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História da Filosofia Antiga

Exercícios de verificação (Valor: 10,0)


Prof. Me. Pe. Luiz Carlos F. Braga Junior
Aluno: José Marcos Rezende Fernandes Araújo
Nota atingida:_________
1- Defina o que é o mito.
O Mytos significa o discurso ficcional ou imaginário, o mito não é
uma mentira, mas é o modelo próprio de um povo pensar, com
perspectivas de explicar aspectos a forma que vive: a origem do mundo
o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens
deste povo, bem como seus valores básicos. O mito configura a própria
visão do mundo dos indivíduos, na maneira mesmo de vivenciar a
realidade que estão. Nesse sentido, o pensamento mítico pressupõe a
adesão, a aceitação dos indivíduos, na medida que constitui as formas
de sua experiência do real. O mito não se justifica, não se fundamenta,
portanto, nem se presta ao questionamento, à crítica ou à correção.
Não há discussão do mito porque ele constitui a própria visão de mundo
dos indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade, tendo um
caráter global que exclui outras perspectivas.

2- O que é o orfismo e qual a sua doutrina?


O orfismo veio com a criação das próprias crenças e com as suas
próprias praticas e com isso introduziram na civilização um novo
esquema de crenças e nova interpretação da existência humana. O
orfismo proclama a imortalidade da alma e concebe o homem.
No homem hospeda-se um princípio divino, um demônio que caiu
em um corpo por causa de uma culpa originaria. Esse demônio não
apenas preexiste ao corpo, mas também não morre com o corpo, pois
está destinado a reencarnar-se em corpos sucessivos.
A vida órfica é a única em grau de pôr fim ao ciclo das
reencarnações e assim liberta as almas dos corpos. Para quem se
purificou um prêmio no além. Assim doutrinaram afirmando na
imortalidade, sendo a pratica de meio a libertação da alma.

3- Por qual motivo o mito não satisfazia mais o pensamento antigo?


O pensamento do Mytos perdeu a força, é via que não satisfazia
mais os pensamentos. Porque seus valores não eram mais absolutos,
pois ficavam muitos no imaginário e o mito exigia muito a adesão e
aceitação dos indivíduos na medida em que constitui as formas de
experiencia. O Mito constituía a própria visão do mundo é assim os
indivíduos tinham que aceitar a essa cultura e dessa maneira o mito não
faz sentido pois a possibilidade de discussão em relação a visão de
mundo apresenta a transformação de uma sociedade.
4- Qual o significado da palavra filosofia? E, conforme estudamos, os
homens podem possuir a sabedoria?
O termo "filosofia", uma junção das palavras "philos" (amor/amizade)
e "sophia" (conhecimento/sabedoria), que significa "amor ao
conhecimento". Os homens não podem possuir a sabedoria e somente
aos Deuses é dada a sabedoria, nós humanos só podemos contemplá-
la, Ama-la e Deseja-la.

5- Em qual século os historiadores afirmam que surgiu a filosofia?


Em qual país?
A filosofia surgiu por volta do Século VI a.C. na Grécia antiga.

6- Conforme lemos, qual o conteúdo principal da filosofia?


A filosofia refere ao conteúdo que quer dedicar-se a explicar a
totalidade das coisas, ou seja, toda a realidade. A filosofia distingue das
ciências particulares. Que chamam exatamente porque se limita a
explicar partes ou setores das realidades, grupo de coisas ou de
fenômenos.
A filosofia tem por objeto a totalidade das coisas e nisto confirma
com i método racional e com a religião, e com isso tem contatos com a
ciência, tem como escopo a pura contemplação da verdade, ou seja, o
conhecimento da verdade enquanto tal.
A filosofia propõe-se como objeto a totalidade da realidade e do ser.
E como alcançar-se a totalidade da realidade e do ser precisamente
descobrindo a natureza do primeiro princípio, isto é, o primeiro porquê
das coisas.

