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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

ALUNO: LUCAS FERNANDES COELHO DE MIRANDA


DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
MATRÍCULA: 20239036334
DATA: 18/11/2023

O EMPIRISMO E O RACIONALISMO

O empirismo e o racionalismo, são considerados duas correntes de pensamento filosófico


opostos. O empirismo valoriza as ciências experimentais, e o racionalismo busca explicar os
fenômenos a partir do estudo das ciências exatas.

Conceitos de empirismo e racionalismo: O empirismo é uma corrente filosófica referente à


teoria do conhecimento, onde se acreditava necessário ter uma experiência prática, para de
fato ter conhecimento de algo, tendo origens na filosofia aristotélica. Essa corrente se opunha
ao racionalismo que defendem que o conhecimento é puramente racional e não depende da
experiência. Os racionalistas eram consequentemente inatistas, acreditavam que o
conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, já está inserido no intelecto humano desde a
origem. O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na
experiência prática, de modo que, quanto mais vastas e amplas as nossas experiências sobre
algo, mais amplo e profundo se torna o nosso conhecimento.

Filósofos empiristas:

• Thomas Hobbes: Retomou a teoria do conhecimento aristotélica para enumerar o


conhecimento como o despertar de vários graus a saber: a sensação, a percepção,
imaginação, a memória e a experiência. Todos esses sentidos constituem o conjunto de
saberes denominado experiência.
• Francis Bacon: O primeiro grande teórico do método filosófico e científico da indução.
Afirma que o conhecimento rigoroso é obtido pela repetição de experiências e pode ser
controlado por meio da observação metódica do ser humano.
• John Locke: Formula uma espécie de empirismo crítico. A epistemologia dele admite que
há apenas uma categoria inata no ser humano: a capacidade de depreender conhecimento
com base nas experiências. John Locke afirma que o ser humano é uma tábula rasa, que
nasce como uma folha em branco, e vai se preenchendo de acordo com as suas vivências e
experiências.
• David Hume: Para Hume, as ideias não são inatas, mas derivam das sensações e das
percepções que o ser humano adquire. As sensações e percepções são fruto de um conjunto
de vivências que adquirimos por meio dos sentidos. O que determina o grau e a capacidade
de conhecimento humano, são o nível e a intensidade das experiências adquiridas pelos
sentidos.
• Bertrand Russell: Foi o mais influente filósofo britânico do século XX. Acreditava que a
filosofia deveria preparar o terreno para uma ciência pragmática que permitiria ao homem
dedicar-se ao aperfeiçoamento do mudo em que se vive.

Filósofos racionalistas:

• René Descartes: O primeiro grande racionalista, admite como conhecimento primeiro e


mais bem fundamentado: o reconhecimento da existência com base no ato de pensar e não
na vivência. Sua obra foi objeto de contestação e tentativas de refutação por parte do
empirista John Locke.
• Gottfried Wilhelm Leibniz: Fundamenta o conhecimento universal na racionalidade por
meio do que ele chamou de mônadas, que seriam entidades separadas e fragmentadas que
se juntavam, para dar origem ao conhecimento racional. A existência delas é apenas
conceitual, são somente um recurso que ele utilizou para explicar a origem do
conhecimento.
• Platão: O mundo das ideias e das Formas seria a realidade intelectual, verdadeira, eterna e
imutável, que pode ser acessada apenas por meio da capacidade racional do ser humano. Já
o mundo sensível seria a realidade com qual nos defrontamos em nosso mundo prático, que
experimentamos
• Aristóteles: A característica fundamental da moral aristotélica é o racionalismo, visto ser a
virtude ação consciente segundo a razão, que exige o conhecimento absoluto, metafísico,
da natureza e do universo, natureza segundo a qual e na qual o homem deve operar.
• Immanuel Kant: Kant foi o primeiro filósofo a solucionar o debate promovido entre
racionalistas e empiristas. Para o filósofo, os homens não têm condições de conhecer a
realidade pura das coisas, ou seja, as coisas como realmente elas são. Questiona se o
próprio conhecimento é possível, a razão faz críticas a si mesma.
• Friedrich Hegel: Pensava que a consciência deveria passar por uma série de
desenvolvimentos para superar as contradições percebidas em conceitos que seriam
aparentemente opostos. Buscou uma interpretação racional da multiplicidade sensível,
tentando enxergar no finito o que havia de absoluto.
Na minha concepção, há partes de cada corrente filosófica que realmente condizem de fato
com o real, por exemplo, é fato que existem conhecimentos que só adquirimos com a
vivência, a experiência prática. Um exemplo é a filosofia de Francis Bacon, que acredita
que o conhecimento rigoroso é obtido a partir da repetição de experiências. Trazendo este
conceito para o real, muito do que fazemos hoje, é fruto do aperfeiçoamento das vivências,
das experiências repetitivas. Por outro lado, existem conhecimentos que de fato não temos
a necessidade de experimentar, para obtermos o conhecimento, somente através da razão, o
ato de pensar. Como dizia Platão na sua filosofia do mundo das ideias e das Formas, que
seria a realidade intelectual, verdadeira, eterna e imutável, que pode ser acessada apenas
por meio da capacidade racional do ser humano. E por outro lado Platão menciona o
mundo sensível, que consiste na realidade com qual nos defrontamos em nosso mundo
prático, que experimentamos.

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