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Economi

a
Política

Bruna Lima
Licenciatura em Direito
1º ano – 1º semestre
2021/2022
I. Introdução
O que é a economia?
É considerada a ciência que analisa os problemas de afetaçã o ó tima de recursos limitados a
necessidades humanas ilimitadas e estuda como as pessoas e a sociedade decidem empregar os
recursos escassos que podem ser utilizados em formas alternativas. Ocupa-se de questõ es que
surgem em relaçã o à satisfaçã o das necessidades dos indivíduos e da sociedade:

• Necessidades materiais e nã o materiais

• Atividades produtivas

• Bens e serviços

Bem: todo o meio capaz de satisfazer uma necessidade tanto dos indivíduos como da

sociedade. Escassez

A afetação de recursos escassos relaciona-se com a questão das escolhas, com a hierarquização, com os parcos
recursos existentes (escassez).

Os recursos limitados estão disponíveis a quantidades inferiores àquela necessária para satisfazer todas as
necessidades existentes, naturalmente ilimitadas. Assim sendo, estes recursos são considerados escassos.

Se os recursos existem em quantidade limitada e têm um preço, então são os bens económicos (ex: comida). Se
há, no entanto, abundância de recursos que podem satisfazer todas as necessidades, então esses são designados
de bens livres (oxigénio).

É uma realidade para qualquer economia independentemente do seu nível de desenvolvimento.

Exemplos:

• O petróleo e o carvão - existem em quantidades limitadas – energia para produzir a esmagadora maioria dos bens
e serviços que consumimos?

• Crescimento populacional – água potável e ar limpo = recursos escassos

Consequências da escassez

• A escassez produz relevância nas escolhas. Se não existe escassez a eficiência e a eficácia na e
da utilização dos bens seria irrelevante
• É impossível atingir a saciedade de todas as necessidades. Isto significa que a procura
potencial é sempre superior à oferta potencial dos meios
• As necessidades surgem de forma cíclica e periódica, elas são inesgotáveis •
A escassez é eminentemente graduável e relativa
• Não é possível uma utilização universal e indiscriminada dos recursos. Mesmo perante
excedentes numa “situação”, os seus meios não poderão ser convertidos, livremente e sem
custos, para outra “situação” (rigidez dos meios)
• O fator “tempo” enquanto meio/facto é impeditivo

• Se os recursos são escassos e não cobrem todas as necessidades, então será necessário fazer
escolhas: a nível individual e a nível coletivo (intervenção do Estado)

Recursos (fatores de produção)


Recursos naturais Trabalho Capital Iniciativa
(entrepreneurship)

Terra; água; Esforço Máquinas, Capacidade de assumir o


florestas; (braçal e instalações; risco; inovação;
recursos intelectual) equipamentos organização dos recursos
minerais dos para a produção
trabalhadores

Escolha
Escassez ⇒ escolhas de produçõ es e consumos a realizar.
Escolha ⇒ existência de um custo; a decisã o de ter mais de uma coisa ⇒ ter menos de uma
outra coisa qualquer.
O menos de outra coisa pode ser visto como um custo de ter mais de uma coisa ⇒ custo de
oportunidade

Custo de oportunidade
• O custo de oportunidade da utilizaçã o de recursos para um determinado fim é o benefício
sacrificado pela nã o utilizaçã o desses recursos da melhor forma alternativa. Quando se procede
uma escolha, existe sempre um custo de oportunidade.
• O custo de oportunidade representa, entã o, o benefício do qual se abdica quando escolhemos
aplicar determinado recurso a um uso específico:
• Quando existem duas alternativas, trata-se do benefício decorrente do uso do recurso na
alternativa renunciada (Ex.: Qual o custo de oportunidade de gastar 50€? Nã o poupar esses
50€);
• Quando existem vá rias alternativas, trata-se do benefício que resultaria do uso do recurso na
2ª melhor alternativa. Implica, portanto, a capacidade de ordenaçã o das alternativas por ordem
de preferência.
Custo de Oportunidade e Preço Relativo
O custo de oportunidade nã o se mede (apenas) em/pelo dinheiro. Mede-se também, por aquilo
que deixou de se fazer por ter aplicado os recursos numa outra alternativa.

Raciocínio marginalista
➢ Decidir na margem (raciocínio marginalista: o conceito está ligado à noçã o de
“racional”). (ver exemplos ppt 1asemana)
➢ Benefício marginal: benefício que resulta do aumento em 1 unidade

➢ Custo marginal: custo adicional que resulta do aumento em 1 unidade

Papel do mercado
O mercado usa o preço para ajustar as decisõ es de produçã o e consumo.
Preços e mercados sã o uma das formas utilizadas pelas sociedades para decidir o que produzir,
como produzir e para quem produzir; onde produzir...
Numa economia de direçã o central, é o governo que decide estas questõ es; as empresas e as
famílias fazem o que lhes mandam.
Nas economias mistas, o governo e o setor privado interagem para encontrarem soluçõ es para o
problema econó mico.
Método científico

• Observaçã o do fenó meno

• Formulaçã o de hipó teses simplificadoras

• Previsã o

• Teste de hipó teses.

