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EEEP Raimundo Saraiva Coelho Nota


Professor: edilvan moraes
Disciplina: filosofia
Curso:
Aluno:
Matrícula: Turma: Data: __/__/____

INSTRUÇÕES: • Leia atentamente a todas as questões da prova; • Para realizar esta prova, você poderá
utilizar SOMENTE caneta de tinta azul ou preta. Não serão admitidas provas feitas de outra maneira, ou
com rasuras, ou sem a marcação correta do gabarito; • Cada questão objetiva admite uma única resposta
que deve ser assinalada no cartão de respostas a caneta, no local correspondente ao número e alternativa
correta da questão. O assinalamento de duas respostas para a mesma questão implicará na anulação da
questão; • Não é permitido aos alunos deixar o local de provas, isto é, após as avaliações, é proibido sair de
sala de aula. NÃO RASURE O GABARITO. DEIXE PARA TOCAR NELE QUANDO TIVER TOTAL
CERTEZA DE QUAL QUESTÃO MARCAR.

Marque o gabarito preenchendo completamente a região de cada


alternativa.

a b c d e
Q.1:
Q.2:
Q.3:
Q.4:
Q.5:
Q.6:
Q.7:
Q.8:
Q.9:
Q.10:
a b c d e

Prova: 648250.0

Q.1 (1.00) - (UECE 2020) “Aliada ao rompimento ram para o surgimento das ciências modernas. O
das ideias do mundo medieval, rompeu-se também a primeiro valoriza o raciocínio como fonte do ver-
confiança nos velhos caminhos para a produção do dadeiro conhecimento e aborda a realidade a par-
conhecimento: a fé, a contemplação não eram mais tir do ____________3 . O segundo, por sua
consideradas vias satisfatórias para se chegar à ver- vez, valoriza a experiência e procura produzir co-
dade. Um novo caminho, um novo método precisava nhecimentos na lida com os fatos e as coisas hu-
ser encontrado, que permitisse superar as incertezas.” manas e naturais, e analisa a realidade através do
ANDERY, Maria Amália, et al. Para compreender ____________ 4 .
a ciência. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1988,
a) ( ) racionalismo1; empirismo2; método empí-
p.173.
rico3; método indutivo4
Considerando o surgimento da ciência moderna b) ( ) racionalismo1; empirismo2; método dedu-
e sua forma de abordagem da realidade, assinale a tivo3; método indutivo4
opção que completa correta e respectivamente as la- c) ( ) empirismo1; racionalismo2; método racio-
cunas do seguinte enunciado: nal3; método matemático4
O ____________1 e o ____________2 d) ( ) empirismo1; racionalismo2; método indu-
foram correntes filosófico-científicas que contribuí- tivo3; método dedutivo4

