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Nossa Senhora de Paris

A Obra e o seu Artífice


 Personagem central: Esmeralda, bailarina de raça cigana;
 Arquidiácono Cláudio Frollo;
 Frollo deseja favores sexuais da bailarina devido à sua formosura;
 A bailarina, pelo contrário, nutre medo e ódio pelo arquidiácono;
 A bailarina oferece esses favores ao jovem oficial Phoebus de Châteaupers;
 Quasímodo: sineiro disforme da Catedral da Nossa Senhora de Paris (Notre
Dame) adotado pelo padre Frollo que nutre um amor puro e extremo por
Esmeralda, chegando ao ponto de a raptar;
 Frollo, dividido entre a sua devoção a Deus e o desejo carnal por Esmeralda,
usa estratégias incríveis para a seduzir;
 Paris, séc. XV;

Victor Hugo:
 Dramaturgo, escritor, poeta e político;
 Nascimento: Besançon, França, 1802;
 Morte: Paris, França, 1885;
 1819: fundou a revista “Conservateur Litéraire” (O Conservador Literário) e ganhou um
concurso de poesia;
 Grande líder do movimento romântico francês;
 1831: publicação do romance “Nossa Senhora de Paris” (aka “O Corcunda de Notre
Dame”);
 Foi criado num meio monárquico, mas possuía um grande espírito liberal que o fez
adepto de uma evolução política a favor da democracia liberal e humanitária;
 Apoiou Luís Napoleão Bonaparte mas exilou-se após este se tornar imperador;
 Viveu longos anos exilado em Jersey, Guernsey e Bruxelas, recusando sempre o perdão
que lhe tinha sido concedido;
 Em 1870 regressou a França e tornou-se membro do Senado;
 Entre outras obras é também conhecido pela peça “Os Miseráveis”.

Prefácio
 Palavra gravada na parede em grego: FATALIDADE;
 Caligrafia gótica; escrita na Idade Média; sentido fúnebre e fatal;
 Qual terá sido a alma aflita que quis deixar aquela marca de crime
ou de desgraça antes de morrer?
 (Ver último parágrafo da pág.7 e pág.8) – dúvida
Nota do Autor
 Diz que os novos capítulos não devem ser chamados de “novos” mas sim de inéditos,
já que estes não foram novamente produzidos, mas foram criados ao mesmo tempo
que os restantes;
 Segundo ele, um romance nasce com uma forma necessária com todos os seus
capítulos;
 O número de partes que constituem o romance não é algo ao acaso;
 Essas partes (capítulos) devem ser criadas de uma vez só e ficarem tal e qual como
foram feitas;
 Compara a obra com o nascimento de uma criança;
 Não se deve mudar a obra posteriormente;
 Fica como o autor a quer, boa ou má;
 Pensamento de estética e de filosofia a par do romance;
 Apresenta dois tipos de leitores: uns apenas focados no romance e outros focados em
todos os aspetos da obra (para quem são úteis os três capítulos inéditos);
 Num dos capítulos, fala sobre a decadência e morte da arquitetura (arte-rei);
 Apresenta esperança nas gerações futuras sobre o desenvolvimento da arte;
 Lamenta a decadência da arquitetura e a forma como as pessoas a desvalorizavam,
proclamando que irá sempre defender a sua importância;

Livro Primeiro – I: A grande sala


 6 de Janeiro de 1482;
 Festejava-se a solenidade dos Reis e a Festa dos Loucos, celebradas ao mesmo tempo
há muitos anos;
 Descrição da grande sala do palácio da Justiça;
 Houve um grande incêndio em 1618 que destruiu a grande sala descrita;
 Palácio da Justiça: primeira morada dos reis de França, palácio primogénito do Louvre;
 Duas extremidades ocupadas na sala pela multidão: uma pela grande mesa de
mármore, a outra na capela com estátua de Luís XI;
 O mistério começava ao meio-dia;
 A multidão estava impaciente e começava a queixar-se;
 Utilização da adjetivação e da enumeração;
 Piadas feitas por estudantes no meio da multidão (p.e. Lecornu);
 Reitor da Universidade: mestre Teobaldo;
 Estudantes proferem insultos e piadas aos reitores, mestres e eleitores da
Universidade;
 Dá-se o meio-dia e a multidão posiciona-se para ver a peça (mistério);
 No entanto, os embaixadores flamengos não chegam;
 “Desde a manhã que essa multidão esperava três coisas: o meio-dia, a embaixada da
Flandres e o mistério. Só o meio-dia apareceu à hora.”
 À impaciência da multidão sucedeu-se a raiva: primeiro em forma de sussurros, até
que Jehan du Moulin “despediu a primeira faísca”;
 A situação era crítica.
Livro Primeiro: II – Pedro Gringoire
 Apesar das tentativas de um membro do teatro de acalmar a população, este nada
conseguiu fazer;
 Este tinha medo de, por um lado ser enforcado pela população por os fazer esperar e
por outro de ser enforcado pelo cardeal por não ter esperado: mostra-se o contraste
entre a vontade do povo e das classes mais altas;
 Um indivíduo conseguiu salvá-lo deste dilema: alto, magro, seco, esgalgado, descorado
e louro, cavado de rugas, velho, olhar brilhante e boca sorridente: Pedro Gringoire;
 Mistério: O Bom Juízo da Senhora Virgem, um auto;
 Pedro Gringoire, o poeta que escreveu a peça, e Jehan Marchand, que serrou as
tábuas e construiu o teatro;
 O autor Victor Hugo fala normalmente com os leitores;
 Toda a multidão esperava agora pacientemente que o espetáculo começasse;
 Verdade eterna verificada em teatros: O melhor meio para fazer com que o público
espere com paciência é anunciar-lhe que o espetáculo vai começar;
 O mistério finalmente começou;
 “ (…) como ainda hoje sucede, o público preocupava-se mais com os trajes dos
personagens do que com os próprios papéis (…) ”
 O mistério era constituído por quatro personagens: vestiam quatro túnicas iguais;
 Primeira: vestia uma túnica de brocado, ouro e prata; empunhava uma espada; lia-se
em caracteres pretos: “Chamo-me nobreza”;
 Segunda: túnica de seda; empunhava duas chaves de ouro (ver significado); lia-se
“Chamo-me clero”;
 Terceira: túnica de lã; empunhava uma balança; lia-se “Chamo-me mercancia”;
 Quarta: túnica de linhagem; empunhava uma enxada; lia-se “Chamo-me trabalho”;
 O trabalho era casado com a mercancia e a nobreza com o clero;
 Pedro Gringoire estava bastante entusiasmado com a sua peça, de tal forma que até se
vangloriou perto de duas mulheres bonitas; “Os aplausos (…) vibravam-lhe ainda em
todo o ser; estava completamente absorvido nessa espécie de contemplação extática
com que o autor vê as suas ideias caindo, uma por uma, da boca do ator (…)”
 No entanto, esta alegria durou pouco: Joannes, um dos estudantes selvagens a assistir
à peça, reparou na presença do mendigo, interrompendo o prólogo e fazendo com
que, no silêncio instalado na sala, as cabeças se virassem todas para o local do pedinte;
 Este episódio distraiu consideravelmente o auditório e Gringoire estava descontente,
gritando aos atores que continuassem o mistério;
 A populaça, ao ver a continuação da atuação, voltou-se novamente para o palco e o
espetáculo prosseguiu tranquilamente;
 No entanto, posteriormente, a porta do estrado abriu e deu-se a chegada do Conde de
Bourbon.

