distributiva em “q 1”:

RT1 = q1.a – b.q12 – b.q1.q2

Sendo assim, acabamos de definir a função de receita total da empresa 1, e com ela podemos
obter a receita marginal, derivando em relação a “q 1”:

RMg1 = a – 2.b.q1 – b.q2

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Se supusermos que o custo marginal é nulo (algo necessário ao propósito de uma fórmula
simples), teremos que a condição de maximização RMg=CMg será:

a – 2.b.q1 – b.q2 = 0

Segura aí essa equação!

O que queremos descobrir é qual será a quantidade produzida pela empresa 1 (q 1) em função
da quantidade produzida pela empresa 2 (q2), lembra? Então, quero isolar “q1”.

a – 2.b.q1 – b.q2 = 0

Começo apenas invertendo os lados e retirando os pontos (não precisamos deles):

a – 2bq1 – bq2 = 0

Agora, vou trocar “2bq1” de lado:

a – bq2 = 2bq1

E para deixar “q1” sozinho, vou trocar “2b” de lado:

a – bq2
=q1
2b

E apenas invertendo lado esquerdo com lado direito, teremos a função de reação da empresa
1, ou seja, a forma como ela reage à quantidade produzida pela empresa 2, e que determina
sua curva de reação:

a – bq2
q1 =
2b

Se repetir o mesmo procedimento para a empresa 2, teremos o seguinte:

a – bq1
q2 =
2b

Mas de nada adianta se tivermos duas incógnitas (q1 e q2), não é? Por sorte, podemos substituir
“q2” na equação de cima (azul escuro) pelo lado direito da equação de baixo, deste jeito:

a+bq1
a – b( )
2b
q1 =
2b

Aplicando a distributiva em “b”, teremos:

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2
ab+b q1
a–
q1 = 2b
2b

Para poder juntar o “a” com o resto da turma, vou multiplicá-lo por “2b/2b”:

2
2b ab+b q1
a. –
q1 = 2b 2b
2b

E resolvendo a multiplicação:

2
2ab ab+b q1

q1 = 2b 2b
2b

E isso é a mesma coisa que:

2
2ab – ab + b q1
q1 = 2b
2b

Quero lembrar, agora, que dividir por um número é o mesmo que multiplicar por seu inverso.
Sendo assim, dividir por 2b é o mesmo que multiplicar por “1/2b”:

2
2ab – ab + b q1 1
q1 = .
2.b 2.b

E resolvendo essa multiplicação (numerador multiplica numerador, denominador multiplica


denominador):

2
2ab – ab + b q1
q1 = 2
4.b

Vou apenas separa o “b” do denominador, afinal “b 2=b.b”:

2
2ab – ab + b q1
q1 =
4.b.b

E agora posso dividir todos os termos do numerador por “b”:

2a – a + bq1
q1 =
4.b

Trocando o “4b” de lado:

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4bq1 = 2a – a + bq1

Trocando “bq1” de lado:

3bq1 = 2a – a

E resolvendo a subtração do lado direito:

3bq1 = a

Para finalizar, troco o “3b” de lado:

q1 = a/3b

Se fizemos o mesmo para a empresa 2, chegaremos a:

q2 = a/3b

E como q=q1+q2:

a a
q= +
3b 3b

q = 2a/3b

Por fim, definimos que o preço seria algo como:

p = a – b.q

E agora que temos um valor para “q”, teremos:

2a
p = a – b.
3b

Multiplicando “b”:

2ab
p=a–
3b

E resolvendo a divisão por “b”:

2a
p=a–
3

Multiplicando “a” por “3/3”:

3a 2a
p= –
3 3

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E, finalmente resolvendo essa subtração:

p = a/3

Agora, as fórmulas que você pode guardar:

q1 = a/3b

q2 = a/3b

q = 2a/3b

p = a/3
Aviso: as fórmulas só funcionarão se estiverem presentes as premissas que fizemos no início,
incluindo o custo marginal nulo.

Desafio: que tal testar as fórmulas na função “p = 90–q” para ver se você chega aos mesmos
números que cheguei? Lembrando que, nesse caso, “a=90” e “b=3”.

3.2 Modelo de Bertrand (preço)

As hipóteses básicas do modelo de Bertrand são semelhantes àquelas que vimos no modelo de
Cournot, com a diferença que as empresas não determinam suas quantidades produzidas, e sim
seus preços. As firmas:

 Produzem produtos homogêneos;


 Decidem seus preços simultaneamente;
 Consideram o preço de seu concorrente fixo.
O fato de os oligopolistas decidirem o preço que cobrarão (e não a quantidade) muda
completamente o resultado do mercado. Quer ver?

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Desta vez, imagine que há apenas dois postos de combustíveis vizinhos (Ipiranga e Petrobrás)
em uma pequena cidade qualquer. Suponha ainda que essas empresas irão competir honesta e
francamente, ou seja, não combinarão preços.

Caso o dono do Ipiranga decida colocar no letreiro na frente do seu posto “Gasolina: R$4,659”,
e o dono do Petrobrás coloque (Gasolina: R$4,549), evidentemente todos os consumidores
abastecerão no último, já que o produto é idêntico.

O posto Ipiranga diminuiria seu preço novamente, para obter a totalidade do mercado para si!

Essa situação é idêntica ao que ocorre no mercado competitivo, lembra-se? Significa que as
empresas reduzirão seus preços até o igualarem aos seus custos médios e, portanto, o lucro
econômico desse mercado será zero – assim como na concorrência perfeita.

Conclusão: o oligopólio de Bertrand leva ao mesmo resultado que a concorrência perfeita, com
preço e custo marginal iguais.

3.3 Modelo de Stackelberg (primeiro em quantidade)

No modelo de Cournot, vimos um mercado oligopolista onde as decisões de produção são


tomadas simultaneamente.

Agora, veremos o que acontece se um dos produtores puder decidir primeiro quanto irá
produzir, levando em consideração a possível reação de seu concorrente.

Será que isso é uma vantagem?

Sim. Isso é uma vantagem que permitirá à empresa líder, aquela que produz primeiro, obter
maiores lucros que a empresa seguidora.

O modelo de Stackelberg faz mais sentido do que o modelo de Cournot quando uma das
empresas é maior, dispondo de recursos para ser mais rápida em produzir, liderando o mercado.

Por outro lado, em mercados dominados por oligopolistas mais parecidos, o modelo de Cournot
é mais conveniente.

Função de reação e quantidade de equilíbrio de Stackelberg

Mais uma vez, serei detalhista, então pode ir ao seu próprio ritmo nesta parte da aula.

Chamaremos a empresa líder de empresa 1 e a seguidora de empresa 2.

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Mais uma vez, podemos definir que o preço de mercado (p) será função da quantidade
produzida pelas duas empresas, onde “a” e “b” são dois valores quaisquer que ajudam a definir
a função de demanda:

p = a – b . (q1 + q2)

Vamos supor, como simplificação do modelo, que o custo é nulo, então o lucro será igual à
receita, e assim o lucro total da empresa 1 (LT 1) será igual à receita total (RT1), ou seja, igual ao
preço (p) multiplicado pela quantidade que ela produzir (q 1):

LT1 = q1. p

Usando a função de demanda no lugar do preço:

LT1 = q1 . [ a – b . (q1 + q2) ]

Resolvendo primeiro os parênteses:

LT1 = q1 . [ a – bq1 – bq2 ]

E agora os colchetes:

LT1 = aq1 – bq12 – bq1q2

Segura essa equação um pouco.

Coloque-se agora no lugar da empresa 2, que saberá com certeza a quantidade ofertada pela
empresa 1 e, portanto, reagirá a essa quantidade exatamente como determinado pela curva de
reação vista no modelo de Cournot:

a – bq1
q2 =
2b

Agora, colocarmos o lado direito da equação acima no lugar de “q 2” na função de lucro, para
ficarmos com apenas uma variável:
a – bq1
LT1 =aq1 –bq1 2 – bq1 ( )
2b

Resolvendo com a distributiva em “bq1”:


2
2
abq1 + b q1 2
LT1 = aq1 – bq1 –
2b
Resolvendo a divisão por “b” na fração:

aq1 + bq1 2
LT1 = aq1 – bq1 2 –
2
Apenas separando os termos aditivos em duas frações:

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aq1 bq1 2
2
LT1 = aq1 – bq1 – +
2 2
Posso agora resolver a subtração e a soma:

aq1 bq1 2
LT1 = –
2 2

Pronto! Essa é a função de Lucro Total e Receita Total. Como para obter a Receita Marginal só
precisamos derivar, é o que faremos:

RMg = a/2 – bq1

Como definimos que o custo é zero, o custo marginal também é zero, e o lucro será máximo
quando a receita marginal for igual ao custo marginal (zero):

a/2 – b.q1 = 0

Mudando “b.q1” de lado:

a/2 = b.q1

E, por fim, voltando o “b” sozinho:

a/2b=q1

Portanto, concluímos que a quantidade q1 oferecida pela empresa 1 (líder) será:

q1=a/2b

Com isso, podemos chegar à quantidade oferecida pela empresa 2 (seguidora), colocando a
função acima na curva de reação da empresa 2:

a – b.q1
q2 =
2b

Deste jeito:

a
a – b.
q2 = 2b
2b

Vou trocar o “2b” de lado, só para deixar mais claro o que farei com o lado direito da equação:

a
2b.q2 = a – b.
2b

Agora, resolvo a multiplicação de “b”:

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ab
2.b.q2 = a –
2b

E elimino o “b” que está no numerador e denominador:

a
2.b.q2 = a –
2

Resolvendo a subtração do lado direito:

a
2.b.q2 =
2

Por fim, volto “2b” para o lado direito:

a
q2 =
2.2.b

Resolvendo, chego ao resultado que queríamos – a quantidade que a firma 2 produzirá:

q2=a/4b

Sendo assim, a quantidade total produzida nesse mercado será:

q= q1 + q2

Colocando as equações no lugar:

a a
q= +
2.b 4.b

Multiplico “a/2b” por “2/2” para ficar igualar os denominadores:

2a a
q= +
4.b 4.b

Posso simplesmente somar o numerador, já que o denominador é igual:

3a
q=
4b

E o preço de equilíbrio do duopólio será:

p = a – b.q

Colocando a quantidade “q” que acabamos de descobrir:

3a
p = a–b.
4b

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Multiplicando “b”:

3a
p = a–
4

E multiplicando a por “4/4” para igualar os denominadores:

4a 3a
p= –
4 4
a
p=
4

p = a/4

Dessa forma, podemos definir o equilíbrio no oligopólio de Stackelberg graficamente, e, mais


interessante, compará-lo com o equilíbrio de Cournot, ou seja, compreendermos que diferença
faz quanto uma empresa é líder e a outra seguidora:

Portanto, concluímos que no oligopólio de Stackelberg a quantidade total ofertada é superior à


quantidade total ofertada no oligopólio de Cournot ( 3a/4b > 2a/3b).

3.4 Modelo de Sweezy (demanda quebrada e rigidez de preços)

O modelo de demanda quebrada explica por que há rigidez de preços nos oligopólios, ou seja,
porque os oligopolistas têm receio de aumentar ou diminuir seus preços acima de determinado
nível.

O termo “demanda quebrada” é devido à alteração na inclinação da curva da demanda antes e


depois do nível de preços vigentes.

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O quadro a seguir explica o comportamento do oligopolista individual e os reflexos no mercado:

Diminuição do preço Aumento do preço

Ao reduzir seu preço de p* para p A, a firma Por outro lado, quando aumenta seu preço
oligopolista vê sua quantidade demanda para pB, a firma vê sua quantidade
aumentar pouco, em comparação com o demandada reduzir muito.
grande corte no preço.
Dessa vez, os concorrentes não
Isso ocorre devido à reação dos concorrentes, acompanham o aumento de preço, e a firma
que promovem cortes ainda maiores em seus fica cobrando um preço mais alto que as
preços. demais do mercado.

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Concluindo: o modelo de demanda quebrada trata da estabilidade ou rigidez de preços no


mercado oligopolista.

3.5 Cartel (conluio)

Também chamado de Conluio, o Cartel é um modelo de coalizão, ou seja, tem por característica
a cooperação dos produtores entre si.

Eles combinam preços e quantidades de forma a operar como um monopólio; reduzindo o


excedente do consumidor e fixando o preço acima do custo marginal. O cartel se origina de um
acordo explícito ou tácito.

Assim, todos os membros do cartel têm lucros superiores do que teriam se concorressem entre
si.

Ou seja, as firmas podem combinar expressamente os preços e quantidades que serão


produzidas, ou podem agir nesse sentido sem qualquer formalidade, ou seja, observando os
preços das demais e mantendo o comportamento em conjunto.

Claro que isso só é possível caso os membros do cartel possuam poder de mercado.

Contudo, além de ilegal na maior parte dos países, os cartéis exigem que os oligopolistas sejam
fiéis ao acordo, o que nem sempre se verifica em firmas cujo comportamento já não é dos mais
leais, ou seja, os cartéis precisam de uma estabilidade raramente verificável na prática.

E agora que definimos os modelos de oligopólio, quero que observe o seguinte esquema e tente
lembrar das principais implicações de cada premissa:

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4 ANÁLISE DE CONCENTRAÇÃO
▼ INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA

Esta parte da aula é menos cobrada. Contudo, é relativamente simples de compreender.

Como não precisamos de mais motivos do que esses para aprender algo, vamos em frente para
nosso último (e curto) tópico da aula.

4.1 Concentração horizontal e vertical

A concentração pode assumir duas formas, as quais são cobradas em concursos apenas
conceitualmente, conforme abaixo:

• Concentração horizontal: Associação de empresas que atuam no mesmo ramo, ou seja,


ofertam produtos simulares, com o objetivo de aumentar seu poder de mercado. Ocorrem
por meio de fusões e incorporações ou cartéis.
• Integração vertical: Concentração de empresas que operam em diferentes estágios da
cadeia produtiva de determinado bem. Por exemplo: a união da empresa que extrai
borracha com a empresa que a vulcaniza para fabricar pneus de automóveis.

Tome cuidado com o seguinte: o termo competição pode aparecer como fusão, mas nesse caso
não é no sentido do direito societário.

4.2 Índice de Herfindahl de concentração

O Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH) é uma medida do tamanho das empresas em relação ao


mercado. Assim como o índice de Lerner (se você esqueceu do que se trata, dê uma olhada na
aula sobre Monopólio), é bem simples de calcular, oferecendo uma solução elegante para
mensurar a concentração o mercado.

