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SILVA, Artur Stamford da. Educar em direitos humanos sem inimigos autoelegidos. In:
SILVA, Artur Stamford da, SANTIAGO, Maria Betânia do Nascimento. Educação em
Direitos Humanos, Justiça e Cultura de Paz. Maceió: Editora Olyver, p. 51-85, 2023.
1 DESCRIÇÃO
1.2 O giro positivista é caracterizado por ter a indução como método do saber
científico, em conformidade com Francis Bacon.
1.3 René Descartes propõe o “Ego cogito ergo sum, sive existo” (penso, logo
existo), tratando de um conhecimento próprio do ser humano, desvinculando-se
assim de qualquer relação com política e com religião, proporcionando a dúvida
cética.
1.4 A dúvida cética proporcionada pelo método cartesiano proporcionou o
surgimento da dicotomia indução/dedução com a qual se ocuparam os modernos.
1.12 Logo, com o giro fenomenológico o objeto é o fenômeno, não a coisa em si,
nem a observação epistêmica, mas a experimentação.
2.2 O giro linguístico, visto anteriormente, foi superado passados dez anos ao
reconhecer que as ideias deste giro não eram tão revolucionárias à metafilosofia, à
metafísica ontológica, como Rorty, havia acreditado.
2.6 Para Rorty, a via gnosiológica, portanto a verdade como conhecimento, não
apresenta saída ao embate.
2.7 Rorty considerar que verdade não se confunde com justificação, não implica
que ele nega a possibilidade de haver verdade, nem que relativismo é
necessariamente não haver conhecimento.
3.1 Kurt Gödel traz uma solução para o paradoxo do conjunto, o paradoxo do
mentiroso, com seu teorema da incompletude.
3.2 O teorema da incompletude viabiliza uma perspectiva diversa da
fundamentalista causal, o que nos leva a tratar da possibilidade de lidar com
direitos humanos sem proselitismos.
3.4 De acordo com Heinz von Foerster há sistemas que observam, são aqueles
que operam com causalidade retroativa, por retroalimentação.
3.8 Desse modo, cada sistema tem seu ambiente em que se desenvolve.
3.10 A metáfora máquina não trivial empregada para lidar com o social como
comunicação (humana ou não) nos leva a considerar que a forma de comunicação
contém estrutura e variação.
3.11 Observa-se que não se trata de pensar a comunicação como algo que tem
uma correspondência metafísica, física (natural), nem imaginária (mental,
fenomenológica), nem linguística, mas sim como comunicação.
3.12 Ocorre que a causalidade nos leva a acreditar que comunicação é um produto
de uma autoria, entretanto o que a teoria nos traz é que os autores não são
controladores da comunicação, a expectativa do enunciador não passa de sua
expectativa, a qual não se transmite ao destinatário.
3.16 Portanto, conclui-se que educar em e para direitos humanos não é tratar os
temas como justificação última, mas como reflexões a serem debatidas.
3 COMENTÁRIOS
Minhas observações sobre o capítulo são das mais variadas possíveis, uma vez
que o texto perpassou diversos filósofos e seus métodos para explicar a superaração da
metafísica em seus giros e adentrou no antifundacionismo de Richard Rorty e na
Godelização da racionalidade, assim o capítulo proporcionou uma viagem aos
pensamentos e discussões desde o positivismo abordado por Francis Bacon.
Dessa forma, o que mais me chamou atenção no texto foram os giros nas
tentativas de superar a metafísica pois perpassaram os pensamentos de Bacon, o método
de René Descartes, a religião positiva de Augusto Comte, a saída do positivismo por
David Hume, o ceticismo pirrônico por Husserl para por fim tratar da linguística e da sua
influência para pesquisas como a Wittgenstein.
4 APLICAÇÃO