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Prova final
1-
Uma das perguntas fundamentais que a Filosofia faz, há séculos, está centrada na
origem e no fim de todas as coisas. Tal questão possui fortes desdobramentos
cosmológicos, antropológicos e teológicos. Muitos filósofos procuraram responder essa
questão, desde os pré-socráticos até os filósofos medievais e assim em diante. A
resposta dada por Aristóteles, para a origem e o fim de todas as coisas levaram a São
Tomás de Aquino a refirmar o que sempre acreditou com os ensinamentos da igreja
católica.
Tomás de Aquino centraliza a sua constatação sobre o movimento do universo, através
da teoria aristotélica que tem por finalidade a noção de primeiro motor. Para Aristóteles
este primeiro motor é o causador de todas as causas, desta forma, esta primeira causa é o
puro ato de ser, é a primeira causa do movimento, não às mutabilidades. Este ato puro
de ser levou Tomás de Aquino a centralizar que Deus é este ato puro de ser, ou seja, este
primeiro motor tem uma relação que Deus é a ação própria de sua criação.
A segunda via é a que parte da razão da causa eficiente, a causa é entendida como
aquilo pelo qual algo vem a ser. A causa, portanto, vem do efeito à existência é o que se
chama de causa eficiente. Santo Tomás explica que é possível identificar entre os entes
uma ordem de causa eficiente. Não é possível que algo seja causa eficiente de si
próprio, senão seria anterior a si próprio. Todo ser necessita de uma causa eficiente
necessariamente anterior a si próprio como a ordem entre as causas eficientes não pode
ir até o infinito, se percebe que existe uma causa eficiente primeira que causa as
intermediárias. Se não existisse essa causa primeira, não existiriam nem as
intermediárias, tampouco o efeito último.
A terceira via é a tomada do possível, entre as pessoas, encontramos alguns que nascem
e perecem, ou seja, podem ser ou não ser. Assim, percebemos que há possibilidade entre
os mesmos seres. Por serem outros, não são necessários. Se considerarmos que tudo é
secundário, ou seja, que tudo pode não ser, teríamos que considerar que houve algum
momento em que não havia nenhum ser.
A quarta via vai examinar o grau de perfeição que é encontrado nas coisas. Para
entender essa via é importante compreender o sentido metafísico de participação.
Participar é realizar em si mesmo, de forma parcial, o que está em outro de forma plena.
Então a uma relação de dependência entre a pessoa participante e aquele do qual ele
participa. Essa via traz há explicação que nossos sentidos captam que entre as coisas
existem certa relação de grau, algo pode ser considerado relativamente bom, podemos
dizer que é mais ou menos verdade. Para Aristóteles, se algo possui determinada
qualidade em alto grau, será em virtude dela que as outras coisas possuirão determinada
qualidade.
A quinta via é a do governo das coisas, para entender essa via faz-se necessário
considerar o sentido de fim e considerado a partir da causa. O fim, desse modo, é o que
vai determinar o princípio do ser, ou seja, vai estar no princípio da ação. Assim o ser
age sabendo do fim, Santo Tomás também expressa certa equivalência entre bem e fim,
portanto somente enquanto uma coisa é boa, ela é atraída a ser. Portanto, o bem é aquilo
para o qual tudo irá pender. Isso vai implicar a noção de um fim. Dessa forma, o que
move a causa eficiente na ordem da causalidade é aquilo que vem primeiro, o princípio
da ação que é o bem e o fim. Nessa quinta via, Santo Tomás explica que as coisas,
mesmo aquelas que carecem de conhecimento, tendem para um fim, para alcançarem o
que é ótimo.
2-
O lema do empirismo que tem o seu significado que qualquer ideia não nasce conosco,
mas se inicia na experiencia. Experiências de sensações, ouvimos, enxergarmos,
saboreamos e cheiramos. Em contrapartida ao racionalismo cartesiano, contudo,
o empirismo representa uma tradição filosófica que, tomando como lema a frase
aristotélica “nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”,
acredita que todo conhecimento resultaria de percepções sensíveis,
desenvolvendo-se a partir desses dados,
Locke apresenta sua teoria para combater a crença nas ideias inatas. Locke questiona
proposições como o princípio de identidade, que seriam consideradas de assentimento
universal, alegando que integrantes de comunidades mais primitivas desconhecem tal
princípio. Se ideias inatas existissem de fato, elas deveriam estar na mente de todos os
indivíduos, isto é, deveriam ser de cunho universal e na prática não é o que ocorre. O
entendimento é a nossa faculdade de conhecer; sendo assim, como uma ideia pode estar
presente em nossa mente sem que a conheçamos bem. A alegação de que certas
verdades estão impressas, embora sejam despercebidas, e que à medida que
aprimoramos o uso da razão reconhecemos tais verdades não parece um argumento
razoável, pois isso leva a uma contradição, já que faz do homem um ser que,
simultaneamente, conhece e não conhece algo.
3-
A obra de Kant é considerada um marco, ou divisor de águas, para a filosofia moderna.
No prefácio da segunda edição da Crítica da Razão Pura, Kant busca, nos moldes da
revolução proposta por Copérnico na astronomia, estabelecer uma revolução completa
no pensamento filosófico, de modo a encontrar um caminho seguro para a metafísica,
fazendo com que, em seus termos, ela não mais fique no mero tateio. O termo
Revolução Copernicana diz respeito a uma analogia que Kant faz com a proposta de
Copérnico, na passagem do antropocentrismo para o heliocentrismo, em que o mesmo
poderia ser aplicado na metafísica, deslocando o sujeito da periferia do conhecimento
para colocá-lo no centro. Trata-se, portanto, de uma proposta de inversão da
metodologia predominante até o período a qual Kant está inserido, em que não mais o
sujeito se regulará pela natureza do objeto, mas este que irá regular-se pela natureza do
sujeito do conhecimento.
4-
A alternativa II