Ele é simplesmente a soma dos quadrados das participações das empresas:

IHH= ∑ q2i
i=1

Então, vamos ver alguns exemplos:

Exemplo 1: o mercado é dominado por duas firmas (duopolistas), cada um deles com 50% do
mercado.

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IHH=0,502+0,502

IHH=0,25+0,25

IHH=0,5

Exemplo 2: o mercado é dominado por um único monopolista.

IHH=12

IHH=1

Exemplo 3: o mercado é dominado por cinco oligopolistas, com participações de 10, 5, 15, 25
e 45%.

IHH=0,102+0,052+0,152+0,252+0,452

IHH=0,3

Exemplo 4: o mercado é dominado por cinco oligopolistas, com participações de 20% cada um.

IHH=0,202+0,202+0,202+0,202+0,202

IHH=0,2

Observe que o IHH tem por valor máximo 1, verificado quando há um monopólio (exemplo 2).

Quanto mais próximo de zero for o índice, mais competitivo é o mercado. Por isso, apesar de
haver o mesmo número de firmas nos exemplos 3 e 4, o último é mais competitivo, como
resultado das participações mais equilibradas.

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RESUMO
 Concorrência imperfeita é o nome dado às estruturas de mercado onde falta uma ou mais
características da concorrência perfeita, aproximando-a do monopólio.
 A característica faltante pode ser, especialmente, a concentração do mercado ou a
diferenciação do produto.
 Monopólio, oligopólio, concorrência monopolística, monopsônio e oligopsônio são os
principais exemplos de concorrência imperfeita.
 Na concorrência monopolística, há diferenciação dos produtos.
 A diferenciação pode ser por tipo, por lugar e por qualidade.
 No curto prazo, o poder de mercado permite lucros extraordinários em concorrência
monopolística.
 Contudo, a ausência de barreiras de entrada atrai novas firmas, levando o lucro econômico
a zero no longo prazo.
 Na concorrência monopolística, há ineficiência (peso morto) e excesso de capacidade
(capacidade ociosa).
 Oligopólio é a estrutura de mercado na qual poucas empresas dominam a oferta de
determinado bem, devido à existência de barreiras de entrada.
 Os oligopolistas tomam decisões estratégicas sobre preço e quantidade produzida
considerando as decisões de seus concorrentes.
 Os principais modelos de oligopólio são Cournot, Stackelberg, Bertrand e o Cartel.
 O modelo de Cournot é o modelo de concorrência via quantidades determinadas
simultaneamente, onde os oligopolistas levam em conta as curvas de reação.
 O equilíbrio de Nash no modelo de Cournot ocorre quando as curvas de reação se cruzam.
 O modelo de Bertrand é o modelo de concorrência via preços determinados
simultaneamente, onde o equilíbrio é igual à concorrência perfeita: p=Cmg e lucro
econômico zero.
 O modelo de Stackelbeg é o modelo de concorrência via quantidades onde há uma
empresa líder e uma seguidora. A líder tem vantagem e por isso lucra mais.
 O modelo de demanda quebrada (Sweezy) explica por que há rigidez de preços nos
oligopólios por meio da curva de demanda quebrada.
 Cartel é o nome dado quando um grupo de oligopolistas entram em acordo para
cooperar entre si, ou seja, agem em conluio, formam uma coalizão.
 Caso o acordo seja cumprido, eles dividem entre si o resultado de um monopólio.
 O incentivo para descumprir o acordo é maior caso a elasticidade preço da demanda seja
elevada: quem baixar seu preço, leva um grande aumento de vendas.
 O Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH) de concentração é fornecido pela soma do
quadrado das participações de cada empresa.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2019/VUNESP/TRANSERP/Contador)
O mercado é um local em que compradores (demanda) e vendedores (oferta) se encontram
para realizar transações econômicas. Em mercado estruturado com apenas um pequeno
número de firmas, classifica-se como
a) concorrência perfeita.
b) concorrência monopolista.
c) monopólio.
d) monopólio integrado.
e) oligopólio. ==275324==

Comentários:

Na concorrência perfeita e na monopolista temos muitas firmas, enquanto no monopólio temos


apenas uma.

É no oligopólio que existem poucas firmas que dominam o mercado.

Gabarito: “e”

2. (2018/FCC/ALESE/Analista Legislativo - Economia)


Considere o gráfico a seguir, que relaciona preço e quantidade de um dado bem para uma
dada empresa:

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Das informações apresentadas no gráfico, apreendemos que o equilíbrio de longo prazo ocorre
em uma empresa
a) em concorrência perfeita, com o preço de equilíbrio igual ao custo médio.
b) em monopólio natural, com o preço de equilíbrio menor que o custo marginal.
c) monopolisticamente competitiva, com o preço de equilíbrio igual ao custo médio.
d) em um oligopólio com equilíbrio de Cournot, em que o custo marginal é fixo.
e) em um monopólio puro em que se observa o equilíbrio de Nash, em que a quantidade de
equilíbrio é definida pelo encontro entre receita marginal e custo marginal.

Comentários:

Para começar, podemos afirmar que as curvas não são compatíveis com o mercado em
concorrência perfeita, onde a RMg é constante e, portanto, uma linha horizontal. A curva de
demanda individual também é uma linha horizontal. Por isso, a alternativa “a” não pode ser nosso
gabarito.

O monopolista natural, por sua vez, tem custos médios decrescentes, situação incompatível com
o gráfico, sem falar no mark-up (p>CMg), tornando a alternativa “b” errada.

A alternativa “c” está correta: no ponto em que a curva de demanda individual tangencia a curva
de custo médio, as firmas não estarão mais percebendo lucro e, portanto, não haverá novas
entrantes. Esse é o equilíbrio do mercado em concorrência monopolística.

A própria curva de CMg é ascendente, então o CMg não pode ser fixo, como se afirma em “d”.

Por fim, o erro da alternativa “e” é assunto de teoria dos jogos, algo que não tratamos nesta aula,
mas você já pode verificar que temos lucro econômico zero, algo diferente da situação de longo
prazo do monopolista.

Gabarito: “c”

3. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos)


Em relação às estruturas de mercado, é correto afirmar que
a) no oligopólio, há um grande número de pequenas empresas oferecendo produtos
heterogêneos.
b) na concorrência monopolista, há um pequeno número de grandes empresas que oferecem
produtos homogêneos.
c) na concorrência perfeita, o equilíbrio da firma se dá quando o preço de mercado é igual ao
custo marginal da enésima unidade, e o médio está decrescendo.
d) a maximização de lucros de uma empresa monopolista é alcançada em um ponto da curva
de demanda em que o preço é maior que o custo marginal.

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e) não existem monopólios naturais puros, apenas aqueles que são permitidos pela legislação
do país em que estão sediados.

Comentários:

Lembre-se: o poder do monopolista é maior quanto maior for a diferença entre o preço e o
custo marginal no equilíbrio. Por isso, a alternativa “d” é nosso gabarito.

A alternativa “a” está errada, porque os oligopólios podem ter ou não produtos diferenciados,
ainda que os principais modelos considerem produtos homogêneos (não diferenciados).

Em “b”, o problema é que concorrências monopolísticas são caracterizadas por muitas


empresas.

A alternativa “c” estaria correta se falasse que na concorrência perfeita, “o equilíbrio da firma se
dá quando o preço de mercado é igual ao custo marginal da enésima unidade, e o médio está
crescendo”.

Por fim, “e” está errada porque, embora monopólios puros não existam, isso não é resultado de
proibição legal.

Gabarito: “d”

4. (2018/FCC/CLDF/Consultor Legislativo - Regulação Econômica)


Os restaurantes que operam no Distrito Federal, assim como em outras grandes cidades do
País, se caracterizam por trabalharem em mercado do tipo
a) monopólio.
b) concorrência perfeita.
c) oligopólio.
d) concorrência monopolista.
e) cartel.

Comentários:

Diversas características dos restaurantes, em geral, são compatíveis com a concorrência


monopolista, com destaque para a ausência de barreiras relevantes, a grande quantidade de
produtores, a diferenciação de bens que são substitutos próximos e a importância da localização
(que também é uma forma de diferenciação). Sendo assim, “d” é nosso gabarito.

Em cidades pequenas, onde há poucos restaurantes, poderíamos até falar em oligopólio (letra
“c”), e nesse caso talvez pudéssemos falar na possibilidade de cartel (letra “e”), mas essas
alternativas estão distantes de poderem ser consideradas certas.

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Para ser uma concorrência perfeita (letra “b”), precisaríamos de bens homogêneos. E isso não é
verdade no caso de restaurantes, pelos motivos elencados no início do comentário.

Por fim, só o uso do plural em “restaurantes” já desqualifica o monopólio (letra “a”).

Gabarito: “d”

5. (2018/CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas)


A análise das estruturas de mercado fundamenta os efeitos da oferta e da demanda, no
mercado tanto de bens quanto de fatores de produção. Nesse contexto, a persistência de lucros
extraordinários, mesmo no longo prazo,
a) ocorre na concorrência imperfeita.
b) é justificada pela seleção adversa.
c) ocorre no monopólio.
d) ocorre na concorrência perfeita.
e) é justificada pelo paradigma estrutura-conduta-desempenho.

Comentários:

Entre as opções apresentadas, somente no monopólio – em decorrência do poder de mercado


do monopolista e das barreiras à entrada – há persistência de lucros extraordinários mesmo no
longo prazo.

Gabarito: “c”

6. (2018/IBADE/CAERN/Economista)
Dentre as diversas estruturas de mercado, uma delas é conhecida pela homogeneidade de seus
produtos e o livre trânsito das empresas dada a transparência do mercado. Há pleno
conhecimento, pelos compradores e vendedores, de tudo o que se refere às fontes supridoras,
ao processo de produção em si, aos níveis de oferta e etc. As características citadas são
atribuídas a que estrutura de mercado?
a) Concorrência perfeita
b) Monopsônio
c) Concorrência monopolística
d) Oligopólio
e) Monopólio

Comentários:

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Relembrar é sempre bom, mas com o conhecimento de todas as estruturas de mercado que
conhecemos, também podemos focar nas incompatibilidades.

Se os produtos são homogêneos, não podemos falar em concorrência monopolística.


Eliminamos a alternativa “c”.

O livre trânsito de empresas (ausência de barreiras) não é compatível com o monopólio, nem
com o oligopólio. Lá se vão “d” e “e”.

O monopsônio consiste na existência de um único comprador, e tanto o uso do plural no


enunciado quanto o foco na produção, tornam a alternativa “b” um candidato ruim a gabarito.

Já sabíamos desde o começo que a descrição é da concorrência perfeita, mas valeu o reforço.

Gabarito: “a”

7. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
O oligopólio decorrente do conluio de empresas que estabelecem preços e repartem mercado
tem algumas características próximas ao monopólio e distantes da concorrência perfeita, na
qual várias empresas produzem um bem idêntico.

Comentários:

Isso está correto.

No cartel, desde que os participantes se mantenham leais, o equilíbrio será idêntico ao


monopólio, com a diferença de que as empresas irão repartir o mercado entre si.

Gabarito: Certo

8. (2017/CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional)


Com referência à teoria microeconômica da produção e às respectivas estruturas de mercado,
julgue o item subsequente.
No duopólio de Bertrand, o preço pago pelas firmas é igual ao custo marginal.

Comentários:

O duopólio de Bertrand possui um equilíbrio igual ao da concorrência perfeita: preço e custo


marginal iguais.

Gabarito: Certo

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9. (2018/FCC/CLDF/Consultor Legislativo - Regulação Econômica)


Em se tratando de estruturas de mercado, a presença do oligopólio se caracteriza por
apresentar
a) livre mobilidade dos recursos.
b) rivalidade entre as poucas empresas participantes.
c) inexistência de concorrência entre as empresas.
d) produtos homogêneos perfeitos.
e) empresas tomadoras de preço.

Comentários:

A principal característica do monopólio é a existência de poucas empresas no mercado. Em


regra, elas serão rivais. Portanto, pode haver concorrência, o que torna “c” errada e “b” correta,
sendo o gabarito.

A notável exceção à concorrência em oligopólios é o conluio/cartel, onde existe colaboração


entre as empresas. Mas isso não torna a alternativa “b” incorreta.

Gabarito: “b”

10. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
Uma análise do comportamento da indústria permite observar que empresas ganham mercado
ao juntarem-se a outras. Esse comportamento é denominado fusão, que pode ser vertical ou
horizontal. As fusões horizontais são caracterizadas pela fusão de empresas que estão em
diferentes estágios de produção.

Comentários:

Embora o termo “concentração” seja mais habitual, falar em “fusão” não estaria errado, não fosse
a inversão de conceitos da questão, que fala em fusão horizontal, mas define fusão vertical.

Gabarito: Errado

11. (2017/FGV/IBGE/Analista Censitário)


Com relação à teoria de mercados, observe as seguintes afirmações:
I. não tem lucro econômico a longo prazo;
II. equilibra receita marginal com custo marginal;
III. há livre entrada e saída de empresas.

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Assinale a alternativa que indica a estrutura de mercado que satisfaz as afirmações:


a) monopólio e concorrência perfeita;
b) oligopólio e monopólio;
c) concorrência perfeita e concorrência monopolista;
d) concorrência monopolista e oligopólio;
e) concorrência perfeita e oligopólio.

Comentários:

O monopólio possui lucro econômico no longo prazo, como afirmado em “I”, então as
alternativas “a”, “b” e “d” podem ser eliminadas.

A afirmativa “II” não nos ajuda em nada, já que todas as estruturas, em regra, equilibram receita
marginal e custo marginal.

Gabarito: “c”

12. (2016/FCC/COPERGÁS/Analista - Economista)


Considerando as estruturas de mercado, é correto afirmar:
a) No oligopólio, a empresa maximiza o seu lucro quando o custo marginal é igual à receita
marginal, sendo esta igual ao preço.
b) O modelo de duopólio de Cournot analisa duas empresas dentre as várias existentes em uma
situação de concorrência monopolística.
c) A concorrência monopolística se caracteriza pela igualdade dos produtos.
d) Para o monopolista, a curva de receita média é a curva de demanda do mercado.
e) O custo marginal é constante na concorrência perfeita, em razão da grande quantidade de
compradores.

Comentários:

Vimos em outra aula, e aqui testamos sua compreensão ou, subsidiariamente, sua memorização.

O monopolista possui como curva de receita média a curva de demanda do mercado,


demonstrando que apesar de seu poder de mercado, ele está sujeito à lei da demanda. E “d” é
nossa alternativa correta. Vejamos as demais.

a) No oligopólio, a empresa maximiza o seu lucro quando o custo marginal é igual à receita
marginal, sendo esta igual ao preço.

