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FACULDADE SUL PAULISTA DE ITANHAÉM

PSICOLOGIA
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
PROFESSOR: FERNANDO

RESENHA

PSICOLOGIA E RELAÇÕES DE GÊNERO


Arthur de Paula Melo Correia

CARDOSO, NMB. Psicologia e relações de gênero: a socialização do gênero feminino e


suas implicações na violência conjugal em relação às mulheres. In ZANELLA, AV., et al.,
org. Psicologia e práticas sociais [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas
Sociais, 2008. pp. 260-272. ISBN: 978-85-99662-87-8. Available from SciELO Books .

A discussão inicia enfatizando como as mulheres em contextos e culturas diferentes


sofrem da mesma situação, independente de muitos fatores, e citando como um
problema recorrente a impunidade do agressor em crimes violentos contra as
mulheres, com falhas de investigação e institui processos, normalmente falas de
justificativa do agressor são como “fui defender minha honra”, mas ela diz que isso
não se resolve apenas com a intervenção da policia e que é necessário politicas
publicas culturais, psicossociais e econômicas para combater essas violências
sofridas cotidianamente, ela destaca também a importância do entendimento da
relação de violência conjugal que em geral tem uma violência emocional e
dependência econômica por trás do pertencimento das mulheres nessas relações,
onde também elas tem pena desses homens e acreditam na mudança e acham que
elas devem se esforçar mais para acontecer essa mudança, trazendo mais
responsabilidade para a mulher.
Acredito e concordo com a ideia de que precisamos discutir com os homens sobre a
masculinidade e essa relação de poder sobre a mulher e buscar refletir com
agressores então acho interessante quando ela cita Dutton (1988) onde ele tem um
grupo terapêutico com agressores e percebe que esses homens tem uma
necessidade de controlar a mulher e qualquer independência dela já é uma perca de
controle.
Quando a Cardoso fala que as mulheres em relação de violência conjugal tem um
costume de separar e voltar e que um dos principais fatores encontrado é que elas
não tem um lugar para se abrigar com os filhos, e se baseando na sua pesquisa com
apenas 16 mulheres eu entendo que se fosse uma pesquisa com mais quantidades
de mulheres abordadas teria muito mais confiabilidade, mas não acredito que de
alguns resultados diferentes. A autora (Cardoso) enfatiza bastante o por que do
pertencimento da mulher na relação de violência conjugal sendo essas formas:
econômica onde por sua submissão ela já foi privada e se deixou ser privada de ser
independente economicamente, emocional onde sofrem ameaças e chantagem
emocional e também por conta da sua construção de pensamento onde a mulher só
é completa com um homem, e social não tendo amparo na justiça, políticas públicas
e apoio de familiares ou amigos, mas entendo que o texto ficou muito repetitivo
falando sobre isso e seria muito mais interessante pesquisas em discussão com
homens sobre essa violência conjugal para ver se através de um diálogo e reflexão
eles conseguem entender o sofrimento dessas mulheres e dar exemplos de como as
públicas públicas poderiam serem aplicadas de uma boa maneira

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