O seguinte relatório tem como principal objetivo citar e esclarecer os
conteúdos abordados nas lições números vinte e cinco e vinte e seis da disciplina de filosofia, sumariamente, os tipos de conhecimento. No início da aula, a professora começou por reforçar a tese do empirista David Hume que defende que o conhecimento deriva fundamentalmente da experiência, rejeitando, assim, as ideias inatas. Passou depois por clarificar os conceitos previamente dados das impressões e ideias que, de acordo com Hume, consistem nos dois tipos de conteúdos que compõem a mente humana. As impressões, segundo o filósofo, correspondem às percepções atuais mais fortes e vívidas das coisas, subdivididas em externas, que dizem respeito aos sentidos (visuais, auditivos, paladar, entre outros), e em internas, referentes aos sentimentos, emoções e desejos. As ideias, por outro lado, equivalem às faculdades da memória e da imaginação, denotadas como sendo meras “imitações” das impressões, porém com um grau de intensidade mais reduzido. Assim, estes conteúdos da mente, não divergem por natureza, mas sim em função do nível de força e vivacidade. Portanto, a sua origem remete e assenta na experiência. Ainda na continuidade da primeira parte da aula, falámos sobre o princípio da cópia que expõe que todas as ideias têm um correspondente sensível, ou seja, derivam das impressões e, portanto, partem da experiência. Estas podem vir a ser simples ou complexas. As ideias simples provêm das impressões simples e as ideias complexas podem ser formatadas a partir de uma combinação de impressões tanto simples, como complexas. Por exemplo, as figuras mitológicas como as sereias e os pégasos são o resultado das nossas faculdades da imaginação quando combinadas com a correspondência e impressão que temos dos elementos e características que constituem essas criaturas. Disto, confirmamos que as impressões são a matéria-prima das ideias. E, com isto, conclui-se que daquilo que não tem impressões, não há ideias. A favor do princípio da cópia, Hume apresenta dois argumentos. O primeiro argumento é o do cego e do surdo que salienta que se as ideias não derivassem das impressões, as pessoas que nascem com uma incapacidade que as priva de ouvir ou ver, poderiam, ainda assim, ter as ideias correspondentes à realidade. Porém, na verdade as pessoas que nascem surdas ou cegas, são incapazes de formar ideias de sons e cores, respetivamente. Posto isto, segundo Hume, todas as ideias sem exceção são cópias de impressão. Hume apresenta, ainda, um segundo argumento que se encontra relacionado com as ideias complexas, a ideia de Deus. Como Hume é empirista, a ideia de Deus não existe em nós desde sempre (ser-nos inata), e afirma que nós, seres humanos, temos impressões acerca da inteligência, bondade e sabedoria e ,com isso, formulamos uma ideia de um ser perfeito. No entanto, não há nenhuma impressão sensível que corresponda diretamente à ideia de Deus. Já no segundo tempo, depois de termos visionado um pequeno vídeo a explicar toda a matéria esclarecida acima, a professora abordou a temática dos tipos de conhecimento, sendo eles as relações de ideias e as questões de facto. As relações de ideias são a priori, ou seja, provêm da razão e para as justificar basta apenas pensar. Estas são necessárias e sujeitas a contradição, assim como a sua verdade depende da inspeção do seu conteúdo. Alguns exemplos apresentados em aula foram as seguintes afirmações: “A matéria ocupa espaço”, “2+2=4”, “Os triângulos são figuras geométricas com três lados e três ângulos”. Para Hume, este tipo de conhecimento nada diz sobre o mundo e por isso, não lhe interessa. Por outro lado, as questões de facto (aquilo que acontece no mundo) são um outro tipo de conhecimento cujas proposições só podem ser conhecidas a posteriori. Como exemplificado nas seguintes premissas: “O sol há de levantar-se amanhã” (Por mais ínfima que seja a possibilidade, isso pode não acontecer), “O cobre é um bom condutor de eletricidade” (Pode ser que exista algum cobre nalguma parte do mundo que seja um mau condutor de eletricidade). Este conhecimento, por sua vez, por ser substancial, ou seja, por dar a conhecer o mundo, é de extremo interesse de David Hume. Através deste relatório das aulas de filosofia do dia 07/11, foi possível consolidar melhor esta parte da matéria, na medida em que revi tudo o que nelas foi abordado. Fora isso, fico ainda com um apontamento acrescido, para além daqueles tirados em aula, dos conteúdos desenvolvidos.