Isso é válido na concorrência perfeita ou no oligopólio de Bertrand, mas não nos demais modelos
vistos nesta aula.

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b) O modelo de duopólio de Cournot analisa duas empresas dentre as várias existentes em uma
situação de concorrência monopolística.

A situação de concorrência monopolística significa produtos diferenciados, enquanto no modelo


de Cournot temos produto homogêneos. Além disso, são analisadas duas empresas que
controlam o mercado.

c) A concorrência monopolística se caracteriza pela igualdade dos produtos.

Pelo contrário, a concorrência monopolística se caracteriza pela diferenciação dos produtos.

e) O custo marginal é constante na concorrência perfeita, em razão da grande quantidade de


compradores.

É a receita marginal que é constante em concorrência perfeita.

Gabarito: “d”

13. (2016/FCC/ALMS/Economista)
Quando há muitos vendedores e compradores no mercado, nenhuma barreira relevante à
entrada, e um produto diferenciado, a estrutura de mercado é chamada de
a) oligopólio de Bertrand.
b) competição perfeita.
c) competição monopolística.
d) monopólio.
e) oligopólio de Cournot.

Comentários:

A diferenciação dos produtos torna o enunciado compatível com a competição (concorrência)


monopolística. Não fosse por isso, até poderia ser concorrência perfeita.

Gabarito: “c”

14. (2014/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Vendas)
Considere-se uma pequena cidade onde existe apenas um posto de gasolina, que, devido à
sua localização privilegiada, permite fixar um preço um pouco maior do que os postos de uma
cidade vizinha, visto que seu produto se diferencia pela sua localização.
Essa situação de estrutura de mercado é denominada
a) monopólio

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b) monopsônio
c) competição perfeita
d) competição monopolística
e) modelo de Cournot

Comentários:

A questão tenta induzir a acreditarmos que estamos diante de um monopólio, ao afirmar que o
posto é o único da cidade. Mas perceba duas coisas: o mercado não se limita necessariamente
a uma cidade, e o próprio enunciado mostra que existem concorrentes.

Portanto, o ponto chave é: “seu produto se diferencia pela sua localização”. Estamos diante de
uma competição monopolística, na qual o posto faz diferenciação na forma de lugar (localidade).

Gabarito: “d”

15. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista – Economia)


Considere uma indústria com 25 firmas produtoras de sabão em pó, na qual todas apresentam
a mesma função custo dada por c(qi) = 88qi, em que qi é a produção da firma i (1=1,...,25).
Defina a produção total como sendo o somatório da produção de cada uma dessas 25 firmas,
ou seja, a produção total é dada por Q=∑i=125qi. A demanda de mercado é p(Q) = 400 – 3Q.
Supondo que as firmas se comportem como no modelo de Cournot e dado que são idênticas,
cada firma produzirá a mesma quantidade. Dessa forma, identifica-se que a produção total
desse mercado é de:
a) 4 unidades;
b) 25 unidades;
c) 50 unidades;
d) 70 unidades;
e) 100 unidades.

Comentários:

Para encontrarmos a quantidade de equilíbrio, basta descobrirmos a curva de reação das firmas.

Já fizemos com duas firmas (duopólio), mas para adaptarmos às 25 firmas, basta representarmos
uma firma como “A” e todas as outras como “G” (de grupo, por conveniência), multiplicando a
quantidade por 24, já que são idênticas.

Isso nos leva a concluir que a quantidade total no mercado será igual à produção da firma A
somada à produção de todas as outras firmas (é isso que significa a notação “Q=∑i=125qi”):

Q = QA + 24QG

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Vamos colocar essa informação na curva de demanda fornecida:

p(Q) = 400 – 3Q

p(Q) = 400 – 3(QA+24QG)

p(Q) = 400 – 3QA – 72QG

Sabemos que receita total da firma A é quantidade multiplicada por preço:

RTA = p.QA

RTA = (400 – 3QA – 72QG) x QA

RTA = 400QA – 3QA2 – 72QGQA

E também sabemos descobrir a receita marginal quando temos a receita total (derivando);

RMgA = -6QA –72QG + 400

Acontece que sabemos que como todas as firmas são idênticas e têm custo marginal idêntico,
elas produzirão as mesmas quantidades. Por isso QA=QG, de forma que podemos substituir:

RMgA = -6QA –72QA + 400

RMgA = -78QA + 400

Beleza! Agora, ao igualar com o custo marginal fornecido, teremos nosso Q A. Pra isso, falta
apenas uma coisa: derivar CMg de CT (fornecido pelo enunciado):

CT = 88qi

CMg = 88

Agora sim, igualemos:

RMgA=CMg

-78QA + 400 = 88

-78QA = -312

QA = -312 / -78

QA = 4

Se a firma A produz 4 unidades, cada uma das outras firmas também produzirá 4 unidades
cada. A questão quer saber a produção total, então:

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Q = QA + 24QG

Q = 4 + 24x4

Q = 4 + 96

Q = 100

Gabarito: “e”

16. (2008/FCC/TCE SP/Auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo)


Considere as proposições a seguir.
I. A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de concorrência perfeita é
dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio acima do ponto de cruzamento
desta com a curva de custo marginal.
II. A empresa monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade para a qual o preço
do bem e o custo marginal da produção sejam iguais.
III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida.
IV. O monopólio é uma estrutura de mercado menos eficiente do que a concorrência perfeita,
porque no equilíbrio do monopólio o preço é maior que o custo marginal.
V. A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado em que há um grande número de
pequenas empresas que fabricam produtos diferenciados.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e V.
e) IV e V.

Comentários:

Esta questão é muito bacana. Tanto por envolver várias estruturas que vimos até aqui, de forma
a avaliar sua retenção do conteúdo, quanto por permitir utilizar certa tática de resolução. Por
exemplo: observe que todas as alternativas consideram a afirmativa II correta, exceto E. Se II for
incorreta, você já poderá marcar o gabarito.

Mas aqui vamos ver cada uma delas, é claro:

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I. A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de concorrência perfeita é


dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio acima do ponto de cruzamento
desta com a curva de custo marginal.

Errado! O correto seria: A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de
concorrência perfeita é dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio marginal
acima do ponto de cruzamento desta com a curva de custo marginal médio.

II. A empresa monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade para a qual o preço
do bem e o custo marginal da produção sejam iguais.

Nada disso! O monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade que iguala custo e
receita marginais. A diferença entre o preço e o custo marginal é justamente a medida de poder
do monopolista.

III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida.

Errado! A empresa não deve operar caso o preço esteja abaixo do custo variável médio.

IV. O monopólio é uma estrutura de mercado menos eficiente do que a concorrência perfeita,
porque no equilíbrio do monopólio o preço é maior que o custo marginal.

Isso aí! A essa diferença entre preço e custo marginal damos o nome de mark-up, o que implica
em peso morto para o mercado. Isso significa que uma parte do excedente é capturada pelo
produtor, mas outra parte é simplesmente perdida. Daí a ineficiência.

V. A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado em que há um grande número de


pequenas empresas que fabricam produtos diferenciados.

Também está correto.

Gabarito: “e”

17. (2006/ESAF/ANEEL/Especialista em Regulação)


Com relação à concorrência monopolística, julgue as afirmações abaixo e assinale a opção
correta.
I. Quanto mais bem-sucedida for a empresa A na diferenciação do seu produto daqueles
produzidos por firmas que vendem produtos similares, mais elástica será a curva de demanda
pelo produto da empresa A.
II. A entrada de mais firmas com produtos similares leva, no equilíbrio, a tangência entre a curva
de demanda e a curva de custo médio.

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III. O equilíbrio na competição monopolística é eficiente no sentido de Pareto pois as firmas


operam com lucro zero.
a) I, II e III falsas.
b) I verdadeira, II e III falsas.
c) I, II e III verdadeiras.
d) I e III falsas, II verdadeira.
e) I falsa, II e III verdadeiras.

Comentários:

Apesar da semelhança com o formato FCC, esta questão da ESAF não dá muito espaço para
usarmos a técnica de eliminação. Então, será preciso analisar cada uma das afirmações.

I. Quanto mais bem-sucedida for a empresa A na diferenciação do seu produto daqueles


produzidos por firmas que vendem produtos similares, mais elástica será a curva de demanda
pelo produto da empresa A.

Errado! Quanto mais o consumidor perceber o produto da empresa A como único, mais ele
aceitará mudanças de preços, modificando pouco seu consumo. Portanto, a curva de demanda
pelos produtos de A será menos elástica. Isso nos deixa as alternativas D e E como possível
gabaritos, o que facilita bastante, já que são alternativas bem diferentes entre si.

II. A entrada de mais firmas com produtos similares leva, no equilíbrio, a tangência entre a curva
de demanda e a curva de custo médio.

Isso explica exatamente o que ocorre com as estruturas monopolisticamente competitivas no


longo prazo. Haverá novos entrantes, dividindo entre si a demanda, até que a curva de demanda
tangencie a curva de custo médio, por fim encerrando o incentivo à entrada de mais empresas.
Com isso já sabemos o gabarito (D), mas vamos ver a próxima.

III. O equilíbrio na competição monopolística é eficiente no sentido de Pareto pois as firmas


operam com lucro zero.

Mentira isso aí. Apesar de operarem com lucro zero no longo prazo, as firmas fixam seus preços
acima de seu custo marginal. Isso quer dizer que as empresas vendem seus produtos por valores
superiores ao que custaram e, portanto, o mercado é ineficiente.

Gabarito: “d”

18. (2006/ESAF/ANEEL/Especialista em Regulação)


A principal distinção entre mercados sob regime de concorrência perfeita e concorrência
monopolística é representada pelo (a):
a) inclinação ou não da curva de demanda para a empresa.

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b) existência ou não de barreiras à entrada de novos concorrentes.


c) ocorrência ou não de equilíbrio do mercado no longo prazo.
d) existência ou não de barreiras à saída de novos concorrentes.
e) grau de competição existente nos mercados dos fatores de produção.

Comentários:

De fato, a curva de demanda individual do mercado em concorrência perfeita é horizontal


(perfeitamente elástica), enquanto a curva de demanda das firmas monopolisticamente
competitivas é decrescente, como resultado de seu poder de monopólio.

Sendo A o gabarito, vale lembrarmos que a inexistência de barreiras de entrada e saída, a


existência de equilíbrio de longo prazo, e o grau de competição existente nos mercados de
fatores de produção são semelhanças entre as concorrências perfeita e monopolística.

Gabarito: “a”

19. (2015/ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento)


Com relação às diferentes estruturas de mercado, é correto afirmar que
a) um monopsônio é caracterizado pela presença de um único comprador no mercado de um
bem ou serviço.
b) a diferença entre um oligopólio e um oligopsônio é que no caso do oligopsônio as empresas
constituem uma oligarquia tecnológica.
c) um monopólio é uma empresa que tem o poder de fixar o preço de seu produto em qualquer
nível sem, com isso, comprometer o volume de suas vendas.
d) a concorrência monopolística é uma forma de concorrência perfeita.
e) a concorrência monopolística é uma concorrência entre grandes empresas com grande
poder de mercado.

Comentários:

Essa questão merece comentários às alternativas.

a) um monopsônio é caracterizado pela presença de um único comprador no mercado de um


bem ou serviço.

Este é o gabarito. De fato, o monopsonista é uma firma que atua como único comprador de
determinado bem ou serviço. Por isso, ele tem poder de influenciar o nível de preços ou
quantidades do mercado.

b) a diferença entre um oligopólio e um oligopsônio é que no caso do oligopsônio as empresas


constituem uma oligarquia tecnológica.

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Errado. Oligopólios são nosso próximo assunto, mas adianto que a diferença entre eles é a
mesma entre o monopólio e o monopsônio: enquanto um é caracterizado pela quantidade de
produtores, o outro tem por característica a quantidade de consumidores.

c) um monopólio é uma empresa que tem o poder de fixar o preço de seu produto em qualquer
nível sem, com isso, comprometer o volume de suas vendas.

Errado. Embora tenha certo poder, o monopólio não pode elevar seus preços sem ver reduzir a
quantidade demandada de seu produto, por exemplo. Portanto, ele se submete a curva de
demanda decrescente.

d) a concorrência monopolística é uma forma de concorrência perfeita.

Errado. A concorrência monopolística é uma forma de concorrência imperfeita.

e) a concorrência monopolística é uma concorrência entre grandes empresas com grande poder
de mercado.

Errado. As firmas monopolisticamente competitivas existem em grande número, sem que


nenhuma delas seja relativamente grande. Embora detenham algum poder de mercado, este
pode ser considerado bem pequeno, devido à existência de produtos similares no mercado.

Gabarito: “a”

20. (2002/CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


A análise das estruturas de mercado, tanto competitivas quanto não competitivas, é
fundamental para o entendimento da formação do sistema de preços.
Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente.
Para permanecerem no mercado, as firmas que atuam em concorrência monopolista utilizam
práticas de concorrência extrapreço, tais como a diferenciação do produto e o uso de
publicidade.

Comentários:

A definição está correta. Os produtos em concorrência monopolista são diferenciados de formas


que não o preço – é isso que significa “extrapreço”.

Gabarito: Certo

21. (2011/FCC/TCE-PR/Analista de Controle - Economia)


O mercado de concorrência monopolística de um bem ou serviço é caracterizado por
apresentar

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a) grande número de compradores de produtos homogêneos.


b) elevado grau de concentração da produção entre poucos ofertantes.
c) grande número de ofertantes de produtos homogêneos.
d) pequeno número de ofertantes de produtos similares, mas diferenciados entre si.
e) grande número de ofertantes de produtos similares, mas diferenciados entre si.

Comentários:

O mercado de concorrência monopolística tem por característica o grande número de


produtores de bens diferenciados, mas com substitutos próximos, ou seja, similares.

Gabarito: “e”

22. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico Engenharia)


Um empresário está pensando em abrir uma empresa em um mercado desconhecido por ele.
Ele contrata um consultor para lhe apresentar o tipo de estrutura de mercado que ele vai
encontrar. O consultor lhe apresenta as seguintes características desse mercado: há muitos
vendedores e compradores, há diferenciação de produtos e existe livre entrada para as
empresas.
O empresário conclui que esse mercado apresenta um tipo de estrutura de
a) oligopólio
b) monopólio
c) monopsônio
d) concorrência perfeita
e) concorrência monopolística

Comentários:

Nesta questão não há muito o que comentar.