7- Qual o nome dos três primeiros filósofos naturalistas que


estudamos? E porque são chamados de naturalistas?
Tales de Mileto (últimas décadas do século VII e na primeira metade
do século VI a.C.).
Anaximandro de Mileto (por volta dos fins do século VII e na
segunda metade do século VI a.C.).
Anaxímenes de Mileto (século VI a.C.).
São chamados de filósofos naturalistas, porque se pensavam sobre
a origem do cosmos, do universo e da natureza. O princípio (arché), a
origem de todas as coisas. A realidade originária foi denominada de
physis, ou seja, natureza, no sentido antigo e originário do termo, que
indica a realidade do seu fundamento.
Os primeiros filósofos gregos são frequentemente chamados de
Físicos ou filósofos da natureza, porque se interessavam sobretudo pela
natureza e pelos processos naturais que começou com Tales.

8- Quais são os elementos primários, para cada um dos três


primeiros filósofos naturalistas? Porque?
Tales de Mileto (É a água), Tales afirma que a terra navega sobre a
água, deduzindo sua convicção indubitavelmente da constatação de
que o alimento de todas as coisas e úmido. Aquilo que todas as coisas
são geradas é, justamente o principio de tudo. Deduz a sua convicção
deste fato de que todas as sementes de todas as coisas tem a natureza
úmida e a água é o principio da natureza. O efeito da água coincidia
com o divino para ele na qual a concepção predomina a razão.
Anaximandro de Mileto (É o ápeiron). Por condensação e rarefação.
Considera o infinito como princípio de que todas as coisas provêm do
que existem. A Ápeiron significa aquilo que está privado de limites, tanto
externos, como interno. Principalmente por ser qualitativamente
ilimitado, o principio Ápeiron pode dar origem a todas as coisas de
delimitando-se de cario modos.
Anaxímenes de Mileto (É o ar infinito). Por oposição nos particulares,
segundo a harmonia no todo. Dessa maneira o principio deva ser o
infinito, que deva ser pensado como o ar infinito. Exatamente como a
nossa alma que é ar, se sustenta e se governa, assim também o sopro
e ar abarcam como cosmos inteiro e dessa maneira o ar e considerado
por Anaxímenes o divino. O ar se prestava melhor do que qualquer
outro elemento.
Assim todos acreditavam que determinada substância básica, a
arché, palavra grega que significa “o que está na frente, à origem, o
começo”, estava por de trás de todas as transformações da natureza.

9- Explique a doutrina da “harmonia dos contrários” de Heráclito de


Éfeso.
“Tudo escorre“ não era o ponto de chegada, mas o ponto de partida
do qual se movia para alcançar uma ousada inferência. É fato que o
devir e, o ser, implica continuo passar de um contrário ao outro e ele
parecia a atuação de continua luta dos contrários.
Afirmou que nada permanece o mesmo, tudo muda; que a mudança
é a passagem de um contrário ao outro e que a luta e a harmonia dos
contrários são o que gera e mantém todas as coisas. É aquilo que é
oposição se concilia, das coisas diferentes que nascem a mais bela
harmonia e tudo se gera por meio de contrates, harmonia dos contrários,
como a harmonia dos arcos e da lira.
Assim sendo, sem um dos contrários não seria possível a existência
do outro, de modo que o universo cosmos não existiria., Heráclito afirma
que “justiça é discórdia, e que todas coisas vêm a ser discórdia e
necessidade”.
A teoria dos contrários é a lei secreta do mundo, onde reside a
relação de interdependência entre dois conceitos opostos. Essa
harmonia e unidade dos opostos é o principio e portanto, Deus ou o
divino.

10-Porque, para os pitagóricos, os números eram o princípio de tudo?


Os pitagóricos escolheram o número como princípio, pois o principio
da realidade não é um elemento físico, mas o número.
Os pitagóricos afirmam a sua tese e dedicam ao estudo de todos
fenômenos mais significativos como as harmonias musicais, os
fenômenos astronômicos, climáticos, biológicos, aritmética e geometria.
Com isso tem o numero como causa de cada coisa e determina a sua
essência e a reciproca relação com os outros.
O fundamento da realidade e os elementos do número, ou seja, o
limite com isso cada numero e síntese de dois elementos: nos números
pares prevalece o ilimitado e nos números impares o limite. E se tudo é
numero o universo aparece como kósmos que deriva dos números.
Dessa maneira para os pitagóricos o numero não era um aspecto
que nós mentalmente abstraímos das coisas, mas sim a própria
realidade, a physis das próprias coisas.

11-O que significa a palavra: ontologia?


