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O problema da adoção de uma criança por parte de


casais homossexuais

João Rodrigues

Ensaio Filosófico
Filosofia – 2018/2019

Maio de 2019
Índice

Sumário 2
Introdução 3
O problema da adoção de crianças por parte de casais homossexuais 3
Conclusão 5
Bibliografia 6

1
Sumário

Apesar do processo evolutivo da nossa sociedade acerca da questão da


homossexualidade ainda existe muito preconceito sobre o assunto. A adoção de crianças
por parte de casais homossexuais ainda não é aceite. Do meu ponto de vista, a adoção
por parte destes devia ser legalizada. Essas pessoas não são diferentes das outras
fisicamente, têm tudo o que uma pessoa heterossexual tem, têm apenas outra orientação
sexual, o que não é proibido. Já a adoção de crianças por parte dessas pessoas, em alguns
países, é proibida.

Abstract

Despite the evolutionary process of our society on the isseu of homosexuality


there is still a lot of prejudice on the subject. Adoption of children by homosexual couples
is not yet accepted. From my point of view, their adoption should be legalized. These
people are no different from others physically, have everything a heterosexual person
has, have only other sexual orientation, which is not prohibited. Already the adoption of
children by these peolple, in some countries, is prohibited.

2
Introdução

Neste trabalho irei fazer uma abordagem sobre um dos temas mais conflituosos
na sociedade atual, a adoção de crianças por parte de casais homossexuais. Muita gente
é a favor, mas também muita gente é contra, pois apenas 24 países no mundo legalizaram
até hoje a adoção de crianças por parte de casais homossexuais.

A adoção de crianças por parte de casais homossexuais

O tema da adoção Homossexual tem vindo, já há bastante tempo, a revelar-se um


problema muito conflituoso. Existem muitas pessoas que são a favor, mas muitas são
contra.
Primeiramente, a Homossexualidade refere-se à atração física, estética e
emocional por uma pessoa do mesmo sexo ou género.
As pessoas que têm esta orientação sexual não são diferentes das outras pessoas
que se autonomeiam de normais, são fisicamente iguais, só que em termos sexuais toda
a gente tem o direito de gostar do que quer e de quem quer.
Segundo o artigo nº1 dos direitos humanos «Todos os seres vivos nascem livres
e IGUAIS….». Ou seja ninguém tem o direito de apontar o dedo a qualquer pessoa, só
porque esta não segue as suas convicções ou orientações. Todos são livres de adotar uma
criança mesmo que o casal adotivo seja de duas mulheres, de dois homens ou um homem
e uma mulher.
Mas mesmo assim existe várias pessoas com enormes preconceitos sobre as
pessoas homossexuais e sobre a adoção de crianças por parte delas. Um dos principais
argumentos ou objeções das pessoas que se opõem á adoção dos casais homossexuais é
que todas as crianças deviam crescer com um pai e uma mãe para obter o seu pleno
desenvolvimento. Mas esta teoria não tem nenhum fundamento, nem existe nenhum
estudo que o comprove. Até pelo contrário, estudos mostram que filhos de casais
homossexuais apresentam um desenvolvimento psicológico e emocional igual ao das
crianças filhas de casais heterossexuais. Uma criança só precisa de crescer e de se
desenvolver no seio de uma família estável e que lhe seja dado o afeto, carinho e a
educação que necessita para um crescimento saudável, qualquer que seja a composição
da família.
As pessoas que se opõem à adoção de crianças por parte de um casal homossexual
dizem que o casal não pode adotar a criança porque esta irá seguir as suas orientações,
ou seja, dizem que a criança corre o risco de «aprender a homossexualidade». O
problema neste argumento é que a homossexualidade não é algo que se aprende, não é

3
uma cultura, nem nada parecido. Cultural é se aceitamos ou não a Homossexualidade. O
normal é que esta criança não tenha preconceitos nem problemas em aceitar casais
homossexuais. Uma grande prova que mostra que a Homossexualidade não é uma
cultura ensinada é o nascimento de pessoas homossexuais em famílias com valores
conservadoras. O que desmancha totalmente este argumento.
A oposição a este tema continua muito grande, a uma escala global, uma
demonstração como isto é real, é que, segundo as Nações unidas, existem cerca de 193
países no mundo, e só 24 legalizaram, até hoje, a adoção de crianças por parte de um
casal homossexual (África do Sul, Andorra, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá,
Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Irlanda, Islândia,
Israel, Luxemburgo, Malta, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, Suécia e
Uruguai). O que nos leva a pensar e constatar que a cabeça e o pensamento das pessoas
ainda está muito retardado, não de toda a gente, mas de muitas pessoas
Outro argumento que as pessoas usam contra a adoção de crianças por parte de
casais homossexuais, é que as crianças adotadas por esses casais sofreram “bullying” ou
outro tipo de discriminação. Mas este argumento leva nos a pensar no passado. Quando
começaram a aparecer as primeiras pessoas de raça negra na Europa, tudo estranhou e
discriminou, mas naturalmente essas pessoas foram entrando na sociedade e hoje em
dia é uma coisa normal para quase todos. Por isso digo, será que as crianças de pais
homossexuais não irão entrar naturalmente na sociedade ao longo do tempo? Mas este
preconceito também existe pela educação dos pais dada aos filhos.
Mas não acaba por aqui, mais um argumento que as pessoas usam contra a
adoção de crianças do mesmo sexo é que, por exemplo, quando o casal é de dois homens
e adotam uma menina, que essa menina não irá ter uma mãe para falar sobre o seu corpo
ou com os problemas que a adolescência das raparigas acata. Mas as pessoas quando vão
ao médico não sabem se vão falar com uma mulher ou com um homem. Chegam e têm
de falar qualquer que seja o tipo de pessoa que têm à frente. Porém, a meu ver, é mais
fácil falar com um pai do que falar com uma pessoa desconhecida que têm à frente.
E para finalizar existe uma grande vantagem na adoção destas crianças, pois esses
casais homossexuais dão uma família a inúmeras crianças que se encontram nas
associações, diminuindo cada vez mais o número dessas crianças.

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Conclusão

Concluo, retomando a ideia de que as pessoas não são diferentes apenas porque
não têm as orientações das maioria e, por isso, devem ter os mesmos direitos que elas.
Todos somos livres e iguais e para mim toda a gente deve ter a sua família e os seus filhos,
caso queiram, mesmo que o casal adotivo seja homossexual.

5
Bibliografia
SEN, Amartya, A ideia de justiça. Coimbra, Almedina, 2012, pp 469-476.
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
https://www.publico.pt/2016/01/25/sociedade/noticia/adopcao-por-casais-gay-o-
debate-que-ja-se-fez-1721345

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