A concorrência monopolística está corretamente conceituada no enunciado e, portanto, o


gabarito é “e”.

Se não fosse pela “diferenciação dos produtos”, poderia ser concorrência perfeita, uma vez que
essa é a principal diferença ente as alternativas “d” e “e”.

Gabarito: “e”

23. (2014/CESPE/CADE/Economista)

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Acerca das estratégias empresariais e dos modelos de concorrência, julgue o próximo item.
A competição monopolística assemelha-se à competição perfeita, visto que os lucros
econômicos tendem a reduzir-se a zero.

Comentários:

Perfeito! Essas estruturas têm por semelhança o fato de os lucros econômicos tenderem a zero
no longo prazo.

Gabarito: Certo

24. (2008/CESPE/TCE-AC/Analista de Controle Externo)


Em mercados organizados sob a forma de concorrência monopolista, a existência de barreiras
à entrada, associada à diferenciação do produto, garante a existência de lucros econômicos
substanciais para as empresas estabelecidas nesse mercado, mesmo no longo prazo.

Comentários:

Só por falar que há barreiras de entrada na concorrência monopolista, a questão já está errada.
Na verdade, é devido à ausência de barreiras de entrada que, no longo prazo, os lucros
econômicos tendem a zero.

Gabarito: Errado

25. (2006/ESAF/ANEEL/Especialista em Reg. de Serviços Públicos de Energia)


Considere as afirmações abaixo que dizem respeito aos modelos de oligopólio com apenas 2
firmas.
“No modelo de __________, cada empresa escolhe seu preço com base em suas expectativas
sobre o preço que a outra empresa escolherá, simultaneamente.”
“No modelo de ______________, quando a líder escolhe determinado nível de produção, ela
leva em consideração como a seguidora irá responder.”
As expressões que preenchem corretamente as lacunas são respectivamente:
a) Bertrand / Stackelberg
b) Stackelberg / Cournot
c) Cournot / Stackelberg
d) Bertrand / Cournot
e) Stackelberg / Bertrand

Comentários:

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Diante das definições dos modelos de oligopólio, a correspondência correta está na alternativa
“a”.

Gabarito: “a”

26. (2013/ESAF/MF/Analista de Finanças e Controle)


Considere um mercado e suponha diferentes formas de organização deste mercado. Assinale
qual das opções a seguir está correta.
a) Caso o mercado seja dominado por um monopolista que não discrimina preços, o total
produzido será maior do que no caso do mercado ser caracterizado como um mercado de
concorrência perfeita.
b) Caso o mercado seja dominado por um monopolista que não discrimina preços, o lucro será
máximo e a quantidade produzida será igual à que seria produzida em concorrência perfeita.
c) Caso o mercado seja caracterizado por um duopólio do tipo Cournot, o total produzido pelas
duas firmas será igual à quantidade que seria produzida sob monopólio, porém a soma do lucro
das duas firmas seria menor do que o lucro do monopolista.
d) Caso o mercado seja caracterizado por concorrência perfeita, o lucro econômico será igual a
zero, mas a quantidade produzida será maior do que seria produzido sob monopólio.
e) Caso o mercado seja caracterizado por concorrência perfeita, o lucro econômico será igual a
zero, mas a quantidade produzida será menor do que seria produzido sob monopólio.

Comentários:

O equilíbrio do monopolista é caracterizado por ofertar menor quantidade sob maior preço, em
comparação ao mercado competitivo. Portanto A, B e E estão erradas, e D está correta.

Gabarito: “d”

27. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte – Economia)


Em um mercado caracterizado por concorrência monopolística, o empresário, para maximizar
seu lucro, deve produzir uma quantidade tal que a receita marginal seja igual
a) ao custo marginal.
b) à quantidade demandada.
c) ao preço unitário.
d) à receita média.
e) ao custo médio.

Comentários:

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Às vezes tenho a impressão de que o profissional que elabora as provas de economia dá uma
revisada no final para ter certeza de que cobrou a condição de maximização de lucro RMg=CMg,
só para garantir.

Gabarito: “a”

28. (2016/CESGRANRIO/ANP/Técnico em Regulação de Petróleo e Derivados)


Uma característica do mercado em concorrência monopolística é que
a) se trata de um mercado atomizado, ou seja, individualmente, vendedor e comprador não
possuem condições de influenciar o mercado.
b) são os produtos vendidos diferenciados e complementares entre si.
c) são os produtos vendidos complementares entre si, mas não são diferenciados.
d) existe a possibilidade de capacidade ociosa na produção.
e) é menor o preço de equilíbrio do que o custo marginal para o produtor.

Comentários:

Vejamos cada uma das alternativas.

a) se trata de um mercado atomizado, ou seja, individualmente, vendedor e comprador não


possuem condições de influenciar o mercado.

Errado. De fato, no mercado em concorrência monopolística, há muitos vendedores e


compradores. Entretanto, graças à diferenciação de seus produtos, eles são capazes de
influenciar o mercado, ainda que pouco, deparando-se com uma curva de demanda
negativamente inclinada.

b) são os produtos vendidos diferenciados e complementares entre si.

Errado. Os produtos são diferenciados em substitutos entre si.

c) são os produtos vendidos complementares entre si, mas não são diferenciados.

Duplamente errado. Os produtos são sim diferenciados, além de substitutos entre si.

d) existe a possibilidade de capacidade ociosa na produção.

Aqui está o gabarito! No longo prazo, a empresa em concorrência monopolística não atua com
custo médio mínimo, ou seja, trabalha abaixo de sua capacidade, caracterizando ociosidade e
ineficiência (peso morto).

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e) é menor o preço de equilíbrio do que o custo marginal para o produtor.

Errado, e o gráfico acima demonstra que, mesmo no longo prazo, o preço é superior ao custo
marginal.

Gabarito: “d”

29. (2016/FCC/ELETROSUL/Economista)
Em um cartel perfeito, podemos afirmar que
a) o lucro do mercado será apropriado por uma só firma.
b) há acordo entre algumas firmas, dentro de um mercado de concorrência monopolística.
c) o modelo garante que as firmas participantes não tenham incentivo a burlar o acordo.
d) o preço estabelecido corresponderá ao preço de monopólio.
e) a implantação do modelo é facilitada, uma vez que os consumidores são chamados a
participar do acordo estabelecido entre as firmas.

Comentários:

O cartel perfeito é aquele onde todas as firmas cumprem o acordo, agindo exatamente como
um monopólio.

Dessa forma, tanto o preço quanto a quantidade de equilíbrio serão idênticos aos do monopólio,
embora as empresas do cartel dividam os lucros extraordinários entre si.

Gabarito: “d”

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30. (2006/ESAF/Eletronorte/Economista)
No que diz respeito aos modelos clássicos de oligopólio, pode-se afirmar que:
a) por mais que o número de empresas aumente, o preço de mercado no modelo de Cournot
nunca se aproxima do preço em um mercado perfeitamente competitivo.
b) no modelo de Cournot, a empresa líder escolhe a quantidade antes da empresa seguidora.
c) no modelo de Bertrand com produtos homogêneos e sem limitação de capacidade, a
empresa líder fixa o preço e a seguidora fixa a quantidade.
d) no modelo de Bertrand com produtos homogêneos e sem limitação de capacidade, se as
empresas apresentarem os mesmos custos, elas estabelecerão seus preços ao nível do custo
marginal.
e) no modelo de Stackelberg, as empresas fixam o preço simultaneamente.

Comentários:

Quanto maior for o número de firmas no oligopólio, qualquer que seja o modelo, mais ele tende
ao equilíbrio competitivo. Por isso a alternativa “a” está errada.

No modelo de Cournot as empresas definem simultaneamente as quantidades produzidas. No


modelo de Stackelberg, por outro lado, a empresa líder decide primeiro. Por isso “b” e “e” estão
erradas.

A alternativa “c” está errada pois o modelo de Bertrand é aquele no qual os preços são definidos
simultaneamente pelas firmas oligopolistas.

Por fim, a alternativa “d” define corretamente o equilíbrio do modelo de Bertrand – que se
assemelha ao mercado competitivo ¬¬– com preço, receita marginal e custo marginal iguais.

Gabarito: “d”

31. (2012/CESGRANRIO/CASA DA MOEDA/Analista)


Considere as afirmativas abaixo sobre os diversos tipos de mercados.
Em situação de monopólio, no curto prazo, o preço é maior que o custo marginal, e, no longo
prazo, eles são iguais.
Em concorrência perfeita, o equilíbrio ocorre quando o preço é igual ao custo marginal.
No modelo de duopólio de Cournot, cada empresa admite que a quantidade produzida pela
outra não interfere na sua condição de equilíbrio.
A concorrência monopolística caracteriza-se pelo fato de as empresas produzirem produtos
diferenciados, embora substitutos próximos.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas

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b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Comentários:

Uma boa forma de resolver esse tipo de questão é lendo rapidamente cada uma das afirmações
(de I a IV) e classificar como “verdadeira” ou “falsa” aquelas que estiverem mais fáceis. Vou usar
esse método:

A afirmação II é obviamente correta. Afinal, na concorrência perfeita, o equilíbrio ocorre quando


RMg=CMg=p. Então, já posso eliminar a alternativa “a”.

A IV também é uma definição perfeita da concorrência monopolística, então também está


correta. Nosso gabarito tem que ter, pelo menos, a II e a IV. Isso elimina a alternativa “c”. Ficamos
entre “b”, “d” e “e”.

A I pode confundir um pouco, mas só até agora. A partir daqui você vai lembrar que o equilíbrio
do monopolista é o mesmo no curto e no longo prazo, e só vai mudar se ocorrerem mudanças
em sua estrutura de custos. Se entrar um concorrente, aí já não é mais monopólio. Portanto, a
alternativa “e” também está errada.

Neste formato de questão, algumas vezes nem é preciso julgar todas as afirmações, mas neste
caso, chegamos à última e ainda temos duas alternativas no jogo: “b” e “d”. Não tem jeito... vamos
ver a III. Será que está de acordo com a definição que vimos do duopólio de Cournot? Não
mesmo! Pois no modelo de Cournot as empresas levam em conta a quantidade produzida por
suas rivais, ou seja, ela entende que isso interfere em sua situação de equilíbrio.

Gabarito: “b”

32. (2007/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Considere um mercado com apenas duas firmas, A e B. Exceto pelo nome, essas firmas são
absolutamente idênticas. Ambas produzem petróleo. Para cada empresa, o custo de produção
é R$ 10,00 por barril. A demanda total por petróleo é dada por P = 210 - Q, sendo Q a soma
das quantidades produzidas e ofertadas por cada empresa (Q = QA + QB). Suponha que as
firmas decidam formar um cartel e coordenar suas produções. Nesse caso, a quantidade ótima
produzida por cada firma será:
a) QA = QB = 50.
b) QA = QB = 100.
c) QA = QB = 67.
d) QA = QB = 45.

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e) QA = QB = 47.

Comentários:

As firmas agirão como um monopólio, e dividirão igualmente a quantidade de produção que


iguala receita e custo marginal. Vamos aos cálculos:

A receita total é o preço multiplicado pela quantidade. Portanto:

RT=p.q

RT=(210-q).q

RT=210q-q2

Derivando a função de RT obtermos a RMg.

RMg=210-2q

De acordo com o enunciado, o custo marginal é constante e igual a R$10. Então:

RMg=CMg

210-2q=10

210-10=2q

200=2q

q=100

100 é a quantidade total, mas a questão quer a quantidade produzida por cada uma das duas
firmas, ou seja, q/2=50.

Gabarito: “a”

33. (2014/CESPE/ANATEL/Especialista – Economia)


A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econômicos e, por essa
razão, constitui um sólido fundamento à análise dos agregados econômicos. A esse respeito,
julgue o item subsequente.
No modelo da curva de demanda quebrada, as empresas oligopolistas defrontam-se com uma
curva de demanda que é mais inelástica para preços superiores àqueles que prevalecem no
mercado e mais elástica, no caso contrário.

Comentários:

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Está invertido. Na verdade, a demanda é mais elástica para preços superiores àquele vigente
no mercado, e vice-versa.

Gabarito: Errado

34. (2014/CESPE/ANTAQ/Especialista em Reg Serviços Transporte Aquaviário)


No que diz respeito às estruturas de mercado, à dinâmica de determinação de preços e lucros
e à competitividade e estratégia empresarial, julgue o item que se segue.
A ineficiência do mercado de concorrência imperfeita pode ser medida pela distância entre o
preço de mercado e o custo marginal do bem. Quanto menor for essa distância, menos eficiente
será o mercado de concorrência imperfeita.

Comentários:

A questão estaria correta se reescrevêssemos o trecho final: “Quanto menor maior for essa
distância, menos eficiente será o mercado de concorrência imperfeita.”

Na concorrência perfeita, onde a eficiência do mercado é máxima, o preço é igual ao custo


marginal. Quanto mais distante desse cenário, mais ineficiente é o mercado.

Gabarito: Errado

35. (2009/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Considere uma estrutura de mercado oligopolista, composto por duas empresas que
interagem, estrategicamente, num mercado de produtos homogêneos.
Assuma que a demanda é bem comportada e as estruturas de custos das empresas são iguais,
com retornos constantes de escala.
Com relação à implicação sobre a intensidade da concorrência ao se adotar o modelo de
concorrência em preço (à la Bertrand) no lugar de concorrência em quantidades (à la Cournot),
assinale a afirmativa correta.
a) A concorrência em preços é mais suave que a concorrência em quantidades, com preços de
equilíbrio iguais aos custos marginais.
b) A concorrência em preços é mais intensa que a concorrência em quantidades, com preços
de equilíbrio iguais aos custos marginais.
c) Ambas as formas de interação estratégica sempre exibirão mesmo efeito sobre a intensidade
da concorrência.
d) A concorrência em preços é mais suave que a concorrência em quantidades, com preços de
equilíbrio superiores aos custos marginais.
e) A concorrência em preços é mais intensa que a concorrência em quantidades, com preços
de equilíbrio superiores aos custos marginais.

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Comentários:

A concorrência em preços é, em regra, mais intensa que a concorrência em quantidades, por


isso A está errada e B está correta – já que é verdade que o preço de equilíbrio será igual ao
custo marginal, o que é contrariado pelas demais alternativas.