Utilização de Modelos

• O modelo constitui uma abstraçã o ilustrativa que nos ajuda a organizar o pensamento em
relaçã o à complexidade dos factos reais → o modelo apreende a realidade complexa de
uma forma aproximada, ou seja, é uma “caricatura” da realidade;
• O uso de modelos econó micos permite apreender de forma simplificada fenó menos
complexos. Os modelos econó micos geram hipó teses (isto é, proposiçõ es ou previsõ es)
que podem ser empiricamente testadas.
• Os dados sã o fundamentais; interagem com os modelos de duas formas: ajudam a
quantificar as relaçõ es teó ricas e ajudam a testar os modelos.

Os Instrumentos da Análise Económica


A economia baseia-se num conjunto de conceitos, de técnicas e de procedimentos que ajudam a
enfrentar e a resolver os problemas econó micos. A variá vel econó mica é algo que influencia as
decisõ es relacionadas com os problemas econó micos fundamentais, ou algo que descreve os
resultados dessas decisõ es.

Tipos de variá veis:

• Exógena: é aquela cujo valor nã o fica determinado dentro do modelo; • Endógena: é


aquela cujo valor fica determinado pelo sistema de relaçõ es funcionais entre as
variá veis que participaram no modelo;
• Fluxo (de entrada e de saída): sã o aquelas que só têm sentido referidas a um período do
tempo (investimento, conhecimento...);
• Stock: sã o aquelas que estã o referidas a um momento no tempo, mas a referência ao
tempo só é necessá ria como dado histó rico (ex: populaçã o; riqueza....);
• Nominais: sã o as que se expressam em unidades monetá rias correntes, isto é, medidas
ao preço do ano corrente;
• Reais: sã o as que contemplam as variaçõ es do nível geral de preços, assim, expressam se
em unidades monetá rias de um ano base.

Economia positiva e Economia Normativa

Economia positiva:

• Tem como objetivo descrever o funcionamento da economia;

• Assenta em hipóteses susceptíveis de serem testadas empiricamente (ex: se o IVA sobre o


tabaco aumenta, o preço sobe);
• Define-se como a ciência que procura explicações objetivas do funcionamento dos
fenómenos económicos. Ocupa-se “do que é ou do que poderia ser”;
• Preocupa-se em estabelecer proposições (no caso de se verificarem tais circunstâncias,
então terão lugar tais acontecimentos);
• Proposições positivas (factuais);

• Descreve os factos e o comportamento da economia (ex: Quais são as causas da pobreza em


Portugal?)

Economia normativa:

• Assenta em juízos de valor para avaliar ou recomendar políticas alternativas (ex: : devem-se
desviar recursos da educação para a saúde);
• Oferece prescrições para as ações baseadas em juízos de valor pessoal e subjetivos: (ocupa se
do que deveria ser);
• Proposições normativas (julgamentos de valor);

• À partida, não há respostas certas nem respostas erradas. As questões envolvem princípios e
questões morais. Estas questões podem e devem ser debatidas, mas nunca serão resolvidas
pela ciência...
• Envolve preceitos éticos e julgamentos de valor (ex: Deve o governo dar dinheiro aos
pobres?)

A Macroeconomia é o ramo da ciência económica que analisa o comportamento agregado ou global


dos agentes económicos, tais como o produto interno total, o nível do emprego total, a inflação e a
taxa de crescimento económico.
A Microeconomia é o ramo da ciência económica que estuda a afectação dos recursos escassos
através do sistema de preços e as políticas económicas governamentais que procuram influenciar
este; estuda o comportamento dos agentes económicos individuais (consumidores, empresas,
trabalhadores, investidores, etc.).

Mesoeconomia- análise setorial.

Modelos

• Representação da realidade económica;

• Simplificação da realidade económica que através de hipóteses, pressupostos, condições,


argumentos, conclusões(...) explica uma determinada proposição.

Fronteira de possibilidades de produção

• Todos os pontos acima desta fronteira (x) sã o impossíveis.

• Todos os pontos abaixo desta fronteira (y) nã o sã o eficientes.

Ponto A = Eficiência •
Uma economia utiliza os seus recursos
escassos no limite má ximo da sua
capacidade produtiva. Logo, é eficiente.
Ponto F = Ineficiência •
Uma economia nã o está a utilizar os
seus recursos escassos na capacidade
produtiva má xima. Logo, nã o é
eficiente. Ponto G = Impossível
• Se há uma fronteira, é porque esta nã o
pode ser ultrapassada. Se tal
acontecesse, a economia estaria acima
das suas possibilidades de produçã o. Logo, é impossível
A FPP

• Escassez implica escolhas: para obter mais quantidade de um bem tem de se sacrificar
outro bem.
• A Fronteira de Possibilidades de Produçã o ilustra os «trade-offs» enfrentados por uma
economia que produz apenas dois bens.
• Mostra a quantidade má xima de um bem que pode ser produzida para qualquer nível de
produçã o de outro bem
• A FPP ilustra o conceito de eficiência;

• • Uma economia é eficiente se nã o houver forma de fazer alguém ficar melhorsem fazer
ninguém ficar pior.
• Uma economia é eficiente na produçã o se estiver a produzir num ponto sobre a sua FPP. •
Uma economia é eficiente na afetaçã o se afetar os seus recursos de tal forma que os
consumidores estejam tã o bem quanto possível – deve produzir maior quantidade dos bens
que a sociedade mais valora.
• FPP cô ncava: custo de oportunidade crescente ⇒ razõ es: a mobilidade dos recursos
entre utilizaçõ es/indú strias nã o é perfeita; a reafectaçã o dos recursos requer, muitas
vezes, treino.

