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Exame filosofia

A filosofia é uma atividade crítica e reflexiva


A filosofia é:
 Uma atividade interrogativa
 É um querer saber para além das aparências, daquilo que se vê
 É colocar o mundo em causa
 É a procura de respostas para os problemas e questões comuns a todas as
pessoas

Instrumentos lógicos do pensamento


 Envolve argumentos e contra-argumentos, exemplos e contraexemplos
Os filósofos não se limitam a expressar as suas crenças, justificam-nas com provas
e argumentos. Tentam formular as suas posições com clareza e o rigor que lhes
permite seres desafiados e ate criticados. A filosofia não é uma questão de
manifestos e atitudes, mas de posições racionais que conduzem as conclusões bem
fundamentadas.

As teses da filosofia são as respostas que os filósofos constroem para


responder aos problemas da filosofia
Estas teses são sustentadas pelos argumentos, isto é, pelas razoes
apresentadas para as justificar
Por exemplo: quando afirmamos que “a pena de morte é injusta e moralmente
indefensável” estamos a formular uma tese. Contudo, esta não convence, sendo
assim necessário defende-la com argumentos e assim conseguir sustentá-la.

Quando falamos de dimensão discursiva da filosofia dizemos que esta utiliza


instrumentos lógicos e linguísticos que estão subjacentes ao discurso.
Estes instrumentos são:
 Conceito (tem a sua expressão verbal nos termos) são as palavras com as
quais construímos proposições e expressamos os nossos argumentos
Ex: “mesa” ”gato” ”limpar” ”cão” são conceitos.
Quando relacionamos conceitos elaboramos juízos:
 Juízos: quando dizemos “todos os homens são animais” estamos emitir um
juízo, no qual relacionamos o conceito de homem com o de animal.
A tradução verbal desse juízo faz-se através da proposição
 Proposição: é uma frase declarativa que exprime literalmente o
pensamento.
Só as frases declarativas são proposições e só estas é que podemos dizer se são
verdadeiras ou falsas.
“Vem almoçar!” “ Dá-me o livro” “que horas são?”
Não são proposições
“O leopardo é um felino” “o cavalo é branco”
São proposições

Frase ≠ Proposição?
As proposições exprimem pensamentos e podem ver verdadeiras ou falsas
No entanto, nem todas as frases declarativas são proposições.
Assim:
 Uma proposição é uma frase declarativa
 Uma proposição tem de possuir valor de verdade (tem de ser verdadeira ou
falsa)
“As frases bonitas são flores coloridas”
Não é proposição pois não podemos dizer o seu valor de verdade

Quando articulamos proposições formamos argumentos, que são a expressão


verbal dos raciocínios.
 Raciocínio: conjunto de varias proposições, chamadas premissas, e uma
outra proposição final, chamada conclusão.
Por exemplo:
Todos os felinos são mamíferos (premissa)
 As premissas fundamentam a conclusão
Todos os gatos são felinos (premissa)
 A conclusão é justificada pelas premissas
Logo, os gatos são mamíferos (conclusão)

O que distingue um argumento valido de um argumento invalido?


Valido:
Um argumento é valido quando a sua conclusão decorre necessariamente
das suas premissas.

Assim, um argumento é valido quando:


 A conclusão decorre necessariamente das premissas
 É impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa

“Se todos os humanos, sem exceção, fazem parte do universo de vertebrados


Se Pedro é humano, então necessariamente Pedro será um vertebrado”
Argumento valido

Inválido:
Um argumento é inválido quando a conclusão não decorre necessariamente
das premissas.

Se todos os alunos que estudam tiram boas notas e o João tira boas notas
Não podemos afirmar que, necessariamente, o João estuda
Argumento invalido
Mas na verdade nem todos os argumentos validos são bons…
 Só os argumentos validos com premissas verdadeiras são argumentos bons

Por exemplo
Todos os peixes andam
A baleia é um peixe
Logo, a baleia nada
Embora seja um argumento valido, não é bom, visto que a segunda premissas é
falsa.

Por outro lado, podemos ter argumentos maus, em que as suas premissas são
verdadeiras:
Todas as zebras são animais
Alguns animais são peixes
Logo, as zebras são peixes

Só dos argumentos podemos dizer que são validos ou inválidos. Das proposições
que os compõem podemos dizer que são verdadeiras ou falsas.