Gabarito: “b”

36. (2007/CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo)


O estudo da microeconomia, que analisa o comportamento individual dos agentes econômicos,
é fundamental para se avaliar a tomada de decisão no que se refere às questões econômicas. A
esse respeito, julgue os itens a seguir.
No Brasil, a cartelização das grandes empresas produtoras de suco de laranja, apontada pelo
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), é dificultada pelo fato de essas firmas
se confrontarem com uma curva de demanda horizontal e transacionarem um produto
homogêneo.

Comentários:

Ainda que não tenhamos informações empíricas sobre a curva de demanda de suco de laranja,
sabemos que a teorização está correta; a demanda elástica dificulta a formação de cartéis pois
aumenta os incentivos para os membros descumprirem o acordo e reduz o poder de monopólio
do cartel.

Gabarito: Certo

37. (2008/CESPE/MTE/Economista)
A teoria microeconômica estuda o processo de decisão dos agentes econômicos, incluindo-se,
aí, consumidores e produtores. A esse respeito, julgue o item a seguir.
Na indústria automobilística, o fato de que somente as grandes empresas conseguem utilizar
de forma eficiente os robôs e equipamentos exigidos para a produção de veículos contribui
para a oligopolização desse setor.

Comentários:

A questão apresenta uma barreira de entrada relacionada a economia de escala e, por isso,
define corretamente um fato que contribui para a oligopolização do setor.

Gabarito: Certo

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38. (2010/CESPE/SEFAZ-ES/Consultor do Executivo Ciências Econômicas)


Julgue o item que se segue, relativo à teoria dos jogos e dos mercados imperfeitos.
Modelos de Stackelberg são frequentemente utilizados para descrever comportamentos de
empresas em um mercado de oligopólio quando elas concorrem nas quantidades produzidas.

Comentários:

A questão descreve corretamente o modelo de Stackelberg, que demonstra a vantagem da


empresa líder ao definir sua quantidade produzida antes de seus concorrentes.

Gabarito: Certo

39. (2008/FCC/TCE SP/Auditor do Tribunal de Contas do Estado)


É correto afirmar:
a) No modelo de duopólio de Cournot, cada fabricante fixa seu preço levando em conta a
previsão que tem sobre qual será o preço praticado pelo concorrente.
b) O modelo da curva de demanda quebrada procura explicar porque há uma tendência à
rigidez de preços entre as poucas empresas que participam de um mercado oligopolista.
c) No modelo de duopólio de Bertrand, cada empresa fixa sua quantidade produzida a partir
da previsão que faz sobre a quantidade ofertada pelas rivais.
d) Caso haja uma empresa dominante no oligopólio, quanto mais elástica é a oferta das demais
empresas, menos elástica é a demanda da empresa dominante.
e) Quanto mais alto for o preço estabelecido por um cartel, menor incentivo tem os seus
membros de cobrar secretamente um preço menor que seus concorrentes.

Comentários:

O modelo de Cournot trata da competição via quantidades, e não preços. Competição via preços
é com o modelo de Bertrand. Por isso “a” e “c” estão erradas. Tome cuidado com essas inversões
que as bancas fazem.

A alternativa “b” está correta. O modelo da demanda quebrada mostra que os oligopolistas têm
incentivos para manter os preços em determinado nível, acima do qual se deparariam com uma
demanda elástica, ou seja, aumentos teriam como resposta grandes reduções na quantidade
demandada. Além disso, abaixo do preço de equilíbrio a demanda seria inelástica; abaixar o
preço teria uma resposta fraca de aumento de demanda.

A alternativa “d” está errada pois quanto maior for a intensidade com a qual seus concorrentes
respondem às variações de preços, maior será a elasticidade da demanda da empresa líder.

A alternativa “e” também está invertida. Quanto maior o preço estabelecido pelo cartel, maiores
serão os lucros do dissidente que diminuir seu preço e, dessa forma, aumentar sua participação
individual no mercado.

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Gabarito: “b”

40. (2012/CESPE/ANAC/Analista Administrativo)


Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue os próximos
itens.
O oligopólio constitui uma estrutura de mercado em que as empresas consideram, em suas
decisões, as ações de suas concorrentes.

Comentários:

Bem, a definição está correta.

O oligopólio é um mercado desafiador para as firmas nele inseridas pois suas ações devem
considerar as reações dos concorrentes, diferente do que ocorre no monopólio ou no mercado
competitivo.

Gabarito: Certo

41. (2012/CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na análise das estruturas de mercado, crucial para o entendimento da formação dos
preços nos diferentes setores da economia, julgue (C ou E) os itens subsequentes.
A cartelização de determinado mercado é facilitada quando as firmas que o compõem são do
mesmo tamanho e se confrontam com demandas elásticas.

Comentários:

Para tornar a afirmação correta, basta trocar elásticas por inelásticas. Afinal, será mais fácil para
o cartel fixar preços acima do custo marginal quando os consumidores forem menos sensíveis às
alterações de preços.

Além disso, quando a demanda é inelástica, o incentivo para “furar” o cartel é menor, já que ao
diminuir o preço a empresa tenderia a aumentar sua quantidade demandada relativamente
pouco.

Gabarito: Errado

42. (2016/FCC/ARSETE/Economista)
A respeito do modelo da curva de demanda quebrada, é correto afirmar que
a) uma redução de preço não é acompanhada pelos concorrentes.

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b) a demanda é elástica para preços abaixo do preço de equilíbrio.


c) se uma empresa elevar seu preço, os concorrentes também farão o mesmo.
d) se busca demonstrar situações em que os preços são relativamente estáveis.
e) a demanda é inelástica para preços acima do preço de equilíbrio.

Comentários:

O modelo de demanda quebrada de Sweezy explica a existência de certa estabilidade ou rigidez


nos preços em mercados monopolistas, demonstrando que a elasticidade-preço da demanda
varia acima e abaixo do preço de equilíbrio, tornando-se maior para preços altos, e menor para
preços mais baixos.

Gabarito: “d”

43. (2016/FCC/ARSETE/Economista)
Uma característica da estrutura de mercado de concorrência monopolística é dada pela
existência de
a) barreiras à entrada.
b) poucas empresas.
c) cartelização.
d) irrelevância da localização das empresas.
e) produtos diferenciados que permitem algum poder de determinação dos preços.

Comentários:

Não apenas “uma” característica, mas a principal característica da concorrência monopolística é


a existência de produtos diferenciados que permitem algum poder de determinação dos preços.

Como isso torna a alternativa “e” correta, as demais estão obrigatoriamente erradas, de forma
que, nesse tipo de estrutura:

• Não há barreiras de entrada relevantes;


• Há muitas empresas;
• A cartelização não é viável;
• A localização é importante, pois é uma forma de diferenciação.

Gabarito: “e”

44. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.

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A concorrência monopolista é caracterizada por produtos iguais, muitos compradores e muitos


vendedores, mas, nesse modelo de concorrência, a entrada e a saída de novas empresas são
dificultadas, diferentemente do que ocorre na competição perfeita.

Comentários:

Já começou errado: a concorrência monopolista é caracterizada por produtos diferenciados


(ainda que substitutos próximos).

Também está errado onde afirma-se que a entrada ou saída é dificultada; a concorrência
monopolista é caracterizada pela inexistência de barreiras relevantes.

Gabarito: Errado

45. (2012/CESPE/ANAC/Técnico em Regulação de Aviação Civil)


No que concerne a monopólio e oligopólio, julgue o item.
Uma das características do mercado oligopolista é a interdependência mútua, em que as
empresas agem levando em consideração a reação de seus concorrentes.

Comentários:

A questão traz corretamente uma característica do oligopólio. Como as firmas têm parcelas
relevantes do mercado e algum poder de monopólio, as reações dos concorrentes devem ser
consideradas pela firma oligopolista.

Gabarito: Certo

46. (2010/CESPE/CACD/Diplomata)
Considerando a teoria da produção e dos custos, que fornece importantes elementos para a
análise da formação de preços em distintos ambientes de mercado, julgue C ou E.
O êxito de um cartel depende não apenas das similaridades — considerando-se tamanho e
poder de mercado — entre as diferentes firmas que o compõem, mas também da demanda do
mercado em que o cartel opera, a qual deve ser elástica em relação ao preço.

Comentários:

O êxito do cartel depende, de fato, das similaridades entre as firmas que o compõem. Entretanto,
suas chances são maiores em mercados cuja demanda seja inelástica e, portanto, seja maior o
poder de mercado dos oligopolistas e menores os incentivos para burlar o acordo.

Gabarito: Errado

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47. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Acerca das estratégias empresariais e dos modelos de concorrência, julgue o próximo item.
Um cartel tende a ser duradouro se a demanda pelo seu produto for expressa por uma curva
horizontal.

Comentários:

Nada disso! A curva de demanda horizontal significa demanda elástica. Portanto, a firma que
pratica um preço menor verá grande aumento em sua quantidade vendida. Um belo incentivo
para “furar” o cartel.

Gabarito: Errado

48. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Em uma estrutura de mercado, as empresas A e B produzem mercadorias homogêneas; e, nessa
circunstância, P(Q) = 70 – Q é a representação da curva de demanda, na qual Q é a produção
total das duas empresas. Cada empresa tem conhecimento do custo marginal da outra, e os
custos totais dessas empresas são: CTA = 10 × Q + 2 e CTB = 30 × Q + 1.
A respeito dessa estrutura, julgue o item seguinte.
Se ambas as empresas decidirem, simultaneamente, as quantidades a serem produzidas, então
as quantidades de equilíbrio, QA* e QB*, associadas às empresas A e B serão, respectivamente,
QA* = 80/3 e QB* = 20/3.

Comentários:

A descrição do modelo feita pelo enunciado é compatível com o monopólio de Cournot, onde
as firmas decidem simultaneamente as quantidades de equilíbrio. Dessa forma, precisamos
descobrir as curvas de reação de cada uma delas.

Sabemos que as firmas igualarão suas receitas e custos marginais. Para descobrir a receita
marginal, precisamos da receita total. Vamos começar pela firma A.

RA=p,qA

Foi-nos dado que p=70-q, então vamos substituir na equação acima:

RA=(70-q),qA

RA=70.qA-q.qA

Lembrando que q=qA+qB, podemos substituir na equação acima:

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RA=70.qA-(qA+qB).qA

RA=70.qA-qA2-qB.qA

Agora que descobrimos a função de receita total, podemos derivá-la em relação a qA para
encontrar o custo marginal:

RMgA=70-2qA-qB

Vamos descobrir o custo marginal da firma A, derivando sua função de custo total dada pelo
enunciado:

CTA=10.q+2

CMgA=10

Agora igualamos receita e custo marginal da firma A para obtermos a quantidade que ela
ofertará.

RMgA=CMgA

70-2qA-qB=10

2qA=60-qB

qB
qA =30 -
2

Aí está a curva de reação de A. Façamos o mesmo com a firma B, e obteremos:

qA
qB =20 -
2

Substituindo qB em qA:

qA
20 –
qA =30 – 2
2

40 – 𝑞𝐴
(
qA =30 – 2 )
2

40 + qA
qA =30 –
4

120 40 + qA
qA = –
4 4

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120-40 + qA
qA =
4

80 + qA
qA =
4

4qA = 80

4qA – qA = 80

3qA = 80

80
qA =
3

Substituindo qA em qB:

qB
30 -
qB =20 - 2
2

Desta vez vamos fazer um caminho algébrico diferente:

qB
30 -
qB =20 - 2
2
qB
40 (30 - )
qB =
2
- 2
2

qB
40 – 30 +
qB = 2
2
qB
10 +
qB = 2
2
qB
2qB =10 +
2

20 q
2qB = + B
2 2

20+qB
2qB =
2

4qB = 20+qB

4qB – qB = 20

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3qB = 20

20
qB =
3

Portanto, concluímos que a questão está correta.

Gabarito: Certo

49. (2015/ESAF/MPOG/Especialista em Gestão e Políticas Públicas)


Considere as seguintes definições:
I - "concentração que envolve agentes econômicos distintos e competidores entre si que
ofertam o mesmo produto ou serviço em um determinado mercado relevante";
II - "concentração que envolve agentes econômicos distintos que ofertam produtos ou serviços
distintos e que fazem parte da mesma cadeia produtiva".
Essas duas definições dizem respeito, respectivamente, a
a) concentração vertical e cartel.
b) concentração vertical e concentração horizontal.
c) concentração horizontal e integração vertical.
d) concentração vertical e restrição horizontal.
e) concentração horizontal e integração horizontal.

Comentários:

Não há muito para comentar aqui, além de que as afirmações I e II conceituam de maneira correta
a alternativa “c”.

Gabarito: “c”

50. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
Considere um mercado no qual atuam dez empresas com as mesmas vendas totais, cada uma
com uma participação no mercado de 10%.
O índice de concentração de Hirschman-Herfindahl, calculado usando as participações de
mercado, medidas em relação a uma base que considera o mercado todo como igual a 100, é
a) 1
b) 10
c) 100
d) 1.000

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e) 10.000

Comentários:

O Índice de Hirschman-Herfindahl é obtido pelo somatório das participações relativas elevadas


ao quadrado. Note que o enunciado definiu que o mercado é 100, de forma que a participação
relativa de cada firma é 10.

IHH=102+102+102+102+102+102+102+102+102+102

ou, para simplificar:

IHH=10 x 102

IHH=1000

Gabarito: “d”

51. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


Em um determinado mercado, existem cinco firmas (A, B, C, D e) com igual participação de
20%. Suponha que a firma D adquira a firma E.
Com base no índice de concentração Herfindahl-Hirschman ou IHH (em um intervalo entre 0 e
1), tem-se que o IHH
a) cai 0,05 após a compra da firma E pela D.
b) é impossível ser calculado com base nas informações disponíveis.
c) é igual a 0,25, após a compra da firma E pela D.
d) passa a ser igual a 0,28, após a compra da firma E pela D.
e) seria zero, caso a concentração fosse absoluta.

Comentários:

Precisamos apenas calcular o IHH antes e depois da aquisição de E por D. Lembrando que ele é
igual ao somatório dos quadrados das participações de cada firma:

IHHANTES=0,22+0,22+0,22+0,22+0,22

IHHANTES=0,04+0,04+0,04+0,04+0,04

IHHANTES=0,2

IHHDEPOIS=0,22+0,22+0,22+0,42

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IHHDEPOIS=0,04+0,04+0,04+0,16

IHHDEPOIS=0,28

Note que o índice aumentou, mostrando que o mercado ficou mais concentrado, e que a
alternativa correta é a D.