Concavidade:

• À medida que nos movemos para baixo sobre a FPP, à medida que mais recursos sã o

afetados à produçã o do bem X, o acréscimo da produçã o vai sendo cada vez menor; • Lei
dos rendimentos decrescentes;
• A mobilidade dos recursos entre utilizaçõ es/indú strias nã o é perfeita; •
A reafectaçã o dos recursos requer, muitas vezes, treino.

Custo de oportunidade crescente

Crescimento Económico
O crescimento econó mico permite um aumento sustentado da produçã o agregada. Traduz-se
numa deslocaçã o da FPP para a direita. Há duas fontes principais de crescimento econó mico:

• Aumento dos recursos (terra, trabalho, capital e empreendedorismo) da economia; •


Progresso tecnoló gico.
II. As forças de mercado da oferta e da procura
Mercados e Concorrência
• Um mercado é um conjunto de compradores e vendedores de um bem ou serviço
determinado.

• Os consumidores/compradores determinam a procura.


• Os produtores/vendedores determinam a oferta.
• Um mercado concorrencial é um mercado onde há um grande nú mero de compradores e
vendedores, de tal forma que cada um deles tem um impacto negligenciá vel sobre o preço.

Procura, Oferta e Equilíbrio de Mercados


• Mercado: é uma instituiçã o social que corresponde ou nã o a um lugar físico na qual os bens e
serviços, assim como os fatores produtivos, se trocam livre e voluntariamente (compradores e
vendedores)
• Os objetivos divergem diametralmente. Eles entendem-se e celebram acordos através de um
instrumento: o preço.
• É através do mercado que se adequam a oferta e a procura de cada bem, para um determinado
preço.
• Um mercado concorrencial é um mercado onde há um grande nú mero de compradores e
vendedores, de tal forma que cada um deles tem um impacto negligenciá vel sobre o preço.

Preço
Produtor Consumidor Oferta
Procura

Modelo simples da oferta e da procura


• Abordagem marshalliana
• Aná lise está tica de equilíbrio parcial: analisamos um só mercado referente a um determinado
período de tempo – estudo da oferta e da procura de um bem, ignorando qualquer impacte
sobre outros mercado

Estruturas de mercado
Concorrência perfeita:

▪ Produto homogéneo

▪ Mercado transparente (informaçã o perfeita)

▪ Muitos compradores e muitos vendedores

▪ Compradores e vendedores sã o “price takers”

Concorrência imperfeita (violaçã o de uma das características da concorrência perfeita):

▪ Ogliopó lio*- caracteriza-se por poucos a produzir e muitos a comprar


▫ Poucos vendedores
▫ A concorrência pode ser agressiva ou nã o
▪ Monopó lio*

▪ Concorrência monopolista
* a empresa tem a capacidade de regular os preços

A procura

•É o conjunto de atitudes típicas daquele que se dirige ao mercado para satisfazer as suas
necessidades, seja através da aquisiçã o de um bem, seja pela utilizaçã o de um serviço. O
valor que atribui a um e a outro é essencialmente determinado pela utilidade que
associa a eles;
•É a quantidade de produtos que as famílias e as empresas decidem comprar, dada a
relaçã o que existe entre as suas limitaçõ es orçamentais e o nível de preços daqueles
produtos;
• A procura define-se em termos de uma capacidade e uma disposiçã o efetivas de pagar.

Função da procura: de um consumidor de determinado bem recolhe a relaçã o existente entre a


quantidade procurada do dito bem e o preço do mesmo; é a relaçã o definida entre o preço do
mercado de um bem e a quantidade procurada desse bem, mantendo-se todo o resto constante
(ceteris paribus).
Cetetris paribus: significa “Mantendo Tudo o Resto Constante”, ou seja, na aná lise econó mica
nã o se pode alterar todas as variá veis porque, assim, o resultado seria indeterminado. Portanto,
só se altera um parâ metro de cada vez. A condiçã o ceteris paribus é usada na economia para
fazer uma aná lise de mercado da influência de um fator sobre outro, sem que as demais
variá veis sofram alteraçõ es.
Ex: Um aumento de preço de um determinado produto causa uma reduçã o na procura, "ceteris
paribus".
Curva da procura: é a representaçã o grá fica da procura, o que evidencia a lei da procura;
identifica a quantidade procurada de um bem homogéneo para cada nível de preço. O bem tem
de estar devidamente especificado. A sua representaçã o grá fica é uma curva de declive negativo,
já que há uma relaçã o inversamente proporcional entre o preço e a quantidade procurada. Ou
seja, se o preço é maior, a quantidade procurada é menor, ao passo que se o preço for menor, a
quantidade procurada é maior.
Lei da procura: é a relaçã o inversa entre o preço de um bem e a quantidade procurada, isto é,
se o preço do bem aumentar, a quantidade procurada desse bem varia inversamente.
Lei da Procura Decrescente: quando o preço de uma mercadoria aumenta, ceteris paribus, os
consumidores tendem a consumir menos dessa mercadoria. De forma similar quando o preço
baixa, ceteris paribus, aumenta a quantidade procurada.
O declive da curva é negativo. A lei da procura negativamente inclinada reflete dois efeitos
fundamentais:

• Efeito substituição: quando o preço de um bem sobe, o consumidor procura substituir o


consumo desse bem, por outros produtos similares (ex.: se o preço da carne de vaca
sobe, substitui por frango, o que faz diminuir a quantidade procurada da carne de
vaca...);
• Efeito rendimento: quando o preço sobe, o consumidor ficará mais pobre do que
anteriormente, pois para obter a mesma quantidade de bem precisamos de utilizar mais
quantidade de moeda. Desta forma, o aumento do preço do bem, através deste efeito,
significa que vamos diminuir tanto a quantidade do bem em questã o, como a quantidade
dos demais bens.
Curva da Procura de Mercado: mostra a quantidade total de um bem que será procurada a
cada preço alternativo.
Variações da Procura versus Variações na Quantidade Procurada É importante
diferenciar entre variaçõ es na procura e variaçõ es na quantidade procurada:
A variação na procura ocorre quando se verifica deslocaçõ es da curva para a direita (aumento
da procura) ou para a esquerda (diminuiçã o da procura) resultante de alteraçõ es nas variá veis
(rendimento, preço de outros bens, preferências....) que nã o o preço.
A variação na quantidade procurada ocorre quando se verifica uma mudança no preço do
bem em causa. Aqui, as deslocaçõ es ocorrem ao longo da curva (a curva nã o se move).

Determinantes da procura (influenciam a deslocação da curva da procura):

• Rendimento:
o Bens normais- um bem é normal se a sua procura aumenta em resposta ao
aumento do rendimento;
o Bens Inferiores: um bem é inferior se a sua procura diminui em resposta ao
aumento do rendimento.
• Preços dos bens relacionados
o Bens substitutos- dois bens sã o substitutos quando o aumento do preço de um
bem leva ao aumento da procura de outro
o Bens complementares- dois bens sã o complementares quando a diminuiçã o do
preço de um bem leva ao aumento da procura do outro. Os consumidores utilizam
estes bens em conjunto.
• Publicidade e gostos dos consumidores;

• Populaçã o/nº de consumidores;

• Expectativas dos consumidores.

Expectativas:

• A expectativa de um aumento do preço no futuro faz aumentar a procura atual do bem; •


A expectativa de um aumento do rendimento no futuro faz aumentar a procura atual do
bem.
Função da procura Função inversa da procura
Excedente do consumidor
• Valor que os consumidores extraem do consumo de um bem e nã o tem como contrapartida um
pagamento;
• Diferença entre o valor que o consumidor atribui a cada unidade do bem que consome e o
montante (preço) que tem de gastar para a obter.
• Corresponde à á rea entre a curva da procura e o preço do mercado.

Oferta

• Conjunto de atitudes típicas daquele que se dirige ao mercado para lá entregar um bem
ou prestar um serviço, que ele avalia, essencialmente, em funçã o do custo, isto é, do
esforço ou do custo de oportunidade que para ele representou;
• A funçã o de oferta e a curva de oferta de um bem mostra a relaçã o entre o seu preço de
mercado e a quantidade dessa mercadoria que os produtores estã o dispostos a produzir
a vender, mantendo-se o restante constante.
Curva da oferta: indica a quantidade total de um
bem que os produtores estã o dispostos a produzir
aos vá rios preços alternativos, ceteris paribus.
Aumento do preço do bem leva ao aumento da
quantidade oferecida do mesmo (empresas
produzem mais o bem e novas empresas entram
no mercado para o fornecer). Diminuiçã o do preço
do bem leva à diminuiçã o da quantidade oferecida
do mesmo (há empresas que saem do mercado ou passam a produzir menos o bem).
Lei da oferta positivamente inclinada: é o resultado da lei dos rendimentos decrescentes.
Assim, para aumentar a produçã o temos de aumentar os fatores empregues. Mas, como há
sempre alguns que sã o constantes, o custo unitá rio de produçã o vai aumentar.
Determinantes da oferta: preço dos fatores; tecnologia; regulaçã o; nú mero de empresas
(entrada, saída); substitutos na produçã o; impostos; expectativas dos produtores.

Variações da Oferta versus Variações na Quantidade Oferecida


A variaçã o na oferta ocorre quando se verifica deslocaçõ es da curva para a direita (aumento da
oferta) ou para a esquerda (diminuiçã o da oferta) resultante de alteraçõ es nas variá veis
(tecnologia, preço de outros bens, preferências....) que nã o o preço.
A variaçã o na quantidade oferecida ocorre quando se verifica uma mudança no preço do bem
em causa. Aqui, as deslocaçõ es ocorrem ao longo da curva (a curva nã o se move).
Função da oferta Função inversa da oferta

Excedente do produtor
Para cada unidade vendida, é a diferença entre o
montante que os produtores recebem por cada unidade
vendida e o montante mínimo necessá rio para que
estejam dispostos a produzir o bem. Quando temos
vá rios produtores no mercado, o excedente do produtor
é toda a á rea compreendida abaixo da linha de preço e
da curva da oferta. Um aumento no preço de um bem
homogéneo leva ao aumento do excedente produtor
(aqueles que já vendiam o bem aumentam o seu
excedente e há entrada de novos vendedores no mercado).

Equilíbrio
A economia está em equilíbrio quando nos encontramos numa situaçã o em que nã o há forças
inerentes que incitem à mudança.