Livro Primeiro: III – O Senhor Cardeal


 Pedro Gringoire ficou bastante perturbado, não por ter ódio ou desprezo pelo cardeal
(pelo contrário, o poeta tinha bom senso e respeito pelo mesmo), mas este era
“composto por uma parte de interesse e nove partes de amor próprio”, ou seja,
Gringoire valorizava bastante a sua peça;
 Como esta foi interrompida no prólogo uma segunda vez, imagine-se o estado do
poeta;
 Cardeal de Bourbon: “bela personagem” (ironia); o seu traço característico era o
espírito cortesanesco e a devoção que consagrava às classes mais altas; era um bom
homem e vivia regaladamente a sua existência de cardeal; era acompanhado e
pertencia à alta hierarquia;
 Foi esta sua popularidade que justificou um acolhimento desagradável da sua chegada
pela turba, que lhe pronunciava e ao seu cortejo (grupo de bispos e abades que o
acompanhavam) um “charivari espantoso de blasfémias e de enormidades”, de
sarcasmos e cacofonias, principalmente os estudantes;
 O cardeal não se melindrava com tais comentários; a única coisa que o incomodava
era conviver com a burguesia de Flandres (que chegou logo em seguida), já que este
não apreciava burgueses;

Livro Primeiro: IV – Mestre Jacques Coppenole


 Chega ao local Jacques Coppenole, um autoproclamado “fabricante de meias” e a
quem os aristocratas mandam anunciar como “escrivão dos almotacéis da cidade de
Gand”;
 No entanto, Jacques não se conforma com esta última e continua a proclamar-se
fabricante de meias; como este pertencia ao povo, o povo que o rodeava aplaudia e
gargalhava;
 Esta arremetida de Jacques foi uma humilhação para os vassalos da corte;
 Para não bastar este comportamento, Jacques era amigo do mendigo que interrompeu
o prólogo e sentou-se na primeira fila do estrado para o cumprimentar;
 O sujeito esquecido por todos foi, de facto, Pedro Gringoire, o autor do mistério, que
há já mais de um quarto de hora após a entrada do cardeal, tentava atrair as atenções
ao seu prólogo;
 “(…) o espetáculo era o mesmo tanto no estrado como na mesa de mármore: o
conflito do Trabalho e do Clero, da Nobreza e da Mercancia.”
 Concebeu então num estratagema para atrair a atenção de todos: gritando,
misturando-se com a plateia, para que se inicia-se novamente o mistério;
 Nem todos concordavam, mas após a ordem de Sua Eminência para a sua continuação,
deu-se o silêncio da plateia;
 No entanto, nem toda a embaixada de Flandres tinha chegado e os diálogos do
mistério intercalavam com os anúncios dos embaixadores pelo porteiro;
 Portanto, ninguém prestou atenção ao auto.

Livro Primeiro: V – Quasímodo


 Começa o capítulo com a descrição da eleição do papa;
 Elegeu-se o papa dos tolos: a sua carantonha era o seu próprio rosto: todo ele era um
esgar; cabeleira ruiva, uma corcunda enorme entre os ombros, as suas coxas pareciam
lâminas recurvas de foices, pés largos, mãos monstruosas, “gigante despedaçado e
inabilmente recomposto”: Quasímodo, o sineiro da catedral;
 Quasímodo era surdo;
 A turba fazia “um círculo de terror e de respeito” em volta do corcunda.

Livro Segundo: I – De Cila para Caríbdis


 Gringoire saiu do palácio ao anoitecer;
 Gringoire era pobre e devia dinheiro ao rendeiro;
 Comparação dos poetas com mendigos (Gringoire era poeta e mendigo).

Livro Segundo: II – A Praça da Greve


 Descrição da Praça da Greve no séc. XV e das suas funções;

Livro Segundo: III – Besos para Golpes


 Quando Gringoire chegou à praça para se aquecer na fogueira central, reparou que
existia um grande grupo de pessoas à volta do fogo a ver uma dançarina;
 Essa dançarina fascinou a visão de Gringoire;
 Dançarina: pele escura; pés pequenos; olhos grandes e negros; cabelos escuros; “uma
criatura sobrenatural”; CIGANA; cantava em espanhol; tinha uma cabra chamada Djali;
 A procissão dos tolos chegou à praça e era finalizada com Quasímodo;
 O corcunda sentiu-se cheio de amor-próprio pela primeira vez na vida, no meio das
humilhações e desdém que tinha passado ao longo de toda a sua vida; sentia-se como
um soberano do povo dos tolos;
 No meio do momento de esplendor do disforme, a ele lhe foi retirado o báculo
dourado (símbolo do papado) por Cláudio Frollo, o arcediago que momentos antes
assustara Esmeralda com palavras de ameaça e ódio;
 Quasímodo saltou do andor onde estava e ajoelhou-se perante a presença do padre;
 “O padre, de pé, irritado, ameaçador, imperioso; Quasímodo, prostrado, humilde,
suplicante. (…) é certo que se Quasímodo quisesse, poderia esmagar o padre com um
dedo.”
 Apesar dos esforços da confraria dos tolos para defender o seu papa, Quasímodo
mostrou-se defensor de Frollo;

Livro Segundo: IV – Inconvenientes de Seguir Mulheres Bonitas,


de Noite, Pelas Ruas
 Gringoire seguiu a cigana pelas ruas de Paris;
 Ao perdê-la de vista numa das ruas perto da Catedral de Nossa Senhora, ouviu-a dar
um grito agudo e a ser levada por Quasímodo, que o deitou ao chão;
 No entanto, um capitão dos archeiros do rei, Phoebus de Châteaupers, salvou-a e
colocou-a na sela do seu cavalo, mas esta rapidamente fugiu, ficando o oficial apenas
com Quasímodo preso.