Socrates:
 Socrates encarna o modelo tradicional de filósofo.
 Inaugura a filosofia tal como hoje a conhecemos.
 Faz da filosofia um modo de vida.
 Combate o intelectualismo (Esta doutrina tem como característica conciliar
duas conceções que se mostram opostas, racionalismo e empirismo, desta
forma, o intelectualismo considera as duas conceções referidas como
relevantes para o processo de formação do conhecimento).
 Combate o pragmatismo extremo (uma afirmação que não tenha qualquer
relação com a experiência é desprovida de sentido)
 Coloca o ser humano no centro das suas reflexões.
Pretendia nada saber e afirmava que todos já possuíam o conhecimento do que era
correto dentro de si
Socrates inaugurou um novo caminho para a filosofia: o caminho da ação, da
moral e da ética

A virtude, aretê, segundo Sócrates, é a capacidade de viver respeitando


certos princípios e valores na vida quotidiana
A prática permite levar uma vida moral que transforma o comportamento e
mobiliza as virtudes na procura da felicidade

Socrates exprime publicamente o que muitos pensam mas não dizem, pondo em
causa o funcionamento das instituições e o comportamento dos indivíduos.
Impedindo assim o pensamento circular, impõem-se contra a instauração de um
pensamento único e homogéneo.

Com isto Sócrates provocou em Atenas com as suas perguntas, um


incomodo tao profundo que acabou por pagar com a própria vida este seu
“atrevimento”

Filósofos pré-socráticos

Rejeitam as Procuram Tentam perceber Fazem pesquisas


explicações respostas racionas a estrutura, a físicas e
míticas (logos) origem e as cosmológicas
transformações sobre a natureza
do mundo (physis)
(kosmos)

A natureza é o
Inauguram o caminho racional objeto a investigar
O problema do livre-arbítrio da filosofia de forma
sistemática
A experiencia da liberdade de escolha é condição essencial de toda e qualquer ação
intencional
Com isto surge uma questão:
“É o ser humano efetivamente livre no seu querer e agir?”
Sem liberdade de escolha deixaríamos de ser donos das nossas vidas e
teríamos de renunciar á responsabilidade.

A nossa convicção no livre-arbítrio entra em conflito com uma importante


hipótese científica: determinismo

Para os deterministas, todos os fenómenos do universo, sem exceção,


podem ser explicados em função de causas. Não existem acontecimentos sem
causa.
Dadas as mesmas condições, as mesmas causas produzem inevitavelmente
os mesmos efeitos, existindo assim uma ligação entre os efeitos e os
acontecimentos que os precederam.
Sendo assim todos os seres estão sujeitos a este princípio de causalidade
Numa perspetiva determinista, as escolhas e os comportamentos humanos
são apenas uma parte do encadeamento causal do mundo natural.

O determinismo levado às últimas consequências contradiz a nossa crença do


livre-arbítrio, ou liberdade de escolha

Quando abordamos o problema do determinismo e do livre-arbítrio confrontamo-


nos com duas crenças, qualquer uma delas plausível, mas inconciliáveis:
 A conceção física de mundo que parece incompatível com uma vontade livre
 A crença no livre-arbítrio que parece incompatível com um universo
determinado

Como resolver este conflito? Rejeita-se uma das doutrinas


A doutrina que rejeita o livre-arbítrio chama-se determinismo radical, a
doutrina que rejeita o determinismo chama-se libertismo

Determinismo radical
O determinismo é verdadeiro. O livre-arbítrio é uma ilusão
O determinismo é incompatível com o livre-arbítrio

Segundo um determinista radical, conceção da física do mudo não permite


espaço para a liberdade da vontade. O livre-arbítrio é uma ilusão. O
comportamento humano é previsível. Nenhum de nos é responsável por seja o
que for.

Libertismo
O determinismo é falso. O livre-arbítrio existe
O determinismo é incompatível com o livre-arbítrio

Os libertistas consideram que as pessoas são especiais, que os seres


humanos transcendem as leis da natureza. Segundo os libertistas, o
comportamento humano não é previsível porque não é causalmente
determinado.
Para diversos libertistas é o facto de termos alma que nos torna especiais
A alma é a fonte não física da consciência e da escolha e não é controlada por leis
da natureza.

Determinismo moderado ou compatibilismo.


O determinismo é verdadeiro. O ser humano é livre
O determinismo é compatível com o livre-arbítrio
Muitos pensadores acreditam que um ato pode ser simultaneamente livre e
determinado
Chama-se determinismo moderado ou compatibilismo a esta proposta conciliatória
Para os deterministas moderados, todo o nosso comportamento é determinado
por causas internas ou externas. Mas aceitar o determinismo do comportamento
não implica necessariamente que todas as nossas ações são constrangidas

Alguns comportamentos são constrangidos e outros são livres…


Exemplo de comportamentos constrangidos (não livres):
 O Tristão, depois de ter sido torturado, confessou um crime que não
cometeu
Tristão não tem alternativa ao seu dispor, é forçado a faze-lo

Exemplo de comportamentos não constrangidos (livres):


 O Miguel decidiu mentir ao professor para se livrar de sarilhos
Já o Miguel baseia-se nos seus próprios desejos, sem que nada nem ninguém o
obrigue a faze-lo

A liberdade não supõe um ato sem causa, mas apenas que tenho controlo sobre
alguns dos meus comportamentos