Equilíbrio de mercado
As forças da oferta e da procura operam através do mercado para produzir um equilíbrio de
preço e de quantidade. Assim, o equilíbrio de mercado verifica-se com o preço e a quantidade
com que as forças da oferta e da procura se equiparam. A
um dado preço a quantidade procurada iguala a quantidade
oferecida. Estabilidade: QD=QS.
Preço de equilíbrio: é aquele para o qual a quantidade
procurada é igual à quantidade oferecida (quantidade de
equilíbrio) - intersecçã o das curvas da procura e da oferta.
Preço e quantidade de equilíbrio: ocorrem quando o
montante que se deseja fornecer iguala o montante que se deseja consumir. Num mercado
concorrencial, este equilíbrio encontra-se na intersecçã o das curvas da procura e da oferta. Ao
preço de equilíbrio nã o existem nem escassez nem excedentes (tanto na perspectiva da procura
como da oferta).

Situações de desequilíbrio
Situação de excesso de oferta: a este preço (superior ao preço de equilíbrio), a quantidade
oferecida é superior à quantidade procurada. Assim, o preço tende a baixar.
Situação de excesso de procura: A este preço (inferior ao preço de equilíbrio), a quantidade
procurada é superior à quantidade oferecida. Nem toda a procura é satisfeita. Desta forma, os
preços tendem a subir.
Formação do equilíbrio:

➢ A procura e a oferta representam duas forças simétricas relativamente ao preço, isto é,


apresenta uma correlaçã o direta e uma correlaçã o inversa.
➢ Contudo, pode dar-se o caso da interceçã o, isto é, de haver uma situaçã o em que a um só
preço corresponde a mesma quantidade oferecida e procurada, significando que a oferta
e a procura estã o dispostas, por coincidência, a responder com as mesmas quantidades à
solicitaçã o daquele preço.
Assim, isto quererá dizer:

➢ A um preço superior os vendedores estariam dispostos a transacionar mais bens e

serviços do que aqueles que os compradores estariam dispostos a adquirir; ➢ A um


preço inferior, a situaçã o inverter-se-ia;
➢ Nã o seria possível transacionar uma quantidade superior, porque isso reclamaria,
simultaneamente, por uma subida de preços para incentivar o aumento da produçã o e
uma diminuiçã o de preços para incentivar o aumento do consumo;
➢ Nã o seria possível transacionar uma quantidade inferior porque isso pressuporia uma
simultâ nea queda de preços, de desincentivaria a produçã o e uma subida de preços que
restringisse o consumo;
➢ Assim, o ponto de equilíbrio é um ponto de estabilidade, porque é o ú nico que garante.

Estática Comparada
• A aná lise está tica comparada permite analisar as consequências de alteraçõ es nos
determinantes da Oferta e/ou da Procura sobre o equilíbrio de mercado;
• Compara duas situaçõ es de equilíbrio; os ajustamentos que ocorreram entre as duas situaçõ es
de equilíbrio nã o sã o considerados;
Eficiência e perda de bem-estar
O excedente total gerado num mercado corresponde ao ganho líquido total para os
consumidores e para os produtores por fazerem as transaçõ es no mercado. É a soma dos
excedentes do consumidor e do produtor. O Excedente total é má ximo quando o mercado está
em equilíbrio.
Em equilíbrio, o mercado afeta o consumo do bem entre potenciais consumidores e as vendas
do bem entre potenciais vendedores de uma forma que garante o maior ganho possível para a
sociedade. Qualquer desvio do equilíbrio reduz o excedente total.
De uma forma geral, os excedentes do consumidor e do produtor traduzem um ganho monetá rio
que qualquer um deles obtém por estar disposto a comprar ou a vender, respetivamente, a um
preço diferente do preço de mercado.
Se o preço de mercado se altera isso terá consequências sobre os excedentes do consumidor e
do produtor. Para avaliar este efeito sobre os excedentes é sempre necessá rio analisar a
situaçã o inicial dos produtores e dos consumidores.
Exemplo: Qual o efeito de uma melhoria tecnoló gica nos excedentes do consumidor e do
produtor?

Situação inicial

🗶 Verde: excedente do consumidor

🗶 Laranja claro: excedente do produtor

🗶 Laranja escuro: excedente do produtor inicial

🗶 Rosa: excedente do produtor com a melhoria tecnoló gica

Em consequência da melhoria tecnoló gica, os produtores vêm os seus custos de produçã o


reduzidos e a curva da oferta desloca-se para a direita. Contudo, o excedente basicamente
mantém-se. Portanto, nã o sã o os produtores que mais beneficiam com a melhoria tecnoló gica,
mas sim os consumidores (veja-se o grá fico seguinte).
Verde escuro: excedente do consumidor inicial Verde claro: aumento do excedente do
consumidor com a melhoria tecnoló gica (o que ganham com ela)
Em consequência da melhoria tecnoló gica, os consumidores beneficiam de uma diminuiçã o do
preço do bem e de um aumento do excedente do consumidor, o que vai permitir duas coisas: -
que aqueles que já compravam o bem o continuem a comprar, mas por um preço mais baixo
(aumentando o seu excedente) - que outros
consumidores, que anteriormente nã o podiam adquirir o
bem, já o possam fazer (podendo fazê-lo e ainda possuir
excedente)