Gabarito: “d”

52. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Engenharia)
O Índice de Herfindahl é um método que permite avaliar a concentração setorial.
O quadro abaixo mostra, segundo esse Índice, o grau de concentração de alguns setores.
Índice de
Setor
Herfindahl
A 1
B ½
C ¼
D 0
De acordo com esse quadro, considere as afirmativas abaixo.
I – O Índice de Herfindahl do setor A indica que, nesse setor, existe um monopólio.
II – Se, no setor B, existem duas empresas, a participação delas no mercado é igual.
III – O Índice de Herfindahl mostra que existem 4 empresas no setor C.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III

Comentários:

O Índice de Herfindahl, definido como a soma das participações relativas das firmas de um setor,
será mais próximo a 1 quanto menor for a competição. Portanto, o monopólio será caracterizado
pelo índice máximo, exatamente como afirmado em I.

Se há apenas duas firmas no mercado e o índice é ½, podemos concluir que cada uma delas tem
50% do mercado. Não há outra combinação de market share que implique nesse resultado. A
afirmativa II também é verdadeira.

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Por fim, a afirmativa III está errada. Seria possível, por exemplo, que existem 10 firmas; uma delas
com 40% do mercado e as outras nove com 10%, que ainda assim o Índice seria de ¼. Há
inúmeras outras combinações possíveis.

Gabarito: “d”

53. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Considerando a medida Herfindahl-Hirschman Index (HHI) de concentração do mercado e que
os valores do HHI para os setores de extração de minério de ferro e de fabricação de automóveis
no Brasil sejam de 0,40 e 0,17, respectivamente, julgue o item abaixo.
Segundo os dados apresentados, o mercado de extração de minério de ferro é mais
concentrado do que o de fabricação de automóveis no Brasil.

Comentários:

Quando mais próximo de 1 for o HHI, mais próximo do modelo monopolista será o setor em
questão. Dessa forma, fica claro que o setor de extração de minério de ferro é mais concentrado
e menos competitivo do que o setor de fabricação de automóveis.

Gabarito: Certo

54. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte – Economia)


Na análise da estrutura concorrencial do mercado, o modelo de Cournot
a) avalia o comportamento das empresas em uma situação de concorrência monopolística.
b) demonstra como as empresas têm dependência das ações das outras em uma situação de
oligopólio.
c) preconiza a aplicação de uma taxa equivalente à proposta de Pigou.
d) trata de uma situação de cartel perfeito, demonstrando que o preço estabelecido
corresponderá ao preço de monopólio.
e) demonstra porque, para o monopolista, a curva de receita média é a curva de demanda do
mercado.

Comentários:

Questão relativamente tranquila, na qual basta conhecer o conceito do modelo oligopolista de


Cournot (B).

Sabemos que ele não é uma concorrência monopolística (A), nem tampouco um cartel (D) ou
monopólio (E).

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A proposta de Pigou (o economista que propôs as externalidades) foge ao escopo desta aula,
mas talvez você queira saber que é um imposto cujo objetivo é corrigir externalidade negativas
no mercado (C).

Gabarito: “b”

55. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)


Em relação à teoria microeconômica clássica sobre as estruturas dos mercados, julgue o item a
seguir.
Transmissões dos jogos de futebol do campeonato nacional realizadas por uma única emissora
de televisão constituem mercado do tipo oligopólio.

Comentários:

Como poderia ser um oligopólio, se há uma única empresa?

Essa empresa detém o monopólio da transmissão!

Gabarito: “Errado”

56. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
Uma análise do comportamento da indústria permite observar que empresas ganham mercado
ao juntarem-se a outras. Esse comportamento é denominado fusão, que pode ser vertical ou
horizontal. As fusões horizontais são caracterizadas pela fusão de empresas que estão em
diferentes estágios de produção.

Comentários:

O erro da questão está em afirmar que fusão (concentração) horizontal é entre empresas em
diferentes estágios. Diferentes estágios é fusão vertical.

• Concentração horizontal: Associação de empresas que atuam no mesmo ramo, ou seja,


ofertam produtos simulares, com o objetivo de aumentar seu poder de mercado. Ocorrem
por meio de fusões e incorporações ou cartéis.
• Integração vertical: Concentração de empresas que operam em diferentes estágios da
cadeia produtiva de determinado bem. Por exemplo: a união da empresa que extrai
borracha com a empresa que a vulcaniza para fabricar pneus de automóveis.

Gabarito: Errado

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57. (2019/FCC/SEFAZ-BA/Auditor Fiscal)


Na análise de situações oligopolísticas,
a) o modelo de Cournot trata de empresas que produzem bens heterogêneos.
b) o modelo de Bertrand considera a decisão de empresas concorrentes sobre o preço do
produto.
c) no modelo de Stackelberg, as empresas tomam decisão simultânea sobre o nível de
produção.
d) no modelo de Bertrand, uma empresa toma decisão antes das demais.
e) o modelo de Cournot não permite uma posição de equilíbrio, o que impede a existência de
um equilíbrio de Nash.

Comentários:

a) o modelo de Cournot trata de empresas que produzem bens heterogêneos.

Nada disso. O modelo de Cournot supõe produtos homogêneos, indicando que haverá um
único preço para todos os oligopolistas.

b) o modelo de Bertrand considera a decisão de empresas concorrentes sobre o preço do


produto.

Isso mesmo. Por isso chamamos de modelo de competição por preços.

c) no modelo de Stackelberg, as empresas tomam decisão simultânea sobre o nível de produção.

Errado. No modelo de Stackelberg há uma empresa líder que determina antes seu nível de
produção, e então é seguida pela empresa satélite.

d) no modelo de Bertrand, uma empresa toma decisão antes das demais.

Não! A decisão aqui é simultânea.

e) o modelo de Cournot não permite uma posição de equilíbrio, o que impede a existência de
um equilíbrio de Nash.

Há equilíbrio no modelo de Cournot quando as empresas fazem o melhor que podem em vista
do que a outra empresa está fazendo. É a isso que chamamos equilíbrio de Nash.

Gabarito: “b”

58. (2019/FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado - Economia)


Considere duas firmas que operam em um mercado de Cournot.

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A demanda agregada desse mercado é caracterizada por Q=28−P, onde Q é a produção total,
ou seja, Q=Q1+Q2, onde Q1 é a produção da firma 1 e Q2 é a produção da firma 2.
As empresas apresentam as seguintes estruturas de custos totais: CT 1(Q1)=Q12+18Q1 e
CT2(Q2)=22Q2+1.
A diferença entre o lucro dessas duas empresas é de:
a) 20 unidades monetárias;
b) 15 unidades monetárias;
c) 10 unidades monetárias;
d) 5 unidades monetárias;
e) 1 unidade monetária.

Comentários:

Nesse caso, como o custo marginal não é nulo, não poderemos usar nossas fórmulas, mas
usaremos o mesmo raciocínio que nos permitiu chegar a elas.

O primeiro passo é definir a curva de demanda reserva:

p = 28 – (Q1+Q2)

Assim, podemos determinar a função de receita total da empresa 1:

RT1 = Q1. [28 – (Q1+Q2)]

Tirando dos parênteses:

RT1 = Q1. [28 – Q1 – Q2]

RT1 = 28Q1 – Q12 – Q1Q2

E a receita marginal fica sendo:

RMg1 = 28 – 2Q1 – Q2

Algo que a empresa 1 irá igualar ao custo marginal para maximizar seu lucro. Então, derivamos
a função de custo total fornecida:

CT1 = Q12 + 18Q1

CMg1 = 2Q1 + 18

Igualando à receita marginal:

28 – 2Q1 – Q2 = 2Q1 + 18

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28 – 18 – Q2 = 2Q1 + 2Q1

10 – Q2 = 4Q1

Vamos apenas reorganizar os termos:

4Q1 = 10 – Q2

Guarde essa equação.

Agora faremos o mesmo para a empresa 2, mas já sabendo que sua receita marginal é igual á da
empresa 1. Afinal, elas se deparam com a mesma curva de demanda:

RMg2 = 28 – 2Q2 – Q1

Igualando ao custo marginal:

CT2 = 22Q2+1

CMg2 = 22

28 – 2Q2 – Q1 = 22

28 – 22 – 2Q2 = Q1

6 – 2Q2 = Q1

Reorganizando:

Q1 = –2Q2 + 6

Agora, podemos substituir o valor fornecido para Q1 naquela equação que eu pedi para você
guardar:

4Q1 = 10 – Q2

4.(–2Q2 + 6) = 10 – Q2

–8Q2 + 24 = 10 – Q2

24 = 10 + 7Q2

14 = 7Q2

Q2 = 2

E sabendo Q2, fica simples descobrir Q1:

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Q1 = –2Q2 + 6

Q1 = - 2.2 + 6

Q1 = -4 + 6

Q1 = 2

Sendo assim, ambas ofertarão a mesma quantidade ao mesmo preço, e terão a mesma receita
total. Sendo assim, a diferença entre os lucros (solicitada pela questão), será igual à diferença
entre os custos totais de cada uma delas:

CT1 = Q12 + 18Q1


CT1 = 22 + 18.2
CT1 = 4 + 36
CT1 = 40

CT2 = 22Q2 + 1
CT2 = 22.2 + 1
CT2 = 44 + 1
CT2 = 45

Aí está! O lucro da empresa 1 será 5 unidades monetárias superior ao lucro da empresa 2.

Gabarito: “d”

59. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista - Economia)


Considere o modelo de Stackelberg no qual duas firmas produzem um mesmo produto.
Suponha que as firmas sejam homogêneas, o que significa que as curvas de custo total de
ambas são expressas por Ci(qi) = 25qi, para i = L,S. A curva de demanda inversa desse mercado
todo é dada por p(q) = 175 – 1,5q, onde q = qL+qS é a produção total no mercado. Em equilíbrio,
o lucro da firma líder é dado por:
a) 1.250;
b) 1.875;
c) 2.000;
d) 2.225;
e) 3.750.

Comentários:

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Começamos determinando a curva de reação da empresa S (a seguidora). Como o custo não é


nulo, a melhor forma de fazer isso será igualando receita marginal e custo marginal.

Agora, definimos a receita total da firma Seguidora, que é:

RTS = p.qS

Usando a função de demanda no lugar do preço:

RTS = (175–1,5.(qS+qL)).qS

Resolvendo primeiro os parênteses de dentro, com a distributiva no “-1,5”:

RTS = (175–1,5qS–1,5qL).qS

E agora os parênteses com sobraram, sendo a distributiva em “q L”

RTS = 175qS –1,5qS2–1,5qL.qS

Derivando para encontrar a receita marginal:

RMgS=175 – 3qS – 1,5qL

Derivando o custo total fornecido pela questão (CT=25q) obtemos o custo marginal:

CMgS=25

Por fim, igualando receita marginal e custo marginal:

175 – 3qS – 1,5qL=25

175 – 25 – 1,5qL = 3qS

150 – 1,5qL = 3qS

150–1,5qL
qS =
3

1,5qL
qS =50-
3

1qL
qS =50-
2
qL
qS =50-
2

Essa acima é a curva de reação da empresa seguidora.

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Vamos à empresa líder, definindo sua receita total da mesma forma que fizemos para a seguidora
(é só trocar “L” por “S”):

RTL = 175qL –1,5qL2–1,5qS.qL

Para não ficarmos com duas incógnitas, trocamos “q S” pela curva de reação da empresa
seguidora:

qL
RTL =175qL -1,5qL 2 -1,5qL (50- )
2

Aplicando a distributiva em “-1,5qL”:

2
1,5qL 2
RTL =175qL –1,5qL – 75qL +
2

1,5qL 2
2
RTL =100qL –1,5qL +
2

RTL =100qL -1,5qL 2 +0,75qL 2

RTL =100qL -0,75qL 2

RMgL =100-1,5qL

Agora que temos a receita marginal, vamos igualar ao custo marginal (obtido ao derivar o custo
total):

100-1,5qL =25

100-25=1,5qL

75=1,5qL

75
qL =
1,5

qL =50

Pronto, já temos a quantidade produzida pela líder. Vamos colocar esse valor na curva de reação
da seguidora:

qL
qS =50-
2

50
qS =50-
2

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qS =50-25

qS =25

Aí está a quantidade produzida pela seguidora. Lembrando que a quantidade total “q” é dada
pela soma da produção das duas empresas:

q=qL +qS

q=50+25

q=75

Com isso, podemos descobrir o preço desse mercado, usando a função fornecida pelo
enunciado:

p=175-1,5.q

p=175-1,5.75

p=175-112,5

p=62,5

Agora, descobriremos a receita total da empresa líder:

RTL = p.qL

RTL = 62,5 . 50

RTL = 3125

E o custo total da empresa líder:

CTL = 25.q1

CTL = 25.50

CTL = 1250

Por fim, o lucro total solicitado pela questão:

LT1= RTL – CTL

LT1= 3125 – 1250

LT1 = 1875

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Gabarito: “b”

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LISTA DE QUESTÕES
1. (2019/VUNESP/TRANSERP/Contador)
O mercado é um local em que compradores (demanda) e vendedores (oferta) se encontram
para realizar transações econômicas. Em mercado estruturado com apenas um pequeno
número de firmas, classifica-se como
a) concorrência perfeita.
b) concorrência monopolista.
c) monopólio.
d) monopólio integrado.
e) oligopólio.

2. (2018/FCC/ALESE/Analista Legislativo - Economia)


Considere o gráfico a seguir, que relaciona preço e quantidade de um dado bem para uma
dada empresa:

Das informações apresentadas no gráfico, apreendemos que o equilíbrio de longo prazo ocorre
em uma empresa
a) em concorrência perfeita, com o preço de equilíbrio igual ao custo médio.
b) em monopólio natural, com o preço de equilíbrio menor que o custo marginal.
c) monopolisticamente competitiva, com o preço de equilíbrio igual ao custo médio.
d) em um oligopólio com equilíbrio de Cournot, em que o custo marginal é fixo.

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e) em um monopólio puro em que se observa o equilíbrio de Nash, em que a quantidade de


equilíbrio é definida pelo encontro entre receita marginal e custo marginal.

3. (2018/VUNESP/ARSESP/Especialista em Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos)


Em relação às estruturas de mercado, é correto afirmar que
a) no oligopólio, há um grande número de pequenas empresas oferecendo produtos
heterogêneos.
b) na concorrência monopolista, há um pequeno número de grandes empresas que oferecem
produtos homogêneos.
c) na concorrência perfeita, o equilíbrio da firma se dá quando o preço de mercado é igual ao
custo marginal da enésima unidade, e o médio está decrescendo.
d) a maximização de lucros de uma empresa monopolista é alcançada em um ponto da curva
de demanda em que o preço é maior que o custo marginal.
e) não existem monopólios naturais puros, apenas aqueles que são permitidos pela legislação
do país em que estão sediados.

