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CORRECÇÃO Docente: Rute ribeiro

CRITÉRIOS DE

Teste escrito de filosofia 10º ano _ Ano letivo 2020-2021

A) Domínio das competências:

- Relacionar o texto com os conteúdos leccionados


- Utilizar com rigor conceitos filosóficos
- Definir e relacionar conceitos
- Elaborar argumentos sólidos
- Fazer análise crítica de textos
- Desenvolver uma exposição escrita cuidada

B) Domínio dos conteúdos programáticos:

Grupo I

1.
1.1. D.
1.2. B.
1.3. C.
1.4. C.

Grupo II
1.1. Neste texto, Descartes defende que, pelo facto de, enquanto crianças, «quando
não tínhamos ainda o pleno uso da nossa razão», termos desenvolvido juízos
precipitados sobre as coisas que se apresentaram aos nossos sentidos, juízos que nos
impedem de atingir o conhecimento da verdade, só nos libertaremos desses juízos se
decidirmos duvidar de tudo aquilo em que notarmos a mínima incerteza. Assim,
devemos questionar os conhecimentos que acumulamos ao longo da vida, já que nada
nos garante que estejamos seguros acerca da sua verdade. Com efeito, o
conhecimento poderá ser falso.
O ato de duvidar pode estar na origem da filosofia. Ao duvidarmos daquilo que
temos por garantido e ao colocarmos em causa as perceções dos sentidos, de
preconceitos e ideias infundadas ou opiniões contraditórias, estamos a criar as
condições para que o filosofar se exerça. Neste sentido, a dúvida em questão assume
um carácter metódico, sendo provisória e não sistemática ou definitiva. Ela é colocada
ao serviço da verdade.

1.2. Na origem do filosofar podem encontrar-se, para lá da dúvida, o espanto ou


admiração perante o mundo que nos rodeia e perante os diversos aspetos e mistérios
da vida, a consciência da fragilidade e do sofrimento – associada às chamadas
situações-limite, que revelam ao ser humano a sua finitude – e a vontade de
comunicação autêntica, ligada ao facto de sermos seres sociais que partilham uma
dada cultura e procuram, em comum, alcançar a verdade.

2. Refere Ortega y Gasset que a atitude do filósofo perante o seu objeto é distinta da de
qualquer outro sujeito que conhece. Com efeito, ao contrário do que sucede com as
ciências, cujo objeto corresponde a uma particularização da realidade, o objeto da
filosofia corresponde ao real como um todo. Isso significa que a filosofia procura uma
compreensão do real na sua totalidade. Interessam-lhe os problemas fundamentais, ou
seja, aqueles em que pomos em questão as nossas crenças fundamentais.
3. A filosofia teve um início no tempo histórico, e foram os pensadores “pré-socráticos”
que abriram caminhos que ninguém antes vislumbrara. A filosofia ocidental nasceu na
Grécia, mais propriamente em Mileto, por volta dos inícios do século VI a. C. Por essa
altura, Tales, Anaximandro e Anaxímenes (os primeiros filósofos) sentiram a
necessidade de substituir as perspetivas fornecidas pelo mito por explicações com
fundamentos racionais, isto é, baseadas na experiência e na razão.
O certo é que «nesta primeira incursão» não se alcançou propriamente uma
verdade absoluta, «uma cidade fortificada segura», mas antes algo que deixou livre a
«continuação das buscas». Temos aqui implícita a ideia de que, ao longo da história, os
filósofos foram levantando problemas e desenvolvendo teorias para lhes darem
resposta, apresentando diferentes argumentações para as mesmas teorias, bem como
diferentes teorias para os mesmos problemas, sem terem alcançado uma solução
consensual.
Muitas teorias desenvolvem-se, nesse sentido, como crítica às suas
antecessoras. Surgindo no interior de uma tradição, de um contexto social, cultural,
político, religioso e económico, as teorias filosóficas diferem entre si. Por outro lado,
sendo influenciado pela sua cultura, pelos modos de pensar, sentir e agir da época
histórica em que vive, o filósofo procura ultrapassar tais elementos da sua
circunstância, frequentemente questionando-os.

4.1. São filosóficas as questões referidas nas alíneas a), c), e), g), h), i), k), e n). Todas
as restantes são não filosóficas.

Grupo III
1. Neste excerto, Bertrand Russell reconhece que, embora «incapaz de nos dizer ao
certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria
evoca», a filosofia «sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos
pensamentos». Com efeito, ela satisfaz, antes de mais, as necessidades intelectuais e
espirituais. Trata-se de uma atividade que confere autonomia e liberdade ao nosso
pensamento, ampliando a nossa compreensão do mundo e expandindo os nossos
horizontes intelectuais. Neste sentido, ela liberta-nos da «tirania do hábito», podendo
também ajudar-nos a desenvolver a capacidade de ver o mundo a partir da perspetiva
de outros indivíduos e culturas e a de exercer o pensamento crítico. Por fim, ela permite
desenvolver competências que são comuns a outras áreas e disciplinas: resolução de
problemas, capacidade de comunicação oral e escrita, e poder de persuasão.

2.1 A aluna/ O aluno:


• Formula com correção e clareza o problema.
• Mostra a pertinência da discussão do problema.
• Apresenta inequivocamente a tese ou posição a ser defendida.
• Sustenta a tese defendida com dois argumentos claros e relevantes.
• Apresenta com clareza uma objeção à tese defendida.
• Responde à objeção com correção e pertinência.
• Tira conclusões claras e precisas.
• Respeita o tema e objetivos do trabalho.
• Estrutura adequadamente o ensaio.
• Apresenta texto claro e correto nos planos da sintaxe, da pontuação e da ortografia.

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