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Psicologia Construtivista
Édy Carlos Monteiro
Pedagogia - UNIP
Noção de inteligência
Iniciemos apresentando como a Filosofia trata
a questão do conhecimento.
Com base na pergunta: “como o homem
interacionismo.
Inatismo
Em linhas gerais, segundo o Inatismo, a inteligência é
vista principalmente como resultante de nossa carga
genética e hereditária.
Ou seja, como um dom, como algo que já estaria
predeterminado biologicamente quando nascemos.
A inteligência, então, iria se manifestar à medida que o
sujeito crescesse, com base nos processos de maturação
orgânica, de modo que as influências do meio seriam
minimamente relevantes.
Numa representação gráfica da relação entre o sujeito do
conhecimento e o objeto desse conhecimento, seria: S →
O, o que indica que o conhecimento preexiste no sujeito e
se manifesta externamente.
Empirismo
Já de acordo com o Empirismo, contrário à concepção
inatista, o foco recai especificamente sobre as experiências
e influências do ambiente em relação aos sujeitos.
Ou seja, nesse caso, os indivíduos nasceriam como uma
Nessa fase, a criança torna-se capaz de tomar decisões com base na vontade, ou
na força de vontade, o que para Piaget corresponde ao verdadeiro equivalente
afetivo das operações da razão. Ela se torna necessária quando há conflito entre
tendências, consistindo o ato de vontade em fazer triunfar uma tendência superior
e fraca sobre outra, inferior e forte, por exemplo, se uma criança está com vontade
de jogar bola com os colegas, mas precisa estudar para uma prova. Jogar bola
consiste em uma tendência inferior e forte (pois envolve uma satisfação mais
imediata e com menor esforço), enquanto estudar para a prova é superior e fraca,
pois envolve ganhos mais importantes, ainda que mais distantes no tempo e,
portanto, mais fracos. A criança precisará, por meio de sua vontade, abrir mão da
primeira tendência em favor de outra. Nas palavras do autor:
Jogo simbólico
É quando a criança constrói símbolos que representam
qualquer coisa que ela deseja, isso quer dizer que pode
dirigir-se ao mundo real por meio de símbolos, gestos e
jogos de simulação. Embora tenha um caráter imitativo, é
também uma forma de autoexpressão, uma vez que não é
dirigida ao outro, apenas a si mesma.
Estádio pré-operatório (2 a 6 anos)
Desenho ou imagem gráfica
As primeiras formas do desenho não são imitativas do
real, mas um jogo de exercício no qual a criança se
diverte rabiscando a parede, o chão ou o papel em
movimentos amplos e repetitivos.
Imagem mental
São representações internas (símbolos) de objetos ou
experiências perceptivas passadas, por meio de
imagens mentais (imitação interiorizada).
Estádio pré-operatório (2 a 6 anos)
Linguagem falada
Por volta dos 2 anos, a criança começa a utilizar as palavras faladas
para representar objetos, são as evocações verbais de acontecimentos
não atuais. Por exemplo: quando uma criança diz “au-au”, já sem ver
o cachorro, há a representação verbal, a imitação e a imagem mental.
Assim, ela utiliza palavras faladas como símbolos ao invés de gestos
ou objetos.
Condutas e socialização
Seguindo a divisão anterior, do ponto de vista das
condutas e da socialização, observaremos um aumento
da concentração individual, o que favorecerá o aumento
da colaboração efetiva, e vice-versa, uma vez que elas
são complementares e resultam das mesmas causas.
Pensamento operatório
Em termos gerais, a marca desse estádio será o declínio
da causalidade movida pela atividade própria, com
novas formas de relação causa-efeito, sustentadas pela
descentração e pela objetividade.
Estádio operatório concreto (7 a 11 anos)
b. Empirismo.
ATIVIDADE TELEAULA I
Marina joga sua boneca para cima e a mesma
cai para fora da grade de um pequeno portão,
em cima do tapete, a uma distância que ela
não consegue alcançar, então ela puxa o
tapete, alcança a boneca e pela primeira vez
resolve o problema sozinha.
Como explicar o comportamento de Marina a
luz da teoria de Piaget?
e. Conduta de suporte.
ATIVIDADE TELEAULA I
Marina joga sua boneca para cima e a mesma cai para fora da grade de
um pequeno portão, em cima do tapete, a uma distância que ela não
consegue alcançar, então ela puxa o tapete, alcança a boneca e pela
primeira vez resolve o problema sozinha.
Como explicar o comportamento de Marina a luz da teoria de Piaget?
e. Conduta de suporte.
Justificativa:
Estádio Sensório Motor.
c. Adaptação.
Justificativa:
Processo de Adaptação.
Pedro, de 6 meses vai comer fruta (maçã) pela primeira vez. Quando é
colocada a colher em sua boca ele a suga, como
se fosse a mamadeira.
Assimilação.
Na segunda colherada vai experimentando outras formas, no final
da fruta, já modificou o jeito de pegar o alimento. Acomodação.
