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Ao longo deste ensaio terei como objetivo discutir o seguinte problema “Será a guerra uma
ação moralmente correta?”. Para conseguirmos debater o seguinte tema, é essencial apresentar o seu
conceito.
A guerra acompanha-nos desde o início dos tempos, esta é retratada como dor e sofrimento,
perdas e vitórias. É um cenário sombrio, que nos coloca perante a questão da moralidade desta. Karl
von Clausewitz definiu a guerra como a “continuação da política por outros meios”.
Atualmente, a guerra é um assunto cada vez mais necessário debater, uma vez que falamos da
morte de um ser humano em função de outro ser humano. Dado o momento que passamos, é
importante refletir sobre este problema, ao qual ainda não temos respostas. Devido à sua integridade
violenta e as enormes consequências nas vidas das pessoas, existe uma clara fonte de dúvidas sobre a
sua moralidade. Existem 4 teorias que tentam responder a este problema, sendo estas: o Realismo, o
Pacifismo, o Utilitarismo e a Guerra justa.
Do meu ponto de vista, a guerra não é moralmente correta, assim sendo, defenderei a ideia de
que a guerra é imoral, ou seja, serei apologista do pacifismo.
O pacifismo é um movimento contra qualquer tipo de manifestação violenta. Os seus
defensores acreditam na paz, em qualquer circunstância, pois consideram que recorrer à violência é
um ato intrinsecamente reprovável.
O pacifismo baseia-se nos seguintes pontos:
— A guerra é imoral e ilegítima;
— A guerra é um crime contra a humanidade;
— A guerra não cumpre os seus fins;
— Recusa a violência;
— Paz perpétua.
No entanto, existem diferentes perspetivas relativamente ao pacifismo, apesar de estas terem
alguns pontos em comum, tais como a rejeição da violência:
Pacifismo abolicionista: a humanidade devia pensar na paz e não na guerra;
Um dos motivos que me fazem acreditar no pacifismo, é que Martin Luther King e Mahatma
Gandhi, dois pacifistas do século XX, defendiam os seus direitos de maneira pacífica. Estas duas
personalidades conduziram lutas revolucionárias conduzidas por meios não violentos, e ambos
conseguiram atingir os seus objetivos.
Uma das críticas ao pacifismo é o facto de a guerra, por vezes, poder ser justificável, isto é, o
pacifismo nega o direito de autodefendermo-nos. Concordo parcialmente com a afirmação, porém eu
sou apologista de que esta crítica está mal fundamentada, uma vez que, se a humanidade praticar o
pacifismo, em circunstância alguma será necessário praticar a autodefesa. Portanto, se todos nós
conseguirmos chegar ao momento em que não seja necessário agredir outras pessoas para nos
defendermos, iremos conseguir alcançar a paz.
Por conseguinte, concluo que o pacifismo é uma boa resposta ao problema formulado no
início deste ensaio, uma vez que temos exemplos concretos de lutas bem-sucedidas por parte de
pacifistas.