Livro Segundo: V – Continuação dos Inconvenientes


 Gringoire desconfiava que o companheiro de Quasímodo era Cláudio Frollo;

Livro Segundo: VI – A Bilha Quebrada


 Gringoire tinha finalmente encontrado uma fogueira onde se podia aquecer, mas foi
perseguido por disformes (cegos, leprosos, manetas, estropiados…) que lhe pediam
esmola;
 Ao chegar à Praça dos Milagres, descobriu que os disformes que o perseguiam eram
todos falsos e revelaram-se ladrões;
 A Praça dos Milagres era o lar dos vagabundos: “(…) imenso guarda-roupa, numa
palavra, onde se vestiam e despiam naquela época todos os actores dessa comédia
eterna que o roubo, a prostituição e o assassínio representavam no palco de Paris.”
 A Praça dos Milagres era uma taberna onde os bandidos de Paris se preparavam para
fingir os seus papéis no dia seguinte: maneta, peregrino, soldado falso, etc…
 Nessa taberna, encontrou Clopin Trouillefou, o mendigo que interrompeu o seu
mistério;
 Após ser ameaçado de morte pelo suposto mendigo, Gringoire concordou em tornar-
se membro dos vagabundos da Praça, um criminoso;
 Mesmo assim, Clopin queria-o enforcado;
 Gringoire foi salvo por uma das leis dos ciganos: Não poderia ser morto caso alguma
mulher quisesse casar com ele;
 La Esmeralda aceitou-o como marido.

Livro Segundo: VII – A Noite de Núpcias


 Gringoire estava numa sala fechada com La Esmeralda;
 Ao tentar atraí-la, Esmeralda defendeu-se puxando um punhal e a cabra Djali também
a defendeu, colocando-se entre Gringoire e a dançarina;
 Esmeralda apenas casou com o poeta para o livrar da forca;
 A dançarina ofereceu-lhe manjar;
 Esmeralda descreve o seu tipo de homem ideal: cavaleiro, corajoso, que a possa
proteger;
 A cigana tinha medo de Quasímodo;
 Esmeralda possuía um colar que se assemelhava a uma esmeralda, simbolizava um
amuleto;
 Chegou a França quando ainda era pequena;
 Gringoire começou a contar a sua história, incluindo o facto de ter sido aprendiz de
latim do arcediago Cláudio Frollo da catedral de Nossa Senhora;
 Esmeralda perguntou-lhe o significado de Phoebus (Sol) com um ar pensativo e
apaixonado.

Livro Terceiro: I – Nossa Senhora de Paris


 A Igreja de Nossa Senhora de Paris é ainda um majestoso edifício, mas tem sido
degrado pelos Homens ao longo do tempo, especialmente pelos arquitetos (“homens
da arte”);
 Existia no passado um lance de onze degraus que com o tempo foi sendo destruído
devido à subida das águas e do nível do solo da cidade;
 Enumera inúmeras situações onde o Homem destruiu o património da arquitetura da
Idade Média e substituiu-o por objetos sem valor;
 “É assim que a maravilhosa arte da Idade Média tem sido tratada em quase todos os
países, especialmente em França”;
 O autor considera três espécies de lesões à Catedral:
o O tempo: Abriu brechas e encheu de ferrugem a sua superfície;
o As revoluções: Destruiram muitos dos elementos da catedral;
o As modas: “Mataram o edifício, tanto na forma como no símbolo, tanto na sua
lógica como na sua beleza” e refizeram-na em nome do bom gosto da altura.
 O autor considera que a Catedral de Notre Dame “não é uma igreja românica, não é
também uma igreja gótica. Este edifício não é um tipo.”;
 “É um edifício de transição” do românico para o gótico; “Cada face, cada pedra do
venerado monumento, é uma página não só da história do país, mas ainda da história
da ciência e da arte.”

Livro Terceiro: II – Paris Visto de Relance


 Fala sobre o panorama geral de Paris: “(…) não há dúvida que tem perdido mais em
beleza do que tem ganho em extensão.”;
 O Sena foi a base da criação de Paris;
 Paris estava dividida em três partes: Cité, a mais antiga e pequena, considerada mãe
das outras duas; a Université, que cobria a margem esquerda do Sena; a Ville, que
cobria a margem direita, a maior das três partes de Paris;
 Quatro torres de Paris: Tournelle e torre de Nesle, na margem esquerda, torre de Billy
e torre du Bois, na margem direita;
 Na Cité abundavam as igrejas, como Nossa Senhora; na Université, os colégios como a
Universidade de Sorbonne; na Ville, os palácios, o Louvre e a Câmara Municipal;
 “(…) a ilha pertencia ao bispo, a margem direita ao preboste dos mercadores e a
margem esquerda ao reitor(…)”;
 Prossegue a uma descrição bastante detalhada da vista que o leitor poderá observar
de Paris se subir à torre de Notre Dame;
Livro Quarto: I – As Boas Almas
 Haviam dezasseis anos numa manhã de domingo de Pascoela que tinha sido
depositada uma criatura abandonada na Capela de Nossa Senhora;
 Uma das mulheres que observava a criança referiu que esta tinha sido um “aborto de
macaco”;
 Era uma criança bastante disforme com um olho;
 Um padre jovem chega-se ao pé da criança com um olhar profundo e decide adotá-la;
 Esse padre era Cláudio Frollo.