4. (2018/FCC/CL DF/Consultor Legislativo - Regulação Econômica)


Os restaurantes que operam no Distrito Federal, assim como em outras grandes cidades do
País, se caracterizam por trabalharem em mercado do tipo
a) monopólio.
b) concorrência perfeita.
c) oligopólio.
d) concorrência monopolista.
e) cartel.

5. (2018/CESPE/TCE-MG/Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas)


A análise das estruturas de mercado fundamenta os efeitos da oferta e da demanda, no
mercado tanto de bens quanto de fatores de produção. Nesse contexto, a persistência de lucros
extraordinários, mesmo no longo prazo,
a) ocorre na concorrência imperfeita.
b) é justificada pela seleção adversa.
c) ocorre no monopólio.
d) ocorre na concorrência perfeita.
e) é justificada pelo paradigma estrutura-conduta-desempenho.

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6. (2018/IBADE/CAERN/Economista)
Dentre as diversas estruturas de mercado, uma delas é conhecida pela homogeneidade de seus
produtos e o livre trânsito das empresas dada a transparência do mercado. Há pleno
conhecimento, pelos compradores e vendedores, de tudo o que se refere às fontes supridoras,
ao processo de produção em si, aos níveis de oferta e etc. As características citadas são
atribuídas a que estrutura de mercado?
a) Concorrência perfeita
b) Monopsônio
c) Concorrência monopolística
d) Oligopólio
e) Monopólio

7. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
O oligopólio decorrente do conluio de empresas que estabelecem preços e repartem mercado
tem algumas características próximas ao monopólio e distantes da concorrência perfeita, na
qual várias empresas produzem um bem idêntico.

8. (2017/CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional)


Com referência à teoria microeconômica da produção e às respectivas estruturas de mercado,
julgue o item subsequente.
No duopólio de Bertrand, o preço pago pelas firmas é igual ao custo marginal.

9. (2018/FCC/CLDF/Consultor Legislativo - Regulação Econômica)


Em se tratando de estruturas de mercado, a presença do oligopólio se caracteriza por
apresentar
a) livre mobilidade dos recursos.
b) rivalidade entre as poucas empresas participantes.
c) inexistência de concorrência entre as empresas.
d) produtos homogêneos perfeitos.
e) empresas tomadoras de preço.

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10. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
Uma análise do comportamento da indústria permite observar que empresas ganham mercado
ao juntarem-se a outras. Esse comportamento é denominado fusão, que pode ser vertical ou
horizontal. As fusões horizontais são caracterizadas pela fusão de empresas que estão em
diferentes estágios de produção.

11. (2017/FGV/IBGE/Analista Censitário)


Com relação à teoria de mercados, observe as seguintes afirmações:
I. não tem lucro econômico a longo prazo;
II. equilibra receita marginal com custo marginal;
III. há livre entrada e saída de empresas.
Assinale a alternativa que indica a estrutura de mercado que satisfaz as afirmações:
a) monopólio e concorrência perfeita;
b) oligopólio e monopólio;
c) concorrência perfeita e concorrência monopolista;
d) concorrência monopolista e oligopólio;
e) concorrência perfeita e oligopólio.

12. (2016/FCC/COPERGÁS/Analista - Economista)


Considerando as estruturas de mercado, é correto afirmar:
a) No oligopólio, a empresa maximiza o seu lucro quando o custo marginal é igual à receita
marginal, sendo esta igual ao preço.
b) O modelo de duopólio de Cournot analisa duas empresas dentre as várias existentes em uma
situação de concorrência monopolística.
c) A concorrência monopolística se caracteriza pela igualdade dos produtos.
d) Para o monopolista, a curva de receita média é a curva de demanda do mercado.
e) O custo marginal é constante na concorrência perfeita, em razão da grande quantidade de
compradores.

13. (2016/FCC/ALMS/Economista)
Quando há muitos vendedores e compradores no mercado, nenhuma barreira relevante à
entrada, e um produto diferenciado, a estrutura de mercado é chamada de
a) oligopólio de Bertrand.

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b) competição perfeita.
c) competição monopolística.
d) monopólio.
e) oligopólio de Cournot.

14. (2014/CESGRANRIO/PETROBRÁS/Vendas)
Considere-se uma pequena cidade onde existe apenas um posto de gasolina, que, devido à
sua localização privilegiada, permite fixar um preço um pouco maior do que os postos de uma
cidade vizinha, visto que seu produto se diferencia pela sua localização.
Essa situação de estrutura de mercado é denominada
a) monopólio
b) monopsônio
c) competição perfeita
d) competição monopolística
e) modelo de Cournot

15. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista – Economia)


Considere uma indústria com 25 firmas produtoras de sabão em pó, na qual todas apresentam
a mesma função custo dada por c(qi) = 88qi, em que qi é a produção da firma i (1=1,...,25).
Defina a produção total como sendo o somatório da produção de cada uma dessas 25 firmas,
ou seja, a produção total é dada por Q=∑i=125qi. A demanda de mercado é p(Q) = 400 – 3Q.
Supondo que as firmas se comportem como no modelo de Cournot e dado que são idênticas,
cada firma produzirá a mesma quantidade. Dessa forma, identifica-se que a produção total
desse mercado é de:
a) 4 unidades;
b) 25 unidades;
c) 50 unidades;
d) 70 unidades;
e) 100 unidades.

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16. (2008/FCC/TCE SP/Auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo)


Considere as proposições a seguir.
I. A curva de oferta de curto prazo de uma empresa em um mercado de concorrência perfeita é
dada pelo ramo ascendente da curva de custo variável médio acima do ponto de cruzamento
desta com a curva de custo marginal.
II. A empresa monopolista maximizará seu lucro produzindo a quantidade para a qual o preço
do bem e o custo marginal da produção sejam iguais.
III. No mercado de concorrência perfeita, uma empresa não deve operar caso o preço de seu
produto esteja compreendido entre o custo variável médio e o custo total médio da quantidade
produzida.
IV. O monopólio é uma estrutura de mercado menos eficiente do que a concorrência perfeita,
porque no equilíbrio do monopólio o preço é maior que o custo marginal.
V. A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado em que há um grande número de
pequenas empresas que fabricam produtos diferenciados.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e V.
e) IV e V.

17. (2006/ESAF/ANEEL/Especialista em Regulação)


Com relação à concorrência monopolística, julgue as afirmações abaixo e assinale a opção
correta.
I. Quanto mais bem-sucedida for a empresa A na diferenciação do seu produto daqueles
produzidos por firmas que vendem produtos similares, mais elástica será a curva de demanda
pelo produto da empresa A.
II. A entrada de mais firmas com produtos similares leva, no equilíbrio, a tangência entre a curva
de demanda e a curva de custo médio.
III. O equilíbrio na competição monopolística é eficiente no sentido de Pareto pois as firmas
operam com lucro zero.
a) I, II e III falsas.
b) I verdadeira, II e III falsas.
c) I, II e III verdadeiras.
d) I e III falsas, II verdadeira.
e) I falsa, II e III verdadeiras.

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18. (2006/ESAF/ANEEL/Especialista em Regulação)


A principal distinção entre mercados sob regime de concorrência perfeita e concorrência
monopolística é representada pelo (a):
a) inclinação ou não da curva de demanda para a empresa.
b) existência ou não de barreiras à entrada de novos concorrentes.
c) ocorrência ou não de equilíbrio do mercado no longo prazo.
d) existência ou não de barreiras à saída de novos concorrentes.
e) grau de competição existente nos mercados dos fatores de produção.

19. (2015/ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento)


Com relação às diferentes estruturas de mercado, é correto afirmar que
a) um monopsônio é caracterizado pela presença de um único comprador no mercado de um
bem ou serviço.
b) a diferença entre um oligopólio e um oligopsônio é que no caso do oligopsônio as empresas
constituem uma oligarquia tecnológica.
c) um monopólio é uma empresa que tem o poder de fixar o preço de seu produto em qualquer
nível sem, com isso, comprometer o volume de suas vendas.
d) a concorrência monopolística é uma forma de concorrência perfeita.
e) a concorrência monopolística é uma concorrência entre grandes empresas com grande
poder de mercado.

20. (2002/CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo - Economia)


A análise das estruturas de mercado, tanto competitivas quanto não competitivas, é
fundamental para o entendimento da formação do sistema de preços.
Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente.
Para permanecerem no mercado, as firmas que atuam em concorrência monopolista utilizam
práticas de concorrência extrapreço, tais como a diferenciação do produto e o uso de
publicidade.

21. (2011/FCC/TCE-PR/Analista de Controle - Economia)


O mercado de concorrência monopolística de um bem ou serviço é caracterizado por
apresentar
a) grande número de compradores de produtos homogêneos.
b) elevado grau de concentração da produção entre poucos ofertantes.

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c) grande número de ofertantes de produtos homogêneos.


d) pequeno número de ofertantes de produtos similares, mas diferenciados entre si.
e) grande número de ofertantes de produtos similares, mas diferenciados entre si.

22. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico Engenharia)


Um empresário está pensando em abrir uma empresa em um mercado desconhecido por ele.
Ele contrata um consultor para lhe apresentar o tipo de estrutura de mercado que ele vai
encontrar. O consultor lhe apresenta as seguintes características desse mercado: há muitos
vendedores e compradores, há diferenciação de produtos e existe livre entrada para as
empresas.
O empresário conclui que esse mercado apresenta um tipo de estrutura de
a) oligopólio
b) monopólio
c) monopsônio
d) concorrência perfeita
e) concorrência monopolística

23. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Acerca das estratégias empresariais e dos modelos de concorrência, julgue o próximo item.
A competição monopolística assemelha-se à competição perfeita, visto que os lucros
econômicos tendem a reduzir-se a zero.

24. (2008/CESPE/TCE-AC/Analista de Controle Externo)


Em mercados organizados sob a forma de concorrência monopolista, a existência de barreiras
à entrada, associada à diferenciação do produto, garante a existência de lucros econômicos
substanciais para as empresas estabelecidas nesse mercado, mesmo no longo prazo.

25. (2006/ESAF/ANEEL/Especialista em Reg. de Serviços Públicos de Energia)


Considere as afirmações abaixo que dizem respeito aos modelos de oligopólio com apenas 2
firmas.
“No modelo de __________, cada empresa escolhe seu preço com base em suas expectativas
sobre o preço que a outra empresa escolherá, simultaneamente.”
“No modelo de ______________, quando a líder escolhe determinado nível de produção, ela
leva em consideração como a seguidora irá responder.”

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As expressões que preenchem corretamente as lacunas são respectivamente:


a) Bertrand / Stackelberg
b) Stackelberg / Cournot
c) Cournot / Stackelberg
d) Bertrand / Cournot
e) Stackelberg / Bertrand

26. (2013/ESAF/MF/Analista de Finanças e Controle)


Considere um mercado e suponha diferentes formas de organização deste mercado. Assinale
qual das opções a seguir está correta.
a) Caso o mercado seja dominado por um monopolista que não discrimina preços, o total
produzido será maior do que no caso do mercado ser caracterizado como um mercado de
concorrência perfeita.
b) Caso o mercado seja dominado por um monopolista que não discrimina preços, o lucro será
máximo e a quantidade produzida será igual à que seria produzida em concorrência perfeita.
c) Caso o mercado seja caracterizado por um duopólio do tipo Cournot, o total produzido pelas
duas firmas será igual à quantidade que seria produzida sob monopólio, porém a soma do lucro
das duas firmas seria menor do que o lucro do monopolista.
d) Caso o mercado seja caracterizado por concorrência perfeita, o lucro econômico será igual a
zero, mas a quantidade produzida será maior do que seria produzido sob monopólio.
e) Caso o mercado seja caracterizado por concorrência perfeita, o lucro econômico será igual a
zero, mas a quantidade produzida será menor do que seria produzido sob monopólio.

27. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte – Economia)


Em um mercado caracterizado por concorrência monopolística, o empresário, para maximizar
seu lucro, deve produzir uma quantidade tal que a receita marginal seja igual
a) ao custo marginal.
b) à quantidade demandada.
c) ao preço unitário.
d) à receita média.
e) ao custo médio.

28. (2016/CESGRANRIO/ANP/Técnico em Regulação de Petróleo e Derivados)


Uma característica do mercado em concorrência monopolística é que

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a) se trata de um mercado atomizado, ou seja, individualmente, vendedor e comprador não


possuem condições de influenciar o mercado.
b) são os produtos vendidos diferenciados e complementares entre si.
c) são os produtos vendidos complementares entre si, mas não são diferenciados.
d) existe a possibilidade de capacidade ociosa na produção.
e) é menor o preço de equilíbrio do que o custo marginal para o produtor.

29. (2016/FCC/ELETROSUL/Economista)
Em um cartel perfeito, podemos afirmar que
a) o lucro do mercado será apropriado por uma só firma.
b) há acordo entre algumas firmas, dentro de um mercado de concorrência monopolística.
c) o modelo garante que as firmas participantes não tenham incentivo a burlar o acordo.
d) o preço estabelecido corresponderá ao preço de monopólio.
e) a implantação do modelo é facilitada, uma vez que os consumidores são chamados a
participar do acordo estabelecido entre as firmas.

30. (2006/ESAF/Eletronorte/Economista)
No que diz respeito aos modelos clássicos de oligopólio, pode-se afirmar que:
a) por mais que o número de empresas aumente, o preço de mercado no modelo de Cournot
nunca se aproxima do preço em um mercado perfeitamente competitivo.
b) no modelo de Cournot, a empresa líder escolhe a quantidade antes da empresa seguidora.
c) no modelo de Bertrand com produtos homogêneos e sem limitação de capacidade, a
empresa líder fixa o preço e a seguidora fixa a quantidade.
d) no modelo de Bertrand com produtos homogêneos e sem limitação de capacidade, se as
empresas apresentarem os mesmos custos, elas estabelecerão seus preços ao nível do custo
marginal.
e) no modelo de Stackelberg, as empresas fixam o preço simultaneamente.

31. (2012/CESGRANRIO/CASA DA MOEDA/Analista)


Considere as afirmativas abaixo sobre os diversos tipos de mercados.
Em situação de monopólio, no curto prazo, o preço é maior que o custo marginal, e, no longo
prazo, eles são iguais.
Em concorrência perfeita, o equilíbrio ocorre quando o preço é igual ao custo marginal.

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No modelo de duopólio de Cournot, cada empresa admite que a quantidade produzida pela
outra não interfere na sua condição de equilíbrio.
A concorrência monopolística caracteriza-se pelo fato de as empresas produzirem produtos
diferenciados, embora substitutos próximos.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

32. (2007/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Considere um mercado com apenas duas firmas, A e B. Exceto pelo nome, essas firmas são
absolutamente idênticas. Ambas produzem petróleo. Para cada empresa, o custo de produção
é R$ 10,00 por barril. A demanda total por petróleo é dada por P = 210 - Q, sendo Q a soma
das quantidades produzidas e ofertadas por cada empresa (Q = QA + QB). Suponha que as
firmas decidam formar um cartel e coordenar suas produções. Nesse caso, a quantidade ótima
produzida por cada firma será:
a) QA = QB = 50.
b) QA = QB = 100.
c) QA = QB = 67.
d) QA = QB = 45.
e) QA = QB = 47.

33. (2014/CESPE/ANATEL/Especialista – Economia)


A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econômicos e, por essa
razão, constitui um sólido fundamento à análise dos agregados econômicos. A esse respeito,
julgue o item subsequente.
No modelo da curva de demanda quebrada, as empresas oligopolistas defrontam-se com uma
curva de demanda que é mais inelástica para preços superiores àqueles que prevalecem no
mercado e mais elástica, no caso contrário.

34. (2014/CESPE/ANTAQ/Especialista em Reg Serviços Transporte Aquaviário)


No que diz respeito às estruturas de mercado, à dinâmica de determinação de preços e lucros
e à competitividade e estratégia empresarial, julgue o item que se segue.

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A ineficiência do mercado de concorrência imperfeita pode ser medida pela distância entre o
preço de mercado e o custo marginal do bem. Quanto menor for essa distância, menos eficiente
será o mercado de concorrência imperfeita.

35. (2009/FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual)


Considere uma estrutura de mercado oligopolista, composto por duas empresas que
interagem, estrategicamente, num mercado de produtos homogêneos.
Assuma que a demanda é bem comportada e as estruturas de custos das empresas são iguais,
com retornos constantes de escala.
Com relação à implicação sobre a intensidade da concorrência ao se adotar o modelo de
concorrência em preço (à la Bertrand) no lugar de concorrência em quantidades (à la Cournot),
assinale a afirmativa correta.
a) A concorrência em preços é mais suave que a concorrência em quantidades, com preços de
equilíbrio iguais aos custos marginais.
b) A concorrência em preços é mais intensa que a concorrência em quantidades, com preços
de equilíbrio iguais aos custos marginais.
c) Ambas as formas de interação estratégica sempre exibirão mesmo efeito sobre a intensidade
da concorrência.
d) A concorrência em preços é mais suave que a concorrência em quantidades, com preços de
equilíbrio superiores aos custos marginais.
e) A concorrência em preços é mais intensa que a concorrência em quantidades, com preços
de equilíbrio superiores aos custos marginais.

36. (2007/CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo)


O estudo da microeconomia, que analisa o comportamento individual dos agentes econômicos,
é fundamental para se avaliar a tomada de decisão no que se refere às questões econômicas. A
esse respeito, julgue os itens a seguir.
No Brasil, a cartelização das grandes empresas produtoras de suco de laranja, apontada pelo
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), é dificultada pelo fato de essas firmas
se confrontarem com uma curva de demanda horizontal e transacionarem um produto
homogêneo.

37. (2008/CESPE/MTE/Economista)
A teoria microeconômica estuda o processo de decisão dos agentes econômicos, incluindo-se,
aí, consumidores e produtores. A esse respeito, julgue o item a seguir.

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Na indústria automobilística, o fato de que somente as grandes empresas conseguem utilizar


de forma eficiente os robôs e equipamentos exigidos para a produção de veículos contribui
para a oligopolização desse setor.

38. (2010/CESPE/SEFAZ-ES/Consultor do Executivo Ciências Econômicas)


Julgue o item que se segue, relativo à teoria dos jogos e dos mercados imperfeitos.
Modelos de Stackelberg são frequentemente utilizados para descrever comportamentos de
empresas em um mercado de oligopólio quando elas concorrem nas quantidades produzidas.

39. (2008/FCC/TCE SP/Auditor do Tribunal de Contas do Estado)


É correto afirmar:
a) No modelo de duopólio de Cournot, cada fabricante fixa seu preço levando em conta a
previsão que tem sobre qual será o preço praticado pelo concorrente.
b) O modelo da curva de demanda quebrada procura explicar porque há uma tendência à
rigidez de preços entre as poucas empresas que participam de um mercado oligopolista.
c) No modelo de duopólio de Bertrand, cada empresa fixa sua quantidade produzida a partir
da previsão que faz sobre a quantidade ofertada pelas rivais.
d) Caso haja uma empresa dominante no oligopólio, quanto mais elástica é a oferta das demais
empresas, menos elástica é a demanda da empresa dominante.
e) Quanto mais alto for o preço estabelecido por um cartel, menor incentivo tem os seus
membros de cobrar secretamente um preço menor que seus concorrentes.

40. (2012/CESPE/ANAC/Analista Administrativo)


Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado, julgue os próximos
itens.
O oligopólio constitui uma estrutura de mercado em que as empresas consideram, em suas
decisões, as ações de suas concorrentes.

41. (2012/CESPE/CACD/Diplomata)
Com base na análise das estruturas de mercado, crucial para o entendimento da formação dos
preços nos diferentes setores da economia, julgue (C ou E) os itens subsequentes.
A cartelização de determinado mercado é facilitada quando as firmas que o compõem são do
mesmo tamanho e se confrontam com demandas elásticas.

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42. (2016/FCC/ARSETE/Economista)
A respeito do modelo da curva de demanda quebrada, é correto afirmar que
a) uma redução de preço não é acompanhada pelos concorrentes.
b) a demanda é elástica para preços abaixo do preço de equilíbrio.
c) se uma empresa elevar seu preço, os concorrentes também farão o mesmo.
d) se busca demonstrar situações em que os preços são relativamente estáveis.
e) a demanda é inelástica para preços acima do preço de equilíbrio.

43. (2016/FCC/ARSETE/Economista)
Uma característica da estrutura de mercado de concorrência monopolística é dada pela
existência de
a) barreiras à entrada.
b) poucas empresas.
c) cartelização.
d) irrelevância da localização das empresas.
e) produtos diferenciados que permitem algum poder de determinação dos preços.

44. (2018/CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
A concorrência monopolista é caracterizada por produtos iguais, muitos compradores e muitos
vendedores, mas, nesse modelo de concorrência, a entrada e a saída de novas empresas são
dificultadas, diferentemente do que ocorre na competição perfeita.

45. (2012/CESPE/ANAC/Técnico em Regulação de Aviação Civil)


No que concerne a monopólio e oligopólio, julgue o item.
Uma das características do mercado oligopolista é a interdependência mútua, em que as
empresas agem levando em consideração a reação de seus concorrentes.

46. (2010/CESPE/CACD/Diplomata)
Considerando a teoria da produção e dos custos, que fornece importantes elementos para a
análise da formação de preços em distintos ambientes de mercado, julgue C ou E.

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O êxito de um cartel depende não apenas das similaridades — considerando-se tamanho e


poder de mercado — entre as diferentes firmas que o compõem, mas também da demanda do
mercado em que o cartel opera, a qual deve ser elástica em relação ao preço.

47. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Acerca das estratégias empresariais e dos modelos de concorrência, julgue o próximo item.
Um cartel tende a ser duradouro se a demanda pelo seu produto for expressa por uma curva
horizontal.

48. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Em uma estrutura de mercado, as empresas A e B produzem mercadorias homogêneas; e, nessa
circunstância, P(Q) = 70 – Q é a representação da curva de demanda, na qual Q é a produção
total das duas empresas. Cada empresa tem conhecimento do custo marginal da outra, e os
custos totais dessas empresas são: CTA = 10 × Q + 2 e CTB = 30 × Q + 1.
A respeito dessa estrutura, julgue o item seguinte.
Se ambas as empresas decidirem, simultaneamente, as quantidades a serem produzidas, então
as quantidades de equilíbrio, QA* e QB*, associadas às empresas A e B serão, respectivamente,
QA* = 80/3 e QB* = 20/3.

49. (2015/ESAF/MPOG/Especialista em Gestão e Políticas Públicas)


Considere as seguintes definições:
I - "concentração que envolve agentes econômicos distintos e competidores entre si que
ofertam o mesmo produto ou serviço em um determinado mercado relevante";
II - "concentração que envolve agentes econômicos distintos que ofertam produtos ou serviços
distintos e que fazem parte da mesma cadeia produtiva".
Essas duas definições dizem respeito, respectivamente, a
a) concentração vertical e cartel.
b) concentração vertical e concentração horizontal.
c) concentração horizontal e integração vertical.
d) concentração vertical e restrição horizontal.
e) concentração horizontal e integração horizontal.

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50. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Economista)
Considere um mercado no qual atuam dez empresas com as mesmas vendas totais, cada uma
com uma participação no mercado de 10%.
O índice de concentração de Hirschman-Herfindahl, calculado usando as participações de
mercado, medidas em relação a uma base que considera o mercado todo como igual a 100, é
a) 1
b) 10
c) 100
d) 1.000
e) 10.000

51. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


Em um determinado mercado, existem cinco firmas (A, B, C, D e) com igual participação de
20%. Suponha que a firma D adquira a firma E.
Com base no índice de concentração Herfindahl-Hirschman ou IHH (em um intervalo entre 0 e
1), tem-se que o IHH
a) cai 0,05 após a compra da firma E pela D.
b) é impossível ser calculado com base nas informações disponíveis.
c) é igual a 0,25, após a compra da firma E pela D.
d) passa a ser igual a 0,28, após a compra da firma E pela D.
e) seria zero, caso a concentração fosse absoluta.

52. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Engenharia)
O Índice de Herfindahl é um método que permite avaliar a concentração setorial.
O quadro abaixo mostra, segundo esse Índice, o grau de concentração de alguns setores.
Índice de
Setor
Herfindahl
A 1
B ½
C ¼
D 0
De acordo com esse quadro, considere as afirmativas abaixo.
I – O Índice de Herfindahl do setor A indica que, nesse setor, existe um monopólio.
II – Se, no setor B, existem duas empresas, a participação delas no mercado é igual.
III – O Índice de Herfindahl mostra que existem 4 empresas no setor C.

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Está correto APENAS o que se afirma em


a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III

53. (2014/CESPE/CADE/Economista)
Considerando a medida Herfindahl-Hirschman Index (HHI) de concentração do mercado e que
os valores do HHI para os setores de extração de minério de ferro e de fabricação de automóveis
no Brasil sejam de 0,40 e 0,17, respectivamente, julgue o item abaixo.
Segundo os dados apresentados, o mercado de extração de minério de ferro é mais
concentrado do que o de fabricação de automóveis no Brasil.

54. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte – Economia)


Na análise da estrutura concorrencial do mercado, o modelo de Cournot
a) avalia o comportamento das empresas em uma situação de concorrência monopolística.
b) demonstra como as empresas têm dependência das ações das outras em uma situação de
oligopólio.
c) preconiza a aplicação de uma taxa equivalente à proposta de Pigou.
d) trata de uma situação de cartel perfeito, demonstrando que o preço estabelecido
corresponderá ao preço de monopólio.
e) demonstra porque, para o monopolista, a curva de receita média é a curva de demanda do
mercado.

55. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista - Economia)


Em relação à teoria microeconômica clássica sobre as estruturas dos mercados, julgue o item a
seguir.
Transmissões dos jogos de futebol do campeonato nacional realizadas por uma única emissora
de televisão constituem mercado do tipo oligopólio.

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56. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia)


Julgue o item subsequente, a respeito de estruturas de mercado.
Uma análise do comportamento da indústria permite observar que empresas ganham mercado
ao juntarem-se a outras. Esse comportamento é denominado fusão, que pode ser vertical ou
horizontal. As fusões horizontais são caracterizadas pela fusão de empresas que estão em
diferentes estágios de produção.

57. (2019/FCC/SEFAZ-BA/Auditor Fiscal)


Na análise de situações oligopolísticas,
a) o modelo de Cournot trata de empresas que produzem bens heterogêneos.
b) o modelo de Bertrand considera a decisão de empresas concorrentes sobre o preço do
produto.
c) no modelo de Stackelberg, as empresas tomam decisão simultânea sobre o nível de
produção.
d) no modelo de Bertrand, uma empresa toma decisão antes das demais.
e) o modelo de Cournot não permite uma posição de equilíbrio, o que impede a existência de
um equilíbrio de Nash.

58. (2019/FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado - Economia)


Considere duas firmas que operam em um mercado de Cournot.
A demanda agregada desse mercado é caracterizada por Q=28−P, onde Q é a produção total,
ou seja, Q=Q1+Q2, onde Q1 é a produção da firma 1 e Q2 é a produção da firma 2.
As empresas apresentam as seguintes estruturas de custos totais: CT 1(Q1)=Q12+18Q1 e
CT2(Q2)=22Q2+1.
A diferença entre o lucro dessas duas empresas é de:
a) 20 unidades monetárias;
b) 15 unidades monetárias;
c) 10 unidades monetárias;
d) 5 unidades monetárias;
e) 1 unidade monetária.

59. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista - Economia)


Considere o modelo de Stackelberg no qual duas firmas produzem um mesmo produto.
Suponha que as firmas sejam homogêneas, o que significa que as curvas de custo total de

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- Flávio Ricardo Cirino
Celso Natale
Aula 06

ambas são expressas por Ci(qi) = 25qi, para i = L,S. A curva de demanda inversa desse mercado
todo é dada por P(Q) = 175 – 1,5Q, onde Q = qL+qS é a produção total no mercado. Em
equilíbrio, o lucro da firma líder é dado por:
a) 1.250;
b) 1.875;
c) 2.000;
d) 2.225;
e) 3.750.

GABARITO
1. E 16. E 31. B 46. E
2. C 17. D 32. A 47. E
3. D 18. A 33. E 48. C
4. D 19. A 34. E 49. C
5. C 20. C 35. B 50. D
6. A 21. E 36. C 51. D
7. C 22. E 37. C 52. D
8. C 23. C 38. C 53. C
9. B 24. E 39. B 54. B
10. E 25. A 40. C 55. E
11. C 26. D 41. E 56. E
12. D 27. A 42. D 57. B
13. C 28. D 43. E 58. D
14. D 29. D 44. E 59. B
15. E 30. D 45. C

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