Filosofia e Antropologia na Administração

A filosofia e o pensamento de Platão, Aristóteles. Kant, Descartes

A filosofia e o pensamento de John Locke, David Hume e o
conceito antropológico de cultura na contemporaneidade.

Prof. Me. Cristiane Gandolfi

Para início de conversa, retomando nossa
primeira aula, apresentamos
• Conceito de filosofia
• Importância da filosofia na Administração.
• Importância da cultura geral na tomada de decisões
• Séc. XXI – mundo globalizado em transição social, mudança de
paradigmas.
• Filosofia – ampliação de horizontes
• Culto a razão e a emoção/intuição como formas de enxergar a
realidade e buscar a solução dos problemas contemporâneos do
campo da gestão.
 Vale a pena retomar o conceito de
• Mythos – fábula x Logos – Ciência, estudo, tratado que visa a explicação da
realidade.
• Mito origina da explicação da realidade pela cultura oral, pois até o início da
alfabetização, cada palavra tinha o significado de uma divindade
momentânea, um mundo poético, pode-se dizer uma fábula.
• Com a escrita surge uma nova forma de inteligência que por meio da escrita
substitui a memória e a audição.
• Formas de pensamento racional e científico passam a competir com as
formas de comunicação pautadas na religião e na mitologia pois o alfabeto
e a escrita corroboram com o nascimento da filosofia.
FILOSOFIA E A TEOGONIA,
COSMOGONIA E COSMOLOGIA
• A escrita é um instrumento de poder pois por meio dela é possível dar
ordens a todos e socializar a lei e as regras que organizam a
sociedade.
• Teogonia: analisa o nascimento de novos deuses por meio de relações
sexuais dos próprios deuses.
Cosmogonia: geração da ordem do mundo pela ação e pelas relações
sexuais entre forças vitais que seriam entidades concretas e divinas.
• Cosmologia: explicação da ordem do mundo e do universo pela
determinação de um princípio original e racional.
IMPORTANTE DESTACAR
• Kosmos = universo
• Gonia = explicação divina.
• Logia = explicação racional, científica.
• Nietzsche e o espírito apolíneo ( Deus da retidão, da claridade e da
luz) e dionisíaco (Deus da alegria e do vinho).
Platão: idealismo platônico ou realismo das
essências (Atenas, 428 ou 427 a.c – 348 ou 347ª.c)

• Se interessa pelo divino no homem e pelo mundo das ideias, das

formas e dos conceitos. É um conservador, favorável a uma minoria
política e rejeitou a arte. Platão foi discípulo de Socrates e graças aos
seus diálogos podemos conhecer um pouco mais sobre a pessoa de
Socrates, se existiu ou não existiu?
• Mostra as diferenças entre o mundo sensível das aparências e o
mundo inteligível das ideias?
• Mito da caverna ( 428 a 347 a.c) em Atenas.
Filosofia de Platão
• Síntese do pensamento antigo, busca conciliar a filosofia de Parmênides do
imobilismo a de Heráclito do mobilismo universal. Para ele, a matemática é
a base do pensamento filosófico pois filosofar é ir para além da
matemática, é constituir uma metamatemática. Sem o entendimento de
geometria não há filosofia.
• Ideia de bem.
• “Na busca da verdade, Platão examina todas as hipóteses, dá voz a todas as
opiniões, trilha todos os caminhos que se abrem às aventuras do espírito.
• Faz do filosofar um amor à sabedoria, se faz como um aliado ou contendor
de todos aqueles que aceitam o desafio de pensar corajosamente, o risco
de jogar com as ideias(Rezende, 2002, p. 66)”.
ARISTOTELES

• Defende a possibilidade de uma ciência sobre o real concreto, afirma

que é possível conhecer o que é o real concreto e mutável por meio
de definições e conceitos que permanecem inalterados.
• A filosofia representa o abandono do senso comum e o despertar da
consciência crítica que tem uma função libertadora para o homem.
• Entende que deve ser “ estabelecido previamente o que importa ser
conhecido acerca do ser, distinguindo-o daquilo que pode ser deixado
de lado por ser meramente ocasional, fatual ou acidental. Considera o
Universo como um todo ordenado segundo leis constantes e
imutáveis. Essa ordem imutável e eterna rege não só os fenômenos
Aristóteles
• da natureza como também os de ordem política, moral ou estética.
Antecedendo, como fundamento, as diversas ciências que se
interessam por determinados aspectos do ser, existe uma ciência
‘primeira’, a Sabedoria( depois designada como Metafísica), que
estuda o Ser e procura enunciar essa ordem subjacente que torna
inteligíveis todos os fenômenos(Rezende, 2002, p. 69)”.
Immanuel Kant (1724 – 1804)
• Pessoa crítica é a que tem posições independentes e refletidas, é capaz de
pensar por si prória e não aceita como verdadeiro o que foi simplesmente
estabelecido por outros como tal, mas somente depois de seu exame livre e
fundamentado.
• O conhecimento consuma-se no momento em que percepções e conceitos são
relacionados ou reunidos sob a forma de afirmações ou negações num juízo.
• A liberdade é o conceito-chave da prática, porque sem ela não existe ação.
Inicialmente a liberdade é vista como espontaneidade, ou seja, como ideia de
um início absoluto de uma série causal. Já do ponto de vista prático, a liberdade
é entendida negativamente, como independência de determinações empíricas
ou estranhas, e, positivamente como autodeterminação.
• Para Kant, liberdade é a sua cunha de sustentação.
René Descartes (1596 -1650)
• “Para Aristóteles, o homem é animal político e a razão é a faculdade
que todo homem possui de julgar. Para Descartes, ele é,
essencialmente, um animal racional. No início de seu discurso sobre o
método, ele afirma a igualdade, de direito, do bom senso ou razão:
todos nós possuímos razão, ou seja, essa capacidade de bem julgar e
de discernir o verdadeiro do falso. Nem todos os homens, porém,
utilizam corretamente sua razão(Rezende, 2002, p.104)”.

• Método cartesiano: regra da evidência, regra da análise, regra da

síntese e regra do desmembramento.
Grécia Clássica e Renascimento
• Que herança social e total da Humanidade, incluindo os
fenômenos ocorridos ao longo da Grécia Antiga Clássica e do
Renascimento(mil anos após), a humanidade pós-moderna,
contemporânea herdou? Que cultura, enquanto herança social
e construção social, que valores e costumes partilhados pelos
membros dos diversos grupos sociais, nos apropriamos na
contemporaneidade e levamos a frente para as novas
gerações?
Bibliografia
• ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires.
Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna. 1993.
• GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: romance da história da
filosofia. São Paulo: Companhia das Letras. 1995.
• MATTAR, João. Filosofia e Ética na Administração. Disponível em
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=ax1nDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT7&dq=filosofia+para+
administra%C3%A7%C3%A3o&ots=4nxx2er4Fo&sig=Vu2snD1PGI2H2cZyPfNOgvFMu4A#v=onepage&q&f=fal
se
Acessado em 2 de maio de 2023.

• REZENDE, Antonio (org). Curso de filosofia para professores e alunos

dos cursos de segundo grau e de graduação. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar. 2002.