Deterministas radicais e moderados convergem num ponto: as nossas ações


são causadas. A divergência entre estas duas doutrinas não se prende, com a
noção de causalidade, mas apenas com o modo como as causas afetam a ação
Para os deterministas radicais, as causas constrangem o comportamento,
remetendo-o para um único futuro inevitável
Para os deterministas moderados, as causas condicionam a conduta,
deixando em aberto uma grande variedade de futuros possíveis

Juízos de valor e juízos de facto


Juízos de facto
Juízo de facto: é uma descrição objetiva da realidade, uma afirmação
teoricamente suscetível de ser verificada.
Exemplos:
 Os livros estão a ser substituídos pelos livros eletrónicos
 A vaca é um animal sagrado para o hinduísmo
 A terra é o maior planeta do sistema solar
Estes juízos fornecem-nos informação, dizem-nos como as coisas são ou como
acreditamos que são.
Os juízos de facto podem ser confirmados ou infirmados por qualquer
observador que esteja na posse dos meios adequados (racionais ou experimentais)
Se estiverem de acordo com a realidade são verdadeiros, caso contrário serão
falsos, como é o caso do terceiro exemplo, sendo assim independentes de
qualquer opinião.

Juízos de valor
Juízo de valor: expressão ou manifestação de uma preferência ou de uma
escolha
Exemplos:
 A música de Mozart é insuperavelmente bela
 É mais agradável ler um livro em papel do que através de uma ecrã
 O direito á vida é sagrado e inalienável

Estas afirmações expressam preferências valorativas, isto é, avaliações sobre


diferentes aspetos da realidade

Subjetividade ou objetividade dos juízos de valor…


- Para os defensores do subjetivismo axiológico, a verdade dos juízos de
valor depende exclusivamente da perspetiva do sujeito que avalia, isto é,
depende dos seus sentimentos, crenças, desejos e vivências, sendo esta assim
uma preferência individual
A verdade dos juízos de valor é subjetiva e por isso também é relativa a cada um
dos sujeitos

- Já para dos defensores do objetivismo axiológico, afirmam que a verdade


dos juízos de valor é independente dos estados mentais ou de sentimentos dos
indivíduos.
Os juízos de valor são assim afirmações objetivas e absolutas acerca da realidade,
sendo assim, pelo menos em teoria, justificar a verdade ou falsidade.

Éticas deontológicas e éticas consequencialistas


Como podemos saber se uma determinada ação é correta ou incorreta?
Para esta pergunta existem 2 tipos de teoria: as teorias deontológicas e as teorias
consequencialistas.

Éticas deontológicas ou absolutistas Éticas consequencialistas

Este grupo inclui todas as teorias morais


Este grupo reúne todas as teorias morais
segundo as quais ações são corretas ou
segundo as quais certas ações devem ou
incorretas em virtude das suas consequências
não devem ser realizadas,
ou resultados. As éticas consequencialistas
independentemente das consequências
opõem-se às éticas deontológicas porque
que resultem da sua realização ou não
consideram que as ações só podem ser
realização
avaliadas a partir dos resultados observados
Face a um bombardeamento que provoque a
Face a um bombardeamento que morte de civis, um consequencialista, antes de
provoque a morte de civis, um fazer qualquer juízo, perguntará “quais foram
deontologista imediatamente diz: “foi as consequências da ação?”, “o que teria
errado” acontecido se não existisse
bombardeamento?”
A ética racional de Kant é um exemplo de O utilitarismo de Stuart Mill é o exemplo mais
ética deontológica conhecido de consequencialismo

Éticas deontológicas: a ética racional de Kant


As nossas ações serão morais se, e somente se, forem de tipo tal que queiramos
que todas as pessoas as sigam em todas as circunstancias

Ao contrário de outros filósofos, Kant não pretendeu reunir uma tabua de


normas que o orientassem a viver o quotidiano dos seres humanos.
Acreditava no caracter universal e absoluto das regras morais e a
investigação que desenvolveu procurou, antes de tudo, estabelecer o princípio
supremo de toda a moralidade

O dever é o conceito englobante da moral kantiana, o exemplo mais citado


do deontologismo
Segundo Kant, nenhuma das virtudes humanas tradicionais pode ser
considerada boa em si mesma.
Moderação nas emoções, calma na reflexão, inteligência, coragem, honra,
etc, são características boas e desejáveis, é certo, mas podem também ser
indesejáveis, dependendo do uso que lhes der.
Assim, Kant conclui que, só a boa vontade é boa em si mesma

Boa vontade e ação por dever


A boa vontade é o mais elevado bem e é condição necessária de todos os
outros bens.
Uma boa vontade é uma vontade que age por dever. Mas o que significa
agir por dever?
Kant distingue agir por dever (moralidade) de agir conforme ao dever
(legalidade)

Ação por dever (moralidade) Ação conforme ao dever (legalidade)


Ajo por dever quando a minha atuação
não persegue nenhum interesse
Ajo conforme ao dever quando a
pessoal nem é o resultado de uma
minha atuação cumpre a lei, mas,
inclinação ou de um desejo. Ajo por
simultaneamente, persegue um
dever quando a minha atuação é
interesse particular ou é o resultado de
unicamente motivada por puro
um desejo
respeito á lei, independentemente das
consequências da ação
Um condutor que pare no sinal
vermelho cumpre a lei, sem dúvida.
Mas a sua ação de parar pode não ser
Um homem completamente miserável motivada pela pura intenção de
que deseja morrer, mas que ainda respeitar a lei. As razoes que o levam a
assim preserva a vida apenas por parar podem ser: a sua inclinação para
respeito ao dever de faze-lo é o se manter vivo (causar um acidente),
paradigma da moralidade de Kant eu desejo de ser bem visto pela
comunidade, etc. neste caso dizemos
que a ação do condutor é conforme ao
dever.

