1) O autor descreve o sistema de produção fordista que dominou o capitalismo no pós-guerra, caracterizado pela produção em massa e padronização.
2) Esse sistema entrou em crise na década de 1970, abrindo caminho para uma transição para o "regime de acumulação flexível".
3) O autor analisa como as mudanças no regime de acumulação também trouxeram novas formas de trabalho, consumo e configurações geográficas.
1) O autor descreve o sistema de produção fordista que dominou o capitalismo no pós-guerra, caracterizado pela produção em massa e padronização.
2) Esse sistema entrou em crise na década de 1970, abrindo caminho para uma transição para o "regime de acumulação flexível".
3) O autor analisa como as mudanças no regime de acumulação também trouxeram novas formas de trabalho, consumo e configurações geográficas.
1) O autor descreve o sistema de produção fordista que dominou o capitalismo no pós-guerra, caracterizado pela produção em massa e padronização.
2) Esse sistema entrou em crise na década de 1970, abrindo caminho para uma transição para o "regime de acumulação flexível".
3) O autor analisa como as mudanças no regime de acumulação também trouxeram novas formas de trabalho, consumo e configurações geográficas.
David Harvey um gegrafo britnico, formado na Universidade de
Cambridge, professor da City University of New York, que trabalha com diversas questes ligadas geografia urbana. No livro Condio PsModerna: uma pesquisa sobre as origens da mudana cultural o autor investiga mais profundamente a natureza da Ps-Modernidade. Para tanto fez uma pesquisa materialista-histrica das mudanas ocorridas na sociedade respondendo a indagaes sobre a compreenso do ps-modernismo. Trilhou os caminhos e descaminhos das condies histricas elucidando o tema numa busca interpretativa culturalmente contextualizada. Na segunda parte do livro, intitulada A transformao polticoeconmica do capitalismo do final do sculo XX (p. 109), especificamente nos captulos 7 e 8, o autor apresenta as grandes modificaes ocorridas no processo de trabalho e todos os atores que se envolvem nesse processo. Contextualizado entre o perodo de 1945 a 1973 apresentado espacialidade tradicional do capitalismo, construda a partir da industrializao e da urbanizao, os processos estruturais fundamentais da sociedade psindustrial ou de consumo, consolidada aps a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto surge modernidade, associada produo e consumo em massa, regido pelo sistema de produo fordista. O regime de acumulao e o modo de regulamentao social e poltica a ele associado utilizado pelo autor linguagem de uma escola de pensamento conhecida como a escola da regulamentao. Para analisar a contribuio desse sistema de produo esttica do modernismo, enquanto forma de intervencionismo estatal, da internacionalizao, formao de mercados de massa globais, globalizao da oferta de matria prima, modernizao no sistema bancrio, turismo etc. O objetivo bsico dessa escola a estabilizao por um longo perodo, ou seja, a correspondncia entre as transformaes das condies de produo como das condies de reproduo de assalariados. A obsesso do sculo XIX com o tempo e a histria foi a modernizao do capitalismo chamada de Era Fordista. O fordismo do ps-guerra tem de ser visto menos como um mero sistema de produo em massa do que um modo de vida total. Produo em massa significativa padronizao do produto e consumo de massa, o que implicava toda uma nova esttica e mercadificao da cultura que muitos neoconservadores considerariam prejudicial preservao da tica do trabalho e de outras supostas virtudes capitalistas. O fordismo tambm se apoiou na, e contribuiu para a, esttica do modernismo particularmente na inclinao 1
desta ltima para a funcionalidade e a eficincia de maneiras muito explcitas,
enquanto as formas de intervencionismo estatal (orientadas por princpios que davam ao sistema burocrtico-tcnica) e a configurao do poder poltico que davam ao sistema a sua coerncia se apoiavam em noes de uma democracia econmica de massa que se matinha atravs de um equilbrio de foras de interesse especial. O modo de produo fordista se abriva sob o guarda-chuva hegemnico do poder econmico e financeiro dos Estados Unidos, baseado no domnio militar. O acordo de Bretton Woods, de 1944, transformou o dlar na moedareserva mundial e vinculou com firmeza o desenvolvimento econmico do mundo poltica fiscal e monetria norte-americana. Assim, a expanso internacional do fordismo ocorreu numa conjuntura particular de regulamentao poltico-econmica mundial e uma configurao geopoltica em que os Estados Unidos dominavam por meio de um sistema bem distinto de alianas militares e relaes de poder. Apenas quando a aguda recesso de 1973 abalou esse quadro, um processo de transio rpido, mais ainda no bem entendido, do regime de acumulao teve incio. Com este esgotamento do sistema de produo fordista, o autor salienta que a profundidade das mudanas econmicas ocorridas no capitalismo coloca-nos diante de novos processos de trabalhos, novos hbitos de consumo e novas configuraes geogrficas. A alterao significativa nesse campo de abordagem pode ser percebida no regime de acumulao e no modo de regulamentao social e poltica associada ao regime de acumulao. O autor, ao observar as mudanas polticas que ocorreram, leva-nos a passar de um sistema fordista para o regime de acumulao flexvel. Comenta o autor que o modo como o sistema fordista se estabeleceu constitui, com efeito, uma longa e complicada histria que se estende por quase meio sculo (p. 122) e que, no entanto, com o Keynesianismo, perde-se a capacidade de responder com eficincia s demandas provenientes das grandes contradies geradas no seio do capitalismo, em funo do que Harvey chama de rigidez, que envolve a relao com os trabalhadores com o Estado.