Ontologia é formada por outras duas palavras que significa: onto que
significa “o Ser” e logia, “estudo ou conhecimento”. Assim, Ontologia
significa “estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das coisas tais
como são em si mesmas, real e verdadeiramente”.

12-Explique a frase de Parmênides: “o ser é e não pode não ser; o


não-ser não é e não pode ser de modo nenhum”.
Parmênides diz: O ser é e não pode não ser; O não ser não é, e não
pode ser de modo nenhum.
O ser é o positivo puro e o não-ser é o negativo puro, um é o
absoluto do outro. Tudo aquilo que alguém pensa e diz, é. Não se pode
pensar a não ser pensando aquilo que é. Pensar o nada significa não
pensar de fato, e dizer o nada significa não dizer nada. O nada é
impensável e indivisível. Assim pensar e ser coincidem: pensar e ser é o
mesmo. O ser não e gerado. O ser é agora. O não ser não existe.
Ex: o rio que entramos é, e sempre será, não tem como não ser,
pois entramos no rio, não importa quantas vezes entramos e saímos,
oque muda é a água que passa pelo rio, mais o rio não deixou de ser o
mesmo, porque esteve ali, oque mudou foi a água.

13-Quais são as três vias de pesquisa, no pensamento de


Parmênides? Explique cada uma delas.
São três vias que Parmênides trás:
A primeira via é a da verdade absoluta. Que diz que o ser é e não
pode não ser; o não-ser não é e não pode ser de modo nenhum. Quer
dizer que tudo aquilo que alguém pensa e diz é. Não se pode pensar a
não ser pensando aquilo que é. Pensar o nada significa não pensar de
fato, e dizer o nada significa não dizer nada.
A segunda via a das opiniões e falazes (a doxa falaz), ou seja, a da
falsidade e do erro, que quer dizer que o caminho da verdade é o
caminho da razão, ao passo que o caminho do erro, substancialmente,
é o caminho dos sentidos. O caminho do erro resume todas as posições
daqueles que, admitem expressamente raciocínios que impliquem o não
ser, porque é indispensável e indizível.
A terceira via uma via que se poderia chamar da opinião plausível (a
doxa plausível), o erro está em não se ter compreendido que os opostos
se devem pensar como incluídos na unidade superior do ser. Que
ambos os opostos são ser. O ser não admite diferenciações
quantitativas nem qualitativas, enquanto assumidas no ser, os
fenômenos não só se encontram igualizados, mas também
imobilizados, como que petrificados na fixidez do ser.

14-Explique o motivo, pelo qual, Zenão de Eleia nega a possibilidade


do movimento.
Pretende-se que, rnovendo-se de urn ponto de partida, urn corpo
possa alcançar a meta estabelecida. No entanto, isso não é possível.
Com efeito, antes de alcançar a meta, tal corpo deveria percorrer a
metade do caminho que deve percorrer e, antes disso, a metade da
metade e, antes, a metade da metade da metade, e assim por diante,
ao infinito (a metade da metade da metade...nunca chega ao zero).
Esse é o primeiro argumento, chamado "da dicotomia". Não menos
famoso é o "de Aquiles", o qual demonstra que Aquiles, conhecido por
ser "o pé veloz", nunca poderia alcançar a tartaruga, conhecida por ser
muito lenta. Com efeito, caso se admitisse o oposto, se apresentariam
as mesmas dificuldades vistas no argumento anterior.
Um terceiro argumento, chamado "da flecha", demonstrava que uma
flecha lançada do arco, que a opinião comum crê estar em movimento,
na realidade está parada. Com efeito, em cada um dos instantes em
que o tempo de Voo é divisível, a flecha ocupa um espago idêntico; mas
aquilo que ocupa um espaço idêntico está em repouso; então, se a
flecha está em repouso em cada um dos instantes, deve estar também
na totalidade (na soma) de todos os instantes.
Um quarto argumento tendia a demonstrar que a velocidade,
considerada como uma das propriedades essenciais do movimento, não
é algo objetivo, mas sim relativo, e que, portanto, o movimento do qual
é propriedade essencial também é relativo e não objetivo.

15-Para Melisso de Samos, o ser é finito ou infinito? Porquê?