III. Elasticidade
Medida da sensibilidade de uma variá vel a alteraçõ es
noutra variá vel. Esta medida é definida como um rá cio
que compara a variaçã o percentual de uma variá vel com a
variaçã o percentual da outra variá vel.
É a amplitude da reaçã o dos agentes econó micos à alteraçã o de condiçõ es fundamentais da sua
atividade, ou seja, reaçã o à s variaçõ es das condiçõ es dos mercados, e à s resultantes flutuaçõ es
de preços dos produtos, ou de rendimento de fatores.
A elasticidade expressa uma relaçã o entre duas variá veis relacionadas funcionalmente.
Dois aspetos importantes:

• Sinal: o sinal positivo ou negativo traduz a existência de uma relaçã o direta ou inversa
entre as variá veis que estamos a considerar.
• Magnitude: é importante verificar se a elasticidade é maior ou menor do que 1, em
valor absoluto, pois é isso que nos permite concluir acerca da sensibilidade de uma
variá vel a alteraçõ es na outra variá vel.

Elasticidade preço da procura


É a sensibilidade da quantidade procurada de um bem à s
variaçõ es do preço do bem, mantendo-se todo o resto
constante. Mede a elasticidade da quantidade procurada
face à s variaçõ es de preço.
É extremamente importante para o gestor, uma vez que lhe permite prever e quantificar o
efeito de alteraçõ es no preço do bem ou na quantidade produzida sobre as receitas da empresa.
De acordo com a Lei da Procura é sempre negativa e interpretada em valor absoluto.
E > 1 – A procura é elástica (Numerador > Denominador → a quantidade procurada aumenta
mais do que os preços diminuem – ex.: saldos);
E = 1 – A procura é unitária (Numerador = Denominador → ∆QP=∆P);
0 < E < 1 – A procura é inelástica (a quantidade procurada varia pouco mesmo que os preços
aumentem – ex.: dado o uso obrigató rio de má scaras, a quantidade procurada das mesmas varia
pouco mesmo que os preços aumentem – a procura nã o é tã o sensível à variaçã o de preços).
Determinantes:

• Natureza das necessidades que satisfaz o bem: o grau em que o bem é de primeira
necessidade ou um bem supérfluo;
• A disponibilidade de bens substitutos; a quantidade de bens que podem substituir o bem
em questã o;
• O tempo necessá rio para uma resposta; o período de tempo considerado;

• A importâ ncia relativa de um bem no orçamento do consumidor: a proporçã o do


rendimento gasto no bem;

Elasticidade entre dois pontos


O método do ponto médio (elasticidade do arco). Verifica-se quando as variaçõ es de preço sã o
muito grandes.

Elasticidade num ponto


A partir de uma funçã o procura para pequenas variaçõ es no preço. A sua magnitude é diferente
em todos os pontos da procura, e o seu sinal é sempre negativo.

Ao longo de uma curva de procura linear


A elasticidade-preço é diferente em todos os pontos, variando entre 0 e ∞:

• No ponto médio a elasticidade é igual a 1;

• À esquerda do ponto médio, existe a zona elá stica da curva da procura; •


À direita do ponto médio, está a zona inelá stica da curva da procura.

Elasticidade-preço e receita total


Receita total: preço x quantidade
Quando o vendedor aumenta o preço de um bem, geram-se dois efeitos contrá rios (exceto nos
casos raros em que a procura é perfeitamente inelá stica ou perfeitamente elá stica).
Efeito preço: Se o preço aumenta, cada unidade vai ser vendida a um preço mais alto – a receita
total tende a subir. Efeito quantidade: Se o preço aumenta, vai vender menos unidades do bem
– a receita tende diminuir.
Se a procura do bem é elástica, o aumento do
preço faz baixar a receita total. Assim, o efeito
quantidade é mais forte que o efeito preço.
Se a procura do bem é inelástica, o aumento
do preço faz aumentar a receita total. Neste
caso, o efeito preço é mais forte que o efeito
quantidade. Se a
procura do bem é unitariamente elástica, o
aumento do preço nã o faz variar a receita total
– os efeitos preço e quantidade compensam-se.

Elasticidade-Rendimento da Procura
Mede a elasticidade da quantidade procurada face a variaçõ es no rendimento.

O valor da elasticidade da procura-rendimento varia consoante o tipo de bens que estamos a


considerar:

• Bens normais: Se o rendimento aumenta, a quantidade procurada também aumenta (a


elasticidade é positiva – 2 nú meros positivos);
• Bens inferiores: Se o rendimento aumenta, a quantidade procurada diminui (a
elasticidade é negativa – um dos nú meros negativos);
• Bens de luxo: Apresentam uma elasticidade rendimento da procura maior que 1 (E >1); •
Bens necessá rios (ou nã o de luxo): Apresentam uma elasticidade rendimento da procura
menor que 1(0<E<1).
Bens normais de luxo: O aumento da procura é mais do que proporcional ao aumento do
rendimento.
Bens normais: O aumento da procura é menos do que proporcional ao aumento do rendimento.
Bens inferiores: O aumento da procura resulta de uma diminuiçã o do rendimento (ou a quebra
na procura decorre de um aumento do rendimento).