ATIVIDADE TELEAULA I
Qual o estádio do desenvolvimento cognitivo em
que ocorre a emergência da capacidade da
criança de estabelecer relações e coordenar
pontos de vista diferentes (próprios e de outrem)
e de integrá-los de modo lógico e coerente?
d. Interacionista.
Ana está na cozinha com seu irmão. Eles possuem um único pedaço de
lasanha para ser dividido entre eles. A lasanha chega à mesa cortada em
quatro pedaços iguais. Então, o irmão lhe pergunta: Ana, você quer a
metade ou prefere ficar com dois quartos? Ana fica olhando certo tempo
para a lasanha e depois de pensar lhe responde: parece-me ser a mesma
coisa. Acho que tanto faz você me dar metade da lasanha ou dois quartos.
Considerando a resposta de Ana, é correto afirmar que:
c. Animismo.
d. Pensamento sincrético.
b. Acomodação.
Heteronomia (2 a 6 anos)
Aqui, já começa a existir consciência da regra, embora a criança
seja governada pelo outro, por uma autoridade externa. Assim,
ela vive uma condição de respeito unilateral: um manda e o outro
obedece, e esse respeito se baseia no medo da dor física e dor
moral (perder o amor do outro, a quem se admira, por exemplo).
Desenvolvimento moral
Semiautonomia (7 a 11 anos)
Início da autonomia moral, mas a criança ainda depende das regras do meio para
organizar-se, já aparecem características de autonomia, mas são mais instáveis e
frágeis.
Realismo fortuito
O desenho, para Luquet, é um conjunto de
traços feitos intencionalmente para representar
um objeto real. No entanto, no início, não existe
essa intenção de fazer uma imagem, o desenho
é resultado da livre exploração que a criança faz
sobre os materiais. Munida de vários acessórios
e dos movimentos de sua mão, realiza marcas
acidentais no papel, uma obra involuntária, que
reconhece como sendo sua, resultado de sua
atividade, à qual não atribui significado. A
criança limita-se a fazer traços aleatórios no
papel sem qualquer objetivo ou significação,
manipula e explora os materiais, e no grafismo
é o olho que segue a mão e não as marcas
impressas no papel.
O DESENHO EM UMA PERSPECTIVA PSICOGENÉTICA
Realismo malsucedido
Na segunda fase de evolução do desenho infantil, a
criança desenha com a intenção realista (LUQUET,
1927) de representar, mas encontra dois obstáculos
que dificultam a representação da realidade: um de
ordem física (LUQUET, 1927) ou gráfica, que
consiste em coordenar seus movimentos motores
para dar ao traçado o aspecto do objeto
desenhado; e o outro de ordem psíquica (LUQUET,
1927), que consiste na falta de atenção da criança
para desenhar pormenores.
Por causa desses obstáculos, o desenho infantil
nessa fase é marcado por sucessos e fracassos; por
isso, Luquet o chamou de “réalisme manqué ou
l’incapacité synthétique” (1927, p. 151-155), uma
fase de imperfeição geral do desenho, que se inicia
geralmente entre 3 e 4 anos.
O DESENHO EM UMA PERSPECTIVA PSICOGENÉTICA
Realismo intelectual
Por volta dos 4 anos, inicia-se o principal
estágio, que irá estender-se até por volta dos
8/9 anos. Essa fase se caracteriza pela
superação da incapacidade sintética e, por isso,
a criança passa a desenhar de maneira realista,
isto é, desenha os pormenores do objeto,
levando em consideração as suas relações
recíprocas, o conjunto.
Em outras palavras, o que caracteriza essa fase
do realismo chamado por Luquet de intelectual
(LUQUET, 1927, p. 165) “é a concepção infantil
de que para que o desenho seja parecido deve
conter todos os elementos visíveis e invisíveis
do objeto do ponto de vista do sujeito,
buscando a sua exemplaridade”.
O DESENHO EM UMA PERSPECTIVA PSICOGENÉTICA
Realismo visual
Na última fase de evolução do desenho infantil, que se inicia
por volta dos 8/9 anos, uma série de fatores levam a criança a
abandonar o realismo intelectual e a adotar o realismo visual
como forma de representação gráfica.
O desenho infantil, para ser plenamente realista na fase do
realismo visual, deve representar o objeto da forma como é
visualmente percebido. As contradições e a insuficiência do
realismo intelectual em relação a isso levam a criança a
abandonar os procedimentos utilizados na etapa anterior.
Por isso, no lugar da transparência, ela utiliza a opacidade
(LUQUET, 1927), que consiste em suprimir os pormenores que
são objetivamente invisíveis no objeto representado; e, no
lugar do rebatimento e do plano, utiliza a perspectiva, que
consiste na modificação do aspecto da silhueta de um objeto
ou de pormenores vistos de frente.
O resultado disso é o abandono da exemplaridade. Para
Luquet, há uma submissão da criança às leis da realidade, com
perda da espontaneidade ao desenhar, diminuindo a produção
artística (figuração adequada do real).