Imperativos hipotéticos e categóricos


Os imperativos são princípios, fórmulas ou leis que expressam a noção de dever
ser.
Os imperativos obrigam e exercem pressão sobre a razão prática
Sendo a vontade livre, os imperativos não a determinam necessariamente,
apenas ordenam.
Para Kant os imperativos podem ser de 2 tipos: hipotéticos e categóricos
Imperativos hipotéticos: são princípios práticos que estabelecem que uma ação
é boa porque é necessária para conseguir um fim
Se queres X, então deves fazer Y
Imperativos categóricos: são obrigações que estabelecem que uma ação se, e
somente se, for realizada por puro respeito á lei em sim mesma.
Deves fazer X, sem mais

Imperativo hipotético Imperativo categórico


Uma ação é boa se, e apenas se, for
Uma ação é boa porque é um meio
realizada por puro respeito á
para conseguir algum fim ou propósito
representação da lei em si mesma
Assume geralmente a forma “se queres Assume geralmente a forma “Dever
X então deves fazer Y” fazer X, sem mais”

É condicional, isto é, depende da Ordena incondicionalmente, valendo


existência de determinadas independentemente das
circunstancias que derivam da circunstâncias. É independente de
experiencia qualquer experiencia
É particular (vale apenas em
É uma lei universal (valida para todos
determinadas condições e par alguns
os seres racionais) e necessária (de um
indivíduos) e contingente (de um
ponto de visto logico, tem de ser
ponto de visto logico pode ser
verdadeira)
verdadeiro ou falso)
Rege a ações conforme ao dever
Rege as ações por dever (moralidade)
(legalidade)
É o enunciado típico das éticas É a lei da moralidade, dado o seu
materiais. Traduz uma moral caracter exclusivamente formal. A
heterónoma (imposta a partir do obediência a este princípio apenas
exterior) depende da autonomia da vontade
O imperativo categórico trata-se de uma única lei, a lei suprema da
moralidade, podendo ser formulada de 3 maneiras diferentes, sendo a segunda e
terceira derivadas na primeira:

Primeira formulação
Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer
que ela se torne lei universal

Segunda formulação
Age como se a máxima da tua ação e devesse tomar, pela tua vontade, em
lei universal da natureza

Terceira formação
Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na
pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como um fim e nunca como
um meio

O imperativo categórico é o único critério valido para avaliar se um ato é ou não


moralmente admissível:
 Se querermos que a nossa regra seja seguida por todas as pessoas em todas
as circunstâncias, o ato é permissível
 Se não queremos que a nossa máxima se transforme em lei universal, se
tomamos a liberdade de abrir apenas uma exceção para nos nas atuais
circunstancias, o ato é moralmente inadmissível e contrario á lei da razão
pratica.

Objeções à ética kantiana


Obrigações morais e conflito de deveres:
Para Kant, as obrigações morais são incondicionais, mas por vezes é
inevitável termos de escolher entre 2 deveres. Realizar uma obrigação moral (por
exemplo, o dever de dizer sempre a verdade) pode implicar não cumprir outra (por
exemplo, o dever de prestar sempre auxilio).
Obrigações morais e consequências funestas:
Quem não mentiria, se em determinada circunstância, dizer a verdade
trouxesse o serio risco de conduzir alguém á morte? É provável que Kant não o
fizesse, mas, ao contrário do que defendeu este filósofo, sempre que cumprir uma
obrigação moral conduza a consequências indesejáveis do que dizer uma mentira,
parece razoável para muitas pessoas. O facto da ética kantiana não dar atenção às
consequências da ação é um dos aspetos implausíveis da teoria.