Elasticidade Cruzada da Procura


Mede a elasticidade da variaçã o da quantidade procurada de um bem A face à variaçã o de preço
de um outro bem (B).
Pode ter sinal positivo ou negativo – NÃ O é interpretada em valor
absoluto: o sinal diz-nos se os bens sã o substitutos ou
complementares. > 0 –
Bem substituto < 0 –
Bens complementares
Bens complementares (valor da elasticidade cruzada: abaixo de
0). A quantidade procurada de um bem diminui se o preço do outro aumenta, ou aumenta se o
preço do outro diminui.
Bens independentes (valor da elasticidade cruzada = 0). A quantidade procurada de um bem
nã o varia em funçã o das variaçõ es de preços do outro.
Bens sucedâneos (substitutos imperfeitos) (valor da elasticidade cruzada entre 0 e infinito). A
quantidade procurada de um bem aumenta se o preço do outro aumenta, ou reduz-se se o preço
da outra diminui.
Bens substitutos perfeitos (valor da elasticidade cruzada = infinito). A diminuiçã o do preço de
um bem leva ao desaparecimento da procura do outro, ou o aumento de preço de um bem leva
ao surgimento, ou expansã o infinita, da procura do outro.

Receita Total e Elasticidade-Preço da Procura


Receita Total= Despesa Total= Q x P
E < 1 = Inelá stica (RT aumenta quando o P aumenta; RT diminui quando o P diminui)
E > 1 = Elá stica (RT diminui quando o preço aumenta; RT aumenta quando o preço

diminui) Determinantes da Elasticidade

Procura
• Disponibilidade/ proximidade de bens substitutos (quanto maior for, mais elá stica é a
procura);
• Peso do bem no orçamento (bens com pequena despesa têm procura inelá stica) •
Período de tempo (quanto mais longo for o prazo, mais elá stico será )

Oferta

• Processo produtivo (quanto mais fá cil o ajustamento dos fatores produtivos mais
elá stica)
• Período de ajustamento (mais longo mais elá stico)

IV. Oferta, Procura e políticas económicas do Governo


Restrições de Preços
Preço Má ximo (controlo de rendas)

Preço Mínimo (salá rio mínimo, preços garantidos (PAC)).

Impostos
Ad valorem: Incidem sobre o valor = taxa (ex: IVA)
Específicos:

• Incidem sobre a quantidade;

• Montante cobrado por unidade;

• Mais simples de analisar.


Já nã o existem apenas dois agentes econó micos envolvidos. Para além daquele que vende e do
que compra, existe o Estado.
O montante pago pelo consumidor difere do montante recebido pelo vendedor exatamente no
montante do imposto (subsídio).
O Estado obtém uma receita fiscal no valor do imposto cobrado multiplicado pela quantidade do
bem transacionada.

Imposto cobrado aos consumidores


Para além do montante pago ao vendedor
(preço do bem), os consumidores têm de
pagar ainda o montante do imposto ao
Estado.
Desta forma, os consumidores vã o estar
dispostos a dar menos pela mesma
quantidade (diminuiçã o da procura). Vã o
conseguir? Tal depende das condiçõ es de
oferta e de procura. Se conseguirem que os
vendedores baixem os preços, estarã o a
transferir parte do encargo do imposto
para o lado da oferta. Os consumidores pagam mais e os vendedores recebem menos.
Imposto cobrado aos vendedores Incidência real do imposto

Casos especiais
A totalidade do t é suportada pelos consumidores.
Podem aumentar os preços sem diminuir a procura
(aumentam o valor dos impostos).
Curva inelá stica da procura.

A totalidade do t incide sobre os vendedores.


A procura é sensível a variações de preços, ou seja, ao
mínimo aumento, já não compram nada.
Curva elástica da procura.

Quanto mais horizontal for a curva da Procura, maior


será a parte do imposto suportada pelos vendedores.
Quanto mais horizontal for a curva da oferta, tanto maior será a parte do imposto suportada

pelos consumidores.

Peso morto do imposto

O “Custo do Imposto”

• Sabemos que a diminuição do preço do bem faz diminuir o excedente do produtor e que o
aumento do preço do bem faz diminuir o excedente do consumidor.
• O imposto, ao fazer aumentar o preço pago pelo consumidor, faz baixar o excedente do
consumidor.
• Da mesma forma, a diminuição do preço recebido pelo vendedor faz baixar o excedente do
produtor.
• O imposto faz diminuir quer o excedente do consumidor, quer o excedente do produtor.

V. Produção; Teoria do Produtor


A Empresa
A Empresa é o agente económico que transforma fatores produtivos e bens intermédios em bens
e/ou serviços; é o agente económico que leva a cabo a produção.

Hipótese: o objetivo último da empresa é a maximização do lucro ( ), ou seja, a diferença entre as


receitas provenientes da venda dos seus produtos e os custos associados à remuneração dos fatores
produtivos e à aquisição dos bens intermédios utilizados na produção.

Processo produtivo Teoria da produção- Introdução


Eficiência Técnica e Eficiência Económica
A tecnologia existente à disposição da empresa permite a obtenção de um determinado volume de
produção através da realização de diferentes combinações de fatores de produção. (Eficiência)

Eficiência Técnica: Um método de produção é tecnologicamente “mais eficiente” se permitir a


obtenção da mesma quantidade de produto comparativamente aos outros processos alternativos,
com a utilização de uma menor quantidade de fatores de produção.

Eficiência Económica: Um método de produção será considerado “economicamente eficiente” se


permitir a obtenção da mesma quantidade de produto que os métodos alternativos, ao menor custo
possível.