Livro Quarto: II – Cláudio Frollo


 Frollo não era uma personagem vulgar;
 Pertencia a uma família de classe média, da alta burguesia, e desde pequeno tinha sido
levado pelos pais a seguir o estado eclesiástico;
 Estudou no colégio de Torchi onde aprendeu a ler em latim e aprendeu sobre o missal
e o Léxico;
 Era bastante interessado pelo estudo, com uma inteligência e imaginação acima da
média;
 No entanto, nunca tinha sentido amor de verdade e foi Jehan, o seu irmão adotivo,
que lhe deu essa oportunidade: “A pobre criaturinha (…) comoveu-o até ao fundo das
entranhas.”;
 Por isso, quando se deparou com Quasímodo, este comoveu-o ao lembrá-lo do seu
irmão;
 “(…) fez voto no seu coração de educar esta criança por amor de seu irmão(…)Batizou
o seu filho adotivo e pôs-lhe o nome de Quasímodo. (…) Efetivamente, Quasímodo (…)
era apenas um “quase”.”;

Livro Quarto: III – “Imanis pecoris custos, immanior ipse”


 A história passa-se em 1482;
 Quasímodo fora feito sineiro de Nossa Senhora pelo seu pai adotivo Cláudio Frollo;
 Desde pequeno que era separado do exterior da catedral devido às suas origens
desconhecidas e na maior parte devido à sua desformidade, não conhecendo nada no
mundo para além das paredes religiosas que o rodeavam, eram o seu universo;
 Conhecia todos os cantos da catedral e costumava trepar aos lugares mais altos;
 Aos catorze anos, os sons dos sinos deixaram-no surdo, fechando-lhe a única porta que
tinha para o mundo, já que já era vesgo, corcunda e coxo;
 Esta nova condição fez com que Quasímodo se fechasse ainda mais e aumentou a sua
melancolia, a tal ponto que se tornou “mudo”, não mencionando uma única palavra
senão quando estava só;
 Para além disso, tinha uma forma distinta de viver as coisas, ora louca ora idiota, e,
devido ao ódio a que fora exposto desde nascença por parte dos Homens, absorveu
essa malvadez com que o feriram e era caracterizado como selvagem e mau;
 Apesar de terem sido os que lhe tiraram a capacidade de ouvir, o que o corcunda mais
gostava na catedral eram os sinos, especialmente o maior de todos, Maria: “(…) mas as
mães amam muitas vezes de preferência o filho que mais as fez sofrer.”;

Livro Quarto: IV – O Cão e o Dono


 Quasímodo amava bastante, no entanto, um ser humano, até mais que a sua catedral:
Cláudio Frollo;
 O reconhecimento de Quasímodo por Cláudio Frollo era profundo e sem limites, visto
que o arcediago era o único que se tinha dignado a criá-lo e educa-lo apesar das
opiniões dos outros;
 Devido à sua surdez, Cláudio e o corcunda estabeleciam uma linguagem de gestos,
pelo que o padre era o único ser humano com quem Quasímodo mantinha
comunicação: o disforme apenas tinha relações com duas coisas, a catedral e o
diácono;
 Estabelecia-se entre ambos uma relação de servo e imperador, em que um curvava a
sua cabeça perante uma inteligência alta e poderosa, comparada à relação entre um
Homem e um cão;

Livro Quarto: V – Continuação de Cláudio Frollo


 1482: Quasímodo, 20 anos, Cláudio Frollo, 36 anos;
 Cláudio era um padre austero, grave, melancólico, uma personagem imponente e
sombria;
 Não tinha abandonado a ciência nem a educação do seu irmão mais novo, mas ao
longo do tempo, a amargura de ver Jehan tornar-se preguiçoso e muito afastado da
ordem religiosa começou a entranhar-se no seu espírito;
 Devido a este fracasso em relação a Jehan, lançou-se cada vez mais nos caminhos da
ciência, tornando-se cada vez mais sábio e consequentemente cada vez mais rígido e
triste;
 Alguns diziam que este tinha menor devoção à igreja que à própria ciência;
 A Catedral era amada por dois indivíduos bastante dissemelhantes: por um pela sua
beleza, estatura e harmonias que dela ressaltavam; por outro pelos seus significados,
pelo mito, sentido e símbolos que nela contêm as suas estátuas e pelo enigma que
oferece à inteligência;
 Como Cláudio era apaixonado por alquimia, era considerado feiticeiro;
 O arcediago alojava-se numa cela muito pequena numa das torres de Nossa Senhora
onde ninguém entrava;
 Cláudio tinha uma reputação bastante esquisita entre os fiéis, onde nenhum dos
devotos não acreditava que este experimentava as ciências ocultas;
 “E se, envelhecendo, se tinham formado abismos na sua ciência, tinham-se também
formado no seu coração.”
 Cláudio afastava-se das mulheres e mantinha um terror pelos egípcios e ciganos desde
há algum tempo e que parecia ter aumentado, de tal forma que fora pesquisar os
arquivos das condenadas por feitiçaria com origens ciganas;
Livro Quarto: VI – Impopularidade
 A reputação de Cláudio e Quasímodo pelos burgueses e arraia-miúda vizinha da
catedral não era muito famosa: ao passarem pelas ruas, esperavam-lhes comentários
irónicos e insultantes;
 No entanto, ambos não estavam importados com isso: “Para ouvir todas essas
graciosas coisas, Quasímodo era surdo de mais e Cláudio pensador de mais.”.

Livro Quinto: I – “Abas Beati Martini.”


 A fama de Cláudio era bastante conhecida;
 Esta fama valeu-lhe uma visita que lembrou durante muito tempo;
 Uma tarde, Cláudio foi visitado pelo médico do rei, Jacques Coictier, por quem não
nutria apreciação; este vinha acompanhado de um homem de cerca de sessenta anos,
reverendo mestre Tourangeau;
 Tourangeau procurava Cláudio para este lhe fornecer concelhos sobre medicina, já que
este estava bastante doente;
 No entanto, Cláudio não acreditava nem na medicina nem na astrologia, apenas na
alquimia;
 O compadre (Tourangeau) começou a interessar-se na conversa de Cláudio sobre
alquimia;
 Apesar de ambos os visitantes o acharem doido, Tourangeau convidou Cláudio ao
palácio de Tournelles;
 A partir desta visita, diz-se que Cláudio passou a visitar frequentemente o rei Luís XI;

Livro Quinto: II – Isto Há-de Matar Aquilo


 O autor indaga-se sobre o significado da expressão “Isto há-de matar aquilo. O livro
acabará com o edifício.”
 Este pensamento tinha duas faces: uma de padre e outra de sábio/artista;
 Primeira: “o receio do sacerdócio em frente a um agente novo, a imprensa. (…) o
espanto e o deslumbramento do homem (…) o púlpito e o manuscrito, a palavra falada
e a palavra escrita (…) vê no futuro a inteligência a minar a fé, a opinião a destronar a
crença, (…) vê o pensamento humano, volatizado pela imprensa, evaporar-se do
recipiente teocrático. (…) A imprensa acabará com a igreja.”
 Segunda: “(…) que o livro de pedra, tão sólido e tão duradouro, ia dar lugar ao livro de
papel, (…) significava que uma arte ia destronar uma outra arte. (…) A imprensa
acabará com a arquitetura.”
 “(…) a arquitetura era o grande livro da Humanidade, a expressão principal do homem
nas suas diversas fases de desenvolvimento, quer como força, quer como inteligência.”
Livro Sexto: I – Vista de Olhos Imparcial sobre a Antiga
Magistratura
 A 7 de janeiro de 1482 deu-se o julgamento de Quasímodo no Grande Châtelet e cujo
preboste era Messire Roberto d’Estouteville;
 O auditor do caso era mestre Florian, que era surdo mas que não deixava ninguém
adivinhar a sua surdez e ceguez;
 Ao fazer perguntas a Quasímodo, este, igualmente surdo, não respondia;
 Quasímodo era acusado de: desordem noturna; vias desonestas numa mulher;
deslealdade e rebelião para com os archeiros da ordem do rei;
 Pena: açoitar e andar à roda no pelourinho da Greve durante uma hora; multa de 12
dinheiros parisis;
 O julgamento foi uma fonte de risada coletiva devido à surdez de Quasímodo e do
auditor.