Éticas consequencialistas: o utilitarismo de Stuart Mill


As nossas ações serão morais se, e somente se, previsivelmente maximizarem
imparcialmente a felicidade do conjunto de afetados

Os filósofos utilitaristas entendem a felicidade como bem supremo e sustentam


que há um princípio que resume todos os nossos deveres morais, o princípio da
utilidade ou da maior felicidade.
 Devemos fazer aquilo que produza os maiores benefícios possíveis para
todos os que serão afetados pela nossa ação

Este princípio é o critério de moralidade a partir do qual se avaliam as boas ou


mas ações

Pressupostos do utilitarismo
O princípio utilitarista da maior felicidade assenta em três pressupostos:
Consequencialismo Hedonismo Imparcialidade
Devemos orientar-nos Devemos fazer aquilo Ao ponderarmos a maior
pelos resultados que cause os maiores soma de felicidade
previsíveis das nossas benefícios (prazer) e os global, devemos
ações menores prejuízos (dor) contabilizar o bem-estar
ao conjunto de afetados de cada individuo como
sendo igualmente
importante

Este sistema filosófico avalia a correção ou incorreção das ações apenas e só a


partir dos seus resultados ou consequências
Além de consequencialista, o utilitarismo é também uma ética hedonista,
já que identifica o bom com o prazer e o mau com a dor.
As ações são corretas se estas maximizarem a felicidade e minimizares a
dor, e o seu inverso são incorretas.

Hierarquização dos prazeres


Mil afirma que os prazeres variam tanto em quantidade como em qualidade
Um prazer superior é sempre preferível a um prazer inferior, ainda que
possa ser menos intenso e menos duradouro que este

Como se determina a superioridade de um prazer sobre o outro?


Segundo Mill, o critério passa pelo veredito dos “únicos juízes
competentes”, estes estão qualificados para decidir qual dos prazeres deve ser
perseguido, mas para isso eles precisam conhecer os 2.

“O único fim em vista do qual a humanidade esta autorizada, individual,


coletivamente, a interferir com a liberdade de quaisquer dos seus membros é a
autoproteção”

Objeções ao utilitarismo
Os oponentes sublinham com frequência as dificuldades em quantificar a
felicidade e a impossibilidade de prever todas as consequências possíveis da
ação.
O principal motivo da objeção é o facto de este sistema conduzir a consequências
moralmente inaceitáveis, pois este poderá permitir que se façam graves injustiças
em nome da felicidade do maior número de pessoas
John Rawls: a justiça como equidade
Numa sociedade justa, os direitos garantidos pela justiça não estão dependentes
da negociação politica ou do cálculo dos interesses sociais

Teoria sistemática e global da justiça

Rawls desenvolve uma perspetiva contratualista, uma ideia renovada de


contrato social, que tem sempre como horizonte ético a influência kantiana: a
pessoa é um fim e nunca um meio. Os princípios da justiça formam a base do
acordo, do contrato social, e são definidos a partir da posição original

Posição original e véu de ignorância


Para Rawls, a posição original é o estado natural da teoria tradicional do
contrato social e deve ser vista como uma situação imaginária.

Imaginamos um cenário em que não existem instituições sociais e somos


todos iguais e partindo do princípio que não sabemos que lugar ocupamos na
sociedade. Sob este véu de ignorância, que nos torna incapazes de fazer
considerações egoístas, é-nos pedido que aprovemos de antemão os princípios que
servirão para avaliar as relações entre as pessoas e as instituições.

O véu da ignorância que caracteriza a posição original é uma barreira contra


os nossos interesses parciais, com este subentende-se a exclusão de toda a
informação sobre nos próprios como a nossa sexualidade, profissão, talentos,
gostos, valores e aquilo que achamos ser o bem
Para Rawls sem isto a perspetivas de justiça das pessoas é parcial, porque
são influenciadas pelos seus interesses pessoais. A vantagem deste véu é
precisamente obrigar os indivíduos a serem imparciais com as suas decisões, para
assim se poder ter um sistema justo.
Exemplo:

Conclusões:
 A posição original constitui a base de um acordo hipotético
 O acordo implica a totalidade doa atores sociais em situação de igualdade
 A imparcialidade é conseguida a partir do véu da ignorância
 O véu da ignorância elimina condições injustas
 Os princípios resultam da eleição racional e voluntaria dos participantes
 Os princípios definem direitos e a divisão equitativa dos benefícios sociais

Mas…poderá alguém colocado nesta situação de completa ignorância


estar apto para tomar decisões?
Rawls responde que, mesmo a pessoa estando nesse estado ela possui uma
teoria fraca do bem, sabem que querem bens primários como a liberdade,
dignidade, etc, e por isso vão tomar decisões justas.
Os princípios da justiça (liberdade e igualdade)
Os princípios da justiça aparecerão de um acordo em situação de absoluta
equidade. Segundo Rawls uma vez que desconhecemos os resultados, a estratégia
devera ser: começa-mos por imaginar a pior situação possível e a partir dela
estabelecemos os princípios justos, ou seja, optarmos pelos melhores princípios
considerando o pior cenário – a isto se chama estratégia maximin

Submetidos á posição original, que princípios de justiça escolheriam os


indivíduos?
Segundo Rawls não escolheriam o utilitarismo. Sob o véu de ignorância,
rejeitariam a hipótese de serem oprimidos, mesmo que isso pudesse dar prazer á
maioria

Rawls então pensa que irão surgir 2 princípios:


Princípio da liberdade:
O direito às liberdades básicas deverá ser igual para todas as pessoas