Função de Produção
Relação que indica a quantidade máxima que se pode obter de um produto, por unidade de tempo,
a partir da utilização de uma determinada quantidade de fatores de produção e mediante a escolha
do processo produtivo mais adequado. Q = f (L,K, T)

onde Q= quantidade de produto; x1 , x2…xn = quantidades dos


fatores 1, 2 … n utilizados na produçã o.

• Funçã o que define a quantidade má xima de produto que pode ser produzida com uma
dada combinaçã o de factores de produçã o;
• Diz-nos como é que os fatores produtivos se relacionam entre si e com o produto final; •
Traduz uma relaçã o ‘física’: nã o relaciona valores, mas quantidades de inputs com
quantidades de outputs.

Pressupõ e que:

• O nível tecnoló gico é dado;

• A tecnologia disponível é empregue nas empresas com o má ximo de eficiência;

A funçã o de produçã o descreve a tecnologia: funçõ es de produçã o diferentes representam


tecnologias distintas.
Representaçã o algébrica (2 inputs): Permite que os inputs sejam combinados de diferentes
formas para produzir um dado output.

Fatores Fixos vs Fatores Variáveis


Fatores de produção fixos: sã o aqueles cuja quantidade o gestor nã o pode ajustar no curto
prazo; a quantidade utilizada mantém-se inalterada, mesmo quando varia o nível de produçã o.
A quantidade nã o pode ser alterada de imediato, quando se deseja uma rá pida variaçã o na
produçã o de uma empresa (ex.: alguns equipamentos, instalaçõ es fabris, terrenos, etc).
Fatores de produção variáveis: sã o aqueles cuja quantidade pode ser ajustada para alterar o
nível de produçã o. A quantidade pode variar facilmente, quando se deseja um aumento ou uma
diminuiçã o na produçã o (ex.: matérias-primas, energia elétrica, combustíveis, etc).

Curto-Prazo vs Longo-Prazo
O curto prazo é o mais longo período de tempo em que há pelo menos um fator cuja quantidade
nã o pode ser ajustada (existem alguns fatores fixos).
No longo prazo, todos os fatores sã o variá veis, ou seja, o gestor pode ajustar as quantidades de
todos os fatores de produçã o para produzir ao menor custo. Longo prazo = sucessã o de curtos
prazos.

Produção no Curto Prazo


Produçã o com 1 fator variá vel.
Produto total: Nível má ximo de produçã o que pode ser obtido, para cada
quantidade do fator variá vel e para um dado nível de fator fixo.
Exemplo:

Produto Médio (PMe)


É a quantidade produzida por unidade de input.
Exemplo:

Produto Marginal (PMg)


Variaçã o na quantidade produzida atribuída à utilizaçã o de uma unidade adicional de input.
Produto Médio vs Produto Marginal
A Curva do Produto Médio é crescente
quando o PMg>PMe; A
Curva do Produto Médio é decrescente
quando o PMg &lt; PMe; O
Produto Médio atinge o má ximo para o nível
de utilizaçã o do factor variá vel onde PMg =
PMe

Lei dos Rendimentos Decrescentes


Tipicamente, quando acrescentamos unidades sucessivas de um fator variá vel, mantendo fixo(s)
o(s) outro(s) fator(es) de produçã o, o produto marginal começa por crescer (rendimentos
marginais crescentes), depois decresce (rendimentos marginais decrescentes) e, eventualmente
torna-se negativo.
Nã o é uma lei universal, mas uma realidade empírica amplamente observada. Esta lei aplica-se
apenas no curto prazo.

→ A introduçã o sucessiva de novas unidades de trabalho – trabalhadores – implica um


acréscimo de produto;
→ A partir de certo nú mero de trabalhadores, esse acréscimo é sucessivamente menor, até
que, no limite, será nulo; eventualmente pode tornar-se negativo.
→ A produtividade marginal é decrescente – Lei dos Rendimentos Decrescentes.

O papel do gestor no processo produtivo

➢ Produzir de forma eficiente: produzir sobre a funçã o de produçã o;

➢ Incentivos aos trabalhadores.

➢ Escolher corretamente a quantidade do fator variá vel.


Tipos de custos: Curto Prazo
Custos Fixos (CF): Custos que nã o variam com o nível de produçã o; incluem os custos com os
fatores de produçã o fixos;
Custos Variáveis (CV): Custos que variam com o nível de produçã o; incluem os custos com os
fatores variá veis;
Custos Totais (CT): CF + CV = custos totais de produçã o;
Custos Afundados: Custos irrecuperá veis no caso de
desinvestimento.* Função custo

Derivação dos custos médios

Derivação do custo marginal

Tipos de Custos no Curto Prazo Função Custo: formas algébricas


Curvas de custos no curto prazo
CT(Q) = custo mínimo de produzir níveis alternativos de
produçã o: CT(Q) = CV(Q) + CF CV(Q) = custos que variam
com o nível de produçã o. CF = custos que nã o variam
com o nível de produçã o.

Relações entre custos


CTMe = CVMe + CFMe; A
distâ ncia vertical entre as curvas de CTMe e
CVMe mede o CFMe; O
CFMe decresce com o aumento da produçã o; A
distâ ncia vertical entre as curvas do CTM e e do
CVMe diminui com o aumento da produçã o; Os
CVMe crescem quando CMg>CVMe; Os
CTMe decrescem quando CMg<CVMe; A
curva do CMg intersecta a curva dos CVM

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