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Corrente filosófica moderna

O EMPIRISMO
 O empirismo tem sua origem na palavra grega
empeiria (ἐμπειρία) que significa experiência
sensorial.
 O lema do empirismo é a frase de inspiração
aristotélica: “Nada está no intelecto que não
tenha passado pelos sentidos”.
 Todo conhecimento tem sua origem nas
percepções ou impressões sensíveis.
 Juntos o racionalismo e o empirismo constituem
as principais correntes epistemológicas da idade
moderna.
Francis Bacon (1561 – 1626)
 O pensamento de Bacon é um dos precursores
do empirismo moderno, assim como Descartes
pode ser considerado o pai do racionalismo.
 Bacon defendia o método experimental nas
ciências contra a ciência teórica.
 Defendia métodos indutivos para conhecer a
natureza.
 “Saber é poder”
 “O homem, ministro e interprete da natureza,
faz e entende quanto constata, pela observação
dos fatos ou pelo trabalho da mente, sobre a
ordem da natureza; não sabe bem pode mais”
 Novum Organum
John Locke (1632 – 1704)

 Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e


preparatória para a construção da ciência.
 Inseriu na filosofia a noção de tabula rasa,
folha em branco, para falar da mente.
 Locke afirma que não existe possibilidade de
conhecer os objetos em sua essência, então,
sobre o mundo real, podemos apenas ter
opiniões e/ou crenças.
David Hume (1711 – 1776)

 Hume, assim como Descartes, foi o mais


radical de sua tradição. Levando seus
desenvolvimentos filosóficos ao ceticismo.
 Hume defende que todas as nossas
impressões são fortes em sua origem e vão
enfraquecendo com o tempo.
 Porém, quanto mais abstrata é a impressão,
menos nítida e mais tênue é a sua memória.
 “Qualquer um está pronto a admitir que existe uma
diferença considerável entre as percepções da
mente, quando um homem sente a dor decorrente
do calor excessivo, ou o prazer de um clima
moderado, e quando ele traz de novo à sua
memória, mais tarde, tal sensação, ou a antecipa
em sua imaginação. Essas faculdades podem imitar
ou copiar as percepções dos sentidos; mas elas não
chegam jamais a alcançar a força e vivacidade do
sentimento original. O máximo que pode dizer a
respeito delas, mesmo quando operam com o maior
vigor, é que representam seu objeto de uma
maneira tão viva que quase poderíamos dizer que o
sentimos ou vemos.”
Uma investigação sobre o entendimento humano. “Da
origem das ideias”.
 Hume põe em cheque o princípio da
causalidade, fenômeno apresentado à filosofia
pelos pré-socráticos e bem aceito até então. Pois
não é possível afirmar uma conexão necessária e
constante entre fenômenos.
 A crítica a identidade pessoal é outro ponto
importante da filosofia de Hume. Tendo em vista
a dinâmica do conhecimento para o filósofo,
também assim o é a dinâmica no princípio de
identidade.
 Diante da apresentação de um universo
inteiramente mutável, de conhecimentos
mutáveis, a única coisa que Hume deixa de “pé”,
e seu único critério que justifica as ciências, é a
probabilidade.
 O costume é, dentro do princípio da
probabilidade, o que rege o conhecimento
humano.

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