Este consagra a igualdade na atribuição dos direitos e deveres básicos, as


liberdades básicas:
Liberdade politica, liberdade do pensamento, de consciência, de expressão,…

Princípio da igualdade (que se divide em 2):


As desigualdades sociais e económicas só serão aceitáveis se forem,
simultaneamente:
 Para o maior beneficio dos menos favorecidos (principio da
diferença)
 Ligadas a cargos e funções abertos a todos em circunstâncias
de igualdade e de oportunidades equitativas (principio da
oportunidade justa)

Se existir um conflito entre os princípios, o das liberdades básicas, tem sempre


prioridade absoluta. A perda de liberdades básicas em nome de vantagens
económicas não é aceitável
Criticas as teorias de Rawls
Robert Nozick
Nozick defende que, a figura do Estado Mínimo, é usado principalmente,
como forma de garantir o máximo possível de liberdades individuais, ainda que
conflituantes.
Para Nozick, o Estado só se deve envolver nas atividades mais básicas, como
segurança pública e resguardar o papel capaz de punir.
Porém, a mais relevante conclusão obtida por Nozick, pode ser considerada
a forma como é empregada pelos estados modernos, ou seja, de forma negativa
para financiar o Estado, seria moralmente indefensável, pois para Nozick trata-se
claramente de uma forma de trabalho forçado, por um determinado período de
tempo, para beneficiar outras pessoas. Ele chega a comparar isso como uma
modalidade de escravidão.
Michael Sandel
O argumento de Sandel é o de que uma compreensão empirista da posição
original está em profundo desacordo com propostas deontológicas. Constata que,
se a justiça como virtude dependesse de certas pré-condições empíricas, não
estaria claro como é que a sua prioridade poderia afirmar-se incondicionalmente.
Sandel não concorda com a afirmação de Rawls quando este ressalta que a sua
versão das circunstâncias da justiça segue Hume, pois, conforme Sandel, as
circunstâncias de Hume não sustentam a prioridade do justo em um sentido
deontológico, ao contrário, parte de condições empíricas.
Sandel acredita que para apoiar o primado da justiça em um sentido categórico
como o de Rawls, seria necessário demonstrar não só que as circunstâncias da
justiça prevalecem em todas as sociedades, e sim que isso acontece ao ponto de a
virtude da justiça ser sempre mais completa e mais invocada do que qualquer outra
virtude. Se assim não for, segundo Sandel, Rawls apenas teria legitimidade para
concluir que a justiça é a primeira virtude de certos tipos de sociedades e não para
todas as sociedades.
Sandel acredita não ser possível o primado da justiça se realizar empiricamente.
Isto é implausível, pois seria improvável ou até mesmo impossível a generalização
social por tal argumento, ao menos quando pensado em ser aplicado para todo o
espectro das instituições sociais. Talvez esta ambição fique por conta de relações
familiares, algumas tribos, aldeias, vilas, ou sindicatos, todas com alguma
identidade comum. Mesmo assim, em alguns momentos as circunstâncias da
justiça poderiam vir a ser restrita. É improvável, no entanto, que possa vir a
realizar-se em grande escala, como por exemplo, nas relações institucionais dos
Estados modernos.
Sandel refuta a tese de que possa existir em algum momento uma sociedade que
tenha como virtude primeira, a primazia da justiça em um sentido empírico.

Estética e filosofia da arte


A obra de arte implica sempre uma interpretação por parte daquele que a vê ou
ouve, reclamando uma construção de sentido pelo espectador.
Na base desta construção esta a experiencia estética, que envolve uma vertente
racional e outra mais sensível. A primeira implica razão, a segunda envolve os
sentidos, os afetos e os sentimentos.

Que diferenças existem entre ler um romance, ver uma pintura de Picasso, ou
ouvir um relato desportivo?
A diferença ocorre dos próprios objetos e não da experiencia que deles
temos. Uns serão obras de arte e outros não

Kant afirma que o belo é o que agrada universalmente sem conceito. Mas
sabemos que o conceito é o que nos permite identificar sem qualquer equívoco
alguma coisa e posteriormente construir um juízo sobre ela.
O que Kant quis dizer é que o bela não esta nas coisas, ele é subjetivo,
dependo do gosto individual do sujeito e não existe uma regra que termine que um
poema ou uma flor sejam belos

Kant ao afirmar que a experiencia estética é marcada pelo desinteresse,


pretende dizer que nela não se procura satisfazer uma qualquer necessidade
prática, a experiencia estética é um prazer meramente contemplativo.
Tal como acontece com as experiencias não estéticas (aprender, estudar,
tomar banho,…) também as experiencias estéticas se expressam através de juízos

Experiencia estética juízo estético


Juízo estético
O juízo estético como “a cidade do Porto é bonita”, “as pinturas de Da Vinci
são belas”, indicam juízos emitidos com base naquilo que se sente e que não é
suscetível de ser inteiramente motivado por uma explicação logica.
Neste sentido, como diz Kant, é um juízo de gosto, pois depende exclusivamente
do agrado ou desagrado do individuo

Para Kant o prazer estético é desinteressado uma vez que:


 Não possui qualquer interesse prático
 Não se funda em conceitos
 Não dependa da experiencia real do representado

Como os juízos estabelecem uma afirmação com a qual se espera que


concordem outros indivíduos, são, pois, uma avaliação subjetiva que pretende ser
universal.

