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Limitações à Revolução Científica – Peso da Teologia, a não refutação das teorias dos
clássicos (pensamento único) e limitações morais.
Apesar de sermos anões perante os clássicos, estudando subíamos aos ombros deles e
veríamos “mais longe”, nunca pondo em causa os clássicos iríamos ver mais além.
1.2 – Price: as métricas da ciência – “From Little Science to Big Science”( Novas formas de
olhar para a Ciência)
1) Derek. J. de Solla (1963) “From Little Science to Big Science” e Derek. J. de Solla (1965)
“ Networks of Scientific Papers” – Ambos permitem ver o desenvolvimento da ciência.
2) Principais contributos:
Demonstração do crescimento exponencial da ciência;
Discussão de um eventual ponto de saturação do desenvolvimento científico.
O desenvolvimento da Ciência será eterno? – Sim, vamos andar sempre à procura da verdade,
mas a ciência nunca chegará a alcançar essa verdade. É um caminho infinito.
Será que a Ciência pode continuar sempre a crescer? – Não, não há necessidade de maior
crescimento // Ponto de inflexão // Rutura, estado de saturação da ciência.
3) Principais contributos:
Estimação do tempo de meia-vida da literatura científica (“immediacy effect”).
No geral é 5 anos (o impacto não ultrapassa os 5 anos), nalguns sectores
como a física e a pesquisa biomédica ainda menos: cerca de 3 anos // Os
papers tem um nível (tempo) de vida curta, e este tende a vir a diminuir.
Lei de Price – 25% dos Cientistas são responsáveis por 75% das papers
publicados – A ciência, nomeadamente a publicação está altamente
concentrada, “Sistema fechado”.
Estudos quantitativos das redes de citações entre papers científicos (1965)
incluindo a descoberta de que as redes de citação dependem de distribuições
sujeitas a uma lei de poder.
Modelação matemática do processo de vinculação preferencial em citação
científica (1976).
Justificava o que ele via. Fala numa distribuição dos talentos. Estabelecimento do Princípio de
atribuição de créditos da ciência // O investigador que ganhe o Prémio Nobel tem a carreira
feita, devido à acumulação de créditos:
2) O Efeito Matilda (Caso Rosalind Franklin) – Relata a posição que as mulheres têm na
ciência (Secularização face ao homem) Rosalind foi afastada da Ciência, fez a descoberta mas
não foi associada à mesma // É sistemático em Ciência.
3) Contra o Construtivismo Social Radical (Caso Sokal, 1996) – Demonstra que existe um
número grande de aspectos sociais que afeta a forma como se faz ciência. Importância do
estatuto, mérito e género do cientista. Achava que a Sociologia da Ciência não tem crédito,
não se fazia ciência (as ciências sociais não tinham relevância) // Inventou o paper do inicio ao
fim, o mesmo nunca foi publicado.
4) Estaline a Genética na União Soviética (Caso Lysenko, 1940-48) – O efeito da política nas
ciências; Atraso da Biologia e da Genética por mais de 100 anos, a ciência é uma instituição
que necessita de comprovar o seu argumento, é influenciada facilmente por factores sociais.
2) Fundação (anos 50, 60) – com as investigações e textos pioneiros de Robert Merton e
outros investigadores agrupados sobre a designação de “sociologia institucional da ciência” ou
“sociologia dos cientistas” // Início dos estudos.
Robert Merton – Fundador; Nunca nos seus estudos centra o processo de produção de
conhecimento.
- Ciência tratada como um conhecimento superior, inquestionável. Até fins dos anos 80 os
estudos são associados ao contexto. Durante muito tempo, temos uma Sociologia da Ciência
centrada nos processes contextuais (não nas teorias científicas e na produção de
conhecimento).
Hard core da ciência: Os conhecimentos que a ciência (natural) produziu (teorias científicas).
Não fazia sentido a entrada neste campo por parte dos sociólogos. É impossível de ser
estudada pela Sociologia. É o património teórico da ciência.
