Você está na página 1de 20

Teorias Psicológicas

- Apriorismo
- Inatismo
- Racionalismo
- Nativista
- Pré-Formismo
Empirismo
• Na epistemologia empirista, a única fonte de conhecimento humano
é a experiência adquirida em função do meio físico mediada pelos
sentidos. O sujeito encontra-se, por sua própria natureza, vazio, como
uma "tábua rasa", uma folha de papel em branco.
Pela concepção empirista, também chamada de ambientalista ou
objetivista, o desenvolvimento do ser humano depende,
principalmente, do seu ambiente, dos estímulos do meio em que ele
vive, das experiências pelas quais ele passa.
• Crença segundo a qual as estruturas de conhecimento são impostas
pelo objeto (meio físico e social).Há a valorização do meio em
detrimento do indivíduo.
• O sujeito é entendido como um recipiente vazio a ser preenchido pelo
objeto.
• A teoria behaviorista representa, na psicologia, o empirismo.
Apriorismo ou Inatismo
• A epistemologia apriorista opõe-se ao empirismo por considerar que o indivíduo, ao nascer,
traz consigo, já determinadas, as condições do conhecimento e da aprendizagem que se
manifestarão ou imediatamente (inatismo) ou progressivamente pelo processo geral de
maturação. Toda a atividade de conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.
• Dentro do apriorismo surge a teoria da forma ou da Gestalt: o conhecimento se produz porque
existe no ser humano uma capacidade interna inata que predispõe o sujeito ao conhecimento;
há uma super valorização da percepção como função básica para o conhecimento da realidade
• Os teóricos da Gestalt falam em traços de memória, que são efeitos que as experiências
deixam no sistema nervoso. Estes traços de memória formam totalidades isoladas chamadas
de gestalts. Aprender não é uma questão de adicionar traços novos e subtrair os antigos, mas
uma questão de transformar uma gestalt em outra. A gestalt concebe os processos psicológicos
como função do campo presente e nega o papel explicativo às experiências passadas nas
situações que seguem umas as outras.
• A pedagogia apriorista é não-diretiva, difícil de se viabilizar, portanto não é fácil de detectar sua
presença na prática da sala de aula. O professor é um auxiliar do aluno, um facilitador. O aluno
já é um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou ainda, rechear de
conteúdo. O professor deve intervir o mínimo possível.
Gestalt
• Segundo Fialho (1998), na Gestalt há duas maneiras de se aprender a
resolver problemas: pelo aprendizado conduzido ou pelo aprendizado
pelo entendimento. Isto significa que conforme a organização da
situação de aprendizagem, dirigida (instrucionista) ou autodirigida
(ativa), o indivíduo aprende, entretanto, deve-se promover situações
de aprendizagem que sejam suficientemente ricas para que o
aprendiz possa fazer escolhas e estabelecer relações entre os
elementos de uma situação. Escolher entre as quais para ele,
aprendiz, conduza a uma estruturação eficaz de suas percepções e
significados.
Racionalismo
• Uma teoria do conhecimento, cujo fundamento é  tido como apriorismo ou
inatismo.
• De acordo o racionalismo, as fontes do saber estão na razão, e não na  experiência,
os sentidos são sempre fontes de erros, com efeito, não pode  fornecer o saber
correto.
• Os teóricos que defendem essa epistemologia compreendem que o ser humano já 
traz na razão características essências quando nascem que desenvolvem com os 
processos de sínteses por meio da maturação.
• Os racionalistas defendem, portanto, que o ambiente, o lugar  epistemológico em
que a criança experimenta a sua existência, não modifica em  nada ao processo de
aprendizagem. Os grandes pensadores dessa epistemologia,  podemos citar:
Thomas Hobbes, Chomsky e Carl Rogers.
Teoria Construtivista
• O indivíduo constrói significados pelas experiências de acomodação e assimilação.
• O indivíduo entende novas experiências relacionandoas com as experiências
anteriores.
• Se a experiência atual não possui relação com as experiências anteriores, o
desequilíbrio ocorre.
• A aprendizagem é vista como um processo de construção
• Não existem seqüências pré-estabelecidas ou métodos de avaliação baseados em
respostas estruturadas.
• O estudante está livre para desenvolver suas potencialidades, e cabe à ele decidir
o que deseja e como deseja aprender.
• Segundo Piaget, o conhecimento se constrói na interação do sujeito com o objeto.
Estruturas não estão pré-formadas dentro do sujeito, são construídas.
• A teoria de Jean Piaget explica como o indivíduo, desde o seu
nascimento, constrói o conhecimento.
Acredita que o desenvolvimento cognitivo procede por estágios.
Todas as pessoas, portanto, desde que tenham um desenvolvimento
normal, passam por estas fases na mesma ordem, com possíveis
variações das idades.
• Interacionista –o conhecimento resulta da interação do sujeito com o
ambiente;
• Construtivismo – cada criança constrói o seu próprio modelo de
mundo;
• Esquema – ação organizada para explorar a realidade...
• Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas
mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas mentais
(esquema). A construção do conhecimento ocorre quando acontecem
ações que provocam o desequilíbrio no esquema, necessitando dos
processos de assimilação e acomodação para a construção de novos
esquemas e alcance do equilíbrio.
Adaptação – ambiente, assimilação e acomodação;