Kant estabelece ainda uma outra distinção importante:


Distingue o prazer desinteressado do belo (juízo de gosto) dos prazeres do bom
e do agradável, já que os considera dependentes de algum interesse.

Kant

Diferentes prazeres

o prazer do bom o prazer do o prazer do belo é


obtem-se da agradavel obtem- desinteressado,
satisfação de uma se da satisfação nao depende nem
qualquer de um qualquer dos desejos, nem
necessidade pratica desejo pessoal das necessidades
ou dos
conhecimentos
A natureza dos juízos estéticos
A beleza está nos olhos de quem a vê.
O belo depende das propriedades dos objetos

A beleza é independente de quem a observa, isto é, existe por si mesma, ou


depende dos olhos do sujeito que contempla?
Para responder a esta questão, existem 2 perspetivas que se opõem:
Subjetivismo estético Objetivismo estético
 Perspetiva na qual se integra a
teoria kantiana e que se afirma
que um objeto é belo em
virtude do que sentimos quando
o observamos. Como tal, a
beleza depende daquilo que o
 Perspetiva onde podemos situar
sujeito sente.
Platão
 O belo ou a beleza é um
questão de gosto ou preferência
pessoal, sendo que as
propriedades dos objetos nada
contam para a sua apreciação
O que é a arte? O que é um objeto artístico?
A arte foi durante muitos seculos entendida como o território do belo.
A beleza correspondia á ordem e à proporção e o feio era entendido como
a ausência de beleza, desordem e assimetria.

Belo e feio relacionavam-se dicotomicamente, não só em termos de agrado


ou desagrado, mas também em termos morais, facilitando o reconhecimento da
fronteira entre a arte e não-arte. O belo pertencia á arte e identificação com o
bem, o feio não.

A repulsa causada pelo feio resulta da dificuldade em lidar com o diferente, dai
este ser visto como a imperfeição, ou ausência de beleza.

A arte contemporânea veio alterar o conceito, transformando e alargando


a definição de arte:
 A arte deixa de ser exclusivamente o território do belo para se alargar a
outras formas de ver, interpretar e comunicar.
 O feio, que foi excluído do território artístico durante seculos, é elevado a
categoria estética, passando a ser uma possibilidade estética

A arte contemporânea alterou a visão tradicional do belo e do feio, dilui as


fronteiras e as definições. Esta indeterminação abriu portas ao diálogo e à
convivência entre perspetivas consideradas incompatíveis, transformando a arte
num território de absoluta liberdade
Conceito de arte:
Conceito de arte ao longo dos tempos:
 Arte e técnica confundem-se
 Artista e artesão confundem-se
Antiguidade clássica  A arte é um saber fazer
 Na procura do belo o importante é a
harmonia

 Arte e técnica confundem-se


 Há um afastamento do saber teórico
Idade média
(conhecimento das escolas) do saber dos
artesãos

 É marcada pelo renascimento


 A arte é inspiração e genialidade
 Dá-se a rutura entre a arte e a técnica
Idade moderna
 Aparece o termo belas-artes (poesia,
pintura, musica,…) que se distinguia das
“artes pequenas” (cerâmica, tecelagem)

 Aparecem novas designações de arte: artes


plásticas, artes do espetáculo,…
 Dá-se a rutura com todos os princípios
Idade contemporânea
estéticos, o belo e o útil fundem-se
 A arte resulta de grupos de artistas que se
reúnem

Dizer que a obra de arte é:


 Uma produção humana
 Um prazer sensível
 Uma forma estética
 Uma obra aberta

E acrescentar que é:
 Interpretação do mundo
 Expressão e liberdade
 Comunicação
 Intermediaria entre o mundo interior e o exterior
 Desejo de imortalidade
Permite concluir-se que a arte e a obra de arte apelam:
 Aos conhecimentos
 À inteligência
 Às tradições
 Aos sentimentos

Tudo isto nos ajuda a dizer o que é a arte e a obra de arte, mas não serve para a
definir

Em arte pode-se fazer seja lá o que for, mas nem todo seja lá o que for é arte

Então afinal o que é a arte?


Uma possível resposta a este problema é a através da análise das 3 teorias
mais importantes da arte: teoria da arte como imitação, teoria da arte como
expressão e a teoria da arte como forma

Arte como imitação


Uma obra é arte se, e só se, imitar algo
Platão defende que um objeto é belo pelas suas características intrínsecas,
isto é, as características que se encontram somente no objeto
Para Platão, a arte é sempre imitação, é uma reprodução inadequada dos
objetos ideais que lhes estão subjacentes.