Estrutura Social da ciência: Relações que mantém os cientistas com a comunidade em geral.
- Não obstante Merton nunca tenha negado a existência de conflitos entre os valores
institucionais a as práticas individuais, a sua reduzida elaboração sobre esta dualidade fez com
que fosse acusado de descrever a ciência como ela “devia ser” (ou se queria mostrar), em vez
de como era realmente. Diversos estudos empíricos redundaram no estabelecimento de
Contra-Imperativos Institucionais Científico destinados a descrever a instituição científica
como de facto é e não só como quer parecer que é ou colectivamente aspira a ser.
- Os CIIC podem ser funcionais? De acordo com os inquiridos de Mitroff (1974), sim. Alguns
exemplos: (Até podem ser benéficos para a Ciência)
Completas alterações, apenas verificadas pela mudança de paradigma. Estas revoluções são
respostas a questões centrais da ciência que são revolucionárias;
- Kunh não explica a razão para a transição entre paradigmas (dado que o
falsificacionismo não é suficiente), mas refere que uma mudança geracional é
geralmente necessária (não explica o que leva a este modelo).
- Razões provavelmente envolvidas na transição, de natureza extra— científica: crenças
filosóficas ou religiosas, características pessoais dos cientistas, tendência para o
conformismo, ameaça do status quo.
- Os sociólogos identificaram na mudança paradigmática um campo fértil para a
sociologia da ciência.
- Popper afirma que as teorias se não forem falsificadas não são teorias científicas, tem
que se falsificar as questões da realidade.
Douglas (1970) usa 2 factores para explicar a diferente abertura dos grupos à aceitação e
exploração de anomalias:
Nível Micro – Nível mais simples (“Interaccionismo Simbólico”) // Olha para a Sociedade como
uma lupa.
Open the Black Box // Era pós-merton, olhas de forma sociológica as teorias científicas, estas
são socialmente condicionadas.
Aquilo que vemos na realidade não significa nada em termos de participação porque esta
advém de um consenso de comunidade. Não quer dizer que toda a comunidade científica seja
consensual.
- Sistematização da teoria:
As crenças não derivam apenas das evidências. Por exemplo, as mesmas observações
empíricas da posição da terra face ao sol, justificam teorias diferentes para geocentristas e
heliocentristas.
De referência etnometodológica;
Inquérito detalhado ao processo contingente que constitui a investigação científica;
“Laboratory Life” (1979);
Os cientistas negoceiam também o conhecimento como grupo e comunidade.
Envolvidos na negociação estão também as agências que os financiam, os
fornecedores do aparato e materiais científicos, políticos envolvidos na ciência.
Bruno Latour – Conclui que as teorias são uma construção comunitária do que se passou no
laboratório; Diferença entre o que foi visto e o que está a ser vendido. Às vezes não tem nada
a ver com o resultado da experiência; Não há relação entre causa e efeito.
Inversão – Transforma-mos um fenómeno construído pelo social, num que não é mais
refutado. Aquilo que aceitamos como realidade natural, pode não ter nada a haver com a
realidade natural.
Construtivismo
Pautada pelo construtivismo – Construímos teorias que nada têm a haver com a realidade.
A aquisição por parte de uma afirmação da qualidade de facto, depende de uma rede
complexa de autores que os passarão (ou não) de mão em mão;
Essa rede não é estritamente científica mas abarca todos os níveis e instâncias da
sociedade.
Essa rede, aliás, é composta não só por atores humanos, mas também não humanos
(citações bibliográficas, empresas, utilizadores) // Aumentam a probabilidade de se
manter a teoria e poder vir a integrar o campo da ciência.
- Mais do que as teorias que são apresentadas a uma rede é nessa rede que se define (não
associada à sua qualidade) se terá longevidade ou não.
2)Principais objetivos:
2 Perspectivas
Esta explicação simétrica visa combater a tendência de se tratar o que é considerado sucesso
como verdade, superioridade técnica e descoberta, e o que é considerado insucesso como
falso, inferior ou falacioso.
Críticas: