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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Dirigindo Estudos em “Investigações sobre o entendimento humano e sobre os


princípios da moral” do amigo Hume

Epistemologia (FIL0175)

Prof. Dr. Erick Lima

Discente: Jordana Craveiro

Matrícula: 20203264

Brasília 2023
1.Empirismo Desmetafísico
A filosofia modera germina diante das poeiras dogmáticas que acendem a sociedade
burguesa e que portanto concede ênfase à praticidade da agência mercantil que desloca
gradualmente o teocentrismo medieval para uma perspectiva mais secularista e circularizada no ser
humano. É nesse contexto que correntes empiristas começam a preparar a terra para diferentes
concepções de ciência e assim, de natureza humana e seu estatuto moral. Nessa direção, seguindo o
movimento empirista repercutido por Locke, David Hume posiciona seu projeto no diálogo vigente
entre Lock e Leibniz que ressignifica a tradição metafísica e procura compreender os caminhos para
a validação do conhecimento. Dessa forma, em “Uma Investigação sobre o Entendimento
Humano”, Hume diferencia dois caminhos perceptivos convencionais: aquele que se delimita à
filosofia moral, que considera a humanidade segundo seus valores fundamentados na simplicidade
do cotidiano e pelos seus costumes e práticas; e aquele que demarca a ciência da natureza, que
investiga com rigor os princípios da humanidade em sua qualidade racional como objeto de
especulação. Essa última filosofia se sustenta por raízes metafísicas que se alimentam por estéticas
eruditas de pré disposição e desvio do processo, assim, com narradores observadores, se distancia
das práticas populares e se limita à abstração com viés de universalização. Já a filosofia que busca a
imanência do cotidiano, por uma narração participativa, consegue acessar o senso comum e então
perpetuar mais ao longo dos tempos.
Nesse sentido, Hume questiona a necessidade de separação entre esses diferentes modos
humanos e propõem a união das fronteiras destes dois caminhos com intuito de trilhar uma Filosfia
que supere o binarismo Metafísico e que então possa compreender a bicondicionalidade entre
abstração e prática. Ou seja, a Desmetafísica de Hume, que segue o programa epistemológico
Lockeano, procura orientar as investigações filosóficas por um caminho cuidadoso em que a
reflexão dos limites do conhecimento seja direção para qualquer pergunta. Somente dessa forma a
filosofia de especulação abstrusa, que se distancia à ponto de não mais se reconhecer, pode ser
suprassumida. Assim, o projeto de Hume compreende uma perspectiva naturalista que aplica e
integra a necessidade do rigor e exatidão das ciências da natureza à necessidade dos
comportamentos da Filosfia moral.
Dessa maneira, Hume enfatiza a relevância da Teoria do Conhecimento para as ciências. Ele
reflete que o regresso à si mesmo em intenção de posicionar a natureza humana e suas faculdades
como objetos de pesquisa é fundamental para remover os obstáculos da astúcia metafísica que com
vaidade religiosa desenha com superstição e que portanto é cúmplice da incerteza e do erro. Assim,
antes de investir em objetos externos, como as investigações dos astrônomos que deduzem e
descrevem leis e forças que governam os planetas, Hume convoca a prioridade do projeto de
geografia mental, que possa com o mesmo rigor delinear as diferentes organizações da mente. Uma
vez que a mente é condição para qualquer conhecimento, somente dessa forma é possível assumir as
falsas pretenções e descortinar novas perspectivas que orientem o acesso à futuros caminhos sociais.
Diante dessa ressignificação do fazer científico, Hume enfatiza que por mais que o
pensamento humano, com seus personagens Unicórnicos e Frankensteins, não se limite à natureza
genética e a realidade deste mundo externo, a atenção às suas lógicas demonstra sua dimensão
restrita. Portanto, com intuito de ressaltar essas restrições, ele propõem prosseguir as investigações
da natureza humana diferenciando entre duas percepções que percorrem a mente: i) as impressões,
provenientes de sensações da experiência original com os objetos externos; e ii) os pensamentos ou
ideias, consequentes das sensações originais. Ou seja, as impressões são resultantes de uma
referência direta, em tempo simultâneo, aos objetos externos, portanto constituem um maior grau de
vivacidade e são percepções que não envolvem raciocínio pois neste caso não há nenhuma atividade
ou ação de pensamento, mas somente uma recepção das impressões mediante os órgãos da
sensação; Já as ideias contam com menor grau de saturação, vivacidade, do que as impressões, uma
vez que elas são uma referência indireta aos objetos externos que se encontram ausentes aos
sentidos, portanto, são consequências e variações potenciais das sensações e assim compõem
atividades de pensamento e fundamentam a dimensão de raciocínio dos seres humanos. Nesse
sentido, segundo Hume, a força de construtibilidade da mente se limitaria à virtude de combinar,
compor, transpor, aumentar ou diminuir as impressões acolhidas dos objetos externos que são
familiarizados pela experiência que nos compõem e que então formam as ideias simples e, a partir
destas, as ideias complexas. Dessa forma, em resignificações metafísicas, ao tocar as margens entre
a terra das impressões e o fluxo dos pensamentos, Hume realça a indispensável relevância das
investigações semânticas, da Epistemologia, para a iluminação das suspeitas filosóficas de termos
sem significado ou ideias desassociadas, ou seja, antes de qualquer controvérsia filosófica sobre a
natureza e a realidade é vital compreender qual é o tabuleiro semântico, isto é, quais são as
impressões das quais as ideias derivam.
Nesse contexto, em busca da justificação do conhecimento, Hume reconhece a distinção de
Leibniz entre ideias da razão e ideias de fato, e então ressalta essa diferença por meio do
delineamento entre: i) relações de ideias, características das Lógicas e Matemáticas, são aquelas
afirmações intuitivas ou demonstrativas em que sua existência não depende das sensações da
experiência somente das operações do pensamento; e ii) questões de fato, são aquelas afirmações
contingentes provenientes das impressões sensíveis da experiência, portanto nunca implicam
contradição. Porém, diferente de Leibniz, que justifica a validação do conhecimento de afirmações
demonstrativas por meio de uma razão suficiente em segunda potência que é causa final necessária
e que então valida a existência de princípios inatos; Hume busca justificar o conhecimento por
caminhos que sem resquícios de substrato não se devaneiem em cantos metafísicos. Portanto, Hume
por meio de uma contribuição cética que desprende-se de especulações que alastram os limites do
uso e da prática, questiona Leibniz da seguinte maneira: se a razão suficiente é um princípio da
mente que infere causalidade aos eventos, portanto a busca da causa está restrita à um
funcionamento humano, assim é inconsistente afirmar a existência de uma necessidade última, uma
vez que esta operação argumentativa é contingente à experiência cognitiva humana, isto é, não é
possível afirmar que se o humano é composto pelo princípio de causalidade então tudo que é não-
humano, externo ao humano, todos os mundos possíveis e todo o cosmos sejam compostos pelo
princípio de causalidade.
Hume então indaga que se o raciocínio segue por uma perspectiva a priorística, como em
Leibniz, que compreende que todos os objetos são derivados de uma causa contínua que implica
verdades necessárias a priori, então, por incluirem contradição, seria possível considerar as causas
de qualquer objeto sem que houvesse consulta à sua observação anterior e portanto sua continuidade
jamais permitiria a inferência de algo distinto destas causas, isto é, os efeitos seriam equivalente às
causas. Entretanto, Hume, em regressão à perspectiva Leibniziana, analisa a continuidade, a
homogeneidade, a partir da descontinuidade, da heterogeneidade, e faz o seguinte diagnóstico à essa
argumentação: uma vez que a inteligibilidade somente é possível pela diferenciação, —retoma-se à
indiscernibilidade dos idênticos— portanto deve haver uma heterogeneidade perceptível entre
estados distintos, assim o estado dos efeitos não pode ser equivalente ao estado das causas se não
seriam indiscerníveis; isso provaria que, por serem diferentes, os efeitos não podem se revelar nas
causas, o que implica a impossibilidade de, por somente um único estado, por uma única impressão
das qualidades que invocam a sensação do objeto, revelar imediatamente as causas que produziram
o objeto nem os efeitos que o seguirão. Com isso, Hume pontua que a explicação da causalidade
somente seria possível por meio da experiência de uma multiplicidade de eventos heterogêneos que
em repetição regular sejam conectados e então nos faça inferir que tais eventos posteriores estarão
em conformidade com tais eventos antecedentes.
Porém, poderiam confrontar esse diagnóstico com a argumentação de que é possível
descobrir as causas não diante de uma única impressão mas depois de num certo número de
experiências que então revelariam a conexão entre as qualidades sensíveis, impressões, do objeto e
sua força, energia, e/ou poder secreto. Hume, então, esclarece que esse argumento levaria à mesma
problemática: se por mais regular que a apresentação de tais qualidades sensíveis semelhantes de
um objeto sejam possíveis de serem associadas à tais poderes semelhantes, é possível que todos os
seus efeitos e influências se modifiquem sem que suas qualidades sensíveis alterem-se
minimamente. Isso ocorre algumas vezes, e com relação a alguns objetos; porque não poderia

ocorrer sempre e com relação a todos? (Investigações, Cap. 4, § 21). Assim, Hume esclarece que se

existem desvios então é inconsistente afirmar a possibilidade de conhecer os poderes e a


universalidade das coisas. Ele pontua que há uma diferença entre: i) prever que outros objetos, de
aparência semelhante, estarão acompanhados de efeitos semelhantes, e ii) constatar que tal objeto
sempre estará acompanhado de tal efeito (Investigações, Cap.4, §16); diferença essa que se
relaciona simetricamente com a diferença entre: i) constatar que em todos os casos passados, tais e
tais qualidades sensíveis estão associadas à tais e tais forças e poderes e secretos, e ii) qualidades
sensíveis semelhantes estarão sempre associadas a forças e poderes secretos semelhantes
(Investigações, Cap. 4, § 21). O segundo raciocínio envolve o uso de uma interpretação do operador
de universalização que afirma a identidade do objeto como necessária independente do contexto em
que este se encontra, enquanto o primeiro compreende o objeto somente a partir do seu contexto de
impressão e portanto entende que a experiência passada provê informação apenas acerca dos
objetos específicos que lhe foram acessados, e apenas durante aquela determinada amostra de tempo
e espaço. Ou seja, Hume demonstra que é inconsistente concluir da conjunção arbitrária de um
acontecimento que se segue de outro, mesmo que regulamente, que então o primeiro é causa e o
segundo é seu efeito. Portanto, não há conexão conhecida entre qualidades sensíveis e poderes
secretos, e, conseqüentemente, a mente, ao chegar a uma tal inferência sobre a conjunção constante
e regular de objetos, não é conduzida por nada que ela saiba acerca de suas naturezas, de seus
poderes.
2.Transfusão
Nesse sentido, Hume se pergunta, qual então é o fundamento desta inferência que conecta
estes dois raciocínios, que de uma conjunção se infira uma conexão necessária e que portanto nos
leva a supor que o passado será semelhante ao futuro e a esperar efeitos semelhantes de objetos que
são em aparência semelhantes? Os argumentos demonstrativos, que constatam contradição, não
podem ser o fundamento, uma vez que não é contraditório, que o curso da natureza possa mudar e
que os objetos de aparência semelhante aos que tivemos experiência passada possam em outro
contexto vir acompanhados de efeitos diferentes ou contrários. Porém, segundo a contingência, se o
passado possa não ser uma regra para o futuro então a experiência se tornaria inútil e incapaz de
formular qualquer inferência ou conclusão e cairíamos em um abismo cético infinito de dúvidas que
aniquilaria não só toda especulação mas também toda nossa memória e ação. Desse modo, Hume
desenterra uma justificação da causalidade que se nutre dos utensílios céticos que compreendem a
dúvida como partida para qualquer fundamentação, porém, para não cair no infinito da arrogância
busca encontrar um limite sem um compromisso ontológico que vá além da probabilidade
epistemológica atual do funcionamento humano, mesmo que esta seja contingente. Portanto, se a
causalidade é contingente à probabilidade do contexto, então como fundamentar o princípio de
causalidade sem a recursão a apriorística da necessidade de causa final? Nesse sentido que Hume
reflete: i) se a experiência não infere nenhuma idéia ou conhecimento do poder secreto ou conexão
necessária pelo qual o primeiro objeto produz o segundo; ii) se não é nenhum processo de
raciocínio de uma volição particular transcendente de um Criador necessário onipotente externo ao
humano que o leva a realizar essa inferência causal; e iii) se mesmo que a mente viesse a se
convencer de que o entendimento não toma parte desta operação, não é possível — como foi
demonstrado por Gödel— que ela própria, vista como somente transcendente ao mundo externo,
demonstre a consistência de sua própria operação de causalidade. E se, ainda assim, a mente se vê
determinada a realizar essa operação e seu pensamento continua a fazer o mesmo percurso, então
deve haver um princípio outro que justifique a operação de causalidade da mente humana.
(Investigações, Cap. 5, § 4). Ele ainda adiciona que: se existe uma tradutibilidade entre as diferentes
linguagens humanas então deve haver uma proximidade entre suas probabilidades de gerar ideias o
que prova a necessidade da existência de uma semântica mínima, um princípio mínimo, que
influencie esta proximidade.
Dessa maneira, Hume faz uma passagem do ceticismo ao naturalismo propondo que este
princípio se fundamenta no percurso habitual da natureza que então compõem em nós instintos,

tendências relacionais, e que nos leva adiante em uma espécie de harmonia preestabelecida entre o
curso da natureza e a sucessão de nossas idéias, mesmo que ignoremos, pela incompletude, os
poderes e as forças dos quais este curso e as sucessão regulares destes objetos totalmente dependa.

Ou seja, sempre que a repetição de algum ato ou operação singular produz uma propensão a realizar

novamente esse mesmo ato ou operação, sem que se esteja sendo impelido por nenhum poder, ente
racional ou processo do entendimento, então invariavelmente essa propensão é o efeito de um
hábito. (Investigações, Cap. 5, §5). Assim, a causalidade, que é uma atividade tão necessária, é
garantida por meio de um hábito contextual principial que manifesta-se em instintos desde o
primeiro organismo de vida e de pensamento, e que, como a movimentação dos músculos e nervos,
procede independentemente de todas as laboriosas deduções do entendimento (Investigações, Cap.
5, §22). Assim, Hume traça a busca do limite por uma via orgânica da Natureza que esclarece a
superstição metafísica da completude sem um compromisso ontológico. Ele enfatiza que mesmo
que não possamos levar nossas investigações mais longe do que isso, nem pretender a oferecer a
causa dessa causa, teremos que nos satisfazer com o princípio do Hábito e Instinto como o mais
fundamental que nos é possível identificar em todas as conclusões que tiramos da experiência.

(Investigações, Cap. 5, §5). Com a perspectiva do instinto e do hábito como princípio, Hume então
reabilita a relação entre a prática e a investigação dos costumes proposta pela filosofia moral e o
rigor pela fundamentação das ciências da natureza. A escolha de Hume é então uma proposta de
transfusão do rio São Francisco que abre a passagem das águas do ceticismo ao naturalismo e
transmorfa a dúvida de recursão à São Pedro em margens de colheita.
Portanto, Hume compreende que a operação de causalidade é constituída não por uma
conexão necessária mas sim pelo hábito ou costume da experiência frequente de uma
multiplicidade de eventos heterogêneos que em repetição regular síncrona são conectados por
operações de conexões entre ideias, de conjunção e semelhança, que então nos faz construir uma
inferência causal que tais eventos posteriores estarão em conformidade com tais eventos
antecedentes. Assim, os princípios de conexões entre ideias garantem que a memória das
impressões envolva uma regularidade e que então os pensamentos se constituam. Dessa forma, a
relação de causalidade é o que proporciona a utilidade do pensamento de inferir semelhanças,
porém está é contingente ao hábito de percepções que constitui a memória instintiva humano e
contingente ao contexto de repetição da observação dos objetos. Nesse sentido, se somos levados,
por meio de relações de ideias que inferem causalidade, a nos depositar confiança na experiência
passada e torná-la o modelo de nossos julgamentos futuros e se esses argumentos não são
necessários então terão de ser apenas prováveis, isto é, relacionados à questões de fato e de
existência efetiva, conforme a divisão já mencionada (Investigações, Cap. 4, §19)
Nessa direção, para Hume, os raciocínios referentes às questões de fato, às Ciências
Empíricas (leis da natureza), fundamentam-se na conexão habitual de causalidade, que mesmo que
contingentes à probabilidade de regularidade das impressões estes se diferem das imaginações, uma
vez que provem de uma impressão, de sentido ou de memória, direta da presença do objeto; Assim,
são mais intensas e vividas, são crenças da memória, e contém maior relevância comparadas às
ficções da imaginação, geradoras de Unicórnicos e Frankensteins, que são derivadas de raciocínios
sobre objetos que já não estão mais presentes, e portanto possuem menor saturação. Dessa forma,
uma vez que todos os raciocínios são gerados à partir de uma impressão, então não é possível
raciocínios puramente sobre ideias e assim nenhum raciocínio é capaz de gerar uma idéia simples
nova, o que estabelece o limite e a impossibilidade de lançar inferências in infinitum e garante a
validade dos conhecimentos empíricos que continuem crenças e portanto contam com maior força
do que uma mera ficção.
Logo, diferente das Ciências Empíricas, que admitem negação sem incluir contradição e que
então são questões de fato fundamentadas por impressões diretas do objeto sem incluir atividades
do entendimento, as Matemáticas e as Lógicas, englobam contradição e abrangem relações de
ideias que são construídas à partir das impressões dos sentidos na ausência do objeto imediato e
então envolvem atos racionais de pensamento. Assim, as relações de ideias possibilitam a
composição de modelos diferenciais de memória que incluem um domínio de fechamento de
variáveis constantes e sistemas que partem de pontos fixos, como os axiomas, que então constroem,
por meio das operações de combinação, composição, transposição, aumento ou diminuição, objetos
de pensamento que podem se assemelhar àqueles que estavam antes presente aos sentidos porém
com menos vivacidade. Ou seja, certas declarações das Matemáticas e das Lógicas são necessárias
no sentido que implicam contradição ao afirmarem a existência de limites e axiomas constantes,
pois afirmar axiomas e negar os teoremas consequentes constitui uma auto-contradição. Dessa
forma, as Matemáticas e as Lógicas, diferente do conhecimento contingente das Ciências
Empíricas, são fundamentadas racionalmente e estabelecem um conhecimento necessário já que
constroem modelos e sistemas dedutivos que conseguem derivar sequências únicas de objetos e
eventos.

À vista disso, o projeto de Hume, uma vez que dialoga com o contingente, é um caminho
para a possibilidade do fio de Ariadne. Hume propôs uma transfusão que abre as portas para o
começo do fim do começo. Sua perspectiva se desagarra da ontologia em busca de uma suspensão
magnética que parta da natureza epistemologia do corpo do conhecimento existente. Dessa maneira,
sua teoria do conhecimento se nutre dos antepassados que desenterram o cotidiano em um balanço
de rede sem rede. Assim, sua recursão ao hábito imanente justifica os limites do antropoceno em
um retorno às relações que vão além de uma interpretação do universal em continuidades
metafísicas. Pra que ter documento se a diferença é a própria margem?

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