Segundo Aristóteles, a arte:


 É verdadeira, quer em termos de conhecimento, quer em termos morais
 É imitação natural, pois “contemplamos com prazer as imagens mais exatas
daquelas mesmas coisas que olhamos com repugnância, cadáveres, animais
ferozes”.
 É invenção do real, pois também pode ser imitação de coisas que ainda não
tem realidade mas que podem vir a tê-la
 Tem um efeito purificador
 Tem uma função pedagógica, por fortalece o sentimento de vida
comunitária
TEORIA DA ARTE COMO IMITAÇÃO
Aspetos a favor Criticas
 É incontestável que muitas  Há obras que não imitam coisa
obras imitam algo (paisagens alguma. Por exemplo, a música
pessoas, etc…) instrumental, não imita
 A teoria dá-nos um critério para  Como saber se uma obra imita
classificar aquilo que pode ser ou não realmente o seu objeto?
considerado arte
 Dá-nos, igualmente, um critério
para valorar as obras de arte. As
melhores obras de arte são
aquelas que melhor imitarem o
objeto

Arte como expressão


Uma obra é arte se, e só se, exprimir os sentimentos e as emoções do artista

Mesmas
Emoções do Obra de
emoções no
artista arte
espectador

Para Tolstoi, a arte é um meio de comunicação de sentimentos, de emoções e o


artista deve expressa-los e contagiar o recetor.
Para Tolstoi só há arte se houver essa unidade do sentimento entre o artista e o
público, e deve assentar na autenticidade dos sentimentos do artista na hora da
criação

Tolstoi considera que há arte desde que sejam respeitadas, em conjunto as


seguintes condições, independentemente de as obras imitarem ou proporcionarem
prazer:
1. Particularidade do sentimento transmitido
2. Clareza na transmissão desse sentimento
3. Sinceridade no artista, isto é, na força com que o artista experimenta os
sentimentos que transmite
TEORIA DA ARTE COMO EXPRESSÃO
Aspetos a favor Criticas
 Vários soa os artistas que  Dificilmente se podem
reconhecem que na origem da classificar como arte todas as
sua criação estão os obras de arte
sentimentos  Há obras que não exprimem
 Apresenta um critério qualquer sentimento
abrangente para classificar um  Como podemos saber se a obra
objeto como obra de arte exprime exatamente as
 O seu critério valorativo é claro, emoções do artista quando ele
já que uma obra de arte será já morreu ou decide oculta-las
tanto melhor quanto melhor  Não há qualquer garantia de
conseguir expressar os que aquilo que sentimos ao
sentimentos do seu criador observar uma obra de arte seja
o mesmo sentimento do seu
criador

A arte como forma


Uma obra é arte se, e só se, provocar emoções estéticas
Esta teoria abandona a ideia de que há uma característica comum às
diferentes formas de arte. Nelas existe, uma característica que marca todas as
experiencias estéticas: a emoção estética

A teoria de Clive Bell representa uma das teorias mais recentes de captar a essência
da arte:
 Se pudermos encontrar uma característica que seja partilhada por todas as
experiencias estéticas, então poderemos definir a arte que provoca essa
experiencia

Se na teoria da arte como expressão se dizia que a obra expressava sentimentos,


na teoria da arte como forma afirma-se as obras provocam emoções
A emoção estética é precisamente essa característica comum a todas as obras de
arte e consiste na emoção provocada no observador
Esta teoria afirma que a emoção estética é provocada pelas obras de arte mas não
expressa por elas
Há certos objetos de que gostamos, mas que não despertam em nós
emoção estética, para Bell estas objetos não podem ser considerados obras de arte
visto que deixam intocadas as emoções estéticas. Porem para ser obra de arte é
necessário que desperte a emoção estética e isso só a captação da forma
significante o possibilita.

A forma significante é uma característica específica da estrutura da obra de


arte, que resulta da combinação estabelecida entre as partes que a constituem. O
que desperta a emoção estética são as relações entre as formas, as linhas, cores,
etc.

TEORIA DA ARTE COMO FORMA


Aspetos a favor Criticas
 Pode incluir todo o tipo de  Há quem não sinta nenhum
obras de arte emoção perante as obras que
 Tudo o que provoque emoção são consideradas arte
estética é arte. Esta é a  Tem dificuldade em explicar de
condição necessária para forma convincente o critério da
atribuir a designação de arte a forma significante
um objeto  É uma teoria elitista, pois,
segundo Bell, nem todos
conseguem sentir a emoção
estética que uma obra de arte
transmite. Acredita que apenas
um pequeno número de
pessoas a poderá sentir

O que podemos concluir de isto tudo, é que a arte é um conceito aberto e como
tal sempre sujeito a alterações

A teoria da arte...

...como imitação ...como expressão ...como forma centra-


centra-se nos objetos centra-se no artista se no sujeito que
representados aprecia a obra de arte

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