Livro Sexto: II – A Toca dos Ratos


 Descrição da história e características da Torre de Roland e enumeração de exemplos
semelhantes em França e no mundo;

Livro Sexto: III – História de um Bolo de Farinha de Milho


 No meio da ponte estava a atuar Esmeralda;
 Três burguesas estavam a passear perto da ponte, sendo uma delas uma provinciana
de Reims;
 A provinciana recusou-se a assistir ao espetáculo de Esmeralda devido à fama que
corria sobre ciganos que roubavam, raptavam crianças, liam falsas sinas e realizam
rituais satânicos;
 Uma das burguesas conta uma história de uma mulher cuja filha teria sido raptada
pelos ciganos e, em troca dela, teria sido substituída por um monstro, uma criança
deformada, Quasímodo;

Livro Sexto: IV – Uma Lágrima por uma Gota De Água


 No último subcapítulo, descreve-se a perspetiva da Toca dos Ratos; Neste descreve-se
a perspetiva dos espectadores no pelourinho e na forca;
 No pelourinho estava a ser castigado Quasímodo, que foi recebido com risos e
aclamações pela populaça;
 Foi neste pelourinho que Quasímodo fora, no dia anterior, proclamado papa dos
doidos e aclamado;
 Ao ser torturado e açoitado na Praça da Greve, era ao mesmo tempo coberto com
injúrias e insultos do povo, especialmente pelas mulheres;
 Cláudio Frollo observou a tortura de Quasímodo mas nada fez, voltando para trás para
evitar comentários dos espectadores a seu respeito;
 Quasímodo, já há uma hora e meia a ser apedrejado e maltratado gritava com sede;
 Esmeralda atravessou a multidão, subiu as escadas do pelourinho e ofereceu-lhe água
em meio a uma praça cheia de gente que troçava do corcunda;
 Quasímodo, de tanto desespero que guardou nessas horas, até se emocionou ao ver
que alguém o ajudava;
 A multidão, também emocionada, bradou em felicitação da cena;
 Chantefleurie, da sua cela, avistou a cigana e insultou-a;

Livro Sexto: V – Fim da História do Bolo


 Com o comentário da prisioneira, Esmeralda empalideceu e desceu do pelourinho;

Livro Sétimo: I – Perigo de Confiar um Segredo a uma Cabra


 Passado umas semanas, num dia de Primavera, estava um jovem a ser desejado por
várias jovens na casa de senhora Aloysa de Gondelaurier, incluindo a sua filha Flor-de-
Lis;
 A este jovem, o capitão dos archeiros das ordenaças do rei, estava a organizar-se um
casamento arranjado com Flor-de-Lis, e que não se tratava de amor, pelo que o
próprio capitão se mostrava pouco entusiasmado;
 O jovem era frio e distraído;
 Era um rapaz frio, inconstante;
 “Apesar de ser de nascimento muito nobre, contraíra com o uniforme mais de um
hábito de caserna. Agradava-lhe a taberna e tudo o que ela traz. Só estava à vontade
entre palavras grosseiras, galantarias militares, belezas fáceis e fáceis êxitos.”;
 O jovem referido é Phoebus de Châteaupers, o capitão que salvou Esmeralda haviam
dois meses;
 Esmeralda estava a dançar no adro;
 Um padre estava a observá-la do alto de uma torre, era o padre Cláudio Frollo;
 Phoebus, por pedido das donzelas que o rodeavam, chamou Esmeralda para a casa da
senhora Gondelaurier;
 “Nesta ocasião, a cigana não tocava o pandeiro. Voltou a cabeça para o ponto de onde
partia a voz; o seu brilhante olhar fixou-se em Phoebus e logo parou. (…) Depois corou
como se as faces lhe escaldassem (…), dirigiu-se (…) para a porta da casa onde Phoebus
a chamava (…).”;
 O capitão estava encantado com a cigana e ela igualmente por ele;
 As donzelas que acompanhavam Phoebus proferiam humilhações e comentários
sarcásticos à cigana, mas este defendia-a, o que a fazia ficar mais encantada com ele;
 Aquando da conversa com as donzelas, Berangére, uma menina de sete anos, atraiu
Djali com um bolo e desatou-lhe do pescoço um saco de couro á qual Esmeralda
chamava “o seu segredo”;
 Dentro da sacola, estavam letras;
 A cabra, com as patas, ordenou as letras numa ordem particular, formando a palavra
“Phoebus”;
 Flor-de-Lis desmaiou e Esmeralda saiu com Djali por uma das portas da casa;
 Phoebus decidiu segui-la;
Livro Sétimo: II – Como um Padre e um Filósofo são Dois
Homens Diferentes
 Todos os dias, o padre Cláudio Frollo subia para a sua cela no alto da torre uma hora
antes do pôr do sol;
 Naquele dia, estava prestes a subir para a sua cela quando ouviu um som de pandeiro
e de castanholas;
 “Paris inteiro ficava-lhe aos pés (…) com o povo a ondular nas ruas (…); mas de toda a
cidade, o arcediago apenas olhava para um canto: a Praça do Adro; de toda essa
multidão, para uma só figura: a cigana.”
 Ao descer as escadas, Cláudio reparou na figura de Quasímodo, que olhava por uma
abertura dos alpendres para a praça “tão entregue a uma profunda contemplação” e
com um “olhar extasiado e meigo”;
 Pedro Gringoire era o acompanhante de Esmeralda e foi apanhado em flagrante por
Frollo a realizar dotes de bailarino;
 Pedro Gringoire, ao mencionar que era o suposto “marido” de Esmeralda, foi alvo do
ciúme de Frollo, que o interpelou agressivamente;
 Gringoire revela que Esmeralda é uma criança adotada e que o seu amuleto
semelhante a uma esmeralda é a peça que a vai fazer encontrar os pais, caso não
perca a sua “virtude”;
 Para sua proteção, tem a seu dispor o Duque do Egito, o líder dos vagabundos da Praça
da Greve, a sua tribo e o punhal que traz sempre consigo;
 O arcediago apresentava uma ardente curiosidade sobre a cigana;
 Esmeralda era gentil, alegre, tinha modos desenvoltos e era apreciada pela sua dança
e pelas suas canções; só se considerava odiada por duas pessoas na cidade: a velha da
torre Roland e um padre cujo olhar e palavras a assustavam (Frollo sentiu-se
perturbado com esta última);
 Quando Pedro perguntou ao arcediago porque fazia tantas perguntas em relação a
Esmeralda, Frollo corou e mais uma vez mascarou o seu desejo pela cigana, referindo
que esta era uma criatura do demónio e, “para segurança de Gringoire”, este não se
devia aproximar dela, nem sequer lhe tocar.

Livro Sétimo: III – Os Sinos


 Os crentes notavam que Quasímodo já não tinha a mesma paixão a tocar os sinos
que antes;
 Talvez por causa dos terrores do pelourinho que ainda moravam na sua alma;
 No dia da Anunciação, 25 de março de 1482, Quasímodo voltou a tocar os sinos
com furor, até observar Esmeralda na praça;
 Parou imediatamente de tocar e fixou-se sobre a cigana com um “olhar cismador,
terno e doce (…)”;

Livro Sétimo: IV – ANATKH (Fatalidade)


 Cláudio Frollo estava cada vez mais impaciente devido aos seus sentimentos por
Esmeralda;
 Até quando praticava a alquimia se lembrava da cigana;
 Por isso, gravou na parede as palavras fatalidade e impureza em grego;

Livro Sétimo: V – Os Dois Homens Vestidos de Preto


 Cláudio encontrou-se com um alquimista;
 Esse perguntou-lhe quando era suposto capturar Esmeralda;
 Aranha: Esmeralda; Mosca: Cláudio; no entanto, pode também ser ao contrário:
desejo do padre de capturar a cigana;

Livro Sétimo: VI – Efeito que Podem Produzir Sete Pragas


Proferidas ao Ar Livre;
 Jehan acompanhou Phoebus para uma taberna para beberem;
 Cláudio seguia-os de esguelha;
 Ao ouvir que Phoebus se ia encontrar com Esmeralda nessa noite, o padre estremeceu
de inveja e bateu os dentes;

Livro Sétimo: VII – A Alma do Outro Mundo


 O arcediago obteve a informação de que Phoebus e Esmeralda se iriam encontrar na
ponte S. Miguel;
 Phoebus apanhou Cláudio a segui-lo, pensando que era um ladrão ou até mesmo uma
alma ambulante;
 O arcediago dispôs-se a ajudar Phoebus dando-lhe dinheiro para a “entrevista” com
Esmeralda, mas Phoebus não o reconhecia, pensando que era um completo
desconhecido;
 Seguiram ambos para o quarto de Santa Marta;

Livro Sétimo: VIII – Utilidade das Janelas que Dão para o Rio
 Esmeralda chegou e Cláudio, escondido num canto, ouvia a conversa dos
“namorados”;
 Esmeralda ama verdadeiramente Phoebus, mas este só deseja prazeres carnais;
 Engana a cigana com palavras galanteadoras;
 Cláudio, enfurecido de tal forma pelo ciúme que sentia por Phoebus, esfaqueou-o com
o punhal sem que Esmeralda soubesse a sua identidade;
 Esta desmaiou e acordou rodeada dos soldados da ronda e da populaça que dizia “É
uma feiticeira que apunhalou um oficial.”.

Livro Oitavo: I – O Escudo Transformado em Folha Seca


 Um mês depois: Esmeralda desapareceu e ninguém sabe do seu paradeiro;
 Esmeralda iria ser julgada nesse dia pela morte de Phoebus, causada pela feitiçaria que
praticava;
 O arcediago Frollo era um dos membros do julgamento;
 No Palácio da Justiça, dava-se o julgamento de Esmeralda;
 Estava acusada de comunicar com o diabo e com espíritos malignos que teriam
matado Phoebus;
 O testemunho da dona da pensão: disse que tinha visto um “fantasma vestido de
padre” saltar pela janela e nadar no rio;
 Todos julgavam que Djali era o Diabo;
 Pena final: tortura;

Livro Oitavo: II – Continuação do Escudo Convertido em Folha


Seca
 Foi torturada na “sala da tortura”;
 Por causa da dor infernal que sentia ao ser torturada, acabou por confessar todos os
crimes de que era acusada;

Livro Oitavo: III – Fim do Escudo Convertido em Folha Seca


 O juiz declamou que, no dia acordado com o rei, Esmeralda seria transportada para a
Praça da Greve e enforcada;

Livro Oitavo: IV – “Lasciate ogni speranza”


 Na prisão situada abaixo do Palácio da Justiça, Esmeralda estava presa;
 A cigana não irradiava nenhum sinal de vida comparado com as emoções que fazia
transparecer enquanto dançava todos os dias no adro;
 Permaneceu na cela escura apenas com côdea de pão como alimento durante tempo
indefinido;
 Um dia, um padre veio visitá-la;
 Era Cláudio Frollo, e ela reconheceu-o como o homem que matara o seu amado;
 Frollo confessa os seus sentimentos a Esmeralda;
 O padre conta a história de como a viu pela primeira vez, a dançar no adro;
 No entanto, por causa do encanto que a cigana lhe causava, presumiu que fosse obra
de Satanás;
 Esmeralda continuava a perguntar por Phoebus, e Frollo, enfurecido com ela, saiu sem
a ajudar a sair da masmorra como planearaNO;

Livro Oitavo: V – A Mãe


 Era o dia do enforcamento de Esmeralda;
 Frollo ia assistir.
Livro Oitavo: VI – Três Corações de Homens Diferentemente
Formados
 Phoebus não morreu;
 O capitão sentia-se envergonhado pelo povo pensar que teria sido encantado por uma
cigana;
 Phoebus voltou a Paris para visitar Flor-de-Lis, o seu próximo interesse romântico;
 Ao olhar pela janela da casa da sua pretendente, assistia ao enforcamento de uma
cigana;
 Ao reparar que era Esmeralda, tentou esconder-se para que esta não o visse, ao
mesmo tempo que tentava que Flor-de-Lis não se apercebesse de que tinha sido ele o
soldado encantado pela cigana;
 Frollo estava mais pálido que uma estátua;
 Ajoelhou-se perto dela e tentou convencê-la a se relacionar amorosamente com o
padre;
 Ela recusou, enviando-lhe pragas;
 Esmeralda avistou Phoebus, e chamou-o mas este nada fez;
 Quasímodo assitia ao enforcamento da egípcia;
 Muito rapidamente, conseguiu salvá-la;
 A população vibrou com a sua ação;

Livro Nono: I – Febre


 Cláudio não viu o salvamento de Esmeralda por Quasímodo;
 Começou a fugir pelas ruas de Paris e demonstrava sinais de estar louco;
 Deitado na margem do Sena, começou a alucinar com o Inferno;
 Voltou a correr para a catedral;
 Continuava a alucinar;
 Alucinava a tal ponto que quando Esmeralda passou por ele, julgou ser o seu espetro e
fugiu;

Livro Nono: II – Corcunda, Cego de um Olho, Coxo


 Quasímodo levou Esmeralda para uma pequena cela da Notre Dame;
 Esmeralda pensava que o disforme era algum espírito enviado do Demónio e que esta
já estava morta;
 Quasímodo pousou-a finalmente;
 Ao recuperar os seus sentido, recordou duas ideias que lhe causavam muita amargura:
Phoebus estava vivo e não a amava;
 Ao reparar que estava quase nua, o corcunda entregou-lhe vestidos que algumas
mulheres lhe teriam deixado e tapou o seu único olho com a mão, sofrendo com o
pudor;
 Para além disso, trouxe-lhe também uma enxerga e mantimentos e depois fugiu;
 “Viu-se só, pensando nas palavras singulares daquele ente quase monstruoso, e
impressionada pelo som da sua voz, que era tão rouco, mas tão doce.”
 Foi dar uma caminhada pela igreja (foi ela o espetro que Cláudio teria visto no meio da
sua alucinação).

Livro Nono: III – Surdo


 Quasímodo tinha vindo vê-la dormir;
 Ao acordar, assustou-se com a sua presença, o que o fez esconder-se por detrás de um
postigo;
 Apesar de todos os seus chamamentos, Quasímodo continuava a fugir-lhe devido à sua
surdez;
 Apenas quando esta o agarrou pelo braço e o fez aproximar-se é que ele acalmou;
 Quasímodo demonstrou o seu desprezo por si mesmo em comparação com a beleza
pura de Esmeralda;
 Sentia-se mal por Esmeralda o ver, tal disformidade era a sua;
 Por esse motivo, decidiu ir embora e deu-lhe um apito cujo som conseguia ouvir caso
ela o quisesse ver sem ficar horrorizada;

Livro Nono: IV – Barro e Cristal


 Sucederam-se os dias e Esmeralda voltava pouco e pouco ao sossego do espírito;
 O que a fazia ter esperança na vida era o amor que sentia por Phoebus;
 “É que o amor é como uma árvore: rebenta por si próprio, crava profundamente as
raízes em todo o nosso ser e continua muitas vezes a verdejar sobre um coração em
ruínas.”;
 Esmeralda continuava a arranjar desculpas dentro de si para continuar a acreditar que
Phoebus a amava;
 De entre todas as coisas da Notre Dame, o que a mais embalava a alma eram os sinos;
 “Quando a lembrança de Phoebus se desvanecia, a cigana pensava algumas vezes em
Quasímodo (…) mas decididamente não se podia acostumar com o pobre sineiro. Era
horrendamente feio.”
 Phoebus passava pela praça e Esmeralda via-o do telhado;
 Esmeralda pediu a Quasímodo que fosse buscar o capitão;
 Quasímodo tentou convencer o capitão a falar com Esmeralda, mas este recusou e
fugiu;
 Ao aperceber-se que o corcunda vinha só, Esmeralda recusou-se a dirigir-lhe a palavra
durante dias;
 O disforme, mesmo assim, deixava-lhe comida e presentes sem que esta o conseguisse
ver;
 Esmeralda pensava muito pouco em Quasímodo, maioritariamente no capitão;

Livro Nono: V – A Chave da Porta Vermelha


 Frollo acabou por descobrir como Esmeralda tinha sido salva;
 O padre, cansado de sofrer por amor, ao receber a notícia, encerrou-se na sua cela
durante semanas;
 Diziam que estava, e estava efetivamente, doente;
 Da sua janela observava o cubículo de Esmeralda e os cuidados de Quasímodo para
com ela;
 Perguntava-se qual teria sido o motivo do corcunda a salvar;
 Uma noite dirigiu-se á cela da cigana;

Livro Nono: VI – Continuação da Chave da Porta Vermelha


 Cláudio atacou Esmeralda enquanto dormia e esta, em meio ao desespero, soprou o
assobio de Quasímodo, a única arma que encontrara;
 Quasímodo veio ao seu encontro e quase que matava o próprio pai adotivo, pois, ao
ser surdo, não ouvia os seus gritos;
 Graças à luz do luar, Quasímodo reconheceu Cláudio, largou-o e afastou-se;
 Trocaram-se os papéis: “Era o padre que agora ameaçava, e Quasímodo quem
suplicava.”;
 Esmeralda pegou na faca e ameaçou Cláudio, dizendo que sabia bem que Phoebus
estava vivo;

Livro Décimo: I – Gringoire Tem Algumas Boas Ideias


Caminhando na Rua dos Bernardos
 Gringoire estava a caminhar quando sentiu uma mão no seu ombro do senhor
arcediago de Josas;
 “Achou D. Cláudio muito mudado: pálido como uma manhã de Inverno, os olhos
encovados, os cabelos quase brancos;
 Cláudio tentou falar com Pedro para descobrir maneiras de salvar Esmeralda da
sentença da morte;
 Cláudio sugeriu que Pedro e Esmeralda trocassem de papéis para que esta pudesse
viver;
 Depois de uma longa conversa entre ambos, a par do desagrado de Pedro por ser
enforcado, o poeta sugeriu um novo plano para a salvar.

Livro Décimo: II – Faz-te Vadio


 Jehan mais uma vez veio pedir dinheiro a Cláudio.

Livro Décimo: III – Viva a Alegria


 Descrição da taberna do Pátio dos Milagres;
 Naquela noite, distinguiam-se três grupos em torno de três personagens;
 Uma delas era Hungadi Spicali, o duque do Egipto e da Boémia;
 Outra o rei de Tunes, Clopin Troillefou, que distribuía armas que teria roubado de uma
dorna velha;
 O último grupo, mais jovial e mais barulhento, em volta de Phoebus;
 O grupo de Clopin estava a planear o “assalto” de Esmeralda na Notre Dame, da qual
fazia parte Jehan Frollo;
 À meia-noite partiram para a catedral;

Livro Décimo: IV – Um Amigo Desastrado


 Naquela noite, o arcediago parecia mais preocupado que o costume;
 Desde aquela noite fatídica, Cláudio maltratava constantemente Quasímodo com as
palavras, e por vezes batia-lhe;
 Quasímodo, do alto da sua torre, avistou uma multidão nas trevas;
 Reconheceu os membros na multidão que o tinham proclamado, uns meses antes,
papa dos loucos;
 Em Paris, nessa época, eram comuns as rebeldias de populações durante a noite, visto
que não havia nenhuma vigilância pública, nenhuma polícia, que vigiasse as ruas
parisienses;
 O rei de Tunes ordena que abram a porta principal da igreja;
 Uma trave caiu sobre os atacantes da entrada da igreja;
 Os assaltantes, enraivecidos, continuavam o ataque, mesmo com uma chuva de pedras
a cair-lhes sobre os crânios lançadas por Quasímodo;
 Estavam prestes a desistir quando Jehan teve a ideia de subir para a janela de uma das
torres com uma escada dada por uma das suas admiradoras;
 Jehan conseguiu entrar para a catedral, mas foi apanhado e morto pelo corcunda;
 A multidão: “Sentia-se envergonhada e cheia de raiva por ter sido estorvada durante
tanto tempo em frente de uma igreja, somente por um corcunda.”;
 Assim, os assaltantes atacavam por todos os lados e não havia nada que Quasímodo
pudesse fazer para os travar;

Livro Décimo: V – O Retiro Onde Reza as suas Horas o Senhor


Rei Luís de França
 A luz que o corcunda tinha visto acesa ao olhar para Paris antes do ataque era a vela
de Luís XI;
 Luís XI, acompanhado de Mestre Oliveiro, Jacques Copenolle e Guilherme Rym discutia
o orçamento do país, dizendo que a dívida francesa tinha vindo a duplicar em quatro
anos e que algo havia de ser feito;
 Entra um mordomo que informa o rei da revolta popular que acontece em Paris;
 Ordena que se combata a revolta no dia seguinte, mas seria tarde demais;
 No entanto, nada mais era esperado do rei velho e doente que era Luís XI;
 O mordomo informa que tinham sido apanhados dois revoltantes e o rei mandou-os
entrar;
 Era Pedro Gringoire e um atrasado mental;
 Pedro Gringoire, ao atirar-se aos pés do rei e ao suplicar-lhe pela vida, conseguiu a sua
liberdade;
 Mais tarde, o rei foi informado que não era o bailio o alvo da revolta, mas sim Nossa
Senhora;
 Ordenou então que todas as forças armadas a seu dispor fossem defender a catedral
contra os vadios;
 “Esmaga-me essa populaça e enforca a feiticeira”;

Livro Décimo: VI – Vadiagem ao Ataque


 A palavra passe dos bandidos era “vadiagem ao ataque”;
 Pedro Gringoire e o seu “companheiro” iriam entrar na Notre Dame e sair por uma
pequena porta dirigida ao rio.

Livro Décimo: VII – Châteaupers Acudindo


 Quasímodo estava preocupado com o saque da catedral, prestes a ser praticado pelos
vadios;
 De repente, uma tropa liderada por Phoebus aparece nas ruas para defender a igreja;
 Clopin Trouillefou foi morto;
 Os vadios desistiram e fugiram, deixando o adro atolhado de mortos de ambos os
lados;
 Ao ver a vitória, Quasímodo quis ver Esmeralda, mas a sua cela estava deserta;

Livro Décimo Primeiro: I – O Sapatinho


 Esmeralda acordou com o barulho da revolta e o balir de Djali;
 A cigana pressentia que algo de mau iria acontecer;
 Pedro Gringoire e o seu “companheiro” vieram salvar Esmeralda;
 Sairam da igreja para o Terrain, perto do rio;
 Fugiram num pequeno barco que estava no rio, estavam os quatro a salvo;
 Foram avistados pelas tropas a fugir;
 Cláudio arrastou-a pela mão para a Praça da Greve, e ela não tinha forças para resistir;
 O padre deu-lhe a escolher entre a forca e ele próprio;
 A cigana chegou-se à forca: “Ela causa-me menos horror que vós.”;
 O padre continuou mais uma vez a confessar-lhe o seu amor mas ela retribuía com
nojo dele;
 Cláudio atirou-a para dentro da Torre Roland, onde estava Gúdula, que odiava de
morte ciganas;
 Esmeralda retirou o sapatinho que tinha na sua sacola e era igual ao de Gúdula, ela era
a filha roubada;
 Gúdula tentou esconder a filha de Tristão, o Eremita, mas este descobriu-a;
 Gúdula tentou atacar o carrasco mordendo-lhe, mas acabou por ser morta;

Livro Décimo Primeiro: II – “La creatura bella bianco vestita”


 Quasímodo continuou a procurar desenfreadamente por Esmeralda, acreditando que
os vilões eram os bandidos e não os soldados do rei;
 Desesperado e louco, remexia-se e batia com a cabeça na parede da cela, desmaiando
por vezes;
 Viu então chegar o arcediago e seguiu-o, subindo as escadas de uma das torres;
 Este ficou parado a olhar para a Praça da Greve;
 Estava a observar o enforcamento de Esmeralda;
 Viram a cigana a ser morta;
 Num ápice, Quasímodo atirou Cláudio pela janela de onde estava empoleirado;
 Cláudio morreu com a queda;
 Quasímodo disse “Oh! Eis tudo o que eu amei!”

Livro Décimo Primeiro: III – Casamento de Phoebus


 Quasímodo desapareceu de Nossa Senhora após a morte do arcediago;
 O rei Luís XI morreu um ano depois em Agosto de 1483;
 Gringoire, após experimentar muitas áreas, permaneceu com a tragédia e com Djali;
 “Phoebus de Châteaupers arranjou também um fim trágico: casou-se”;

Livro Décimo Primeiro: IV – Casamento de Quasímodo


 Nada se soube de Quasímodo;
 Esmeralda foi deixada em Montefaucon;
 Diz-se que dois anos depois encontraram um esqueleto de uma mulher abraçada por
um esqueleto de um homem disforme;
 Quanto tentaram desprendê-los, o segundo desfez-se em pó.

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