Para Melisso de Samos o ser deve ser infinito, porque não tem
limites temporais nem espaciais, e também porque, se fosse finito,
deveria se limitar com o vazio e, portanto, com um não-ser, o que é
impossível.
16-Explique esta afirmação sobre Empédocles: “...não existem
‘nascimento’ e ‘morte’: aquilo que os homens chamaram com
esses nomes, ao contrário, são o misturar-se e o dissolver-se...”.
De algumas substâncias que permanecem eternamente iguais e
indestrutíveis. Tais substâncias são a água, o ar, a terra e o fogo, que
Empédocles chamou “raízes de todas as coisas”. E dessa maneira
surgem a noção dos elementos precisamente como algo de originário e
de qualitativamente imutável, capazes apenas de unir-se e separar-se
espacial e mecanicamente em relação a outra coisa.

17-Para Empédocles, quais as raízes de todas as coisas? Qual o nome


das duas forças cósmicas que as governam? E como elas as
governam?
O amor reunia os quatro elementos e o ódio os separava quando o
amor predominava avia uma unidade total entre a terra, a água, o ar e o
fogo quando predominava o ódio os quatro elementos se separavam
Empédocles introduziu as forças cósmicas do Amor ou da Amizade
(philía) e do Ódio ou Discórdia (neîkos), respectivamente, como causa
da união e da separação dos elementos. Tais forças, segundo uma
alternância, predominam uma sobre a outra e vice-versa por períodos
de tempo constantes, fixados pelo destino. Quando predomina o Amor
ou a Amizade, os elementos se reúnem em unidade; quando predomina
o Ódio ou a Discórdia, ao contrário, eles se separam.
Contrariamente ao que poderíamos pensar à primeira vista, o cosmo
não nasce quando prevalece o Amor ou Amizade, porque a
predominância total dessa força faz com que os elementos se reúnam,
formando unidade compacta, que Empédocles chama de Um ou
"Esfero" (que lembra de perto a esfera de Parmênides).
Quando, ao invés, o Ódio ou Discórdia prevalece absolutamente, os
elementos ficam completamente separados e também neste caso as
coisas e o mundo não existem.
O cosmo e as coisas do cosmo nascem nos dois períodos de
transição, que vão do predomínio da Amizade ao da Discórdia e,
depois, do predomínio da Discórdia ao da Amizade. E em cada um
desses períodos temos progressivo nascer e progressivo destruir- se de
um cosmo, o que, necessariamente, pressupõe a ação conjunta de
ambas as forças..

18-Porque Anaxágoras de Clazômenas nega as substâncias: água, ar,


terra e o fogo, como origem das coisas?
Para Anaxágoras as coisas existem, e se produz de um processo de
composição e divisão. As coisas existem, as quais compondo-se e
decompondo-se, originam o nascer e morrer de todas as coisas, não
podendo ser apenas as quatro raízes.
Com efeito a água, o ar, a terra e o fogo estão bem longe de terem
condições de explicar as inúmeras qualidades que se manifestam nos
fenômenos. As sementes ou elementos dos quais derivam as coisas
deveriam ser tantas quantas são as inumeráveis quantidades das
coisas, precisamente sementes como formas, cores e gostos de todo
tipo, ou seja, infinitamente variados.
Anaxágoras acreditava que a origem do universo estava no que ele
chamou de sementes, partículas infinitas que supostamente compõem
tudo o que existe. Assim, tais sementes são o originário qualitativo
pensado eleaticamente não apenas como criado, mas também como
imutável.

19-Qual a definição de “átomo”, para Leucipo e Demócrito?


O átomo significa indivisível e para Leucipo e Demócrito indica o
princípio de toda a realidade. O átomo não é visível a não ser pelo olho
do intelecto. Não tem qualidade, mas apenas as formas geométricas,
ordem e posição. É imutável, incorruptível, naturalmente dotados de
movimento.Os átomos são infinitos em números. Todas as realidades
nascem por agregação de átomos e morrem pela sua desagregação.

20-Se para os atomistas, o “não-ser” também não existe, como se


explica a possibilidade dos fenômenos, conforme estudamos?
É sustentado que o nascer é um compor-se e o morrer de dividir-se.
As coisas que existem, as quais, compondo-se, originam o nascer e o
morrer de todas as coisas. Com efeito a água, o ar, a terra e o fogo
estão bem longe de terem condições de explicar as inumeráveis
qualidades que se manifestam nos fenômenos.

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