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e) ( ) empirismo1; humanismo2; método dedu- “Crítica da razão pura”, sua principal obra do ponto
tivo3; método qualitativo4 de vista da teoria do conhecimento, está dividida em
“Introdução”, “Doutrina transcendental dos elemen-
Q.2 (1.00) - Kant, filósofo alemão do séc. XVIII,
tos” e “Doutrina transcendental do método”. Dentre
realiza uma “revolução copernicana”, ao afirmar que
as afirmações abaixo, assinale a que NÃO CORRES-
I- o sujeito do conhecimento é a própria razão uni-
PONDE à teoria do conhecimento kantiana.
versal e não uma subjetividade pessoal e psicológica,
pois é sujeito conhecedor. a) ( ) A expressão “as coisas tais como elas se mos-
II- por ser inata e não depender da experiência tram a nós” equivale, na filosofia de Kant,
para existir, a razão, do ponto de vista do conhe- ao termo “fenômeno”, que significa, a partir
cimento, é anterior à experiência; sua estrutura é a de sua origem grega, justamente “aquilo que
“priori”. se mostra” (phaino significa, em grego, mos-
III- a experiência determina o conhecimento para trar). Nesse sentido, pode-se afirmar que,
a razão e fornece a forma (universal e necessária) do de acordo com Kant, tudo o que conhece-
conhecimento. mos são os fenômenos, e não as coisas em si,
Assinale ainda que possamos pensar as coisas em si.
a) ( ) se apenas a afirmação I é correta. b) ( ) A tese fundamental de Kant em relação à
b) ( ) Se apenas a afirmação II é correta. questão do conhecimento consiste na afirma-
c) ( ) se as afirmações I e II são corretas. ção de que não somos capazes de conhecer as
d) ( ) se as afirmações I e III são corretas. coisas tais como elas são em si mesmas, mas
e) ( ) se as afirmações II e III são corretas. isso não é um motivo para acreditarmos que
o que chamamos de conhecimento é simples-
Q.3 (1.00) - De um lado, dizem os materialistas, mente um fluxo de impressões subjetivas.
a mente é um processo material ou físico, um pro- c) ( ) O que distingue fenômeno de coisa em si é o
duto do funcionamento cerebral. De outro lado, de fato de ele “ser para nós”. Mas o que signi-
acordo com as visões não materialistas, a mente é fica “ser para nós”? Ora, que só admitamos
algo diferente do cérebro, podendo existir além dele. conhecer o que se mostra, e não o que é em
Ambas as posições estão enraizadas em uma longa si, o que significa que admitimos uma parti-
tradição filosófica, que remonta pelo menos à Gré- cipação, um comprometimento, uma interfe-
cia Antiga. Assim, enquanto Demócrito defendia rência “nossa” na constituição desse objeto
a ideia de que tudo é composto de átomos e todo do conhecimento.
pensamento é causado por seus movimentos físicos, d) ( ) Para Kant, os enunciados que têm valor de
Platão insistia que o intelecto humano é imaterial e conhecimento são aqueles que se referem não
que a alma sobrevive à morte do corpo. (Alexander a coisas em si mesmas, mas sim a coisas tais
Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O cérebro como elas se mostram, se apresentam a nós.
produz a mente?: um levantamento da opinião de e) ( ) O postulado fundamental da teoria do co-
psiquiatras”. www.archivespsy.com, 2015.) nhecimento de Kant consiste justamente em
A partir das informações e das relações presentes que o mundo que temos diante de nós, a to-
no texto, conclui-se que talidade dos objetos do conhecimento é mera
a) ( ) o pensamento de Santo Agostinho se baseou projeção criativa das fantasias dos sujeitos.
em hipóteses empiristas análogas às do ma-
Q.5 (1.00) - “Não há ninguém tão jovem e inexperi-
terialismo.
ente que não tenha formado, a partir da observação,
b) ( ) a dualidade entre mente e cérebro foi concei-
muitas máximas gerais e corretas relativas aos assun-
tuada por Descartes como separação entre
tos humanos e à conduta da vida; mas deve-se confes-
pensamento e extensão.
sar que, quando chega a hora de pô-las em prática,
c) ( ) os argumentos materialistas resgatam a me-
um homem estará extremamente propenso a erros
tafísica platônica, favorecendo hipóteses de
até que o tempo e as experiências adicionais venham
natureza espiritualista.
a expandir essas máximas e ensinar-lhe seu adequado
d) ( ) o progresso da neurociência estabeleceu pro-
uso e aplicação. [...] A verdade é que um raciocina-
vas objetivas para resolver um debate origi-
dor inexperiente não poderia de forma alguma ra-
nalmente filosófico.
ciocinar se lhe faltasse por completo a experiência;
e) ( ) a hipótese da independência da mente em
e, quando dizemos que alguém é inexperiente esta-
relação ao cérebro teve origem no método
mos aplicando essa denominação num sentido apenas
científico.
comparativo e supondo que ele possui experiência em
Q.4 (1.00) - Kant (1724-1804) é, junto com Hegel, um grau menor e mais imperfeito.” (HUME, D. In-
o mais importante filósofo da modernidade, aquele vestigações sobre o entendimento humano e sobre os
para o qual confluem as várias questões da filosofia princípios da moral. In FIGUEIREDO, V. B. de. Fi-
até seu tempo e de quem se derivam as mais im- losofia: temas e percursos. São Paulo: Berlendis &
portantes correntes da filosofia contemporânea. A Vertecchia Editores, 2013, p. 336).

