Você está na página 1de 4

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Educação - FACED


Curso de Pedagogia
Educação Socioambiental - 2010/2
Profª Isabel Cristina de Moura Carvalho

Resenha do Livro
“Desenvolvimento Sustentável”

Priscila Soares Pereira

Porto Alegre, Novembro de 2010.


SCOTTO, Gabriela; CARVALHO, I.C.M; GUIMARAES, L.B. Desenvolvimento
Sustentável. 5ª Ed. – Petrópolis, RJ. Ed. Vozes, 2010.

Priscila Soares Pereira


Acadêmica do curso de Pedagogia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul – PUCRS.

Resenha do livro Desenvolvimento Sustentável

Em 1980, o conceito de Desenvolvimento Sustentável começa a

ser discutido. A partir destas discussões, se construiu um documento intitulado “Nosso

Futuro Comum”, conseguiu-se obter então a primeira definição do que seria

desenvolvimento sustentável, mas que não pararia por ali, pois está definição ainda não

estava bem formulada. Os autores nesta obra pretendem contribuir para a reflexão

crítica do desenvolvimento sustentável, apresentando algumas características, que

contribuem para o atual debate sobre a sustentabilidade de recursos ambientais.

Os autores deste livro possuem um currículo sólido, sendo a

primeira dos autores, a autora Gabriela Scotto, formada em antropologia pela

Universidade de Buenos Aires e Psicóloga Social, formada pela Primeira Scuela de

Psicologia Social Dichar Riviére (Argentina), deu sua contribuição muito significativa

para a elaboração desta obra. A outra autora de extrema importância também para

elaboração desta obra foi a Doutora Isabel Cristina de Moura Carvalho, também

formada em Psicologia pela USURJ, mestre em Psicologia da Educação e Doutora em

Educação pela UFRGS. E para finalizar o ultimo autor que deu sua contribuição para

esclarecer os problemas do desenvolvimento sustentável, foi o Doutor em Educação

Leandro Belinasso Guimarães, licenciado em Ciências Biológicas na USP, Ribeirão


Preto, mestre em Educação pela UFRGS e com já mencionado, doutor em educação

pela UFRGS.

Ambos os autores se uniram para a realização desta obra, com o

intuito de informar seus leitores de forma clara, referente ao conceito de

desenvolvimento sustentável. Ambos em suas escritas demonstram um conjunto

significativo de teorias e informação, mediados cada um pelo seu estilo de escrita,

pesquisam bem, pensam bem e escrevem de forma clara.

O livro é dividido em dois capítulos, subdivididos em cinco

temas, no qual relata a caminhada sobre o conceito de desenvolvimento sustentável.

Relatando processos e movimentos, posições, contestações, articulações e confrontos

para a construção objetiva do conceito e de formas de ser e de estar no mundo, vivendo

em harmonia com o mesmo. Em eu texto, os autores procuram informar aos leitores,

através de momentos históricos, o que realmente seria o desenvolvimento sustentável.

O livro traz problemas relacionados, como o de crescimento das

cidades de forma exagerada, sem consciência dos problemas que mais tarde poderia

existir, levando aos problemas ambientais pertinentes no mundo. Estes problemas

levaram a uma grave insustentabilidade social e ambiental. Foi a partir destes problemas

relacionados à insustentabilidade, que houve vários movimentos, para enxergar o real

problema, e foi, a partir, do mesmo que se chegou a um paradigma, de que pode haver

desenvolvimento, mas em conjunto com a sustentabilidade, através da consciência.

Levando em consideração, ao tema que os escritores trouxeram e

que é de extrema importância para o equilíbrio do meio ambiente, o ser humano tem que

viver em harmonia com a natureza, respeitando-a. Não é a natureza que deve se adequar

a nós, e sim nós que devemos viver em harmonia com a mesma. Entendemos e

sabemos que precisamos de fábricas para o desenvolvimento econômico de uma


sociedade, mas que a mesma pode agir de forma sustentável, vivendo em harmonia

coma natureza. Outro fator que deveria nos levar a uma reflexão é questão de

responsabilizarmos as classes menos favorecidas, referente à insustentabilidade, mas

isso não é fato, pois não devemos ser injustos como citado no livro de uma das autoras1

Que entendemos por justiça ambiental o mecanismo pelo qual sociedades


desiguais, do ponto de vista econômico e social, destinam a maior carga dos
danos ambientais do desenvolvimento às populações de baixa renda, aos
grupos raciais descriminados, aos povos étnicos tradicionais, aos bairros
operários, as populações marginalizadas e vulneráveis” (p.171, 2008.).

Acredito, que o citado à cima, não tem haver com este tipo de

classe social, mas com a educação de toda uma nação, independente de classe social,

gênero, etnia e religião, mas sim do entendimento e preocupação de cada indivíduo com

o desenvolvimento de sua comunidade, em harmonia e respeito ao ambiente em que

vive. Todos sabem que se pode haver o crescimento econômico de uma nação, sem

desrespeitar o meio ambiente, educando cada indivíduo, para que se haja crescimento é

preciso que se tenha uma política de desenvolvimento sustentável, entre homem e a

natureza.

1
Doutora Isabel Cristina de Moura Carvalho. Citação retirada do seu livro: “Educação Ambiental na
Formação do Sujeito”. 4ª Ed. – SP: Cortez, 2008, p.171.

Você também pode gostar