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Outro filósofo que defendia as ideias empiristas era David Hume (1711-1776) filósofo,

economista e historiador escocês, é uma das figuras centrais do iluminismo e do

pensamento ocidental, cujas obras defenderam a tese de que o conhecimento deriva da

experiência sensível. Hume, como um filósofo empirista, recusa a existência das ideias

inatas porque as ideias sucedem-se às impressões. Nos seus ensaios “Treatise on Human

Nature” (1739) e “Research on Human Understanding” (1748), desenvolve o

empirismo de Locke e divide as “ideias” de Locke em “impressões” e “ideias”. Segundo

Hume, as impressões é o conhecimento fornecido pelos sentidos. Podem ser

classificadas como internas, quando são um sentimento de prazer ou dor, ou externas,

como a visão, o cheiro ou a sensação táctil. As ideias são as representações que

construímos a partir das impressões. Estas são apenas réplicas esbatidas e enfraquecidas

das impressões no pensamento, e surgem na forma de memórias ou imagens. De acordo

com o filósofo, as ideias são menos vívidas que as impressões e, por isso, são

secundárias: "(...) todas as nossas ideias ou percepções mais fracas são cópias de nossas

impressões, ou percepções mais vivas.". David Hume distingue dois tipos do conhecimento:

o raciocínio sobre “questões de facto”, estas são proposições cuja verdade só pode ser

conhecida através da experiência e, portanto, são a posteriori, e a “relação de ideias”,

estas são proposições cuja verdade pode ser conhecida pela simples análise lógica do

significado das ideias que as compõem. Podemos assim relacionar ideias sem recorrer à

experiência, embora todas as ideias derivem das impressões sensíveis, e por isso, as

verdades das proposições são a priori.

Problema da causalidade

Hume defende que para que uma dada proposição faculte conhecimento (ideia), tem que

informar sobre o que se passa no mundo. A única forma de acedermos a essa

informação é através de impressões. No entanto, as relações de causa/efeito não são


objeto de qualquer impressão, logo, as explicações causais não fornecem o

conhecimento sobre o mundo físico. “Isto leva Hume a abandonar os conceitos de

substância e de causalidade. Em ambos deixa de fora a base intuitiva, a impressão

correspondente. Deste modo, também defende o princípio fundamental do empirismo,

segundo o qual a consciência cognoscente tira os seus conteúdos, sem excepção, da

experiência. Mas, assim como Locke, também Hume reconhece na matemática um

conhecimento válido. Todos os conceitos deste conhecimento procedem também da

experiência, mas as relações existentes entre eles são válidas independentemente de toda

a experiência. As proposições que expressam estas relações, como por exemplo o

teorema de Pitágoras, “podem ser descobertas pela pura atividade do pensamento, e não

dependem de coisa alguma existente no mundo. Ainda que não tivesse existido nunca

um triângulo, as verdades demonstradas por Euclides conservariam sempre a sua certeza

e evidência.”

https://pt.scribd.com/document/329446405/Resumo-Sobre-Filosofia-de-HUME

https://pt.slideshare.net/JoannaFi/o-empirismo-de-david-hume-35893877

https://filosofianoliceu.blogs.sapo.pt/1797.html

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