• Assimilação – usar esquemas existentes para atribuir sentido


aos eventos do seu mundo, compreender algo novo,
encaixando-o naquilo que já sabe;

• Acomodação – ocorre quando uma pessoa deve mudar os


esquemas já existentes para responder a uma nova situação,
ajustar o pensamento às novas informações;
• Estado de equilíbrio ou de adaptação com seu meio – superar
as perturbações...
• O desenvolvimento cognitivo do sujeito – desequilíbrios e
equilibrações;
• Equilibração – organizar, assimilar e acomodar - complexo de
estabilização;
• Mudanças efetivas no pensamento ocorrem pelo processo de
equilibração – estabilidade;
Exemplo

• A criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o


momento, o único animal que conhece e tem organizado,
esquematicamente, é o cachorro. A criança possui em sua
estrutura cognitiva um esquema de cachorro
• Ao apresentar um outro animal que possua alguma
semelhança, como um cavalo, ela terá também como cachorro
(marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz, etc.)
• A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por
um processo chamado de acomodação;
Sensório Motor 0 a 2 anos
• O primeiro estágio é o da inteligência sensório-motora, a criança
trabalha em cima de seus reflexos inatos (sugar, engolir, tossir, agarrar,
etc.) e aprende a se movimentar e dirige as sensações na construção
do objeto. Piaget chama este nível de sensório motor, porque com
seus movimentos físicos a criança dirige as sensações provenientes do
meio, e vice-versa.
Pré-Operacional 2 a 7 anos
• Na idade de mais ou menos um ano e meio a criança atinge o
segundo estágio, chamado de inteligência simbólica ou pré-
operatória, quando aparece a função simbólica. A inteligência que se
desenvolveu no plano sensório motor atinge o plano da
representação e imaginação, da ação fisicamente não visível. A
criança aprende a falar, imaginar, fazer jogos simbólicos e assim por
diante. Este estágio dura até a idade aproximada de 8 anos.
Concreta 7 a 12 anos
• O nível três é o das operações concretas, começa o pensamento
lógico. O pensamento é estritamente ligado à realidade física. Neste
estágio abre-se novos horizontes, surge a linguagem escrita, mundo
dos números e da lógica. A criança é capaz de coordenar as direções
espaciais subjetivas em posições diferentes; conversar de maneira
não egocêntrica: pôr-se na situação de outrem sem perder de vista a
própria perspectiva pessoal; distingüir diferenças, no plano
psicológico, existentes entre ela e outra pessoa; coordenar as duas
relações: intenção-ação e ação-conseqüência.
Formal + 12 anos
• Por volta dos 12 anos a criança inicia o quarto nível, que Piaget chama
de "Operações Formais". O raciocínio, antes concreto, torna-se
abstrato. Raciocínio hipotético e dedutivo, que inicia por hipóteses e
procede segundo regras lógicas. O pensamento emancipa-se da
presença do material concreto. Com a reflexão sobre o esquema da
proporcionalidade abre-se o universo matemático das funções
lineares, e com a reflexão das funções abre-se o universo do cálculo
diferencial e integral.
• Em cada estágio ocorre um patamar de equilíbrio e os estágios
constituem um processo de equilibrações sucessivas. "A partir do
instante em que o equilíbrio é atingido num ponto, a estrutura
integra-se num novo equilíbrio em formação até ser alcançado novo
equilíbrio, sempre mais estável e de campo sempre mais extenso"
(Piaget, 1973, p.65).
Piaget destaca dois tipos de abstração: a empírica e a reflexionante.
 

• Abstração empírica tem relação com o conhecimento adquirido


diretamente dos objetos, o que pode ser observado pelos sentidos
(percepção). Ela dá origem a um esquema do existente, mas não se
transforma em operações mentais. É uma assimilação dos dados às
estruturas mentais existentes. Caracteriza o aspecto estático do
conhecimento.
• O aspecto dinâmico do conhecimento é representado pela abstração
reflexionante, que consiste em extrair as estruturas do pensamento, os
esquemas assimiladores e seu funcionamento específico. Constitui a
própria organização das estruturas mentais tendo em vista a
acomodação. 
• 
• O processo de abstração reflexionante consiste em dois momentos,
reflexionamento e reflexão. O "reflexionamento" seria a projeção de um
conhecimento em um patamar superior, enquanto a "reflexão"
corresponderia ao processo mental de reconstrução e reorganização do
conhecimento transferido do patamar inferior (Becker,1994)
Breve Biografia
• Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica
rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano,
particularmente a criança. 
• Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não
raciocinam como os adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar
aos adultos que adotassem uma abordagem educacional diferente ao
lidar com crianças. Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que,
até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia, esperando ser
preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as
próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando
e testando suas teorias sobre o mundo.

Você também pode gostar