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● Heráclito: Tudo é fluxo; Este autor viveu entre c. 535 – 475 a.C. e assim
como Tales de Mileto possui uma abordagem monista, isto é, atribui a uma
única matéria o surgimento de tudo. Todavia esta substância não é algo
físico da natureza e sim uma racionalidade do tipo “logos divino”, uma lei
universal e cósmica que cria todos os outros elementos. Ele chamou isso
que podemos comparar uma energia divina, mas não a um deus e sim ao
conceito de fluxo.
Os pré-socráticos
● Demócrito: Tudo é átomo; Ele viveu entre c. 460 – 331 a.C. e adiantaram o que hoje é muito
importante para a física moderna e a física quântica: os átomos e suas micropartículas. Mas é claro
que naquela época a visão que ele possuía de átomo não era o que corresponde hoje, mas sim o início
do que entendemos hoje. Precisamos assim entender qual era a visão de mundo sobre a substância
fundamental do cosmos para entender a evolução deste pensamento até os dias de hoje e inaugurou
a abordagem atomista.
● Lao-Tsé: Tudo é tao; Este filósofo viveu na china no século VI a.C. e além de desenvolver dentro da
sua abordagem taoísta uma metafisica sobre a formação do cosmos, ele também atribuiu daí uma
consequência ética. A substância fundamental é um conceito e não uma matéria como Tales. Para ele
tudo que existe é “tao” - o caminho; e “wu wei” - o não ser. Ao observar o movimento e os ciclos da
natureza, os chineses acreditavam que o mundo é feito de mutações, noite e dia, frio e calor, claro e
escuro. Mas essas mutações não são coisas que possuem uma fonte distinta, pelo contrário, são
complementares e sua transformação é a ação do tao. O tao seria então este movimento - o caminho -
onde e como a ação acontece, inclusive as ações e escolhas humanas
Sobre o método maiêutico de Sócrates
●Para ele (Sócrates) a maiêutica é uma ferramenta de autoconhecimento, pois o certo
só pode ser defendido depois de um exame rigoroso, através de um processo
engajado e com a consciência das suas limitações irá melhorar cada vez mais a busca
por uma verdade universal, aquela que valoriza o coletivo e todas as pessoas.
O método também é conhecido por processo dialético, pois o processo acontece ao
confrontar duas afirmativas que juntas são contraditórias e nisso gerar um novo
processo, melhor do que o anterior. Todavia é um processo contínuo; as respostas
quando contrapostas vão sempre melhorar a sua percepção sobre aquele assunto e
assim você estará buscando a verdade. Por isso consiste em fazer perguntas ao
interlocutor até que ele mesmo perceba suas contradições. Cabe ao guia que faz uso
do método - assim como Sócrates foi - mostrar as contradições através de outras
perguntas até a pessoa perceber tais contradições por ela mesma e melhorar seus
resultados.
Sobre o método maiêutico de Sócrates
●Neste caso Sócrates faz uso da ironia enquanto uma ferramenta importante ao processo
pedagógico. Veja a importante observação: No livro IV da Ética a Nicômaco, Aristóteles,
definindo a virtude da veracidade, considera- a o justo meio entre a jactância e a ironia. O
irônico peca contra a veracidade porque em seus discursos se recusa a revelar as suas
qualidades, oculta seu saber sob a capa de uma ignorância fingida e se protege atrás de
comportamento puramente negativo.
A própria pessoa é quem chega à resposta, pois é ela quem trás o conteúdo e as
afirmações. O guia apenas questiona e incentiva a pessoa a investigar profundamente o
que acredita. Sendo assim não possui a intenção de humilhar ou favorecer algum
pensamento específico, mas impulsionar o autoconhecimento e um olhar crítico atento
às contradições, já que o compromisso filosófico é com a verdade e, portanto, com
argumentos racionais que podem ser justificados e demonstrados.
Sobre a metafísica de Aristóteles
●Assim como o método, a metafisica é a forma essencial das coisas e
sua verdade está em nossa volta, por isso podemos criar uma
metodologia empirista, baseada na experiência e na demonstração das
nossas verificações para entender o mundo. Com isso podemos confiar
nos nossos sentidos e na nossa capacidade de descrever as coisas como
elas são; de tal forma percebemos a grande diferença entre Platão e
Aristóteles. Para Platão o conhecimento está no mundo das ideias, é
uma universal que estamos em busca. Para Aristóteles o conhecimento
está aqui neste mundo e ele é tudo o que temos, por isso o
conhecimento se dá na compreensão e descrição deste mundo como
ele se apresenta através das coisas particulares.
Sobre a metafísica de Aristóteles
●Enquanto Platão está preocupado num conceito perfeito que compreende o
coletivo e o valor absoluto das coisas, Aristóteles inicia sua análise a partir do
real analisando cada unidade. Para ele, através da investigação de cada objeto
em particular alcançamos o conhecimento de cada coisa e o que há em
comum entre cada uma delas. Por exemplo analisando uma cadeira eu a
descrevo e entendo sua essência. Observando duas, três, e muitas cadeiras
percebo que o que elas têm em comum é de fato a sua essência. Assim
Aristóteles desenvolveu algo muito importante para a ciência, isto é a análise
empírica através de uma lógica que inicia no particular e depois pode entender
o todo – o universal. O silogismo é a forma em que Aristóteles formalizou
através de argumentos essa maneira empírica de analisar o particular para
chegar a uma conclusão que pode ser deduzida como pertencente aos demais
Sobre a Idade Média
●O mundo medieval – de um ponto de vista ocidental – inicia no ano 250 d. C. e
segue até o ano 1500.
Durante este período vimos uma nova racionalidade, diferente daquela estabelecida
com a influência de Sócrates na idade antiga. Essa racionalidade é caracterizada pela
sua forte relação conceitual com a figura de Deus e a produção autorizada pela
Igreja. Com a queda do Império Romano, a Europa entrou num período de
autoridade religiosa e a Igreja Cristã – que conhecemos hoje como católica –
precisava autorizar tudo que seria produzido e ensinado. Com isso, fora proibida toda
a divulgação das artes, literaturas e filosofias produzidas anteriormente na Grécia e
Roma, por exemplo. Sendo assim, quando observamos a história da filosofia
medieval produzida na Europa, ela é totalmente ligada à ideia de uma razão divina.
Sobre a Idade Média
●A lógica aristotélica e sua metodologia empírica foi incorporada
através de Boécio e depois desenvolvida em Tomás de Aquino,
mostrando que foi Deus que nos deu a capacidade de pensar
racionalmente, é através de uma metodologia lógica que conhecemos
tudo, inclusive a divindade. Assim, justificando a razão através de uma
explicação divina, sendo Deus o criador de todas as coisas e a essência
que permite tudo fluir e ser.