O desenho segundo Lowenfeld
Questão 1
(Enade 2005). Na figura abaixo, de Francesco Tonucci, a
professora reage ao “erro” do aluno de forma contundente,
desvalorizando o seu raciocínio analógico. O erro e sua
correção tiveram, ao longo do tempo, diferentes abordagens
relacionadas a concepções e reflexões sobre a avaliação da
aprendizagem.
Questão 1
O procedimento docente que caracteriza uma concepção
mediadora e construtivista de avaliação é:
Justificativa:
A menina de 9 anos encontra-se no estádio operatório
apresenta a noção de conservação de quantidades, por isso
resolve a situação dessa maneira.
O menino de 5 anos encontra-se no estádio pré-operatório
e não apresenta a noção de conservação de quantidade.
Pensamento intuitivo / pré-lógico.
ATIVIDADE TELEAULA II
Está incorreto em relação ao método
piagetiano:
c. Realismo Intelectual
ATIVIDADE TELEAULA II
Segundo Piaget, esta escola está promovendo o desenvolvimento da
moralidade de:
d. Heteronomia
Justificativa:
A escola reforça a heteronomia natural das crianças. outros prejuízos
cognitivos.
Para Piaget, ao contrário, o objetivo que deve ser perseguido pela escola é
a construção da autonomia intelectual dos alunos, baseada em um
pensamento crítico e investigativo e em relações de intercâmbio e
cooperação entre os colegas.
Ainda que evolutivamente, como descrevemos anteriormente, a criança a
princípio viva uma condição de heteronomia, esta deve servir de base, de
transição para a de autonomia, que seria a verdadeira meta da educação
nas sociedades democráticas.
QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Analise a situação a seguir e responda à questão:
Sobre o método clínico apresentado por Piaget, você e uma professora conversam sobre quais
as atividades mais indicadas e qual deveria ser a postura do experimentador ou do aplicador ao
trabalhar com o método piagetiano. Para tanto, a psicóloga e a professora decidem analisar um
relato, descrito na literatura, sobre o papel do experimentador. A atividade desenvolvida
referia-se à inclusão de classes e trabalhava com frutas (4 maçãs e 8 bananas). No decorrer da
atividade, a profissional indagou a criança da seguinte forma: ao agrupar todas as frutas,
pergunta à criança “Você não acha que há mais bananas do que frutas nesta cesta?”. A criança
respondeu: Acho. Por quê? E a criança não consegue responder.
A partir dos estudos realizados nessa disciplina, assinale a alternativa correta:
c. Realismo intelectual.
Em uma escola particular está havendo uma reunião para se definir um procedimento
único quanto às estratégias que deverão ser utilizadas no sentido de se estabelecer
limites para o comportamento dos alunos. Várias são as ideias apresentadas para se
encaminhar à questão. Vamos supor que você seja psicólogo nessa escola, qual seria sua
orientação a partir da teoria piagetiana?
b. Heteronomia.
Marcos está na escolinha brincando com seis carrinhos e quatro motos. Nessa
brincadeira, ele é o dono do posto de gasolina e está “abastecendo” os
brinquedos. Chega o momento do lanche e a sua professora lhe pede para
guardar os brinquedos. Nesse momento, a professora pergunta a ele: - Marcos,
você tem mais carrinhos ou mais motos? Marcos lhe responde: - Tenho mais
carrinhos, olha! A professora pergunta: - Você tem mais carrinhos, mais motos ou
mais brinquedos? Então, Marcos lhe responde: - Eu tenho mais carrinhos, você
não está vendo!
Em relação à avaliação do pensamento a partir da aplicação das provas
operatórias, podemos dizer que Marcos apresenta:
Comentário: Marcos não faz inclusão de classes, não consegue perceber que
carrinhos e motos pertencem à classe dos brinquedos. Também utiliza o jogo
simbólico como forma de interação com os objetos, outra característica do estádio
pré-operatório (2 a 6 anos).
QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Leia o fragmento a seguir e responda à questão:
Maria Olvídia é professora do primário e tem percebido que alguns de seus alunos
respondem imediatamente às suas perguntas, mas simplesmente repetem os conceitos,
não os compreendem de fato, de tal forma que parecem verdadeiros “papagaios”. Outros
alunos, ao contrário, respondem tão imediatamente quanto os primeiros, mas percebe-
se que realmente entenderam e os conceitos já estão completamente assimilados.
Segundo a teoria piagetiana, podemos afirmar que:
c. Operações concretas.
Uma psicóloga atende uma mãe muito confusa em como estabelecer os limites
em seus filhos. Esta afirma que após assistir um programa de TV, na qual uma
profissional orienta os pais na educação dos filhos, decidiu colocar nas paredes
de sua casa um conjunto de regras que os filhos, gêmeos, de 8 anos devem
seguir. As regras são: escovar os dentes após as refeições! Não bater ou chutar
o irmão! Não maltratar a ajudante! Não correr pela casa! Quando as crianças
desrespeitam as regras, são punidas e devem ficar sem brincar.
De acordo com a teoria de Piaget, quais são as consequências da punição na
conduta moral do sujeito?