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Com base no fragmento transcrito e em conheci- d) ( ) a existência depende da capacidade de ser


mentos sobre a filosofia de Hume, assinale o que for que experimenta sensações..
incorreto. e) ( ) tem certeza de que ele é uma reunião de
membros que se chama corpo humano.
a) ( ) Para Hume a experiência não é determinante
para a elaboração de nossas regras de con- Q.8 (1.00) - Podemos definir uma causa como um
duta pois podemos nos equivocar sobre o que objeto, seguido de outro, tal que todos os objetos
sentimos. semelhantes ao primeiro são seguidos por objetos se-
b) ( ) A importância dada à temporalidade é con- melhantes ao segundo. Ou, em outras palavras, tal
dição para formar as máximas gerais e cor- que, se o primeiro objeto não existisse, o segundo ja-
retas do nosso agir. mais teria existido. O aparecimento de uma causa
c) ( ) De acordo com a filosofia moral de Hume, o sempre conduz a mente, por uma transição habitual,
tempo é a condição para o adequado uso e à ideia do efeito; disso também temos experiência.
para a adequada aplicação das regras morais Em conformidade com essa experiência, podemos,
por parte do homem. portanto, formular uma outra definição de causa e
d) ( ) Em assuntos de moral e de teoria do conhe- chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo apare-
cimento, Hume é considerado um empirista. cimento sempre conduz o pensamento àquele outro.
e) ( ) Hume, no fragmento, contrapõe-se aos filó- Mas, não temos ideia dessa conexão, nem sequer uma
sofos que defendem o poder da razão em es- noção distinta do que é que desejamos saber quando
tabelecer verdades. tentamos concebê-las.
Adaptado de: HUME, D. Investigação sobre o
Q.6 (1.00) - Adão, ainda que supuséssemos que
entendimento humano e sobre os princípios da mo-
suas faculdades racionais fossem inteiramente perfei-
ral. Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida
tas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e
Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 115.
transparência da água que ela o sufocaria, nem da lu-
Com base no texto e nos conhecimentos acerca
minosidade e calor do fogo que este poderia consumi-
das noções de causa e efeito em David Hume, assi-
lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades
nale a alternativa correta
que aparecem aos sentidos, nem as causas que o pro-
duziram, nem os efeitos que dele provirão; e tam- a) ( ) A presença do efeito revela a causa nele en-
pouco nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da volvida, o que garante a explicação de deter-
experiência, qualquer conclusão referente à existên- minado acontecimento.
cia efetiva de coisas ou questões de fato. HUME, b) ( ) A causa e o efeito são conhecidos objetiva-
D. Uma investigação sobre o entendimento humano. mente pela mente e não por hábitos forma-
São Paulo: Unesp 2003. dos pela percepção do mundo.
Segundo o autor, qual é a origem do conheci- c) ( ) A causa e o efeito são noções que se baseiam
mento humano? na experiência e, por meio dela, são apreen-
didas.
a) ( ) O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
d) ( ) As noções de causa e efeito fazem parte da
b) ( ) A potência inata da mente
realidade e por isso os fenômenos do mundo
c) ( ) O estudo das tradições filosóficas.
são explicados através da indicação da causa.
d) ( ) A vivência dos fenômenos do mundo.
e) ( ) A causa e o efeito proporcionam, necessaria-
e) ( ) A revelação da inspiração divina.
mente, explicações válidas sobre determina-
Q.7 (1.00) - “Suponho, portanto, que todas as coi- dos fatos e acontecimentos.
sas que vejo são falsas; persuado-me de que jamais
existiu de tudo quanto minha memória referta de Q.9 (1.00) - O principal problema de Descartes
mentiras me representa; penso não possuir nenhum pode ser formulado do seguinte modo: “Como pode-
sentido; creio que o corpo, a figura, a extensão, o remos garantir que o nosso conhecimento é absoluta-
movimento e o lugar são apenas ficções de meu es- mente seguro?” Como o cético, ele parte da dúvida;
pírito. O que poderá, pois, ser considerado verda- mas, ao contrário do cético, não permanece nela. Na
deiro?”. (DESCARTES, R. Meditação Segunda. In: Meditação Terceira, Descartes afirma: “[...] engane-
Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 91 me quem puder, ainda assim jamais poderá fazer que
(Coleção Pensadores). eu nada seja enquanto eu pensar que sou algo; ou que
Considerando o trecho acima, Descartes: algum dia seja verdade eu não tenha jamais existido,
sendo verdade agora que eu existo [...]”
a) ( ) tem certeza de que ele é, ele existe, enquanto (DESCARTES. René. “Meditações Metafísicas”.
ser pensante. Meditação Terceira, São Paulo: Nova Cultural, 1991.
b) ( ) descobre que o verdadeiro conhecimento é o p. 182. Coleção Os Pensadores.)
adquirido pelos sentidos. Com base no enunciado e considerando o itine-
c) ( ) afirma que ele é um ar tênue, disseminado rário seguido por Descartes para fundamentar o co-
por todos os seus membros. nhecimento, é correto afirmar:

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a) ( ) O conhecimento seguro que resiste à dúvida julguei que não podia mantê-las ocultas, sem pecar
apresenta-se como algo relativo, tanto ao su- grandemente contra a lei que nos obriga a procurar o
jeito como às próprias coisas que são percebi- bem geral de todos os homens. Pois elas me fizeram
das de acordo com as circunstâncias em que ver que é possível chegar a conhecimentos que sejam
ocorrem os fenômenos observados. úteis à vida e assim nos tornar como que senhores
b) ( ) Todas as coisas se equivalem, não podendo e possuidores da natureza. O que é de desejar, não
ser discerníveis pelos sentidos nem pela ra- só para a invenção de uma infinidade de utensílios,
zão, já que ambos são falhos e limitados, por- que permitiriam gozar, sem qualquer custo, os fru-
tanto o conhecimento seguro detém-se nas tos da terra e de todas as comodidades que nela se
opiniões que se apresentam certas e indubi- acham, mas principalmente também para a conser-
táveis. vação da saúde, que é sem dúvida o primeiro bem e
c) ( ) A dúvida manifesta a infinita confusão de o fundamento de todos os outros bens desta vida.”
opiniões que se pode observar no debate per- Assinale a alternativa que resume o pensamento
pétuo e universal sobre o conhecimento das de Descartes.
coisas, sendo a existência de Deus a única
certeza que se pode alcançar. a) ( ) O conhecimento da natureza satisfaz apenas
d) ( ) A condição necessária para alcançar o conhe- ao intelecto e não é capaz de alterar as con-
cimento seguro consiste em submetê-lo sis- dições da vida humana.
tematicamente a todas as possibilidades de b) ( ) O conhecimento e o domínio da natureza de-
erro, de modo que ele resista à dúvida mais vem ser empregados para satisfazer as neces-
obstinada. sidades humanas e aperfeiçoar nossa existên-
e) ( ) Pela dúvida metódica, reconhece-se a con- cia.
tingência do conhecimento, uma vez que so- c) ( ) O conhecimento deve ser mantido oculto
mente as coisas percebidas por meio da ex- para evitar que seja empregado para domi-
periência sensível possuem existência real. nar a natureza.
d) ( ) Nosso intelecto é incapaz de conhecer a na-
Q.10 (1.00) - O filósofo francês René Descartes es- tureza.
creveu o seguinte em seu Discurso do Método: “Logo e) ( ) Devemos buscar o conhecimento exclusiva-
que adquiri algumas noções gerais relativas à Física, mente pelo prazer de conhecer.

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